Psicofármacos Resumo

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Os psicofármacos distinguem-se dos outros fármacos por atuarem

obrigatoriamente no Sistema Nervoso Central (SNC). Isso implica a necessidade de que


eles e/ou os seus metabólitos atravessem a barreira hematoencefálica (BHE). Os
princípios básicos que determinam os demais processos, ou seja, absorção, distribuição,
biotransformação e excreção são essencialmente os mesmos dos demais fármacos. A
psicofarmacologia é a ciência que se ocupa do estudo dos efeitos de tais fármacos no
afeto, cognição e comportamento. Os psicofármacos são classificados de acordo com
seus mecanismos de ação em: ansiolíticos e sedativos-hipnóticos;
antipsicóticos/neurolépticos; antidepressivos; psicoestimulantes; e estabilizadores de
humor.
PSICOESTIMULANTES: Fármacos estimulantes aumentam motivação,
humor, energia e estado de alerta. Eles também são chamados de simpatomiméticos,
porque imitam os efeitos fisiológicos do neurotransmissor epinefrina. Várias classes
químicas estão incluídas neste grupo. Atualmente, esses fármacos são usados com maior
frequência para tratar sintomas de má concentração e hiperatividade em crianças e
adultos com transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH). Os
simpatomiméticos também são aprovados para aumento do estado de vigília em casos
de narcolepsia. As anfetaminas foram os primeiros estimulantes a serem sintetizados.
Seu uso clínico não era disseminado até os anos de 1930, quando foram comercializadas
como inaladores de benzedrina para alívio da congestão nasal. Quando seus efeitos
psicoestimulantes foram percebidos, passaram a ser usadas para tratar a sonolência
associada a narcolepsia. Elas foram classificadas como substâncias controladas em
razão de seu início rápido, seus efeitos comportamentais imediatos e da propensão ao
desenvolvimento de tolerância, o que aumenta o risco de abuso e dependência em
indivíduos vulneráveis. Sua fabricação, distribuição e uso são regulados por agências
estaduais e federais. Os simpatomiméticos são amplamente usados em pessoas com
TDAH e narcolepsia porque nenhum outro agente de igual eficácia está disponível. Sua
efetividade também foi comprovada no tratamento de alguns transtornos cognitivos que
resultam em depressão secundária ou apatia profunda, e também para a potencialização
de medicamentos antidepressivos em casos específicos resistentes ao tratamento.
ANTIDEPRESSIVOS: Os antidepressivos ainda estão entre os agentes mais
comumente usados na medicina. Eles são divididos em diversas classes, de acordo com
seu mecanismo de ação, e podem atuar em diversas situações e transtornos além da
depressão, tais como: transtorno deansiedade generalizada (TAG), transtorno obsessivo-
compulsivo (TOC), transtorno do estresse pós-traumático (TEPT), transtorno do pânico
e cessação de tabagismo. Até o início da década de 1990, os antidepressivos tricíclicos
(ADTs) e os inibidores da monoaminoxidase (IMAOs) foram considerados comoo
tratamento padrão da depressão. Essas drogas foram descobertas casualmente; a
imipramina quando se buscava a síntese de novos sedativos e hipnóticos, e os IMAOs
quando houve observação da melhora do humor propiciada pela iproniazida no
tratamento da tuberculose. A partir de então, evoluiu-se das descobertas ao acaso à
síntese calculada de drogas mais específicas. Foi este o caso dos inibidores seletivos da
recaptação de serotonina (ISRSs), com a fluoxetina sintetizada em 1987; dos inibidores
da recaptação de serotonina e noradrenalina (IRSNs) e de outras drogas mais recentes
Transtorno Depressivo Maior: Um transtorno depressivo maior ocorre sem
uma história de um episódio maníaco, misto ou hipomaníaco. O episódio depressivo
maior deve durar pelo menos duas semanas, e normalmente uma pessoa com esse
diagnóstico também experimenta pelo menos quatro sintomas de uma lista que inclui
alterações no apetite e peso, alterações no sono e na atividade, falta de energia,
sentimento de culpa, problemas para pensar e tomar decisões, e pensamentos
recorrentes de morte ou suicídio. Esse transtorno possui diversas etiologias, tais como
fatores genéticos, biológicos, sociais, econômicos e culturais. No entanto, a teoria
fisiopatológica mais aceita tem relação com a desregulação de neurotransmissores. Das
aminas biogênicas, a norepinefrina e a serotonina são os dois neurotransmissores mais
implicados na fisiopatologia dos transtornos do humor
ANTIPSICÓTICOS: Os antipsicóticos (APS) foram introduzidos na clínica
psiquiátrica na década de 1950, acarretando grande revolução no tratamento da
esquizofrenia e de outros transtornos psicóticos.

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