Tratamento e Evolucao de CR Ian As Autistas Pronto
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RESUMO
O autismo é um transtorno de desenvolvimento, que se manifesta antes de 3 anos,
cujas áreas afetadas são: interação social, comunicação e comportamento restrito e
repetitivo. Destas, buscamos pesquisar a evolução do quadro da interação no
tratamento dos transtornos ocasionados pelo autismo. O presente estudo teve como
objetivo geral: verificar a evolução da interação social através do tratamento de
crianças autistas na Associação de Pais e Amigos dos Autistas no Estado da
Paraíba. Trata-se de uma pesquisa de natureza descritiva, com abordagem
quantitativa. A coleta de dados foi realizada nos meses de outubro e novembro de
2014 e foi formalizada após aprovação do projeto no Comitê de Ética e Pesquisa da
FACENE/FAMENE, sob o protocolo nº 133/2014, e foi realizada com base na
Resolução CNS 466/2012. A pesquisa foi realizada na Associação de Pais e Amigos
dos Autistas, no município de João Pessoa-PB. A amostra da pesquisa compõe-se
de 10 mães ou pais de crianças autistas atendidas semanalmente. A pesquisa teve
como instrumento para coleta de dados um formulário contendo perguntas objetivas
e subjetivas. Os resultados indicam que 60% dos pais relatam a ausência de fala
como o primeiro sintoma das crianças identificado pela família; 10% como uso
inadequado de objetos; 10% como mau comportamento; 10% como falta de contato
visual, e 10% como a falta de interação social. Com relação às evoluções
apresentadas após o início do tratamento, 40% indicaram que houve melhora da
autonomia, como ir ao banheiro ou comer sozinho. 20% apresentaram evolução na
interação com pessoas e 20% melhora na concentração e na atenção. Verificamos,
portanto, que algumas crianças apresentaram melhoras quanto à concentração e
atenção às atividades. Alguns pais relataram a melhora no aspecto do atendimento
dos comandos, o que demonstra ser extremamente interessante na relação familiar.
INTRODUÇÃO
significa “de si mesmo”. Foi introduzido na psiquiatria por Plouller, após estudar
pacientes que tinham o diagnóstico de demência precoce, mudando para
esquizofrenia. Em 1943, Leo Kanner definiu o autismo para designar o quadro
apresentado por 11 crianças cujas tendências ao retraimento foram observadas
ainda no primeiro ano de vida e tinham certas características comuns. A mais
notável era a dificuldade de relacionamento com pessoas.
Diversos autores1,2,3 afirmam que os autistas podem apresentar uma
disfunção na integração sensorial, onde se tornam hipo ou hipersensíveis aos
estímulos que se relacionam no ambiente cotidianamente, fazendo com que tarefas
simples tornem-se complexas.
O autismo é uma síndrome comportamental com etiologias múltiplas e curso
de um distúrbio de desenvolvimento. Ele foi caracterizado por um déficit na interação
social, visualizado pela inabilidade em relacionar-se com o outro, usualmente
combinado com déficits de linguagem e alterações de comportamento. Calcula-se
que, no Brasil, possam existir aproximadamente 68 a 195 mil autistas.
Aproximadamente, 60% dos autistas apresentam valores de QI abaixo de 50, 20%
oscilam entre 50 e 70, e apenas 20% têm inteligência acima de 70 pontos4.
O autismo apresenta também as seguintes características, embora nem todas
as crianças possuem todas elas: respostas anormais a estímulos auditivos; pouco
contato visual com as pessoas; ausência ou atraso de linguagem nos primeiros anos
de vida; o comportamento baseado em rotinas; resistência a mudanças; dificuldades
no desenvolvimento das habilidades físicas, sociais e de aprendizagem;
autodestruição ou comportamentos agressivos com outras pessoas; fascinação por
objetos rotativos, como ventiladores, piões etc.; choro ou riso incontroláveis e sem
motivo; reação exagerada a estímulos sensoriais, como luz, dor ou som.
O Autismo, na atualidade, é designado como Transtorno do Espectro
Autístico, o qual vem sendo estudado e debatido há mais de 70 anos. Entre as
décadas de 1940 e 1990, há um salto temporal no que diz respeito aos estudos
sobre o autismo, de forma que, durante esses anos, houve pouca evolução nas
pesquisas voltadas para essa área. Somente em meados da década de 1990 é que
houve uma evolução nas pesquisas nessa área, dando início a uma nova etapa de
investigação, em que foram utilizadas, como ponto de partida e figura de fundo, as
observações de Kanner em 19425.
Ao considerar o déficit de pesquisa nessa temática, surgiu o interesse em
pesquisar sobre autismo a partir das seguintes questões norteadoras: qual o quadro
clínico interacional das crianças autistas? Qual a evolução da interação social a
partir do início do tratamento dessas crianças?
Diante destes quadros, a pesquisa teve como objetivo geral verificar a
interação social do tratamento e evolução das crianças autistas atendidas em uma
associação de João Pessoa-PB.
MATERIAL E MÉTODOS
Amigos dos Autistas há pelo menos 1 ano; o atendimento ser de pelo menos 2 vezes
por semana; e pais/mães alfabetizados. Os critérios de exclusão foram: pais/mães
que não aceitarem participar da pesquisa e não assinarem o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE.
A coleta de dados foi realizada nos meses de outubro e novembro de 2014,
após aprovação do projeto no Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) da
FACENE/FAMENE, sob o protocolo nº 133/2014 e CAAE 35626714.1.0000.5179. Os
participantes foram esclarecidos acerca dos objetivos da pesquisa, assinaram o
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE e receberam uma cópia do
documento. A pesquisa foi realizada com base na Resolução CNS nº 466/2012, dos
aspectos éticos que trata do envolvimento de seres humanos em pesquisa 6.
Para a coleta dos dados, foi aplicado um formulário estruturado, em duas
partes, contendo questões referentes à temática: Parte I - dados de identificação da
criança autista e dos pais, e Parte II - questões norteadores com a temática,
autismo.
Para análise dos dados, foi utilizado o método quantitativo. Os resultados
encontrados foram apresentados em tabelas e discutidos à luz da literatura
pertinente.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Renda familiar Nº %
2 salários mínimos 02 20%
3 ou mais salários míninos 08 80%
Fonte: Dados coletados pelos pesquisadores (2014).
comportamento e birra.
os dentes sozinhos; 20% tomam banho sozinhos, embora ainda com dificuldade;
10% alimentam-se sozinhos, vestem-se, escovam-se; em 10% houve melhora no
contato visual e fala; apenas em 10% não houve melhora. Este último refere-se ao
adolescente de 15 anos, que iniciou o tratamento tardiamente e possui um quadro
de autoagressão.
As equipes envolvidas na intervenção do desenvolvimento dos autistas têm
conseguido que crianças menos comprometidas tornem-se mais sociáveis, usando
construtivamente as habilidades aprendidas, apesar da manutenção das
estereotipias.11
CONSIDERAÇÕES FINAIS
ABSTRACT
The autism is a disturbance of development and it generally appears before 3 years
old, the affected areasare:Social interaction, communication, restrict and repeated
behavior. Thus, we researched the development within the interaction in the
treatment of the disturbances caused by autism. This present work has as general
goal: to verify the development of the social interaction through the treatment of autist
children at the Association of parents and friends of autists in Paraiba state Brazil.
The research is from a descriptive nature with quantitative approach. The gathering
data were held in the months of (October and November), in 2014 and it was
approved by the committee of Ethics and Research at FACENE/FAMENE, bill
number 133/2014, with the resolution CNS 466/2012. The sample was composed by
(10 parents of autist children)that were attended each week. The research had as
instrument for gathering data a form containing objective and subjective questions.
The results indicates that 60% of the parents related the absence of speech as the
first symptom, identified by the family; 10% as the inadequate manipulation of
objects; 10% as bad behavior; 10% as lack of visual contact; and 10% as lack of
social interaction. In relation to the development presented after the beginning of
treatment, 40% pointed that there was an improvement of autonomy, suchas:go to
the toilet or eat alone. 20% presented development with social interaction and 20%
improved their focus and attention. Then we verified that some children presented an
improvement in relation to focus and attention to activities. Some parents related an
improvement in the way the children move and act when answering commands, it is
very important because it indicates a better family link.
REFERÊNCIAS
1. Schwartzman JS, Assumpção JR, F.B. Autismo infantil. São Paulo: Memnon;
1995.
2. Machado ML, Negrine AD. Educação e terapia da criança autista: uma abordagem
pela via corporal. Dissertação [Mestrado em Ciências do Movimento Humano]
Escola de Educação Física, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto
Alegre; 2001.