Mecanica Dos Solidos - Cisalhamento
Mecanica Dos Solidos - Cisalhamento
Mecanica Dos Solidos - Cisalhamento
MINAS GERAIS
CURSO DE ENGENHARIA MECATRNICA
Tenses Normais de Cisalhamento
Divinpolis
2014
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CENTRO FEDERAL DE EDUCAO TECNOLGICA DE MINAS
GERAIS
CURSO DE ENGENHARIA MECATRNICA
Tenses Normais de Cisalhamento
Professor:
Prof. Mestre. Josias Gomes Ribeiro Filho
Alunos:
Affonso Salomo de Arajo
Bruno Coutinho
Gustavo Barros Castro
Joo Paulo Andrade Coelho
Lucas Arantes Lemos Oliveira
Nelson Ferraz Neto
Tulio Csar Borges
rea CNPQ:
3.01.02.04-9 Mecnica das Estruturas
3.05.03.01-9 Mecnica dos corpos Slidos, Elsticos e Plsticos
3.05.03.03-5 Anlise de Tenses
Divinpolis - Janeiro de 2014
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SUMRIO
RESUMO ..................................................................................................................................... 3
1. INTRODUO .................................................................................................................... 4
1.1. Justificativa ................................................................................................................ 4
1.2. Objetivos ..................................................................................................................... 5
2. REVISO BIBLIOGRAFICA ............................................................................................. 6
2.1. Tenses Normais...................................................................................................... 6
2.2. Cisalhamento ............................................................................................................. 6
2.2.1. Tenso de Cisalhamento ...................................................................................... 7
2.2.2. Solicitao de Cisalhamento e cisalhamento Puro ............................................ 8
2.3 Teoria de mxima tenso de cisalhamento (Critrio de Tresca) ...................... 9
3. DESENVOLVIMENTO DOS EXERCICIOS ................................................................. 11
3.1. Resoluo do exerccio 1.69.................................................................................... 11
3.2. Resoluo do exerccio 1.70.................................................................................... 12
4. CONCLUSES ................................................................................................................. 13
BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................................... 15
ANEXO A ................................................................................................................................... 16
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RESUMO
Tenso de Cisalhamento ou Tenso de Corte um tipo de Tenso gerado por
foras aplicadas em sentidos opostos porm em direes semelhantes. Na
engenharia tem destaque especial na determinao e dimensionamento de
estruturas isostticas, isbaras e iscronas. Sua ocorrncia comumente em
parafusos, rebites e pinos que ligam as diversas partes das maquinas e
estruturas. Este trabalho foi feito visando explicar o funcionamento das tenses
de cisalhamento, iniciando com uma reviso bibliogrfica de tenses normais e
uma mais detalhada reviso sobre foras de cisalhamento, em seguida h
resoluo de exerccios sobre tal fora.
Palavras-chave: Resistencia dos Materiais, Cisalhamento, Mecnica dos
slidos.
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1. INTRODUO
Tenso de cisalhamento um tipo de tenso gerado por foras aplicadas
em sentidos opostos porm em direes semelhantes no material analisado.
Um exemplo a aplicao de foras perpendiculares mas em sentidos
opostos.
O presente trabalho apresenta uma breve explicao sobre o
funcionamento das tenses de cisalhamento.
1.1. Justificativa
O estudo das tenses de cisalhamento so de extrema importncia para
os profissionais da rea de engenharia, pois esto presentes em diversos
elementos estudados por estes.
Em mecnica dos solos, as tenses cisalhantes so as responsveis
pelas rupturas em encostas, vales, depresses, senos, barragens e outras
solicitaes geomecnicas do solo sedimentar jovem. Solos argilosos no
podem ter este tipo de anlise simplificado pois as micro-argilas, isto , os
argilo-minerais possuem uma camada de gua que os envolve, de tal modo
que as solicitaes mecnicas do material so suportadas pela gua
constituinte.
No estudo de topografia, a correlao de erros numa
determinada poligonal fato crucial. Erros podem ser reduzidos quando a
estao total (ou no) instalada em pontos seguros do terreno, escolhidos de
acordo com a tenso cisalhante da rocha s. Este procedimento muito
empregado em levantamentos rodovirios trans-estaduais, ou seja, de grande
extenso territorial e mercadolgica.
As tenses cisalhantes aplicadas na engenharia mecnica tem destaque
especial na determinao e dimensionamento de estruturas isostticas e
isbaras, s vezes iscronas. Aparece muito comumente em parafusos, rebites
e elementos de ligao.
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1.2. Objetivos
O objetivo geral deste trabalho explicar de maneira breve o
funcionamento das tenses de cisalhamento.
Os objetivos especficos:
Exemplificar a importncia das tenses de cisalhamento
Realizar reviso bibliogrfica sobre tenso de cisalhamento
Desenvolver os exerccios 1.69 e 1.70 do livro Resistncia dos Materiais
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2. REVISO BIBLIOGRAFICA
Foi realizada uma breve pesquisa bibliogrfica para levantamento de
dados sobre o assunto abordado. O trabalho ser dividido em uma breve
explicao sobre tenses normais, Seguida de explicao mais detalhada
de tenses de cisalhamento.
2.1. Tenses Normais
A carga normal F, que atua em uma pea, origina nesta, uma tenso
normal (sigma), que determinada atravs da relao entre a intensidade
da carga aplicada F, e a rea de seo transversal da pea A.
No Sistema Internacional, a fora expressa em Newtons (N), a rea
em metros quadrados (m). A tenso () ser expressa ento em N/m,
unidade que denominada Pascal (Pa). Na prtica, o Pascal torna-se uma
medida muito pequena para tenso, ento usa-se mltiplos desta unidade, que
so o quilopascal (KPa), megapascal (MPa) e o gigapascal (Gpa). (Dutra,
2006)
2.2. Cisalhamento
Um corpo submetido ao esforo de cisalhamento quando sofre a ao
de um carregamento P que atua na direo transversal ao seu eixo. (Figura 1)
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Figura 1: Cisalhamento
2.2.1. Tenso de Cisalhamento
A ao de cargas transversais num corpo provoca o aparecimento de
foras internas, na seo transversal, denominadas esforo cortante. A tenso
de cisalhamento obtida atravs da razo entre a fora cortante F e a rea
de seo transversal (rea de corte) A.
Onde N representa a quantidade de reas cisalhadas com a aplicao
da fora F.
Importante destacar que o valor obtido um valor mdio de tenses e,
contrariamente situao das Tenses Normais, a distribuio das Tenses de
cisalhamento no pode ser assumida como uniforme. (Beer, 1995)
Para sees retangulares a Tenso mxima de Cisalhamento
ser igual
a
Observando o corte obliquo temos que a tenso normal
mxima
quando =0 e a tenso de cisalhamento
mxima quando .
A lei de Hooke, aplicada ao cisalhamento, relaciona a tenso cisalhante
distoro atravs da constante fsica do material G (Mdulo de rigidez
transversal ou mdulo de Coulomb), caracterizando a propriedade dos
materiais elsticos se deixarem deformar ao cisalhamento (Di Blasi, 1990).
Assim, outra equao do cisalhamento :
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Sendo a distoro medida em radianos, e portanto adimensional, o
mdulo G torna-se, fisicamente homogneo a tenso. (Melconian,1999)
As tabelas de propriedades dos materiais, no geral, no indicam os
valores das tenses (limite de ruptura ou escoamento) de cisalhamento,
portanto necessrio utilizar certos critrios para determinar os valores,
utilizando os limites fornecidos por ensaios de trao.
Um rebite est sujeito a corte simples quando este une duas chapas nas
quais so aplicadas cargas de trao F que provocam o aparecimento de
tenses numa seo do rebite. Para rebites, parafusos e peas de pequenas
sees transversais pode-se supor a tenso mdia de cisalhamento igual a
tenso mxima de cisalhamento.
Outra situao comum ocorre quando o rebite usado para conectar
trs chapas e poder ser cortado em dois planos, como mostra a figura abaixo.
Neste caso o rebite est sujeito corte duplo (Figura 2).
Figura 2: Rebite sofrendo tenso de cisalhamento
2.2.2. Solicitao de Cisalhamento e cisalhamento Puro
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A solicitao de cisalhamento ocorre quando uma pea submetida
ao de duas foras opostas (tangenciais), que tendem a separ-la em duas
partes, atravs do deslizamento das sees adjacentes rea de corte.
A condio de cisalhamento ideal, ou cisalhamento puro equivalente
ao estado de tenso produzido por trao numa direo, e, compresso igual,
na direo perpendicular, de maneira mais simplificada, ocorre quando as
foras cortantes atuam no mesmo plano de ao, como no exemplo ilustrado
na Figura 3.
Figura 3: Cisalhamento ideal
Na figura 2, as foras F exercidas sobre o rebite, no atuam exatamente
sobre o mesmo plano de ao, e, portanto, produzindo, alm do corte um
esmagamento (compresso).
A aplicao tenses de cisalhamento uniformes, muito difcil de
realizar, de forma que o estado de cisalhamento puro comumente produzida
por toro de um tubo circular. (Timoshenko, 1978)
2.3 Teoria de mxima tenso de cisalhamento (Critrio de Tresca)
Essa teoria resulta da observao que em materiais dcteis o
escorregamento ocorre durante o escoamento em planos criticamente
orientados. Isso sugere que a mxima tenso de cisalhamento tem um papel
fundamental.
Assume-se, ento, que o escoamento do material depende apenas da
mxima tenso de cisalhamento no ponto. Quando certo valor crtico
atingido, o escoamento se inicia.
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Quando o material est sujeito a uma trao ou compresso simples, ou seja,
Sendo