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Mecânica dos Solos

Avançada
Aula 1 - Comportamento de alguns solos típicos

Prof. Msc. Pedro Silveira Gonçalves Neto


1. Comportamento de Alguns Solos Típicos
Aula 1

 1.1. Introdução
 A mecânica dos solos clássica estuda o comportamento dos solos por meio de um sistema bifásico linear
no qual o solo é caracterizado por possuir duas fases distintas: solo completamente seco (ou seja, com
grau de saturação igual a zero), ou solo completamente saturado (ou seja, com grau de saturação igual a
100%).
 Este modelo não representa a totalidade dos solos em determinadas condições, portanto, é importante
atentarmos para o fato de que o conteúdo absorvido no curso clássico deve servir como embasamento, ou
ponto de partida, para a compreensão de alguns comportamentos não usuais dos solos, apresentados
neste curso.
 Em alguns casos, conforme Pinto (2000), o estudo dos diversos tipos de solo parte de premissas clássicas
mas “[...] são incorporados conhecimentos peculiares, detectados pela observação experimental. Para
cada um deles, existem estudos aprofundados, baseados em observações e em modelos construtivos que
procuram sintetizar os conhecimentos que vão se acumulando na Engenharia de Solos”.
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 1.2. Resistência ao Cisalhamento


 Antes de aprofundar nos comportamentos característicos de alguns solos, é importante revisar alguns
conceitos que envolvem a resistência ao cisalhamento dos solos visto que, existem peculiaridades
associadas ao assunto.
 Resistência é um valor numérico que representa o maior valor de tensão que um material consegue
suportar. Se a pressão aplicada excede este valor, acontece a ruptura. A ruptura do solo se dá
preferencialmente por cisalhamento, em planos onde a razão entre a tensão cisalhante e a tensão normal
atinge um valor crítico, planos estes conhecidos como planos de ruptura.

Figura 2. Planos de
Figura 1. Planos de desenvolvimento de ruptura em fundações superficiais. desenvolvimento de ruptura
Fonte: Pinto (2000) em taludes. Fonte: Pinto
(2000)
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 1.2. Resistência ao Cisalhamento


 No solo, toda energia que dissipa para baixo também dissipa para o lado. Isso ocorre por que a energia
dissipada tem um comportamento, que representado graficamente, assemelha-se à forma de bulbo
(PINTO, 2000).
 Isso significa que uma energia aplicada no sentido vertical provocará um deslocamento do solo no sentido
horizontal. Diz-se, portanto, que a tensão horizontal é parcela da tensão vertical e estas relacionam-se por
meio de um coeficiente (K0 – coeficiente de empuxo no repouso).
 Ou seja, o peso próprio do solo tem condições de gerar tensões horizontais, e portanto, qualquer
sobrecarga aplicada no nível do terreno contribui para proporcionar movimentação das partículas que
compõe a estrutura do solo. A ruptura ocorrerá quando as tensões entre as partículas são tais que
deslizam ou rolam umas sobre as outras, então, a resistência ao cisalhamento depende da interação entre
as partículas.
 Entretanto é importante destacar que existem substâncias cimentantes nos contatos intragranulares e
portanto, pode-se afirmar que, todos os solos apresentam algum grau de cimentação, ou seja, não é
apenas a rolagem entre as partículas que promove o cisalhamento.
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 1.2. Resistência ao Cisalhamento


 A interação entre as partículas pode ser de ordem friccional e demonstrada fazendo analogia ao problema
de deslizamento de um corpo rígido sobre uma superfície horizontal (conhecida no curso básico de
mecânica dos solos), propriedade esta conhecida como atrito interno do solos.
 A interação química entre as partículas, por sua vez, constitui um elemento independente na resistência ao
cisalhamento conhecida como coesão aparente por que a transmissão da força é feita pela água
adsorvida quimicamente pela partícula de solo.

Figura 3. Transmissão da força pela tensão superficial da água. Fonte: Lollo (2013).

Figura 4. Tensão superficial da


água em análise microscópica.
Fonte: Lollo, (2013).
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 1.2. Resistência ao Cisalhamento


 Uma vez entendidas as duas parcelas principais da resistência ao cisalhamento, faz-se agora necessário
a compreensão de um conceito envolvendo o comportamento das tensões em um elemento de solo
qualquer.
 Num plano genérico no interior do subsolo, a tensão atuante não é necessariamente normal ao plano. Em
qualquer ponto do solo existem 3 direções de atuação das forças e sempre existem três planos em que a
tensão atuante é normal ao próprio plano, não existindo a componente de cisalhamento: s1, s2 e s3 (ou
direções x, y e z).
 Estas forças são conhecidas como Tensão Principal Maior (s1), Tensão principal Menor (s3) e Tensão
Principal Intermediária (s2).
 Em mecânica dos solos, as tensões são consideradas positivas quando são de compressão, e as de
cisalhamento são positivas quanto atuantes no sentido anti-horário. Consideram-se também os ângulos
positivos quando estão no sentido anti-horário.
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 1.2. Resistência ao Cisalhamento


 Normalmente associa-se a s1 o maior valor de tensão aplicada (vertical) e a s3, o menor valor de
tensão aplicada (horizontal) e de maneira geral estuda-se o estado de tensões nos planos
genéricos em que ocorrem s1 e s3.
• Conforme Pinto (2000), nos problemas de engenharia de solos,
envolvendo a resistência dos solos, interessam apenas s1 e s3
pois, a resistência depende das tensões de cisalhamento e
estas, são fruto das diferenças entre as tensões principais e a
maior diferença ocorre nas citadas.

• O estado de tensões atuantes em todos os planos passando por


um ponto pode ser representado graficamente num sistema de
coordenadas, cujas equações 2 e 3 definem um circulo,
conhecido como círculo de Mohr.

Figura 5. Estudo do estado plano de tensões em um plano


genérico. Fonte: Pinto (2000)
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 1.2. Resistência ao Cisalhamento


 Por relação de triângulos é possível obter expressões que possibilitam determinar os valores de s e t em
qualquer situação e assim:

𝜎1 +𝜎3 𝜎1 −𝜎3
𝜎𝛼 = + cos(2𝛼) (1)
2 2

𝜎1 −𝜎3
𝜏𝛼 = 𝑠𝑒𝑛(2𝛼) (2)
2

Figura 6. Circulo de Mohr. Fonte: Pinto (2000)


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 1.2. Resistência ao Cisalhamento


 1.2.1. Critério de Ruptura Mohr – Coulomb
 Em um circulo de Mohr qualquer a ruptura ocorrerá no plano conhecido como plano de máxima
obliquidade, plano este em que estiver agindo simultaneamente uma tensão normal e uma tensão
cisalhante tais que estas formem um ângulo de 90º entre si, quando a envoltória tangenciar o
círculo. t

Envoltória

Figura 7. Critério de Mohr -


Coulomb

s
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 1.2. Resistência ao Cisalhamento


 1.2.1. Critério de Ruptura Mohr – Coulomb
 Da figura 8, observa-se que o plano a cujas tensões normais e cisalhantes promovem a ruptura,
está diretamente relacionado com as propriedades geométricas do circulo de Mohr. Se do
centro do círculo de Mohr (ponto D), traçar-se uma paralela à envoltória de resistência, constata-se
que o ângulo 2a é igual ao ângulo 𝜑 mais 90º, assim:
𝜑
𝛼𝑐𝑟𝑖𝑡 = 45 + (4)
2
𝜎1 −𝜎3
𝑠𝑒𝑛𝜑 = , 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐=0 (5)
𝜎1 +𝜎3
𝜎1 +𝜎3
2
𝑠𝑒𝑛𝜑 = 𝜎 +𝜎 , 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐 ≠ 0 (6)
𝑐.𝑐𝑜𝑡𝑔𝜑+ 1 2 3
𝜎1 −𝜎3
𝜏𝑚𝑎𝑥 = (7)
2

Figura 8. Análise do Estado de Tensões no Plano de Ruptura. Fonte: Pinto (2000)


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 1.2. Resistência ao Cisalhamento


 1.2.2. Ensaios para Determinação da Resistência ao Cisalhamento
 1.2.2.1.Ensaio de Cisalhamento Direto
Recomenda-se a leitura da NBR 12957 (ABNT, 2013) para melhor entendimento do conteúdo
 Ensaio consiste da aplicação de uma tensão tangencial ao corpo de prova enquanto as tensões
normais são controladas e fixas. As forças normais e tangenciais são divididas pelas áreas das seções
do CP e fornecem os valores de s e t no ensaio;
 Inicialmente aplica-se uma força normal no corpo de prova da ordem de 1 kgf/cm² e aumenta-se a
tensão tangencial até o cessar do deslocamento lateral do corpo de prova. São registrados os valores
da deformação horizontal e vertical, pois, o registro do deslocamento permite determinar se houve
diminuição ou aumento de volume
 Coletados os dados referentes ao estagio de carregamento vertical de 1,0 kgf/cm², repete-se o
procedimento com valores de 2,0 kgf/cm² e 3,0 kgf/cm².
 A representação de t em função do deslocamento medido, possibilita identificar os valores de tmax e
três. Os valores de tmax são confrontados com as tensões normais e possibilitam a determinação da
envoltória de esforços.
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 1.2. Resistência ao Cisalhamento


 1.2.2. Ensaios para Determinação da Resistência ao Cisalhamento
 1.2.2.1.Ensaio de Cisalhamento Direto

Figura 10. Esquema de execução do ensaio. Fonte: UFSM (2011).

Figura 9. Aparelho manual para ensaio de cisalhamento


direto. Fonte: Solotest (2013).
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 1.2. Resistência ao Cisalhamento


 1.2.2. Ensaios para Determinação da Resistência ao Cisalhamento
 1.2.2.1.Ensaio de Cisalhamento Direto

Figura 11. Exemplo de resultado de ensaio de Figura 12. Determinação da envoltória de esforços por meio de ensaio
cisalhamento direto. Fonte: Barbosa e Lima (2013) de cisalhamento direto. Fonte: Barbosa e Lima (2013)
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 1.2. Resistência ao Cisalhamento


 1.2.2. Ensaios para Determinação da Resistência ao Cisalhamento
 1.2.2.2.Ensaio de Cisalhamento Triaxial

• O ensaio de compressão triaxial convencional consiste na


aplicação de um estado hidrostático de tensões e de um
carregamento axial sobre um corpo de prova cilíndrico do
solo.
• Para isto, o corpo de prova é colocado dentro de uma
câmara de ensaio, cujo esquema é mostrado na figura 18,
e envolto por uma membrana de borracha.
• A câmara é cheia de água, à qual se aplica uma pressão,
que é chamada pressão confinante ou pressão de
confinamento do ensaio. A pressão confinante atua em
todas as direções, inclusive na direção vertical. O corpo de
prova fica sob um estado hidrostático de tensões.

Figura 13. Esquema da câmara de ensaio triaxial. Fonte: Pinto (2000)


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 1.3. Solos Residuais


 Quando se pensa em estrutura do solo, pensamos em um arranjo das partículas do solo não explicados
pelo histórico de tensões. Nos solos pouco intemperizados (saprolíticos), a estrutura é influenciada pela
rocha mãe, pois o solo carrega suas características (PIRES e RIBEIRO JUNIOR, 2015). Esta
peculiaridade, em certos casos, conforme Pinto (2000), torna difícil a determinação se suas características
por meio de ensaios de laboratório, pois os corpos de prova moldados de uma única amostra podem
apresentar características bem distintas.
 O estado plano de tensões é de difícil reconhecimento pois, um solo com a estrutura destruída (solos
desagregados e posteriormente compactados) apresentam valores de resistência ao cisalhamento, ângulo
de atrito interno e coesão diferentes.
 Como o estado plano de tensões também é influenciado pela proximidade com o nível do lençol freático,
as variáveis que compõem a análise de um solo residual podem ser de ordem não saturada, ou
saturada. Além disso, Santos (2015) observou que a resistência ao cisalhamento é fortemente
influenciada pelo ângulo formado entre o plano de compactação e a orientação de sua amostragem.
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 1.4. Solos Cimentados


 É importante ressaltar que, devido à questão cimentante inerente à cada tipo de solo, tem-se, portanto,
dois tipos de coesão nos solos: a coesão original e a coesão aparente (aquela que depende da
água adsorvida).
 O efeito da cimentação no comportamento mecânico dos solos pode ser observado pelos resultados de
ensaios de compressão triaxial ou compressão edométrica, conforme Pinto (2000). Nestes, “quando os
resultados são apresentados em gráficos de variação do índice de vazios em função da tensão aplicada,
observa-se uma alteração da curva, para um certo nível de tensão, acentuando-se a redução do índice
de vazios. Esta tensão característica é denominada tensão de cedência.”
 O efeito da cimentação se manifesta na resistência dos solos, existindo, três tipos mais comuns de
comportamento em ensaios de compressão triaxial, conforme Pinto (2000).
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 1.4. Solos Cimentados


 Caso 1: quando a tensão confiante é bastante baixa, perante a tensão de cedência, a tensão desviadora
máxima é atingida com pequena deformação (quando a cimentação é destruída), após, a tensão
desviadora se estabiliza em um nível mais baixo (quando a resistência passa a ser única e exclusiva
devida ao atrito entre as partículas);
 Caso 2: para uma tensão confinante mais alta, mas ainda abaixo da tensão de cedência, a curva tensão
por deformação apresenta uma mudança de comportamento quando a cimentação é destruída, havendo
entretanto, uma resistência final com desviadora maior, devida ao atrito entre os grãos que passa a ser
mobilizado;
 Caso 3: para tensões confinantes acima da tensão de cedência, o comportamento do material é típico de
solos não cimentados, pois o próprio confinamento já destruiu a cimentação.
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 1.4. Solos Cimentados


Tensão Desviadora

Tensão de Cedência

Figura 14. Comportamento típico em solos cimentados. Fonte: Adaptado Figura 15. Exemplo de tensão de cedência em ensaio de adensamento
de Pinto (2000) inundado. Fonte: Adaptado de Al Rawas (2000)
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 1.5. Solos Não Saturados


 Solos não saturados constituem a terceira parte de um sistema trifásico, este, mais coerente com a
realidade. Nele, o solo possui um grau de saturação intermediário ocasionando o surgimento de uma
pressão de ar intragranular não prevista pelas teorias de Terzaghi, que difere da pressão da agua
existente nos vazios do solo: a pressão de sucção (ou sucção matricial) que aumenta inversamente
proporcional à diminuição do teor de umidade, ao contrario da tensão efetiva. Na figura 16, a
situação B possui maior pressão de sucção do que a situação A.

Figura 16. Situações de


partículas em pressão de
sucção num solo parcialmente
saturado. Fonte: Pinto (2000).
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 1.5. Solos Não Saturados


 De um modo geral os solos não saturados perdem resistência quando submetidos a aumentos no
teor de umidade. Isto poderá ocorrer por perda de resistência nas ligações que existem entre os grãos,
além da diminuição na sucção. A perda de umidade poderá levar o solo a contrações importantes às quais
podem trazer consequências prejudiciais a estruturas que se apoiem sobre esses solos, por exemplo, por
meio de recalques bruscos.

Pressão negativa na água dos poros

Tensão Normal (s – ua) Sucção Matricial (ua - uw)

Mecânica dos Solos Não Saturados N.A.


Mecânica dos Solos Saturados
Tensão Efetiva (s – uw)
Pressão positiva na água dos poros Figura 17. Visualização da mecânica dos solos generalizada.
Fonte: Fredlund (1996, apud LOLLO, 2008).
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 1.5. Solos Não Saturados


 A qualquer variação na pressão parcial de vapor da água do solo corresponde uma variação na sucção.
Se a concentração de sais for modificada, por exemplo, ocorre modificação na sucção osmótica (ψo). Se a
curvatura de um menisco for modificada ocorre uma modificação na sucção matricial (ψm). A sucção total
(ψt) é dada pela soma da sucção matricial com a sucção osmótica.
 Logo,

𝜓𝑡 = 𝜓𝑚 + 𝜓0 (8)

𝜓𝑚 = (𝑢𝑎 − 𝑢𝑤 ) (9)

 Onde: 𝑢𝑎 representa a pressão no ar e 𝑢𝑤 a pressão na água. A compreensão da influência da matriz do


solo na sucção pode ser auxiliada pelo conceito de capilaridade, embora não seja esse o único fenômeno
normalmente presente nos sistemas solo-ar-água.
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 1.5. Solos Não Saturados


 1.5.1. Ensaio Triaxial Não Drenado (UU)
 Nos ensaios rápidos sobre argilas saturadas, o acréscimo de tensão axial na ruptura é o mesmo para
qualquer tensão confinante. Este fenômeno não ocorre para argilas não saturadas, pois ocorrem cenários
diferentes para pressões confinantes diferentes como apresentados na figura 18 (PINTO, 2000)

• Situação A: Quando a pressão confinante é nula, a pressão


neutra é NEGATIVA.
• Situação B: Quando se aplica uma pressão confinante, o
aumento da pressão neutra corresponde só a uma parte dessa
pressão.
• Situação C: Nota-se que quanto maior for a pressão confinante
maior será a resistência.
• Situação D: O aumento de pressão confinante comprime o ar e
o grau de saturação aumenta. Com isso o solo passa a agir com
comportamento de um solo totalmente saturado.

Figura 18. Ensaio UU em solo não saturado demonstrando pressões neutras e efetivas após o
carregamento em comparação com um solo totalmente saturado. Fonte: Pinto (2000).
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 1.5. Solos Não Saturados


 1.5.2. Ensaio Triaxial Drenado (CD)

• Se, no ensaio de compressão triaxial


drenado, a pressão no ar ficar igual igual à
pressão atmosférica, a pressão na água,
contida pelos meniscos, será negativa,
conferindo ao solo um acréscimo de
resistência, tanto maior quanto menor o
grau de saturação e, portanto, quanto
maior for o valor da sucção matricial.

Figura 19. Envoltórias de resistência em ensaios triaxiais drenados, CD, em solos não
saturados.Fonte: Pinto (2000).
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 1.6. Solos Colapsíveis


 Solo colapsível pode ser definido como qualquer solo insaturado que passe por um rearranjo radical de
partículas e grande perda de volume após o umedecimento com ou sem carrega adicional (DUDLEY,
1970).

• Vilar e Ferreira (2015) comentam que a ocorrência


do fenômeno é comum em: (i) regiões onde a
estrutura porosa do solo é constituída de
partículas interligadas por argila, óxido de ferro,
alumínio ou carbonatos e; (ii) solos em regiões
onde a evapotranspiração excede a precipitação,
regiões de alternância de estações secas e
chuvas intensas e concentradas.

Figura 20. Solos Colapsíveis estudados no Brasil.Fonte: Ferreira et al (1989)


apud Lollo (2008).
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 1.6. Solos Colapsíveis


 O fenômeno de colapso está associado à estrutura porosa do solo (AL RAWAS, 2000). Sabe-se que uma
fração fina das partículas que compõe o material inconsolidado age como ligante entre as partículas de
tamanho maior e que a estabilidade é devida ao peso próprio do solo, associado a um teor de umidade
natural, que comprime o sistema solo-agua-ar de tal maneira que o maciço alcance uma condição “meta-
estável” (BARDEN et al, 1973).
 Rodrigues e Lollo (2008) afirmam que os principais fatores que são capazes de garantir ao solo esta
resistência temporária são as forças eletromagnéticas de superfície, a sucção e a presença de
alguma substância cimentante, como óxidos de ferro e os carbonatos. Collares (1997, apud
RODRIGUES e LOLLO, 2008) verificou que a estrutura é mantida pela presença de algum vínculo capaz
de conferir ao solo uma resistência temporária.
 Entretanto, quando o solo carregado é submetido à uma condição de umidade crítica (a qual levará o solo
a um grau de saturação crítico) a estabilidade provisória é interrompida formando assim, um novo
arranjo estrutural estável de volume menor que o anterior e o solo entra em colapso.
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 1.6. Solos Colapsíveis

Figura 21. Subsidência por colapso. Fonte: Silva (2018) Figura 22. Colapso de solo. Fonte: Silva (2018)
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 1.6. Solos Colapsíveis

Figura 23. Mecanismo de Colapso: Estrutura de solo antes e depois de uma inundação. Fonte:
Adaptado de Al Rawas (2000)
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 1.6. Solos Colapsíveis


 1.6.1. Critérios de Identificação e Classificação dos Solos Colapsíveis
 1.6.1.1. Métodos Indiretos
• De maneira geral, admite-se, na bibliografia
que um solo de comportamento colapsível,
aquele que possui um grau de saturação que
varia entre 40% e 60%;

• Ayadat e Hanna (2009), propuseram novas


interpretações na predição do comportamento
colapsível. Conhecidos os pesos específicos
do solo e dos sólidos, respectivamente, os
autores propuseram uma carta para verificar
a susceptibilidade ao colapso dos solos
(figura 22).
Figura 24. Carta de Susceptibilidade ao Colapso. Fonte: Adaptado de Ayadat e Hanna
(2009)
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 1.6. Solos Colapsíveis


 1.6.1. Critérios de Identificação e Classificação dos Solos Colapsíveis
 1.6.1.1. Métodos Indiretos
 Correlações semi-empíricas provenientes do ensaio SPT permitem a identificação da colapsividade
dos solos. Entretanto, Souza Neto (2004) comenta que não existe um critério consolidado para
identificação de solos colapsíveis a partir de ensaios de campo.
 Vargas (1978 apud BATISTA e BANDEIRA, 2012), afirma que, por meio do potencial de colapso (PC) é
possível verificar se o solo possui comportamento colapsível. Amundaray & Boiero (2011), afirmam
que, para solos da Venezuela, geralmente os solos colapsíveis possuem valores de resistência à
penetração (NSPT) inferiores a 10.
 Décourt (1992 apud QUARESMA et al, 1998) demonstrou que a colapsividade de um solo pode ser
identificada pelo índice de torque (TR) do ensaio de SPT-T (aplicação de torque posterior ao
recolhimento e identificação das amostras). O autor afirma que, caso o PC seja maior do que 2% e, o
TR estiver entre 2 < TR < 3, o solo pode ser considerado colapsível.
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 1.6. Solos Colapsíveis


 1.6.1. Critérios de Identificação e Classificação dos Solos Colapsíveis
 1.6.1.2. Métodos Diretos
 Ainda que limitados, os ensaios SPT e os ensaios de laboratório ainda são os métodos mais utilizados
para determinação do potencial de colapso do solo. A literatura descreve ainda que os ensaios de
laboratório são mais utilizados para determinação do potencial de colapso.Usualmente, os testes
simulam a condição de saturação crítica do solo no ensaio de compressão edométrica, Dourado
(2005) descreve que neste caso, o carregamento do CP é feito até uma determinada tensão, inunda-
se o material e observa-se as deformações.
 Jennings e Knight (1975) definiram o potencial de colapso (PC) com base em ensaios edométricos
simples. Para tanto, o corpo de prova é solicitado até uma tensão de 200kPa e, posterior ao cessar
das deformações, o CP é inundado. 24h depois, a amostra é solicitada novamente até o término do
ensaio. Jennings e Knight (1975) propuseram uma classificação para a severidade do problema de
colapso em função do potencial descrito previamente conforme a tabela 1. A figura 15 (anterior)
representa um resultado comum a ensaios edométricos simples com inundação.
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 1.6. Solos Colapsíveis


 1.6.1. Critérios de Identificação e Classificação dos Solos Colapsíveis
 1.6.1.2. Métodos Diretos
∆𝐻 ∆𝑒𝑐
𝑃𝐶 = = . 100% (10)
𝐻0 1+𝑒0
 Onde,
Severidade dos problemas Potencial de
 PC – Potencial de Colapso; Colapso (%)
 DH – Diferença de altura do CP após a inundação;
 H0 – Altura inicial do CP; Sem problema 0-1
 Dec – Variação do Índice de Vazios após a inundação; Problema moderado 1,1 – 5,0
Problemático 5,1 – 10,0
 e0 – Índice de Vazios inicial da amostra.
Problema Grave 10,1 – 20,0

Problema muito grave > 20,1


Tabela 1. Classificação da colapsividade nas obras de engenharia. Fonte: Adaptado de
Jennings e Knight (1975)
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 1.6. Solos Colapsíveis


 1.6.1. Critérios de Identificação e Classificação dos Solos Colapsíveis
 1.6.1.2. Métodos Diretos
 Jennings e Knight (1975) sugerem também o ensaio duplo de adensamento: dois ensaios de são
executados em paralelo. O Ensaio Edométrico Duplo consiste em preparar dois corpos-de-prova
idênticos para serem ensaiados, o primeiro com umidade natural e o outro inundado desde o início do
ensaio.
 As duas amostras são submetidas a uma tensão de 1 kPa durante 24 horas. Após este período,
aplicam-se carregamentos progressivos para obtenção de medidas de deformação axial. Com o
término dos ensaios, as curvas e vs log σ (índice de vazios vs logarítmico da tensão) referentes aos
dois ensaios são traçadas, sobrepostas e ajustadas (LOLLO e RODRIGUES, 2008).
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 1.6. Solos Colapsíveis
 1.6.1. Critérios de Identificação e Classificação dos Solos Colapsíveis
 1.6.1.2. Métodos Diretos
 Reginatto e Ferrero (1973) apresentaram um critério para determinar a suscetibilidade ao colapso dos
solos para uma determinada tensão vertical, tomando-se como referência a tensão vertical geostática
e a tensão de pré-adensamento sob duas condições limites: na umidade natural e na condição
saturada.

𝜎𝑐𝑠 −𝜎𝑣0
𝐶= (11)
𝜎𝑐𝑛 −𝜎𝑣0

 Onde,
 C – Coeficiente de Colapsibilidade;
 𝜎𝑐𝑠 – Tensão de pré-adensamento ou de cedência virtual do solo inundado;
 𝜎𝑐𝑛 – Tensão de pré-adensamento ou de cedência virtual do solo na umidade natural;
 𝜎𝑣0 – Tensão vertical devida ao peso próprio do solo em campo.
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 1.6. Solos Colapsíveis


 1.6.1. Critérios de Identificação e Classificação dos Solos Colapsíveis
 1.6.1.2. Métodos Diretos

Figura 25. Resultados de Ensaios Duplos.


Adaptado de Souza Neto (2004) e Vilar e
Ferreira (2015).
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 1.6. Solos Colapsíveis


 1.6.1. Critérios de Identificação e Classificação dos Solos Colapsíveis
 1.6.1.2. Métodos Diretos
 Visto que 𝜎𝑐𝑠 é um estágio induzido de carregamento, existe a possibilidade de 𝜎𝑐𝑠 < 𝜎𝑣0 e, portanto, C
< 0. Quando esta condição é atingida, diz-se que o solo é verdadeiramente colapsível e sofre colapso
sem carregamento externo;
 Caso 𝜎𝑐𝑠 < 𝜎𝑣0 e, portanto, 0 < C < 1, diz-se que o solo é condicionalmente colapsível e o colapso
depende da pressão externa (𝜎𝑓 = 𝜎𝑣0 + ∆𝜎), onde ∆𝜎 representa a sobrecarga devido a um
carregamento:
 Se 𝜎𝑓 < 𝜎𝑐𝑠 – não ocorre colapso;
 Se 𝜎𝑐𝑠 < 𝜎𝑓 < 𝜎𝑐𝑛 – ocorre colapso se o solo for inundado após carregamento;
 Se 𝜎𝑓 > 𝜎𝑐𝑛 – pode ocorrer colapso mesmo sem inundação;
 Em casos nos quais 𝜎𝑐𝑠 = 𝜎𝑐𝑛 (tornando assim C = 1), há indefinição sobre a ocorrência do fenômeno;
 Quando C = -∞, 𝜎𝑐𝑛 = 𝜎𝑣0 . Caso de solos não-cimentados, normalmente consolidados.
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 1.6. Solos Colapsíveis


 1.6.1. Critérios de Identificação e Classificação dos Solos Colapsíveis
 1.6.1.2. Métodos Diretos
 A normativa D5333 (ASTM, 2003) propõe outra classificação baseada no índice de colapso definido
em tradução livre como: “magnitude relativa de colapso determinada a uma pressão de 200 kPa no
ensaio edométrico simples”, disposto na tabela 2.

Grau de Colapso da Amostra Índice de


Colapso
(%)
Nenhum 0
Leve 0,1 – 2,0
Moderado 2,1 – 6,0
Moderadamente Severo 6,1 – 10,0
Severo > 10,1
Tabela 2. Classificação do índice de Colapso. Fonte: Adaptado de ASTM (2003).
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 1.7. Solos Expansivos


 A expansão de um solo é a variação de volume resultante da mudança de umidade ou
sucção. A exemplo dos solos colapsíveis, o estudo da colapsividade dos solos é geralmente feita
por meio de ensaios de compressão edométrica. A expansão depende da pressão aplicada à
amostra, sendo tanto menor quanto maior a pressão.
 Segundo Pereira (2004), a expansibilidade dos argilominerais é um dos fatores mais importantes
que influenciam o comportamento dos materiais argilosos em solos e a durabilidade dos materiais
rochosos.
 Cavalcante et al (2006) mencionam que é fácil identificar a presença de solos expansivos quando
construções leves sofrem levantamentos e desaprumos em períodos chuvosos, ocasionando o
aparecimento de trincas, quando retorna o período de estiagem.
 Pereira (2004) menciona que, de forma geral, em maior ou menor escala, todos os solos são expansivos
quando a tensão efetiva entre suas partículas é reduzida por uma razão qualquer, embora se
costume admitir como solos expansivos aqueles que apresentam expansões superiores a 1%,
sendo que essa variação volumétrica deve-se apenas à alteração do teor de umidade, sem qualquer
variação nas cargas aplicadas.
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 1.7. Solos Expansivos


 A propriedade mais importante dos argilominerais expansivos é a capacidade de mudar de volume pela
absorção de moléculas de água ou outros íons polares em sua estrutura (SOARES et al, 2013).
 Pereira (2004) cita elementos que podem influenciar no processo expansivo: tipo e teor de argilominerais,
tipo e resistência da cimentação, densidade seca, macroestrutura do material, histórico de tensões,
temperatura, sucção do solo, plasticidade, microestrutura do material, clima, lençol freático, vegetação,
permeabilidade, carregamento, perfil do solo, umidade natural, espessura da camada e profundidade da
camada expansiva.
 Soares et al (2013) explicam que existem técnicas indiretas utilizadas para a determinação da constituição
mineralógica dos solos expansivos. Ao se saber que tipo de argilomineral está presente no solo, pode-se
inferir se este é passível ou não de sofrer expansão.
 As dificuldades para identificação ocorrem quando existem misturas de argilominerais de vários grupos,
seja pela possibilidade de interferência nos diversos métodos de identificação, seja pelo fato de alguns
argilominerais não serem detectáveis abaixo de determinado teor na amostra, teor este, que pode variar
dependendo do argilomineral e do método de ensaio (PEREIRA, 2004).
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 1.7. Solos Expansivos


 A Tabela 3 apresenta correlações entre o potencial de expansão e índices de plasticidade e de contração e
limite de liquidez, indicadas por Bowles (1977, apud SOARES et al, 2013).
 O potencial de expansão de um solo também foi analisado por Chen (1974 e 1983, apud SOARES et al,
2013) em função do índice de plasticidade e limite de liquidez, conforme Tabela 4.

Potencial de IP IC LL Potencial de IP LL
expansão expansão (Chen, 1974) (Chen, 1983)
Baixo < 18 >15 20 a 35 Baixo 0 a 15 < 30
Médio 15 a 28 10 a 15 35 a 50 Médio 10 a 35 30 a 40
Alto 25 a 41 7 a 12 50 a 70 Alto 20 a 55 40 a 60
Muito alto > 35 < 11 > 70 Muito alto > 35 > 60
Tabela 3. Potencial de Expansão por Bowles. Fonte: Tabela 4. Potencial de Expansão por Chen (1974) e Chen
Soares et al (2013) (1983). Fonte: Soares et al (2013)
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 Exercícios
 01) Determinar a resistência ao cisalhamento para uma amostra indicada no perfil abaixo considerando os
valores obtidos no ensaio triaxial.
1. Comportamento de Alguns Solos Típicos
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 Exercícios
 02) Considere que um solo esteja submetido a uma pressão total de terra equivalente a 20kN/m² e a uma
pressão neutra equivalente à 8kN/m². Quais são os valores das resistências ao cisalhamento de cada
amostra.
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 Referências Bibliográficas
 Cavalcante, E. H.; Santos ; Souza Neto. Propriedades geotécnicas de um solo expansivo de Sergipe. In: II
GEOJOVEM, 2006, Nova Friburgo - RJ. GEOJOVEM 2006. Nova Friburgo, 2006.
 Ibañez, J.P. Modelagem Micro-mecânica Discreta de solos Residuais. Tese de Doutorado, PUC-Rio, 2008.
 Lollo, J.A. (org). Solos Colapsíveis: Identificação, Comportamento, Impactos, Riscos e Soluções
Tecnológicas. UNESP, 2008.
 Pereira, E.M. (2004). Estudo do comportamento à expansão de materiais sedimentares da Formação
Guabirotuba em ensaios com sucção controlada. Tese de Doutorado em Engenharia Geotécnica – USP –
Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo.
 Pinto, C.S. Curso Básico de Mecânica dos Solos em 16 Aulas. Ed. Oficina de Textos, 2000.
 Pires, R.R.; Ribeiro Júnior, I. Estudo da Resistência ao Cisalhamento dos Solos Residuais Saprolíticos de
Filito da Baixada Cuiabana. In: XVIII Congresso Brasileiro de Mecânica dos Solos e Engenharia
Geotécnica - COBRAMSEG, 2016.
 Santos. R.A. Comportamento Anisotrópico de um Solo Laterítico Compactado. Dissertação de Mestrado,
EESC, 2015.
1. Comportamento de Alguns Solos Típicos
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 Referências Bibliográficas
 Silva, J.L.M. Curso Básico de Percepção e Mapeamento do Risco Geológico – Colapso e Subsidência.
Serviço Geológico do Brasil. Vitória /ES, 2018. Disponível em <
https://defesacivil.es.gov.br/Media/defesacivil/Capacitacao/CBPRG2018/Vit%C3%B3ria_Subsid%C3%AAn
cia%20e%20Colapso_Jo%C3%A3o.pdf > acessado em 24 de fevereiro de 2020.
 Soares, J.M.D., Pires, G.M., Conterato, T.M. Solos Expansivos: Estudo de Caso em Santa Maria/RS. In:
GEORS – VII Seminário de Engenharia Geotécnica do Rio Grande do Sul

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