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ABSTRACT. Depression is known as the fifth biggest issue of public health, characterized as
a syndrome that does not include only mood swings, but also several other aspects like
cognitive, psychomotor and vegetative, changes and in its most severe form, the suicide.
Therefore, it represents one of the most psychiatric pathologies common today. Depression
stems from the relationship between factors psychological, environmental, social and
biological. The prescription of antidepressants represents the first line treatment in cases of
moderate to severe depression, and in the last decades, consumption of antidepressants has
increased significantly worldwide. There are several publications questioning the use of this
class of drugs, especially in relation to the risk of increasing the suicidal behavior of the patient
or whether this ideation is caused by disease itself or the medicine. Given the above, study aims
to assess the potential risk of antidepressant drugs in increasing suicidal ideation in patients on
treatment. It was observed that all classes of antidepressants may be associated, even at different
intensities, to the risk of suicidal ideation. This Increased risk is related to an "early activating
effect" as a result of the therapeutic action of antidepressants, which can provide the depressed
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patient with the energy necessary to materialize the pre-existing suicidal ideations. The
prescription of antidepressants in patients with moderate and severe depression should be
considered a good practice in preventing suicide, provided by a careful monitoring of the patient
and is ensured, especially in the first 3 to 4 weeks.
INTRODUÇÃO
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níveis de depressão (MORENO, 2000). Na década de 1980 havia somente duas classes de
fármacos antidepressivos, os tricíclicos (ADTs) e os inibidores de monoaminoxidase (IMAOs).
Atualmente, encontram-se, além das já citadas, outras classes, como: inibidores seletivos de
recaptação de serotonina (ISRS), inibidores seletivos da recaptação de serotonina e
noradrenalina (ISRSN), inibidores da recaptação de serotonina e antagonistas alfa-2 (IRSA),
inibidores seletivos da recaptação de noradrenalina (ISRN), inibidores seletivos de recaptura de
dopamina (ISRD) e antagonistas alfa-2 adrenérgicos (MORENO, 2000).
Os antidepressivos proporcionam o aumento na concentração de neurotransmissores
situados na fenda sináptica. Esse efeito pode acorrer por diferentes mecanismos como, inibição
do metabolismo do neurotransmissor; bloqueio da recaptação do neurotransmissor ou ainda
pela ação em auto-receptores pré-sinápticos. A classificação farmacológica, ocorre de acordo
com o mecanismo de ação desses fármacos (STAHL, 2002).
Os inibidores da monoaminoxidase (IMAO), como tranilcipromina e moclobemida,
representam uma classe de fármacos que atuam inibindo a enzima monoaminoxidase. Essa
enzima é responsável pelo metabolismo de neurotransmissores como noradrenalina, serotonina
e dopamina. Ao inibirem a enzima, os fármacos impedem a degradação dos neurotransmissores,
com consequente aumento deles nos locais de armazenamento no sistema nervoso central
(SNC) e no sistema nervoso simpático (SNS) (STAHL, 2002).
Os antidepressivos tricíclicos (ADT) como imipramina e amitriptilina são fármacos que
atuam em nível pré-sináptico através do bloqueio da recaptação de monoaminas,
principalmente norepinefrina (NE) e serotonina (5-HT), em menor proporção dopamina (DA).
Eles bloqueiam receptores muscarínicos (colinérgicos), histaminérgicos (H1), receptores alfa-
adrenérgicos e receptores serotoninérgicos. O bloqueio de tais receptores ocasiona várias
reações adversas que são derivadas desses fármacos (MORENO, 2000).
Os inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS), como fluoxetina,
paroxetina, citalopram e escitalopram, inibem de forma potente e seletiva a recaptação de
serotonina, resultando em potencialização da neurotransmissão serotonérgica. A potência dessa
inibição é variada, assim como a seletividade por noradrenalina e dopamina (MORENO, 2000).
Os inibidores seletivos da recaptação de serotonina e noradrenalina (ISRSN), como a
venlafaxina e a duloxetina, atuam bloqueando seletivamente a recaptação de serotonina e
noradrenalina, porém não ocasionam o bloqueio de receptores muscarínicos, histaminérgicos e
alfa-adrenérgicos e por isso são classificados como seletivos. O fato de não bloquearem tais
receptores justifica uma menor incidência de efeitos colaterais em relação aos antidepressivos
tricíclicos (STAHL, 2002).
Inibidores de recaptação de serotonina e antagonistas alfa-2 (IRSA) como nefazodona
e trazodona, possuem ação farmacológica relacionadas com a inibição da captação neuronal de
serotonina, noradrenalina e ao antagonismo de receptores serotonérgicos e de receptores alfa-1
adrenérgicos (STAHL, 2002).
Os inibidores seletivos da recaptação de noradrenalina (ISRN) como reboxetina,
apresentam atividade seletiva sobre a recaptação de noradrenalina, com atividade antagonista
alfa-2. Não possui efeitos significativos sobre receptores colinérgicos, histamínicos, alfa-1-
adrenérgicos, ou na inibição da monoaminoxidase (MORENO, 2000).
Os inibidores seletivos da recaptação de dopamina (IRSD), que representado
unicamente pela bupropiona, apresentam atividade noradrenérgica e dopaminérgica. Esse
fármaco atua inibindo a recaptação da dopamina, com menor intensidade de ação na
noradrenalina e serotonina (MORENO, 2000).
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METODOLOGIA
Este trabalho foi realizado através de uma revisão bibliográfica e teve como base
pesquisas em artigos científicos, teses de mestrados e doutorados, publicados e disponíveis nas
plataformas do Google Acadêmico, PubMed, ScienceDirect, Web of Science e Scielo, assim
como órgãos regulamentadores internacionais e nacionais.
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
Realizou-se uma consulta nas bulas dos fármacos antidepressivos, objetivando verificar
para quais deles existe a informação de ideia suicida. A Tabela 1 a seguir apresenta os resultados
referentes à pesquisa.
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CONCLUSÃO
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Publicado em 18/08/2021
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