TEA Conclusão Final
TEA Conclusão Final
TEA Conclusão Final
Alunos:
Ressaltamos que, o Transtorno do Espectro Autista absolutamente não é uma doença. O TEA é
uma condição relacionada ao desenvolvimento do cérebro que modifica a forma como
indivíduos que estão no espectro veem e compreendem o mundo, até a maneira como se
relacionam com outras pessoas. Por isso, pessoas com autismo possuem uma dificuldade em
interações sociais e comunicação. Existe ainda uma diferenciação dentro do próprio espectro,
onde, enquanto alguns conseguem realizar a maioria das atividades de vida diária sem apoio,
outros precisam de ajuda até em tarefas consideradas simples (como por exemplo para se
vestir). Devido não possuir cura, terapias e medicamentos podem proporcionar melhor
qualidade de vida para os pacientes e suas famílias, sendo que cada paciente exige
acompanhamento individual de acordo com suas necessidades e deficiências.
Seus sintomas surgem nos primeiros meses de vida, sendo mais propício em meninos do que
em meninas (proporção aceita oficialmente é de quase quatro meninos autistas para cada uma
menina, segundo o CDC – Centro de Controle e Prevenção de Doenças americano). Por
dificilmente serem identificados precocemente, o que faz toda a diferença para a melhora dos
sinais e a qualidade de vida do portador, causa prejuízos persistentes na comunicação e
interação social, bem como nos comportamentos.
Dito isso, o Autismo é subdivido em: Autismo nível 1, Autismo nível 2 e Autismo nível 3,
segundo o DSM-S (5° edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais
publicado em 2013). O nível 1 é considerado leve, as pessoas diagnosticadas com esse nível
apresentam menos interesse ou dificuldade em iniciar interações sociais, respostas atípicas ou
não sucedidas para abertura social, falência na conversação e tentativas de fazer amigos de
forma estranha e malsucedida. Mesmo com sintomas mais brandos, o apoio terapêutico é
indispensável.
O nível 2 é considerado moderado, têm prejuízos mais aparentes, mas apesar de necessitarem
de maior suporte substancial, muitos ainda conseguem ter alguma independência, inclusive,
exercer uma profissão quando adultos. Seus desafios podem incluir um maior déficit na
comunicação verbal e não verbal (olhares, gestos, toques, posturas etc.), aflição para mudar o
foco ou a ação, comportamentos repetitivos, sensibilidade á luz e aos sons. Em alguns casos, o
funcionamento mental pode ser abaixo da média.
Tendo em vista a variedade de sintomas e do grau em que eles aparecem, entende-se que mais
de um fator pode estar relacionado ao seu desenvolvimento. Alguns dos fatores abaixo, são
tidos como os principais responsáveis no surgimento do espectro em crianças, lembrando que
por ser um transtorno de desenvolvimento, ele ocorre durante a formação do bebê.
● Idade dos pais – filhos de mães adolescentes, de pais com mais de 10 anos de diferença de
idade entre si e de casais com mais de 40 anos correm mais risco de desenvolver autismo.
● Genética – O fator de risco genético é majoritário no autismo, mesmo parecendo algo muito
novo, não é. A primeira vez que se juntou a relação entre os dois, foi em 1977, porém ao longo
dos anos, outros estudos e pesquisadores continuaram reforçando a pauta de que o autismo
vem do pai ou da mãe e da herdabilidade paterna.
● Ácido Valproico – São medicamentos usados para tratamento de epilepsia, transtorno bipolar
e para a prevenção de enxaquecas. Seu uso durante a gestação está associado ao dobro do
risco de TEA, bem como a um risco duas vezes maior de Transtorno de déficit de
atenção/hiperatividade (TDAH).
Reforçamos que, esses fatores podem variar, e não são representados como únicos e exclusivos
para o surgimento do TEA, mas que é de tamanha importância a ciência continuar avançando,
além de, as pessoas serem cada vez mais conscientizadas sobre. Afinal, são a partir dessas
informações que no contexto de planejamento familiar se identifica possíveis riscos para os
casais que desejam a sonhada gravidez.
O fato é, não existe um consenso para explicar se realmente existe um aumento nos casos ou
se houve um aumento nos diagnósticos, mas, entende-se que atualmente as pessoas
conseguem ter maior acesso a saúde, mais acesso à informação em geral (hoje é muito fácil
encontrar na internet textos sobre o assunto, mas principalmente apoio), critérios de
diagnósticos ampliados (adoção dos critérios do DSM 5, determinaram a existência de casos
leves, moderados e graves e suas formas de diagnóstico), e crescente número de médicos
especializados.
Ao fim desta, fica claro que os Autistas são uma parte grande da população que precisa ser
acolhida, compreendida e respeitada. Autismo não é uma doença! Ainda há muito a caminhar
em direção ao respeito e à inclusão dessas pessoas.
Sugerimos que as pessoas que pensam em ter uma família, possam fazer um planejamento,
respeitando suas idades e de seus cônjuges, que sigam as instruções médicas á respeito de
medicamentos indicados ou não durante a gravidez, substâncias a evitar, além da importância
de se preparar para o parto natural.
Sugerimos que os pais estejam atentos a saúde de seus bebês, sempre notando qualquer tipo
de comportamento não condizente e se reportando aos médicos pediatras o mais cedo
possível. Que as crianças autistas possam ter acesso a uma escola que esteja preparada para
recebê-la. E os adultos, consigam adentrar no mercado de trabalho sem exclusão.
É de suma importância que os governos incluam leis, que conscientizem e ofereçam as mesmas
oportunidades para todos.
Propósito da Pesquisa:
Objetivo da Pesquisa:
2. Analisar fatores demográficos, como idade, gênero, localização geográfica, que pode estar
relacionado ao aumento de incidências.
4. Avaliar o impacto das mudanças nos critérios de diagnóstico e nas práticas de triagem.
Metodologia:
A pesquisa realizada tem caráter exploratório, de aproximação com o tema da pesquisa para
conhecê-lo. As pesquisas exploratórias são desenvolvidas com o objetivo de proporcionar uma
visão geral, do tipo aproximativo, acerca de determinado fato.
Seguindo esta, partimos de dois propósitos, um deles é nos basearmos nos números indicados
pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças do governo dos Estados Unidos, e, explorar o
questionário proposto pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte realizado em 2021
que traz uma visão dos familiares. Na sequência são detalhados os procedimentos
metodológicos, seguidos dos resultados e reflexões acerca deles.
Prevalência de autismo: 1 em 36 é o novo número do CDC nos
EUA
Neste gráfico, observa-se que uma em cada 36 crianças de 8 anos são autistas nos Estados
Unidos, isso significa 2,8% daquela população. O número desse estudo científico, com mais de
226 mil crianças, é 22%maior que o anterior, divulgado em dezembro de 2021.
Pela primeira vez, a porcentagem de diagnósticos de autismo entre asiáticos (3,3%), hispânicos
(3,2%) e negros (2,9%) foram maiores do que entre as crianças brancas de 8 anos (2,4%). Isso é
o oposto das diferenças raciais e étnicas observadas nos estudos anteriores do CDC. Essas
mudanças podem refletir numa melhor triagem, conscientização e mais acesso a serviços entre
grupos historicamente mal atendidos nos EUA.
Mesmo que não sejam dados brasileiros, o Brasil ainda usa os estudos do CDC como base, por
não possuir pesquisas concretas sobre a prevalência no país.
Os dados apresentados pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte mostram que
nenhum respondente indicou crianças entre 0 e 2 anos com Autismo. Este resultado era
esperado, uma vez que é incomum o diagnóstico de TEA em crianças tão pequenas. Nessa
idade pode haver indícios, mas é preciso observar a consistência das características ao longo
do tempo para uma avaliação mais segura.
Além de, possuir um aporte médico adequado e preparado para instruir os pais, visando um
tratamento precoce com maior adequação e pouco prejuízo no desenvolvimento da criança.
Gráfico 03: Resposta à questão: “Como você avalia o que
conhece sobreo TEA?”
Embora o questionário não mencione renda, imagina-se que em uma situação de pessoas com
pouca escolaridade e, consequentemente, de baixa renda esses dados seriam outros. Por
exemplo, a pesquisa de Muniz Pinto et al (2016), realizada no interior da Paraíba com 10
famílias de crianças autistas, assistidas no Centro de Atenção Psicossocial Infanto Juvenil, as
quais tinham em sua maioria renda de até um salário-mínimo, concluiu que essas famílias
tinham pouco conhecimento sobre o TEA e apresentaram dificuldades para aceitação do
diagnóstico.
Concluímos que pessoas com TEA têm os mesmos direitos garantidos às pessoas com
deficiência, conforme regulamenta a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com
Transtorno do Espectro Autista (BRASIL, 2012). O diagnóstico também é recebido com
sofrimento e muitas famílias não querem aceitar. Parecem ter medo de que o filho ou filha
venha a ser rotulado e excluído na vida social e escolar.
A negação, a incredulidade.
O luto.
Adaptação e a aceitação.
O impacto gerado pela notícia do diagnóstico faz com que muitos familiares vivenciem grande
tensão, ansiedade e desesperança, pois a carência de serviços de suporte, a insegurança e o
estigma social ainda são muito fortes, causando sentimentos conflituosos, que levam a passar
momentos muito peculiares, como negação, adaptação e aceitação.
Pesquisa Exploratória com Dados Secundários
Diante de todos as informações coletadas sobre o Transtorno do Espectro Autista,
aprofundamos nossas buscas por dados da cidade de Campinas, SP. Campinas é considerada
oficialmente uma metrópole desde 2018, inclusive, sendo a única que não é capital estadual, e
isso ocorre devido ao seu alto dinamismo empresarial existente tanto no núcleo quanto na
área de influência, bem como ao porte demográfico.
Nosso último Censo Demográfico no Brasil foi realizado em 2010, isso por que, o Censo é uma
pesquisa realizada a cada 10 anos pelo IBGE. Nesta é possível trazer uma ampla coleta de
dados sobre a população brasileira, permitindo traçar um perfil socioeconômico do país. A
atual edição do Censo deveria ter acontecido em 2020, mas foi adiada por conta da pandemia
de COVID-19 e em2021, outro adiamento ocorreu devido à falta de recursos do governo. O
objetivo do Censo não é apenas ter um conhecimento atualizado da população brasileira, como
também utilizar dos dados para que o poder público possa formular políticas públicas que
atendam as mudanças da sociedade.
Entretanto, vale ressaltar que o Transtorno do Espectro Autista, nesta época era pouco falado,
assim como, só passou a ser considerada deficiência no âmbito legislativo, a partir da Lei n°
12.764 de 2012. Desta forma, o Censo de 2010 não possuí as informações necessárias na
abordagem do tema, já que o TEA não era objeto do questionário proposto.
Reafirmando não apenas o fato de os números estarem desatualizados, mas, a falta de atenção
que os gestores públicos nos diferentes níveis de administração têm quando se trata de
pessoas com deficiências. Além, das falhas na avaliação e formulação de políticas e programas
que envolvam este segmento populacional, evidenciando o quanto existe necessidade de
existir mais inclusão e igualdade para essas pessoas.
“§ 1º Para os efeitos desta Lei, é considerada pessoa com transtorno do espectro autista aquela
portadora de síndrome clínica caracterizada na forma dos seguintes incisos I ou II:I
I - Deficiência persistente e clinicamente significativa da comunicação e da interação sociais,
manifestada por deficiência marcada de comunicação verbal e não verbal usada para
interação social; ausência de reciprocidade social; falência em desenvolver e manter relações
apropriadas ao seu nível de desenvolvimento;
§ 2º A pessoa com transtorno do espectro autista é considerada pessoa com deficiência, para
todos os efeitos legais. “
Mesmo com a forte necessidade de melhorias para a vida em sociedade, atualmente, o TEA é
amplamente pesquisado, e aos poucos vem ganhando espaço nas leis federais e municipais. O
que é de suma importância, já que passa a reconhecer a inclusão e a acessibilidade como peça-
chave nessa trajetória.
Abaixo alguns dos tópicos tratados no Manual, que englobam as concessões resguardas às
pessoas na condição.
Lei Municipal 17.502/20 – Criada no final de 2020 e instituiu a Política Pública Municipal para
GARANTIA, PROTEÇÃO E AMPLIAÇÃO DOSDIREITOS DAS PESSOAS com TEA e seus familiares
Na Região de Campinas, já foram emitidas quase 2 mil Carteiras de Identificação da Pessoa com
Transtorno do Espectro Autista (Ciptea), ela tem como objetivo simplificar a identificação dos
indivíduos com TEA e seus responsáveis, tornando o acesso a serviços como educação, saúde e
assistência social mais ágil, assim como permite o planejamento de políticas públicas.
Censo – Instituída pela Lei 13.861 de 2019 e publicada pelo Diário Oficial da União estabelece
a inclusão de perguntas sobre o Autismo.
Projetos de Lei
N° 4402/16 – Estabelece validade mínima de 5 anos para os laudos médicos exigidos de
pessoas com deficiência para participação em concursos públicos e processos seletivos
públicos ou privados para provimento de cargo, função ou emprego.
A inclusão de pessoas com autismo é uma preocupação importante para o decorrer dos anos.
A sociedade está cada vez mais consciente da necessidade de promover a inclusão e a
aceitação das pessoas com autismo em todos os aspectos da vida, incluindo educação,
emprego e comunidade.
A genética está no centro desse progresso, à medida que pesquisadores desvendam mais
marcadores genéticos associados ao autismo. Essa descoberta pode abrir portas para
terapias personalizadas e abordagens de tratamento mais eficazes, direcionadas às
necessidades individuais.
De acordo com o cientista Alysson Renato Muotri, a uma teoria antiga chamada terapia
gênica, onde tecnicamente é feito uma mudança genética de acordo com a mutação das
enzimas ainda no embrião. Ele desenvolveu um mini cérebro com a mutação do gene autista,
em laboratório ele reverte essas enzimas e recapitula o estágio embrionário, é um
procedimento totalmente novo e muito complexo no qual daqui a uns anos, não será somente
exploratório. Assim como toda tecnologia, ela tende a evoluir e se tornar popular,
especialmente se é uma tecnologia transformadora.
O futuro também se desenha com uma forte presença tecnológica. Realidade virtual,
inteligência artificial e tecnologia de assistência têm o potencial de oferecer abordagens
inovadoras para apoiar o desenvolvimento de habilidades sociais, comunicação e
independência em pessoas autistas.
Além disso, pesquisas em psicologia social e educação podem resultar em estratégias mais
amplas para promover a aceitação e a inclusão de pessoas autistas na sociedade, reduzindo o
estigma e aumentando o apoio social.
Em resumo, o futuro das pesquisas sobre o autismo é repleto de promessas, com a esperança
de que esses avanços possam contribuir para melhorar a qualidade de vida das pessoas
autistas, promovendo uma sociedade
Há mais de uma década, Mirian tem se dedicado a missão de melhorar a vida de pessoas com
autismo. Sua jornada na ADACAMP (Associação Para Desenvolvimento dos Autistas em
Campinas) Instituição que existe a 34 anos e se direciona integralmente a atender ás
necessidades das pessoas com autismo, iniciou com ela sendo Pedagoga, até se tornar
Professora, e hoje, exatamente há 2 anos se tornou Coordenadora Pedagógica do Projeto de
Educação na Instituição.
Atualmente, a ADACAMP atende aproximadamente 222 pessoas, dentre elas, crianças, jovens e
adultos.
1) Em sua opinião, quais são os desafios enfrentados pelas crianças com autismo ao
longo de diferentes estágios da vida?
Mirian: O primeiro desafio encontrado é a falta de conhecimento da sociedade sobre o
autismo, abrangendo todas as crianças, jovens, adolescentes e adultos. Se você teve a
oportunidade de ir até o shopping e uma criança autista estar lá, se eventualmente
ocorre desta criança ter uma crise, ou seja, algo sensorial que a incomoda muitas vezes
despertada pela luz, pelo barulho, ela se irrita, acaba se agredindo, gritando, e todas as
pessoas que estão em volta acabam olhando para aquela mãe e julgando a criança
como mal-educada ou que está fazendo “birra”. E nesses momentos, as mães, ou
familiares presentes ficam extremamente constrangidos, pois não sabem como agir
dada a situação.
A falta de informação é muito grave, e esse é apenas um exemplo de situação que
essas pessoas e suas famílias passam diariamente. Outra questão é o Bullying, também
gerado pela falta de informação, normalmente praticado com os jovens que se
encontram no Espectro.
Por fim, os adultos, sofrem muitas vezes com as faltas de oportunidade no mercado de
trabalho, e abandono da família (casos em que os pais ou avós com idade muito
avançada acabam partindo, e o autista no grau severo fica sem apoio familiar,
atualmente não existe local que abrigue pessoas nessas circunstâncias)
Seria de extrema importância que a sociedade tivesse conhecimento não só sobre o
autismo, mas sobre as outras síndromes, e outras dificuldades. Por exemplo, o Cordão
de Girassol (acessório utilizado como símbolo de conscientização e apoio a pessoas
com deficiências ocultas e autismo) que pessoas estão utilizando sem saber o devido
contexto e representatividade daquilo. Usam apenas por “moda” ou por “acharem
legal”, desviando o foco do propósito real.
Imagem 2: A esquerda Gabriela Santos (aluna), ao meio Mirian, e a direita Vivian Micaela
(Aluna).
Este questionário reforça a ideia de que, com a compreensão, aceitação e apoio adequados, é
possível melhorar a qualidade de vida dessas pessoas e suas famílias.
No entanto se faz necessário continuar as pesquisas e a educação para avançar no
conhecimento e nas práticas em relação ao TEA sempre buscando proporcionar um ambiente
mais inclusivo e acolhedor para todos.
Pesquisa Primária
Em nossa última etapa, realizamos uma pesquisa por via de questionário postado no Google
Forms. Neste, nosso principal foco foi alcançar uma amostra de indivíduos da família e
entender se seus familiares diagnosticados com TEA, tem acesso ao suporte necessário durante
sua trajetória de vida, além, de quais fatores são vistos como causadores do crescente índice
de pessoas no Transtorno do Espectro Autista.
Aqueles que não possuíam familiares na condição, também conseguiram responder algumas
perguntas, porém, de modo mais restrito.
Obtivemos 52 respostas durante o período em que o questionário com sete perguntas, estava
aberto (período de 01/11/23 a 12/11/23). Devido a delicadeza das perguntas, e para que as
pessoas se sentissem confortáveis em respondê-las, nosso questionário não pedia a
identificação de quem o respondeu. Bem, como, uma pergunta específica foi aplicada a forma
de múltipla escolha, deixando mais aberto para que fosse possível quem respondesse
expressar sua opinião de acordo com seu entendimento sobre o assunto.
Devido ao eixo deste questionário ser voltado as famílias, nossa primeira pergunta foi sobre as
pessoas possuírem algum familiar diagnosticado com o TEA. Das 52 respostas que obtivemos,
41 assinalaram a alternativa SIM (78,8%), enquanto apenas 11 NÃO (21,2%).
A pergunta seguinte, discute o tema que seguimos ao longo do nosso trabalho.
A partir dela, ficou perceptível que as pessoas num geral, inclusive aqueles que não possuem
histórico familiar de TEA, compreendem que houve um aumento no índice de pessoas na
condição nos últimos anos.
A terceira pergunta foi aplicada a opção de múltipla escolha, devido a forma como cada um
entende quais as possíveis razões que causaram o aumento no índice de pessoas com TEA.
Detalhando as respostas é possível ver que grande parte dos questionados, acredita que os
índices de pessoas aumentaram pois o Transtorno do Espectro Autista se tornou um assunto
com maior difusão atualmente.
Além de, os médicos estarem sendo mais objetivos nos diagnósticos, e a escola se fazer mais
presente ajudando a identificar as pessoas com TEA e orientar as famílias.
Em síntese o TEA representa uma preocupação global devido ao seu crescente número de
diagnósticos em todo o mundo. Este aumento pode ser atribuído, em parte, a uma maior
conscientização, diagnósticos mais precisos e uma compreensão mais abrangente dos critérios
diagnósticos.
Se faz mais que necessário que a sociedade em geral trabalhe de mãos dadas para enfrentar os
desafios associados ao aumento do número de casos. A melhoria de estratégias de intervenção
precoce, programas educacionais inclusivos e apoio contínuo às famílias são elementos-chave
para melhorar a qualidade de vida das pessoas com TEA em escala global. Ao abraçarmos uma
abordagem abrangente e colaborativa, podemos tornar a um mundo mais compreensivo e
solidário para aqueles que vivem com este transtorno.
Fontes
AUTISMO E JURISPRUDÊNCIA NO TJPE: ANÁLISE DAS DEMANDAS DE PESSOAS COM
TRANSTORNO DE ESPECTRO AUTISTA EM SAÚDE SUPLEMENTAR - 07/09/2019
https://www.nucleodoconhecimento.com.br/lei/autismo-e-jurisprudencia
https://revistagalileu.globo.com/amp/Ciencia/Saude/noticia/2020/08/uso-de-maconha-
na-gravidez-aumenta-risco-de-autismo-no-bebe-diz-estudo.html
Leis ainda são desafios -
https://www.conjur.com.br/2023-abr-02/autismo-conscientizacao-respeito-leis-ainda-
sao-desafios
Por que número de casos aumentou tanto nas últimas décadas -
https://www.canalautismo.com.br/artigos/por-que-o-brasil-pode-ter-6-milhoes-de-
autistas/https://g1.globo.com/educacao/noticia/2023/04/02/1-a-cada-36-criancas-tem-
autismo-diz-cdc-entenda-por-que-numero-de-casos-aumentou-tanto-nas-ultimas-
decadas.ghtml
https://institutosingular.org/o-que-causa-o-autismo/https://www.neurologica.com.br/
blog/quais-os-motivos-do-aumento-da-incidencia-do-autismo/amp
https://www.saopaulo.sp.leg.br/escoladoparlamento/wp-content/uploads/sites/
5/2021/11/Manual-dos-Direitos-da-Pessoa-com-Autismo.pdf
https://portal.campinas.sp.gov.br/noticia/49771
Sede do Programa de Atenção aos Transtornos do Espectro Autista é inaugurada na
Unicamp
https://hc.unicamp.br/newsite_noticia_328_sede-do-programa-de-atencao-aos-
transtornos-do-espectro-do-autismo-pratea-e-inaugurada-na-unicamp/
O Transtorno do Espectro Autista é considerado deficiência?
https://www.espacoreligare.com.br/tea-e-deficiencia/Lei
12764http://www.seid.pi.gov.br/download/202011/CEID12_150684ec58.pdf
Pessoas com transtorno do espectro autista podem ganhar espaços adaptados
https://www.cl.df.gov.br/-/pessoas-com-transtorno-do-espectro-autista-podem-ganhar-
espacos-adaptados-em-arenas-e-estadios
Projeto estabelece validade de 5 anos para laudos comprobatórios de deficiência
https://www.camara.leg.br/noticias/486141-projeto-estabelece-validade-de-cinco-anos-
para-laudos-comprobatorios-de-deficiencia/
Censo 2010 –IBGE
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/campinas/pesquisa/23/27652?detalhes=true