AULA 03 - Choque
AULA 03 - Choque
AULA 03 - Choque
- Conceituação: Choque é a
inadequação da perfusão tissular (a
perfuração tecidual está diminuída de
acordo com a demanda).
DC= FC X VS
Rebaixamento do nível de
consciência, sonolência, torpor.
Oligoanúria, noctúria, nictúria.
Taquicardia, Hipotensão,
Extremidades frias, tempo de
- A inadequação da perfusão tissular
enchimento capilar prolongado,
caminha para dano celular e para
Taquipneia.
disfunção das funções orgânicas.
- Os tecidos e órgãos têm sensibilidades
Todos os esforços são feitos para
isquêmicas distintas Prevenção e
manter a PA normal. Ou seja, ela será a
reversão do metabolismo anaeróbico.
última coisa a se alterar. NÃO SE DEVE
- Órgãos nobres: Menor resistência à
ESPERAR A PRESSÃO CAIR PARA
isquemia em uma situação de
TRATAR O CHOQUE.
instabilidade hemodinâmica.
CLASSIFICAÇÃO
FISIOPATOLOGIA
HIPODINÂMICO DISTRIBUTIVO
Hipovolêmico Séptico
Cardiogênico Anafilático
Obstrutivo Neurogênico
Vasoplégico
CHOQUE CARDIOGÊNICO
- Pode ser por causas intrínsecas ou
extrínsecas ao coração.
Intrínsecas SINAIS DE CHOQUE NÃO
- Contusão miocárdica. HEMORRÁGICO
- Rotura valvar (insuficiência mitral Turgência jugular.
aguda).
Abafamento de bulhas cardíacas.
Extrínsecas
- Tamponamento cardíaco Assimetria na ausculta torácica.
↓ retorno venoso (não consegue Enfisema subcutâneo, insuficiência
expandir) respiratória, desvio de traqueia.
↓ estiramento Arritmias cardíacas.
↓ DC Extremidades aquecidas com
- Pneumotórax hipertensivo pulsos amplos e bradicárdicos.
↓ Volume Corrente Estado de consciência preservado.
↓ Colapso alveolar
↓ Oxigenação
↓ Fluxo sanguíneo pulmonar e
SINAIS DE CHOQUE
cardíaco HEMORRÁGICO
Hipertensão arterial pulmonar Fontes externas (inclusive dorso)
Deslocamento do mediastino Fraturas de ossos longos
Torção de veia cava Sinais de fraturas pélvicas
↓ da pré-carga - Instabilidade pélvica
- Encurtamento de membro
SINAIS DE HIPOPERFUSÃO - Dor pélvica
- Hipotermia: diminuição do - Equimose perineal
metabolismo - Sangramento em meato uretral
- Tremores: tentativa de gerar calor. - Alterações no toque
- ATENÇÃO para as simetrias; retal/vaginal
Equimose ou distensão abdominal
Assimetria de ausculta pulmonar
com jugulares não túrgida
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA
TRATAMENTO
Frequência Respiratória Etapas do controle do choque:
- FR 20-30: Início do choque + 1. Otimizar a oxigenação
suplementação. - FiO2 mais próxima de 100% para
- FR >30: Estágio tardio do choque + spO2>95%.
ventilação assistida. 2. Identificar e controlar hemorragias
- FR<20: Atentar para TCE. externas
3. Reconhecer a possibilidade de
Frequência Cardíaca hemorragia interna
- FC < 60: atletas, isquemia ou 4. Melhorar a circulação
bloqueios. - Fluidos durante o transporte
- FC 100-120: Início do choque. 5. Transportar para local de
- FC >120: Choque tratamento definitivo
- FC >140: Extremamente crítico 6. Controlar a temperatura
7. Obter tratamento definitivo
PA precoce
- Sinal menos sensível do choque que - Controle do sangramento e
FR, FC, pulso, ECP e NC. reposição de sangue e
- Perda sanguínea >30% da volemia. hemoderivados
- Hipotensão no TCE Herniação
CONTROLE DA HEMORRAGIA
1. Pressão Direta
ATENÇÃO AOS FATORES DE Manual direta ou curativo
CONFUSÃO compressivo
1. IDADE Controle depende:
Crianças e adultos jovens tem - Tamanho do vaso
maior capacidade de adaptação - Pressão intraluminal
deterioração súbita. - Fatores de coagulação
- Vasoespasmo
2. CONDIÇÃO ATLÉTICA - Pressão do tecido circundante
Melhor condicionamento - Do socorrista
Pequenas alterações na FC podem Hipotensão permissiva (PAS 80-
significar hemorragia 90mmHG).
significativas.
O objetivo da hipotensão
3. GESTAÇÃO permissiva é evitar o
Aumento da Volemia deslocamento de trombos.
Aumento da FC e DC
Prioridade sobre punção venosa e
Sofrimento fetal oferta de fluidos.
Compressão da veia cava. Objeto encravado não deve ser
retirado.
4. CONDIÇÕES PRÉ-EXISTENTES
Coronariopatia, ICC, DPOC, MP
2. Torniquetes
Menor capacidade adaptativa
Feridas de extremidades.
Posicionar 6-7cm da ferida.
5. MEDICAMENTOS
>80% de controle da hemorragia
BB e BCC Menor resposta Uso precoce e mantém até 120-
cronotrópica 150 minutos (2h30’).
AINE e anticoagulantes Maior
risco de sangramentos
Causam dor e desconforto - Edema intersticial
Analgesia Só retirar na - Edema cerebral
intervenção. - Congestão pulmonar
- Diluição dos fatores de
3. Empacotamento coagulação
Úteis para ferimentos profundos e - Deslocamento de trombos
em tronco que não possam ser Preferencialmente aquecidos a
controlados por pressão direta. 39°C antes da infusão
Pós ou gases embebidos com Piora a coagulação devido a
agentes hemostáticos. hemodiluição.
TRÍADE DA MORTE
REFERÊNCIAS
Esse resumo é uma transcrição da
aula do 8° período do ITPAC-
Palmas da matéria de Habilidades
Médicas ministrada pelo Dr.
Márcio Violento.