Paulo César Alves de Oliveira Medeiros - Dissertação
Paulo César Alves de Oliveira Medeiros - Dissertação
Paulo César Alves de Oliveira Medeiros - Dissertação
GURUPI - TO
2018
Universidade Federal do Tocantins
Campus Universitário de Gurupi
Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais e Ambientais
GURUPI - TO
2018
DEDICATÓRIA E AGRADECIMENTO
The work aimed to make the horizontal structure characterization through the
importance value index (IVI) and specific objectives to determine the volume of ten
wood species with larger field in a Cerrado sensu stricto fragment in the municipality
Gurupi-TO, through the use of volumetric and equation of the form factor. The data
was from standing trees relative space and their volumes obtained by the Hohenadl
equation (10 sections). 323 diameters were collected trees-samples in 5 diamétricas
classes, with intervals of 2 cm. 10 volumetric models were selected, these being called:
Ogaya, Stoate, Raj et al. (2006), Scolforo and Silva (1993), Meyer, Spurr (Logarithm)
Kopezky-Gehrhardt, Hohenadl-Krenn, Brennac and Schumacher-Hall, for the
adjustment of the data. For evaluating statistical criteria adopted: R ² aj, Syx, in addition
to the graphical analysis of the distribution of waste. For the 10 species obtained an
average productivity in terms of basal area of 7.05 m ² ha-1 and volumes estimated by
equation and by form factor, 25.25 values m3 ha-1 and 26.87 m3 ha-1, respectively.
The average form factor was 0.67 for the 10 species evaluated. It is concluded that
form factor can be used for the volume estimates in areas where a dominance of
species or groups of species with similar characteristics to this study, especially in
areas of Cerrado sensu stricto as an alternative the volumetric and equations that
model of Meyer presented the best performance for volume estimation in 10 species
in an area of Cerrado sensu stricto.
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 7
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................................................... 9
2.1 CERRADO BRASILEIRO ...................................................................................................................................... 9
2.2 DESMATAMENTO NO CERRADO....................................................................................................................... 10
2.3 REMANESCENTE FLORESTAL DE CERRADO .......................................................................................................... 10
2.4 INVENTÁRIO FLORESTAL................................................................................................................................. 14
2.5 EQUAÇÕES VOLUMÉTRICAS ............................................................................................................................ 15
2.6 FATOR DE FORMA ........................................................................................................................................ 16
2.7 CUBAGEM DE ÁRVORES ................................................................................................................................. 16
2.8 ESTIMATIVAS DE VOLUME DE ÁRVORES ............................................................................................................. 19
3 MATERIAL E MÉTODOS .....................................................................................................................21
3.1 REGIÃO DE ESTUDO ...................................................................................................................................... 21
3.1.1 Área de estudo ............................................................................................................................... 21
3.2 COLETA DE DADOS ........................................................................................................................................ 23
3.2.1 Parâmetros fitossociológicos da estrutura horizontal ................................................................... 24
3.2.2 Distribuição de pontos amostrais .................................................................................................. 26
3.2.3 Cubagem absoluta ......................................................................................................................... 27
3.2.4 Estimativa do volume .................................................................................................................... 28
3.2.5 Estatísticas de avaliação do ajuste dos modelos volumétricos ..................................................... 29
3.2.6 Fator de forma ............................................................................................................................... 30
3.2.7 Cálculo do volume estimado pela equação de melhor ajuste ........................................................ 30
3.2.8 Cálculo do volume estimado pelo fator de forma .......................................................................... 30
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ...............................................................................................................31
4.1 LEVANTAMENTO FITOSSOCIOLÓGICO ................................................................................................................ 31
4.2 AJUSTE DE EQUAÇÕES VOLUMÉTRICAS NAS ESTIMATIVAS DE VOLUMES .................................................................... 34
4.3 FATOR DE FORMA ........................................................................................................................................ 39
5 CONCLUSÕES.....................................................................................................................................47
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................................................48
LISTA DE TABELAS
TABELA 1. CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS ESPÉCIES DOMINANTES EM ÁREA DE CERRADO SENSU STRICTO. ..................................... 12
TABELA 2. ESPÉCIES SELECIONADAS PARA AJUSTE DE MODELOS CONFORME A IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA. ................................ 26
TABELA 3. MODELOS SELECIONADOS NA LITERATURA PARA AVALIAR AS ESTIMATIVAS DO VOLUME.............................................. 28
TABELA 4. PARÂMETROS FITOSSOCIOLÓGICOS DO CENSO REALIZADO NA ESTAÇÃO EXPERIMENTAL CEMAF (EEC) DAS 10 ESPÉCIES
DE MAIOR DOMÍNIO NA ÁREA. ............................................................................................................................. 31
TABELA 5. DISTRIBUIÇÃO DIAMÉTRICA DAS ESPÉCIES ESTUDADAS NA ESTAÇÃO EXPERIMENTAL CEMAF-EEC. .............................. 33
TABELA 7. NÚMERO DE INDIVÍDUOS AMOSTRADOS POR ESPÉCIE E CLASSE DIAMÉTRICA............................................................. 33
TABELA 8. ESTATÍSTICAS DE AJUSTE E COEFICIENTES ESTIMADOS DOS 2 MELHORES MODELOS DE VOLUME PARA CADA ESPÉCIE. ........ 35
TABELA 9. FATOR DE FORMA INDIVIDUAL PARA 10 ESPÉCIES ESTUDADAS NA EEC.................................................................... 40
TABELA 10. PRODUTIVIDADE EM ÁREA BASAL NA ESTAÇÃO ECOLÓGICA CEMAF (EEC) ........................................................... 40
TABELA 11. VOLUMES ESTIMADOS ATRAVÉS DO FATOR DE FORMA E DA EQUAÇÃO VOLUMÉTRICA PARA CADA ESPÉCIE. ................... 41
TABELA 12. VALOR PONDERADO DOS SCORES ESTATÍSTICOS (VP). ....................................................................................... 42
LISTA DE FIGURAS
1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O Cerrado constitui o segundo maior bioma brasileiro, está entre as mais ricas
floras do mundo, e conta com 6.420 espécies vasculares (MENDONÇA et al., 1998).
11
O Cerrado sensu stricto que ocupa cerca de 70% do território deste bioma, tem sua
paisagem composta por um estrato herbáceo, este dominado principalmente por
gramíneas e um estrato de árvores e arbustos tortuosos, com ramificações irregulares
e retorcidas, variando em cobertura de 10 a 60% (EITEN, 1994). A frequência dos
incêndios florestais e queimadas nesses locais, a profundidade dos lençóis freáticos
e os fatores associados ao homem têm influência significativa na distribuição dessas
espécies arbóreas (RIBEIRO e WALTER, 1998).
Atualmente, o Código Florestal Brasileiro (Lei nº 12.651 de 25 de maio de
2012) define estratégias de proteção das formações florestais, do uso do solo e de
exploração florestal, no entanto, a inadequação e a incoerência de gestão pública,
atreladas a uma fiscalização ineficiente, tem resultado na supressão e fragmentação
dessas áreas florestais, o que provoca principalmente a perda das características
locais e de toda a biodiversidade (BRASIL, 2012).
SCOLFORO et al. (1996) reiteram que as florestas nativas possuem uma
grande diversidade na sua composição, com presença de espécies com
características silviculturais, ecológicas e tecnológicas distintas, sendo poucas as
informações contidas de como essas plantas crescem, sejam em áreas intactas, áreas
exploradas ou manejadas.
A cobertura vegetal do cerrado, já teve redução de aproximadamente 37%
(FELFILI et al., 2002), sendo inegável que essa redução compromete muito sua
biodiversidade. O conhecimento sobre a distribuição e o arranjo das espécies no
Cerrado ainda são pouco estudadas, compreende-se assim que essas informações
são fundamentais para o entendimento da dinâmica da vegetação, e de
grandessíssima importância para avaliar os impactos antrópicos, e em contrapartida
planejar a criação de unidades de conservação, além da adoção de técnicas de
manejo. Nesse sentido, a tabela 1 apresenta características gerais, distribuição
geográfica e domínios fitogeográficos de 10 espécies dominantes em Cerrado sensu
stricto.
12
Tabela 1. Características gerais das espécies dominantes em área de Cerrado sensu stricto.
Amazônia,
Caatinga, Norte, Nordeste,
Araçá do Myrtaceae
Myrcia splendens (Sw.) DC. Nativa sim Cerrado, Mata Centro-Oeste,
Mato Juss.
Atlântica, Sudeste e Sul
Pantanal
Amazônia, Norte, Nordeste,
Astronium fraxinifolium Gonçalo Anacardiaceae
Nativa não Cerrado e Mata Centro-Oeste e
Schott Alves R.Br.
Atlântica Sudeste.
Amazônia, Norte, Nordeste,
Magonia pubescens A.St.- Sapindaceae
Tingui Nativa não Cerrado e Centro-Oeste e
Hil. Juss.
Caatinga Sudeste.
Amazônia, Norte, Nordeste,
Vatairea macrocarpa
Amargoso Fabaceae Lindl. Nativa não Cerrado e Centro-Oeste e
(Benth.) Ducke
Caatinga Sudeste.
Norte, Nordeste,
Tachigali aurea Tul. Tatarena Fabaceae Lindl. Nativa não Cerrado Centro-Oeste e
Sudeste.
Amazônia,
Norte, Nordeste,
Protium heptaphyllum (Aubl.) Burseraceae Caatinga,
Amescla Nativa não Centro-Oeste e
Marchand Kunth Cerrado e Mata
Sudeste.
Atlântica.
Fonte: Flora do Brasil 2020 em construção. (Continua...)
13
Tabela 1. Características gerais das espécies dominantes em área de Cerrado sensu stricto. (continuação)
Características Gerais das Espécies
Amazônia,
Norte, Nordeste,
Vochysiaceae Caatinga,
Qualea parviflora Mart. Pau terra Nativa não Centro-Oeste e
A. St.-Hil. Cerrado e Mata
Sudeste.
Atlântica.
Amazônia,
Norte, Nordeste,
Dilleniaceae Caatinga,
Curatella americana L. Lixeira Nativa não Centro-Oeste e
Salisb. Cerrado e Mata
Sudeste.
Atlântica.
Amazônia,
Norte, Nordeste,
Machaerium brasiliense Caatinga,
Jacarandá Fabaceae Lindl. Nativa não Centro-Oeste,
Vogel Cerrado e Mata
Sudeste e Sul
Atlântica.
Amazônia,
Norte, Nordeste,
Vochysiaceae Caatinga,
Qualea multiflora Mart. Pau terra liso Nativa não Centro-Oeste,
A. St.-Hil. Cerrado e Mata
Sudeste e Sul
Atlântica.
Fonte: Flora do Brasil 2020 em construção.
14
obtém o volume de maneira menos precisa, pois em maiores árvores, mais longo será
o cumprimento da secção (MACHADO e FIGUEIREDO FILHO, 2003).
Ao considerar que o tronco da árvore não é perfeitamente regular, o método
de cubagem, implica na divisão da árvore em várias seções (toras). Esse processo
leva a medição de vários diâmetros sucessivamente ao logo do tronco e
posteriormente a utilização de equações para obtenção do volume, nas seções
estabelecidas (CODEVASF, 2009).
A medição dos diâmetros ao logo do fuste é feita através de alturas relativas
ou absolutas da árvore, ou na combinação de ambas. O volume é obtido através da
soma das seções da árvore (Figura 1).
3 MATERIAL E MÉTODOS
𝒏
𝑵= (1)
𝑨
Onde:
𝑁= número de árvores por hectare;
𝑛= número de árvores total do censo;
𝐴= área de estudo (ha).
𝝅 ∗ 𝑫𝑨𝑷𝟐
𝒈= (2)
𝟒𝟎. 𝟎𝟎𝟎
Onde:
𝑔 = área transversal da árvore em estudo (m²);
𝐷𝐴𝑃= diâmetro altura do peito (cm).
24
∑𝒈
𝑮= (3)
𝑨
Onde:
𝐺 = área basal por hectare (m². ha-1);
𝐴 = área total de estudo (ha).
𝑔 = área transversal da árvore em estudo (m²);
𝒖𝒊
𝑭𝑨𝒊 = ( ) 𝒙 𝟏𝟎𝟎 (4)
𝒖𝒕
𝑭𝑨𝒊
𝑭𝑹𝒊 = ( 𝑷
) 𝒙 𝟏𝟎𝟎 (5)
∑𝒊=𝟏 𝑭𝑨𝒊
Onde:
𝐹𝐴𝑖 = frequência absoluta da i-ésima espécie na comunidade vegetal;
𝐹𝑅𝑖 = frequência relativa da i-ésima espécie na comunidade vegetal;
𝑢𝑖 = número de unidades amostrais em que a i-ésima espécie ocorre;
𝑢𝑡 = número total de unidades amostrais;
P= número de espécies amostradas;
𝒏𝒊
𝑫𝑨𝒊 = (6)
𝑨
𝑫𝑨𝒊
𝑫𝑹𝒊 = 𝒙 𝟏𝟎𝟎 (7)
𝑫𝑻
25
Onde:
𝐷𝐴𝑖 = Densidade absoluta da i-ésima espécie, em número de indivíduos por
hectare;
𝐷𝑅𝑖 = Densidade relativa (%) da i-ésima espécie;
𝑛𝑖 = número de indivíduos da i-ésima espécie na amostragem;
𝑛𝑡 = número total de indivíduos amostrados;
A = Área total amostrada, em hectare (ha).
𝑫𝒐𝑨𝒊
𝑫𝒐𝑹𝒊 = ( ) . 𝟏𝟎𝟎 (9)
𝑮
Onde:
𝐷𝑜𝐴𝑖 = dominância absoluta (m². ha-1) da i-ésima espécie;
𝐷𝑜𝑅𝑖 = dominância relativa (%) da i-ésima espécie;
𝑔𝑖 = área basal da i-ésima espécie (m²);
𝐺 = área basal por hectare (m². ha-1);
Onde:
𝐼𝑉𝐼= Índice de valor de importância (%);
𝐷𝑅𝑖 = densidade relativa da i-ésima espécie;
26
𝑯 (11)
𝑽= (𝒈𝟎,𝟎𝟓 + 𝒈𝟎,𝟏𝟓 + 𝒈𝟎,𝟐𝟓 + 𝒈𝟎,𝟑𝟓 + 𝒈𝟎,𝟒𝟓 + 𝒈𝟎,𝟓𝟓 + 𝒈𝟎,𝟔𝟓 + 𝒈𝟎,𝟕𝟓 + 𝒈𝟎,𝟖𝟓 + 𝒈𝟎,𝟗𝟓 )
𝟏𝟎
Onde:
𝑉 = Volume de Árvore (m³)
𝑔0,𝑖 = Área seccional (m²)
𝐻 = Altura total
√𝐒𝐐𝐫𝐞𝐬
𝐆𝐋𝐫𝐞𝐬 (12)
𝐒𝐲𝐱% = ∗ 𝟏𝟎𝟎
Ȳ
Onde:
SQres = soma dos quadrados do resíduo;
GLres = graus de liberdade do resíduo;
Ȳ= média dos volumes reais.
𝐧−𝟏 𝐒𝐐𝐫𝐞𝐬
𝐑𝟐 𝐚𝐣 = 𝟏 − ( )( ) (13)
𝐧−𝐩−𝟏 𝐒𝐐𝐭
Onde:
R2aj = coeficiente de determinação ajustado;
SQres = soma dos quadrados do resíduo;
SQt = soma dos quadrados total;
n = número de dados observados;
p = número de coeficientes do modelo matemático.
30
O fator de forma reduz o volume do cilindro formado pela área basal e altura,
para o volume verdadeiro, podendo este ser calculado por diversos métodos
(CORREIA et al., 2017). Desta forma, de acordo com Silva e Paula (1979), o fator de
forma normal (𝑓1,30 ) pode ser obtido através da relação entre o volume real obtido
através da cubagem rigorosa da árvore e o volume do cilindro, calculado a partir da
área basal da árvore a 1,30m do nível do solo e da altura total da mesma.
Soares et al. (2011) relatam que o fator de forma pode ser obtido através da
equação 14.
𝑽 𝒓𝒆𝒂𝒍
𝒇𝟏,𝟑𝟎 = ( ) (13)
𝑽 𝒄𝒊𝒍𝒊𝒏𝒅𝒓𝒐
Onde:
𝑓1,30 = fator de forma normal.
V real = volume obtido a partir da cubagem rigorosa (m³).
V cilindro = volume calculado a partir da área basal a 1,30m e altura total (m³).
Onde:
𝜷𝒊 = Coeficientes de regressão estimados do melhor modelo ajustado;
𝑽 = 𝒈𝒊 ∗ 𝒉 ∗ 𝒇𝒇 (15)
Onde:
𝑔𝑖 = área basal da i-ésima espécie (m²);
ℎ = altura total da árvore (m);
𝑓𝑓= Fator de forma.
31
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4000
3.556
3000
Número de árvores
2.193
2000
1.341
1000
738
636
0
4,77-6,77 6,78-8,77 8,78-10,77 10,78-12,77 > 12,77
Para a cubagem das árvores, foram amostradas no mínimo 30 árvores para cada
espécie e distribuídas de acordo com a frequência em cada classe diamétrica. A tabela
6 apresenta a quantidade de indivíduos amostrados por espécies e classe diamétrica.
Tabela 7. Estatísticas de ajuste e coeficientes estimados dos 2 melhores modelos de volume para cada espécie.
Espécie Modelo β0 β1 β2 β3 β4 β5 Syx (%) R² Aj (%)
A 5 -3,1721 0,1541 -0,0029 0,0048 -0,0004 0,0572 10,99 96,37
A 10 0,0002 1,4522 0,7679 12,13 95,57
B 5 -3,5554 0,2297 -0,0067 -0,0129 0,0005 0,1464 8,2 99,16
B 2 -0,0068 -2,36E-05 3,85E-05 0,0021 8,81 99,04
C 5 -4,2242 0,3806 -0,0140 -0,0342 0,0015 0,2421 19,47 94,1
C 3 2,16E-04 4,01E-06 19,46 94,08
D 5 -2,1215 -0,1287 0,0165 0,0458 -0,0031 -0,1063 9,5 97,33
D 2 -0,0138 0,0003 2,08E-06 0,0023 11,19 96,31
E 2 -0,0198 4,13E-04 -1,60E-05 0,0035 7,70 97,97
E 5 -5,2193 0,5903 -0,0228 -0,0611 0,0026 0,3699 8,14 97,73
F 5 -2,8232 -2,0210 0,0129 0,0122 -0,0019 0,0695 10,41 96,84
F 2 -0,0149 0,0003 -6,00E-06 0,0028 13,73 94,50
G 5 -3,1316 0,1551 -0,0030 0,0059 -0,0004 0,0463 9,37 98,49
G 10 0,0001 1,5538 1,0602 9,39 98,49
H 5 -3,7045 0,2452 -0,0060 -0,0151 0,0004 0,1671 14,38 96,07
H 10 0,0002 1,5970 0,7792 14,52 95,99
I 5 -3,2360 0,1733 -0,0039 0,0006 0,0001 0,0682 16,72 96,11
I 10 0,0001 1,8730 1,0130 17,2 95,9
J 5 -3,0970 0,1887 -0,0112 0,0179 -0,0003 -0,0206 10,38 98,43
J 10 0,0001 1,5081 1,2269 13,71 97,27
𝜷𝟎,𝒊 : Coeficientes de regressão. Syx (%): Erro padrão da Estimativa percentual; R² aj. (%): Coeficiente de determinação percentual. A: Myrcia splendens (Sw.)
DC.; B: Astronium fraxinifolium Schott; C: Magonia pubescens A.St.-Hil. D: Vatairea macrocarpa (Benth.) Ducke; E: Tachigali aurea Tul.; F: Protium
heptaphyllum (Aubl.) Marchand; G: Qualea parviflora Mart.; H: Curatella americana L.; I: Machaerium brasiliense Vogel; J: Qualea multiflora Mart.; 2: Stoate;
5: Meyer; 10: Schumacher-Hall.
36
Soares et al. (2011), destacam que a análise gráfica dos resíduos é bastante
relevante, pois permite a identificação de problemas de heterocedasticidade mesmo
que o modelo demostre ser preciso. Além disso, os gráficos de resíduos permitem
detectar tendências, sejam elas positivas ou negativas resultantes do uso da equação.
As figuras 8, 9 e 10 apresentam a análise gráfica de resíduos dos dois
melhores modelos ajustados para cada espécie. Pela análise gráfica, observa-se que
a dispersão no modelo 5 foi a que melhor se aproxima do eixo 0 em todas as espécies
estudadas, isso denota uma boa qualidade no ajuste da equação. Nota-se que os
modelos que apresentaram melhores ajuste, não possuem erros superiores a 50%.
o 100 o 100
Resíduo (%)
Resíduo (%)
50 50
0 0
-50 -50
-100 -100
0 5 10 15 20 0 5 10 15 20
5 10
Qualea multiflora Mart. Qualea multiflora Mart.
o 100
50 o 100
50
Resíduo (%)
Resíduo (%)
0 0
-50 -50
-100 -100
0 5 10 15 20 0 5 10 15 20
DAP (cm) DAP (cm)
5 10
Myrcia splendens (Sw.) DC. Myrcia splendens (Sw.) DC.
100 100
50 50
Resíduo
Resíduo
0 0
-50 -50
-100 -100
0 5 10 15 20 0 5 10 15 20
DAP DAP
5 2
Astronium fraxinifolium Astronium fraxinifolium
100
Schott. 100
Schott.
50 50
Resíduo
Resíduo
0 0
-50 -50
-100 -100
0 5 10 15 20 0 5 10 15 20
DAP DAP
5 3
Magonia pubescens A.St.-Hil. Magonia pubescens A.St.-Hil.
100 100
50 50
Resíduo
Resíduo
0 0
-50 -50
-100 -100
0 5 10 15 20 0 5 10 15 20
DAP DAP
5 10
Vatairea macrocarpa (Benth.) Vatairea macrocarpa (Benth.)
100
Ducke 100
Ducke
50 50
Resíduo
Resíduo
0 0
-50 -50
-100 -100
0 5 10 15 20 0 5 10 15 20
DAP DAP
5 2
Tachigali aurea Tul. Tachigali aurea Tul.
100 100
50 50
Resíduo (%)
Resíduo (%)
0 0
-50 -50
-100 -100
0 5 10 15 20 0 5 10 15 20
DAP (cm) DAP (cm)
5 5
Protium heptaphyllum (Aubl.) Protium heptaphyllum (Aubl.)
100
Marchand 100
Marchand
50 50
Resíduo (%)
0 Resíduo (%) 0
-50 -50
-100 -100
0 5 10 15 0 5 10 15
DAP (cm) DAP (cm)
5 10
Qualea parviflora Mart. Qualea parviflora Mart.
100 100
50 50
Resíduo (%)
Resíduo (%)
0 0
-50 -50
-100 -100
0 5 10 15 20 0 5 10 15 20
DAP(cm) DAP (cm)
5 10
Curatella americana L. Curatella americana L.
100 100
50 50
Resíduo (%)
Resíduo (%)
0 0
-50 -50
-100 -100
0 5 10 15 20 0 5 10 15 20
DAP (cm) DAP (cm)
Figura 10. Gráficos de Resíduos referente aos ajustes das equações 2, 5 e 10 para
as espécies Tachigali aurea, Protium heptaphyllum, Qualea parviflora e
Curatella americana
39
os que mais variaram em relação à média (0,63, 0,71 e 0,71) respectivamente para
Magonia pubescens A.St.-Hil, Machaerium brasiliense Vogel., Qualea multiflora Mart.
Mediante a análise gráfica entre a equação selecionada e o volume estimado
pelo fator de forma, podemos observar e comprovar a variação existente nessas
espécies (Figura 11).
5 FFe
Myrcia splendens (Sw.) DC. Myrcia splendens (Sw.) DC.
100 100
50 50
Resíduo (%)
Resíduo (%)
0 0
-50 -50
-100 -100
0 5 10 15 20 0 5 10 15 20
DAP (cm) DAP (cm)
5 FFe
Astronium fraxinifolium Astronium fraxinifolium
100
Schott. 100
Schott.
50 50
Resíduo (%)
Resíduo (%)
0 0
-50 -50
-100 -100
0 5 10 15 20 0 5 10 15 20
DAP (cm) DAP (cm)
5 FFe
Magonia pubescens A.St.-Hil. Magonia pubescens A.St.-Hil.
100 100
50 50
Resíduo (%)
Resíduo
0 0
-50 -50
-100 -100
0 5 10 15 20 0 5 10 15 20
DAP DAP (cm)
5 FFe
Vatairea macrocarpa (Benth.) Vatairea macrocarpa (Benth.)
100
Ducke 100
Ducke
50 50
Resíduo (%)
Resíduo (%)
0 0
-50 -50
-100 -100
0 5 10 15 20 0 5 10 15 20
DAP (%) DAP (%)
5 FFe
Tachigali aurea Tul. Tachigali aurea Tul.
100 100
50 50
Resíduo (%)
0 Resíduo (%) 0
-50 -50
-100 -100
0 5 10 15 20 0 5 10 15 20
DAP (cm) DAP (cm)
5 FFe
Protium heptaphyllum (Aubl.) Protium heptaphyllum (Aubl.)
Marchand Marchand
100 100
50 50
Resíduo (%)
Resíduo (%)
0 0
-50 -50
-100 -100
0 5 10 15 0 5 10 15
DAP (cm) DAP (cm)
5 FFe
Qualea parviflora Mart. Qualea parviflora Mart.
100 100
Resíduo (%)
Resíduo (%)
50 50
0 0
-50 -50
-100 -100
0 5 10 15 20 0 5 10 15 20
DAP (cm) DAP (%)
5 FFe
Curatella americana L. Curatella americana L.
100 100
Resíduo (%)
Resíduo (%)
50 50
0 0
-50 -50
-100 -100
0 5 10 15 20 0 5 10 15 20
DAP (cm) DAP (cm)
5 FFe
Machaerium brasiliense Vogel Machaerium brasiliense Vogel
100 100
Resíduo (%)
50 Resíduo (%) 50
0 0
-50 -50
-100 -100
0 5 10 15 20 0 5 10 15 20
DAP (cm) DAP (cm)
5 FFe
Qualea multiflora Mart. Qualea multiflora Mart.
100 100
Resíduo (%)
Resíduo (%)
50 50
0 0
-50 -50
-100 -100
0 5 10 15 20 0 5 10 15 20
DAP (cm) DAP (cm)
qualidade nos ajustes tanto para o método estimado pela equação volumétrica, quanto
para o método estimado pelo fator de forma.
No entanto para duas espécies, na análise gráfica podemos perceber que a
distribuição dos resíduos tem uma tendência de superestimar os volumes nas classes
de diâmetros maiores que 10cm, como pode ser visto nas espécies: Magonia
pubescens A.St.-Hil e Myrcia splendens (Sw.) DC. Para as espécies Machaerium
brasiliense Vogel., Qualea multiflora Mart e Curatella americana L. a distribuição dos
resíduos não obtiveram bons ajustes em relação ao padrão encontrados nas outras
espécies analisadas.
Os resultados mostrados indicam que o fator de forma pode ser utilizado em
alternativa ao uso das equações volumétricas para as estimativas do volume árvores
em grupo de espécies ou famílias com características semelhantes as espécies
estudadas nesse trabalho, pois é um método simples de ser utilizado e com apenas
duas variáveis de entrada o DAP e Altura. Nesse sentido, recomenda-se a utilização
de um fator de forma específico por espécie ou grupo de espécies para o cálculo do
volume estimado em uma área de Cerrado Sensu Stricto.
47
5 CONCLUSÕES
Diante dos resultados obtidos neste trabalho, conclui-se que a equação que
obteve o melhor ajuste para as espécies: Astronium fraxinifolium Schott., Vatairea
macrocarpa (Benth.) Ducke., Tachigali aurea Tul., Protium heptaphyllum (Aubl.)
Marchand., Qualea parviflora Mart., Machaerium brasiliense Vogel., Qualea multiflora
Mart., Curatella americana L., Magonia pubescens A.St.-Hil e Myrcia splendens (Sw.)
DC., foi o modelo de Meyer (equação 5).
As espécies Astronium fraxinifolium Schott., Vatairea macrocarpa (Benth.)
Ducke., Tachigali aurea Tul., Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand. e Qualea
parviflora Mart. apresentaram bom desempenho tanto para o modelo quanto para o
fator de forma.
Para as espécies Machaerium brasiliense Vogel., Qualea multiflora Mart e
Curatella americana L. apresentaram os piores desempenhos nos ajustes. Magonia
pubescens A.St.-Hil e Myrcia splendens (Sw.) DC apresentaram tendências de
superestimar os volumes em diâmetros maiores que 10 cm na utilização dos métodos
de estimativas avaliados.
Os resultados indicam que o fator de forma pode ser utilizado para as
estimativas de volume em áreas de Cerrado sensu stricto em alternativa as equações
volumétricas onde predominam uma dominância de espécies ou grupos de espécies
com características semelhantes as encontradas nesse trabalho.
Por fim, o modelo de Meyer é o mais indicado para estimativa de volume em
áreas onde predominam grupos de espécies com características similares as
encontradas nesse trabalho, especialmente, para área de Cerrado sensu stricto.
48
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALDER, D.; SYNNOT, T.J. Permanent sample plot techniques for mixed tropical
forest. Tropical Forest Papers, n° 25. Oxford Forestry Institute, University of
Oxford. 123p, 1992.
CERQUEIRA, C.L.; SANTOS L.G.; JESUS F.L.C.; MÔRA, R., MARQUES, G.M.;
SALLES, T.T.; BRIANEZI, D. Modelagem da altura e volume de Tectona grandis LF
na mesorregião Nordeste do Pará. Nativa, Sinop, v.5, p.606-611, 2017.
FELFILI, J.M.; NOGUEIRA, P.E. ; SILVA JÚNIOR, M.C. ; MARIMON, B.S. ; DELITTI,
W. Florística e fitossociologia de espécies arbóresa do Cerrado sensu stricto no
Município de Água Boa- MT. In: LI Congresso Nacional de Botânica., 2000,
Brasília. Livro de Resumos., p.249. 2000.
FELFILI, J. M.; NOGUEIRA, P.E. ; SILVA JÚNIOR, M.C.; MARIMON, B.S. ; DELITTI,
W.B.C. Composição florística e fitossociologia do cerrado sentido restrito no
Município de Água Boa - MT. Acta Botanica Brasilica, Brasília, v.16, n.1, p.103-
112, 2002.
FELFILI, J.M.; SILVA JUNIOR, M.C.A. comparative study of Cerrado (sensu stricto)
vegetation in Central Brazil. Acta Botanica Brasilica, Cambridge, Uk, v. 9, n.3, p.
277-289, 1993.
HIGUCHI, N.; CHAMBERS, J.; SANTOS, J.; RIBEIRO, R.J.; PINTO, A.C.M.; SILVA,
R.P.; ROCHA, R.M.; TRIBUZY, E.S. Dinâmica e balanço do carbono da vegetação
primária da Amazônia Central. Revista Floresta, v.34 n.3. p.295-304. 2004
HUSCH, B.; BEERS, T.W.; KERSHAW JÚNIOR, J.A. Forest mensuration. New
Jersey, USA, J. Wiley & Sons, 4TH edition. 402p. 2003.
MARACAHIPES, L; LENZA, E.; MARIMON, B.S.; OLIVEIRA, E.A. de; PINTO, J.R.R.;
MARIMON-JUNIOR, B.H. Estrutura e composição florística da vegetação lenhosa
em cerrado rupestre na transição Cerrado-Floresta Amazônica, Mato Grosso, Brasil.
Biota Neotropica, v.11, n.1, p.133-141, 2011.
51
MENDONÇA R.C.; FELFILI J.M.; WALTER B.M.T.; SILVA M.C.; REZENDE A.V.;
FILGUEIRAS T.S; NOGUEIRA P.E. Flora vascular do Cerrado. In: SANO SM &
ALMEIDA SP. (Ed.). Cerrado: ambiente e flora. Planaltina, DF: Embrapa Cerrados,
p.289-556. 1998.
NETER J.; WASSERMAN W.; KUTNER M.H. Applied linear statistical models.
Chicago: Irwin; 1996. 1415p.
QUEIROZ, D.; MACHADO, S. A.; FIGUEIREDO FILHO, A.; ARCE, J.E.; KOEHLER,
H.S. Avaliação e validação de funções de afilamento para Mimosa scabrella
Bentham em povoamentos na região metropolitana de Curitiba/PR. Floresta,
Curitiba, PR, v.36, n.2, p.183-199. 2006.