Trabalho de FArmacoligia Principal.
Trabalho de FArmacoligia Principal.
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CAPÍTULO- I. INTRODUÇÃO
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de transtornos depressivos crônicos. Em consonância com as palavras do
psicofarmacologista John M. Davis, "os antidepressivos são ferramentas essenciais para
proporcionar alívio imediato e, ao mesmo tempo, estabilizar a condição para um
tratamento contínuo". Dessa forma, esta pesquisa visa não apenas explorar o papel dos
antidepressivos na saúde mental, mas também contribuir para a compreensão contínua e
aprimoramento dessas intervenções, visando o bem-estar duradouro dos pacientes.
A escolha de abordar o tema dos antidepressivos é justificada pela relevância
social e médica desses medicamentos, que desempenham um papel vital na saúde
mental da população. A depressão é uma das principais causas de incapacidade em todo
o mundo, e compreender o papel dos antidepressivos no tratamento desse transtorno é
essencial para profissionais de saúde, pesquisadores e a sociedade em geral.
OBJECTIVOS
Geral
Descrever as classes dos antidepressivos e seus mecanismos de Açcão.
Especificos
Compreender os mecanismos de acção dos antidepressivos
Avaliar as suas reações adversas.
Descrever as interações medicamentosas, e conhecer os principais grupos
existentes.
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CAPITULO II - REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Histórico dos Antidepressivos:
O surgimento dos medicamentos antidepressivos ocorreu após a Segunda Guerra
Mundial, pela ampliação de testes com fármacos industrializados. Durante o teste com
drogas Iproniazida (1950) para o tratamento da tuberculose, notaram a melhoria do
humor de pacientes com sintomas depressivos. Assim surge a primeira classe de
antidepressivos a ser descoberta, a dos Inibidores da MAO.
Atualmente existem cinco classes de fármacos antidepressivos disponíveis no
mercado:
Os inibidores da monoaminoxidase (IMAO) (década de 1950).
Os tricíclicos (década de 1950).
Os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) (década de
1980)
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Os inibidores seletivos da recaptação de serotonina e da noradrenalina
(décadas de 1980-2000).
Os atípicos Atípicos (década de 1990).
Década de 1980: Surgimento dos Inibidores Seletivos da Recaptação de
Serotonina (ISRS): Com o Prozac (fluoxetina) sendo aprovado pelo FDA em 1987,
iniciou-se a era dos ISRS. Esses medicamentos, como a sertralina e a paroxetina,
ganharam popularidade devido à sua eficácia e perfil de efeitos colaterais mais
favorável.
Década de 1990: Antidepressivos Atípicos: Nesta década, foram introduzidos
antidepressivos atípicos, como a bupropiona, que atua de forma única, e a mirtazapina,
que tem um perfil diferente em comparação com os tricíclicos e ISRS. Década de 2000:
Inibidores da Recaptação de Noradrenalina e Serotonina (IRNS) e Outras Inovações:
Novas classes de antidepressivos, como os IRNS (venlafaxina e duloxetina), foram
desenvolvidas, proporcionando opções adicionais para o tratamento (Crespo de Souza,
2013).
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Antidepressivos Atípicos: Os antidepressivos atípicos constituem uma
categoria heterogênea, sem uma estrutura química unificada. A bupropiona, por
exemplo, possui uma estrutura diferente das demais classes, atuando principalmente na
dopamina. A diversidade dessas estruturas reflete uma abordagem mais personalizada
no tratamento dos transtornos do humor. (Harmer; Duman; Cowen, 2017).
A compreensão das estruturas químicas dos antidepressivos é crucial para
discernir como esses medicamentos interagem com os complexos sistemas neurais. Essa
diversidade estrutural não apenas influencia a eficácia terapêutica, mas também
determina o perfil de efeitos colaterais e a adaptabilidade desses agentes no contexto
clínico.
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gravidade dos sintomas e as características do paciente. O acompanhamento clínico
regular é crucial para avaliar a resposta ao tratamento e fazer ajustes conforme
necessário. A compreensão dessas aplicações terapêuticas contribui para uma
abordagem mais informada na prática clínica.
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Entender essas interações é fundamental para os profissionais de saúde ao
prescrever antidepressivos, garantindo a segurança do paciente e otimizando os
resultados terapêuticos. A revisão cuidadosa da lista de medicamentos do paciente e
uma abordagem individualizada são essenciais para evitar complicações decorrentes de
interações medicamentosas.
2.6 Contraindicações:
Identificar situações em que o uso de antidepressivos é contraindicado é
fundamental para a segurança do paciente. A avaliação criteriosa dessas
contraindicações é essencial para garantir a segurança do paciente e a eficácia do
tratamento. A decisão de prescrever antidepressivos deve ser baseada em uma análise
abrangente do histórico médico, sintomas e necessidades individuais de cada paciente.
Gravidez e Lactação:
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Razão: alguns antidepressivos podem representar riscos para o desenvolvimento
fetal ou para o lactente durante a amamentação.
Doença Cardiovascular Não Controlada:
Razão: Antidepressivos podem aumentar a pressão arterial, sendo
contraindicados em pacientes com doença cardiovascular não controlada.
Glaucoma de Ângulo Fechado:
Razão: Antidepressivos tricíclicos, devido aos seus efeitos anticolinérgicos,
podem agravar o glaucoma de ângulo fechado.
Insuficiência Hepática ou Renal Grave:
Razão: Alterações no metabolismo e excreção podem ocorrer em casos de
insuficiência hepática ou renal grave.
Essas contraindicações destacam a importância da avaliação individualizada de cada
paciente antes da prescrição de antidepressivos. A decisão de utilizar esses
medicamentos deve levar em consideração fatores como histórico médico, condições
clínicas específicas e possíveis interações medicamentosas, visando à segurança e
eficácia do tratamento.
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Em pacientes idosos, estar atento aos efeitos colaterais que possam aumentar o
risco de quedas, como tonturas.
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A maioria dos antidepressivos é bem absorvida no trato gastrointestinal após a
administração oral.
A velocidade e extensão da absorção podem variar entre diferentes classes de
antidepressivos.
2. Distribuição:
Os antidepressivos se distribuem pelos tecidos corporais, alcançando órgãos-
alvo, como o cérebro, onde exercem seus efeitos terapêuticos.
A ligação a proteínas plasmáticas pode afetar a quantidade de medicamento
disponível para distribuição.
3. Metabolismo:
O fígado desempenha um papel crucial no metabolismo dos antidepressivos,
onde ocorrem processos de biotransformação.
Enzimas hepáticas, como o citocromo P450, estão envolvidas na metabolização
de muitos antidepressivos.
4. Excreção:
Os produtos metabolizados são excretados principalmente pelos rins. Alguns
metabólitos também podem ser eliminados nas fezes.
A taxa de excreção influencia a meia-vida do medicamento no organismo.
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CAPÍTULO III- METODOLOGIA
Identificação de Palavras-chave:
Seleção cuidadosa de palavras-chave relacionadas a antidepressivos, divididas
em categorias como classes de medicamentos, efeitos colaterais, mecanismos de
ação, entre outras.
Busca em Bases de Dados:
Utilização de bases de dados confiáveis, como PubMed, Scopus e ScienceDirect,
para encontrar artigos científicos, revisões sistemáticas e meta-análises
relacionadas ao tema.
Filtragem e Seleção de Artigos:
Aplicação de critérios rigorosos para selecionar artigos publicados no período de
2000 a 2023, priorizando estudos revisados por pares, ensaios clínicos, revisões
sistemáticas e meta-análises.
Consulta a Fontes Oficiais:
Revisão de documentos oficiais de órgãos de saúde, diretrizes clínicas e
relatórios de agências reguladoras para garantir informações atualizadas e
relevantes.
3.3 Critérios de Inclusão e Exclusão
A seleção de literatura foi conduzida com base em critérios específicos para
garantir a relevância, atualidade e confiabilidade dos dados apresentados no trabalho:
Critérios de Inclusão:
Publicações científicas revisadas por pares.
Documentos oficiais de agências de saúde e organizações médicas.
Materiais publicados no período de 2000 a 2023.
Critérios de Exclusão:
Fontes não científicas ou não revisadas por pares.
Informações desatualizadas ou anteriores a 2000.
Estudos não relacionados ao escopo específico dos antidepressivos.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS E SUGESTÃO
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REFERÊNCIAS. BIBLOGRÁFICAS
PMCID: PMC9413796.
2- Bourin, M., David, D. J., Jolliet, P., & Gardier, A. (2002). Mécanisme d'action
Farmacologia básica e clínica. 13. ed. [S. l.: s. n.], cap. 30.
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