LAF - PDS Terra Nossa (Parte II)

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5) CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E EDAFOCLIMÁTICAS DO IMÓVEL

5.1) Vegetação
O projeto incide em sua grande maioria na tipologia florestal – Floresta Ombrófila
Aberta. Na área do projeto, há uma parcela considerável que se encontra antropizada,
em que 10,5% é utilizada praticamente com pastagem e 19,2% é coberta com
vegetação secundária (capoeira).
A exploração de madeira de valor econômico por parte das empresas do setor
madeireiro que atuam na região de Novo Progresso, que por sinal é tida como pólo
madeireiro dentro do estado do Pará, está decrescendo significativamente no imóvel
em função do esgotamento de madeira de lei. Essa exploração fez com o aspecto
fisionômico da área seja classificada como Floresta Impactada. O resultado dos
trabalhos do ZEE BR-163 (Anexo: Figura 10) também diagnosticou essa situação.
Muito embora, existam algumas áreas remanescentes no assentamento que se
encontram preservados. Esse fato está relacionado com o relevo acidentado nessas
áreas que inviabiliza a exploração madeireira.
Há a ocorrência de pastagem em mau estado de conservação no perímetro do
projeto, cujo alguns locais estão tomados pela vegetação espontânea, visualmente com
aspecto de abandono. Também há a ocorrência de áreas novas, isto é, a mata foi
recentemente suprimida (retirada das árvores maiores e queima) para a formação de
pastagem.
Foram encontrados raros amarelões, ipês, angelins, copaíbas e palmáceas, tais
como inajás, buritis e babaçus, e outras espécies de menor expressão. Em algumas
partes encontramos castanheiras e cipós.

5.2) Descrição e classificação do relevo


A classificação do relevo tem peso significativo na definição das classes de
capacidade de uso das terras, pois apresenta estreita relação com aspectos ligados ao
uso e manejo agrícolas.
Através da utilização do Modelo de Elevação Digital dos Estados Brasileiros,
imagem de satélite e observações de campo pôde-se classificar o relevo da área em
estudo de acordo com a Tabela 10 abaixo.
Tabela 10. Classificação de relevo.
Classes de Declividade Área
Classe de relevo % no imóvel
% Graus aproximada (ha)
Plano 0-2 0º a 1º8’45” 11.426 7,7
Suave Ondulado 2-5 1º8’45” a 2º51’45” 34.880 23,4
Moderadamente Ondulado 5 - 10 2º51’45” a 5º42’38” 43.876 29,4
Ondulado 10 - 15 5º42’38” a 8º31’51” 18.068 12,1
Forte Ondulado 15 - 45 8º31’51” a 24º13’40” 39.975 26,8
Montanhoso 45 - 70 24º13’40” a 34º59’31” 936 0,6
Escarpado > 70 > 34º59’31” 1 0,0

De acordo com o Código Florestal (Lei 4.771/1965) áreas com declive entre 47 e
100% são restritas a exploração florestal sob plano de manejo aprovado pelo órgão
ambiental competente. Áreas com declive acima de 100% a legislação ambiental define
como áreas de preservação permanente – APP. Dentro dessa lógica, apenas 0,6% do
imóvel se enquadra como área de uso restrito (Tabela 11).

Tabela 11. Áreas com restrição ambiental.


Classes de declividade Área % no
Classe de relevo aproximada (ha)
% Graus imóvel
Áreas de uso restrito 47 – 100 25º - 45º 937 0,6
Preservação permanente > 100 > 45º -

Em conversa com geólogos que trabalham na região, a área em questão


encontra-se dentro da cratera de um vulcão extinto a milhões de anos, o que pode ser
comprovado pela cadeia de montanhas que cercam a região e pelas rochas de origem
vulcânica, que deram origem ao feldspato, o qual torna o solo bastante argiloso em sua
parte superficial, depois se transforma em sapolito, que é friável e desmorona com
facilidade. Variando de 3 a 400m de profundidade, encontra-se uma laje compacta de
rocha ígnea situada abaixo de, com algumas exceções, toda a região.
Quando da elaboração do PDA, deve-se estar atento a este fator a fim de dar
uma melhor destinação das áreas e, consequentemente, o melhor uso. Porém, isso já
foi prejudicado em virtude da demarcação dos lotes antes da elaboração do PDA.

5.3) Solos
A descrição do solo do imóvel teve como base o levantamento de campo
realizado no “Zoneamento Ecológico-Econômico em Área sob Influência da Rodovia
BR-163 (Santerém-Cuiabá)” (ZEE BR-163, 2006). As características dos solos
condizem com as diagnosticadas no campo. Entretanto, a escala de 1:250.000
(pequena) não é recomendada para a classificação dos solos no “Sistema de
Classificação da Capacidade de Uso das Terras” (Lepsch et al., 1991). Sendo assim,
com as observações in loco foi possível fazer o diagnóstico com relação ao potencial
de uso dos solos.

5.3.1) Classificação pedológica


Latossolo Vermelho-Amarelo: distrófico típico, textura argilosa, A moderado, floresta
equatorial subperenifólia, relevo plano a ondulado.
Latossolo Amarelo: distrófico coeso, textura argilosa, A moderado, floresta equatorial
subperenifólia, relevo plano a suavemente ondulado.
Neossolo Litólico: distrófico típico, textura indiscriminada, floresta equatorial
subperenifólia, relevo forte ondulado, montanhoso e escarpado. Em alguns pontos do
imóvel há a ocorrência de afloramento de rochas.

5.3.2) Classificação das terras no Sistema de Classificação de Capacidade de Uso


Para determinação das classes de capacidade de uso das terras, levaram-se em
consideração ao nível de observação de campo, as limitações ou problemas de manejo
oferecidos pelos fatores condicionadores de uso agrícola, agrupados segundo a
natureza do impedimento, em natureza do: solo; declividade; erosão; drenagem e;
clima. Definidos de acordo com os critérios e especificações técnicas adotadas no
Manual para Levantamento Utilitário do Meio Físico e Classificação de Terras no
Sistema de Capacidade de Uso (Lepsch et al., 1991) e pelo Serviço Nacional de
Levantamento e Conservação de Solos.
A determinação da capacidade de uso das terras é uma poderosa ferramenta
utilizável no seu planejamento e uso, pois encerra uma coleção lógica e sistemática de
dados e apresenta os resultados de forma diretamente aplicável ao planejador (Lepsch
et al., 1991).
Foram encontrados na área os seguintes grupos com suas respectivas classes e
subclasses:
• Grupo A: terras passíveis de utilização com culturas anuais, perenes, pastagens
e/ou reflorestamento e vida silvestre;
Classe III: terras cultiváveis com problemas complexos de conservação
e/ou de manutenção melhoramentos;
Subclasse IIIs: constituída de latossolos e que representa 43% do imóvel,
com limitações de solo advindas da baixa fertilidade natural;
• Grupo B: terras impróprias para cultivos intensivos, mas ainda adaptadas para
pastagens e/ou reflorestamento e/ou vida silvestre;
Classe VI: terras adaptadas em geral para pastagens e/ou
reflorestamento, com problemas simples de conservação. São cultiváveis
apenas em casos especiais de algumas culturas permanentes protetoras
do solo;
Subclasse VIe: terras limitadas pelas condições topográficas em função
do relevo acidentado. Representado por 52% do imóvel;

• Grupo C: terras não adequadas para cultivos anuais, perenes, pastagens ou


reflorestamento, porém apropriadas para proteção da flora e da fauna silvestre,
recreação ou armazenamento de água;
Classe VIII: terras impróprias para cultura, pastagem ou reflorestamento,
podendo servir apenas como abrigo e proteção da fauna e flora silvestre,
como ambiente para recreação, ou para fins de armazenamento de água.
É representada por 5% do imóvel, devendo ser destinada Área de
Preservação Permanente – APP. A rede de drenagem utilizada na
determinação da APP é aquela constante na Base de Dados do Serviço
de Cartografia/F da SR-30.

Tabela 12. Classes de capacidade de uso – IIIs.


Classe de Capacidade de Uso das
I II III IV V VI VII VIII
Terras – Subclasse IIIs
Área = 43%
Classificação do solo
Fertilidade Natural
FATORES LIMITANTES

X
Profundidade Efetiva X
Drenagem Interna X
Deflúvio Superficial X
Pedregosidade X
Risco de Inundação X
Declividade % X
Erosão X
Seca Edafológica X
Tabela 13. Classes de capacidade de uso – VIe.
Classe de Capacidade de Uso das
I II III IV V VI VII VIII
Terras – Subclasse VIe
Área = 52%
Classificação do solo
Fertilidade Natural
FATORES LIMITANTES

X
Profundidade Efetiva X
Drenagem Interna X
Deflúvio Superficial X
Pedregosidade X
Risco de Inundação X
Declividade % X
Erosão X
Seca Edafológica X

5.4) Recursos hídricos


Conforme relatado anteriormente, o rio mais próximo da área é o Curuá, está na
parte leste do assentamento e faz limite com a Terra Indígena Baú, sendo um afluente
do rio Iriri, pertencente à Bacia do Xingu. Porém, a distância impede que esse rio seja
utilizado como fonte d’água aos assentados.
A área do assentamento é servida por uma rede de drenagem natural formada
por pouquíssimos igarapés permanentes, sem denominação específica, e alguns
temporários. Somente na época da chuva que o volume d’água se torna expressivo.
Entretanto, na região onde os lotes foram demarcados é praticamente inexistente o
acesso à água, uma vez que praticamente não se tem igarapé.
Segundo os assentados que residem nos lotes demarcados e sorteados, e que
abriram poços comuns, chega-se a água na profundidade de 8 a 13 m. Porém, com o
passar do tempo a água vai se esgotando, obrigando-os a aumentar a profundidade
dos mesmos ou senão abrir outro poço.

6) USO DO IMÓVEL

De acordo com o ZEE BR-163 (2006), a Sub-região do Vale do Jamanxim,


constituída pelo município de Novo Progresso e parte dos municípios de Altamira e
Itaituba, ocorre à predominância das classes “Floresta” (42,85%) e “Floresta
Impactada” (46,45%), que juntas representam 89,29% da cobertura da terra na sub-
região (Figura 10). As atividades relacionadas com a ação antrópica correspondem
basicamente à atividade pecuária, através da classe “pastagem” com 6,05% do total do
uso da terra. Os valores encontrados refletem a realidade da economia local, baseada
na exploração madeireira e na pecuária de corte.
Por parte dos posseiros pode-se dizer que a única atividade agropecuária
exercida na área do projeto é a pecuária de corte extensiva, ou seja, essa atividade é
responsável por boa parte da área efetivamente utilizada. Embora existam pequenas
áreas usadas com lavoura de subsistência, essas áreas são tão pequenas e poucas
que se tornou muito difícil a sua vetorização e a apresentação das mesmas no Mapa
de Uso Atual (Anexo 01, item “j”). É importante frisar que a alguns dos posseiros que
estão dentro do perímetro do assentamento tem expressivo rebanho bovino. Foi
observado que em uma das posses há uma casa de farinha em plena atividade.
Com relação às atividades exercidas pelas famílias que estão em RB e residem
nos seus respectivos lotes, elas se restringem à agricultura de subsistência,
destacando-se a cultura da mandioca, abóbora, milho e feijão, baseado em práticas
agrícolas simples. Desmatam pequenas áreas, queimam e em seguida fazem o plantio
da cultura. Essas áreas usadas com lavoura de subsistência, são tão pequenas e
poucas que se tornou muito difícil a sua vetorização e a apresentação das mesmas no
Mapa de Uso Atual (Anexo 01, item “j”). Alguns assentados ainda se encontram
desmatando pequenas áreas em seus lotes para plantio. Em alguns lotes ocupados, é
comum encontrar ao redor dos barracos de moradia o plantio de árvores frutíferas e a
criação de pequenos animais.
Face ao exposto nos dois parágrafos acima, foi identificado que 15.583,77 ha
(10,5%) do imóvel é utilizado na sua grande totalidade com pastagem. Frisando
novamente que, nessa categoria estão aquelas áreas destinadas a lavoura de
subsistência, mas que em função da sua pequena expressividade não foi possível a
sua vetorização e apresentação no Mapa de Uso Atual.
No imóvel foi detectado por meio de interpretação e processamento de imagem,
e dados coletados no campo, a ocorrência significativa de vegetação secundária a qual
representa 19,2% do imóvel (28.648,26 ha). Essa parte é oriunda de áreas que foram
utilizadas, principalmente com pastagem, mas que foram abandonadas, dando
condições para o processo de regeneração natural. Há também em algumas partes do
imóvel, áreas em que há associação de pastagem + capoeira. O tamanho dessas
áreas não é expressivo. Nessa classificação também se enquadra àquelas áreas
desbravadas tanto por parte dos posseiros como por parte dos assentados que
possuem lotes, com a presença de árvores totalmente e/ou parcialmente queimadas.
Por parte dos posseiros essas áreas estão com pastagem recém plantada, já por parte
dos assentados a grande maioria dessas áreas está sem uso, em que algumas se
encontram em processo de regeneração.
Quanto à área de floresta, esta se encontra impactada, ressalvando que existem
alguns pontos remanescentes em que ela se encontra preservada devido ao relevo
acidentado que inviabiliza a exploração madeireira. No entanto, na sua grande maioria
a floresta foi alvo de exploração madeireira.
No imóvel também ocorre atividade garimpeira. Estas áreas devem receber
especial atenção quanto à restrição de uso, uma vez que na exploração de ouro de
filão praticada na região, de acordo com relatos de terceiros, é utilizado o mercúrio para
a separação e captação do ouro nas caixas de retenção.
Informamos que a rede de drenagem apresentada no Mapa de Uso Atual (Anexo
01, item “j”) é aquela constante na Base de Dados do Serviço de Cartografia/F da SR-
30. Já as estradas, são aquelas em que as equipes percorreram no interior do
assentamento.
A quantificação detalhada de toda a área não foi possível porque além de
demandar muito tempo de trabalho de campo em função do tamanho do assentamento,
foi encontrado uma grande quantidade de posseiros no interior do perímetro do
mesmo. Além de, a imagem de satélite mais recente conseguida por meio do endereço
eletrônico do INPE (Landsat, órbita 227/065, de 23 de julho de 2007) ter nuvens.
Ressalto que das imagens de satélite recém adquiridas pela Superintendência do
INCRA de Santarém, não consta a Órbita ponto 227/065, órbita esta na qual está
inserido o PDS Terra Nossa.

7) ASPECTOS AMBIENTAIS

Problemas ambientais observados no imóvel:


(x) Erosão laminar ligeira;
( ) Compactação de solos;
(x) Assoreamento;
( ) Salinização do solo;
( ) Processo de desertificação;
( ) Alagamento do solo;
(x) Obstrução de curso d’água (na posse da família Gollo – notificação nos 6, 7, 8
e 9 - Tatiana);
( ) Inundações;
( ) Diminuição da vazão do corpo d’água em níveis críticos;
( ) Comprometimento da vazão de água subterrânea;
( ) Conflito por uso da água a montante ou a jusante;
(x) Poluição de águas superficiais:
( ) por agrotóxicos ( ) fertilizantes ( ) água servida (x) outros: garimpo artesanal
de barranco com uso de
mercúrio
(x) Ocorrência de vetores (caramujos, mosquitos) e outras doenças;
(x) Desmatamento e exploração de Áreas de Preservação Permanente e de
Reserva Legal;
(x) Exploração florestal sem plano de manejo aprovado;
(x) Plantio no sentido do declive, sem adoção de prática conservacionista
adequada (pastagem);
(x) Ausência de práticas adequadas de adubação e calagem mantenedoras ou
recuperadoras da qualidade do solo;
( ) Uso inadequado das terras em relação à sua vocação;
(x) Uso de queimadas sem controle;
(x) Ocorrência de extrativismo vegetal, caça e pesca predatória;
( ) Morte de animais silvestres (terrestres ou aquáticos) por contaminação por
agrotóxicos;
( ) Intoxicação humana por agrotóxicos;
( ) Destinação de embalagens, resíduos e lixo agrotóxico sem os cuidados necessários.

A população da área levantada ainda não compreendeu a necessidade de


preservar o meio ambiente em que vivem sendo as práticas conservacionistas
praticamente inexistentes. Constatamos que 29,7% da floresta original foi totalmente
suprimida. O local escolhido para demarcação dos lotes, em sua parte inicial está
parcialmente coberta com pastagem.
Constatou-se ainda, a supressão parcial e, em alguns casos total, da cobertura
vegetal situada as margens dos igarapés, consideradas como Área de Preservação
Permanente – APP. Além disso, derrubadas recentes assorearam igarapés, sendo que
alguns desapareceram embaixo dos entulhos. Essa situação ocorre tanto nas
ocupações quanto nos lotes dos assentados.
O resultado desse quadro de degradação é a perda da biodiversidade, da
qualidade de vida, com impactos extremamente negativos ao bem estar da
comunidade.
Dar tempo à floresta para regeneração, evitar a poluição da água potável e
promover o retorno e manutenção da vida selvagem, são práticas adequadas para uma
melhor condição de vida.
A área degradada, por exploração florestal inadequada, ausência de práticas
conservacionistas do solo, queimada sem controle, deverão ser recuperadas a fim de
que se estabeleça um novo equilíbrio de modo que se retorne as condições ambientais
existentes antes da intervenção predatória.
Vale ressaltar, que o assentado deverá ser orientado a atender o que determina
a Medida Provisória nº 2.166-67, de 24 de agosto de 2001. A citada medida altera os
artigos 1º, 4º, 14º, 16º e 44º, além de acrescer dispositivos a Lei nº 4.771/65 (Código
Florestal), de onde se extrai a redação abaixo citada:

“Art. 16 – As florestas e outras formas de vegetação nativa,


ressalvadas as situadas em área de preservação permanente, assim
como aquelas não sujeitas ao regime de utilização limitada ou objeto
de legislação específica, são susceptíveis de supressão, desde que
sejam mantidas, a título de reserva legal, no mínimo:
I – oitenta por cento, na propriedade rural situada em área de
floresta localizada na Amazônia Legal;
§ 2º A vegetação da reserva legal não pode ser suprimida,
podendo apenas ser utilizada sob o regime de manejo florestal
sustentável, de acordo com os princípios e critérios técnicos e
científicos estabelecidos no regulamento, ressalvadas as hipóteses
previstas no § 3º deste artigo, sem prejuízo das demais legislações
específicas.
§ 3º para cumprimento da manutenção ou compensação da
área de reserva legal em pequena propriedade ou posse rural familiar,
podem ser computados os plantios de árvores frutíferas ornamentais
ou industriais, compostos por espécies exóticas, cultivadas em sistema
intercalar ou em consórcio com espécies nativas.”

Face ao grau de antropização ter ultrapassado (29,7%) o limite legal de um


imóvel situado na Amazônia Legal, é necessário a devida compensação por meio da
implantação de um projeto de reflorestamento utilizando espécies florestais adaptadas
as condições edafoclimáticas da região e/ou com o plantio de árvores.
Contudo, a preservação efetiva do meio ambiente e dos recursos naturais
renováveis só irá realmente acontecer se houver conscientização e participação efetiva
dos assentados, colocando em prática as leis ambientais, garantindo assim, a
manutenção dos ecossistemas e a preservação da vida.
Como nos referimos em tópico anterior deste Laudo, atenção especial deverá
ser dispensada a atividade garimpeira artesanal que ocorre no imóvel visto fazerem
uso de mercúrio para captação do ouro, em que posteriormente esse mercúrio é
liberado no ambiente.

8) ASPECTOS SOCIAIS

Nos Anexos 9, 10 e 11 consta a situação de todas as posses dentro do


perímetro do PDS Terra Nossa. Existem algumas pessoas que não foram notificadas,
mas que constam no “Relatório de Situações Diversas” (Anexo 11). Por questão de
melhor formatação do Laudo, os relatórios foram feitos em separado, os quais
discriminam, inclusive com fotos, todas as situações diagnosticadas durante o trabalho
de vistoria no que concerne aos posseiros. No Anexo 17 consta todas as notificações
emitidas pelas equipes, juntamente com as documentações, quando entregues, pelos
posseiros. Ao todo, foram emitidas 96 notificações.
É importante ressaltar que, apesar da área ser terra da União, registrada em
nome do INCRA, grande parte do imóvel se encontra ocupado.
A respeito dos assentados, como comentado no tópico 2 deste LAF, também
consta a relação dos assentados (Anexo 12) discriminado-os de acordo com o que
consta na Tabela 14 abaixo, juntamente com as respectivas observações. Assim como,
no Anexo 13, consta a relação de fotos das ocupações dos assentados que estão
morando em seus lotes. Pelo mesmo motivo que foram em separado os relatórios dos
posseiros, assim foi feito com a relação dos assentados.
É preciso lembrar que o levantamento do número de processos administrativos
formalizados de beneficiários do PDS Terra Nossa equivale até o final de novembro de
2007.
Para o levantamento da RB tivemos a importante contribuição do servidor
Manoel Calixto da Rocha, assistente de administração da Superintendência do INCRA
no Acre (SR-14).
Ressaltamos o grande esforço por parte das famílias assentadas que estão
residindo e explorando seus lotes, apesar das dificuldades de toda natureza.

Tabela 14. Situação das famílias em RB no PDS Terra Nossa.


Situação Quantitativo
Que compareceram junto às equipes 379
Beneficiários
Que não compareceram 609
Total 988
Mas não reside e nem explora 208
Está em RB e tem lote
Residindo e explorando 38*
Está em RB e não tem lote 171
Não sabemos informar porque não foi encontrado ou não compareceu 609
Total 988
Formalizado 394
Processo administrativo
Não formalizado 594
Total 988
Não está em RB do PDS Terra Mas não reside e nem explora 03
Nossa Residindo e explorando 05
Total 08
Pessoas em RB do PDS Terra Nossa Efetivos 01
que constam na lista de funcionários Contratados 04
da P.M. de Novo Progresso Comissionados 61
Pessoas que não constam na lista, mas informaram o vínculo com a P.M. de Novo Progresso 05
Total 71
*
No quantitativo total não considerar esse valor porque já está computado como está em RB e tem lote
(208), só diferenciando quanto à situação de moradia e exploração.
9) USO POTENCIAL RECOMENDADO PARA O IMÓVEL

Considerando que de acordo com a legislação ambiental vigente a qual


preconiza que 80% do imóvel situado na Amazônia Legal deva ser preservado, ou seja,
20% pode ser explorado. Identificou-se por meio de análise de imagem de satélite que
esse limite foi ultrapassado em 9,7%. No caso das áreas de floresta impactada deverá
se aguardado sua completa regeneração. Nesse sentido, o projeto, considerando aí
também as pessoas integrantes do processo, deve receber orientação e um
acompanhamento constante do uso dos recursos naturais, sempre observando os
dispositivos legais que regulamentam esse tipo de atividade.
Considerando o que o próprio Manual de Obtenção preconiza (Módulo II), no
qual argumenta que a classificação das terras no Sistema Brasileiro de Classificação
da Capacidade de Uso das Terras é instrumento suficiente para definição da
viabilidade econômica e a potencialidade de uso dos recursos naturais, na forma
preconizada no inciso I do art. 17 da Lei nº 8.629/93 (redação acrescida pela MP nº
2.183-56/01), constatou-se que 43% (64.535,04 ha) das terras do imóvel estão
classificadas no grupo A (subclasse IIIs), terras essas aptas à implantação de projetos
de assentamento integrantes do programa de reforma agrária em função da viabilidade
técnica de uso em uma gama de atividades agrícolas.
A disponibilidade e dificuldade de acesso à água dentro do imóvel,
principalmente no verão, requer uma rápida ação por parte do INCRA a fim de garantir
água aos assentados. Para tal, deve ser realizado um estudo técnico para se verificar o
que mais seria viável entre construir microsistemas de abastecimento ou a construção
de poços individualizados numa profundidade suficiente de forma a garantir o
abastecimento d’água durante todo o ano. Lembrando que, optando-se pela construção
de poços individualizados, devem ser colocadas manilhas de concreto nos mesmos de
forma a evitar o desmoronamento do solo.
Quanto à viabilidade econômica no que concerne ao mercado consumidor, sem
dúvida, há viabilidade em função de que, as mercadorias comercializadas na cidade de
Novo Progresso e região vêm toda de fora, principalmente do estado do Mato Grosso,
o que encarece muito o produto na prateleira por causa da distância e condições de
trafegabilidade da estrada, notadamente no período chuvoso. Entretanto, para fazer
uso dessa vantagem tem que se dar atenção aos gargalos de todo o processo
produtivo, no sentido de eliminar ou atenuá-los ao mínimo possível. No que concerne a
esses gargalos destacamos, principalmente, a infra-estrutura básica, estradas,
eletrificação rural e transporte para escoamento da produção.
A determinação mais precisa da recomendação de uso do imóvel deverá ser
mais bem detalhada e estabelecida quando da elaboração do PDA.

10) CAPACIDADE DE ASSENTAMENTO

Quanto à capacidade do assentamento, não iremos estabelecer um quantitativo


em função das proposições que apresentaremos no próximo tópico. Logo, a
determinação dessa capacidade estará condicionada a aceitação ou não das
propostas. Sendo assim, o cálculo definitivo da capacidade de assentamento, e
também se a área de 20 ha para exploração destinada aos assentados seria suficiente,
deverá ocorrer quando da elaboração do PDA, conforme o próprio Manual de Obtenção
de Terras e Perícia Judicial, aprovado pela Norma de Execução INCRA/DT/Nº 52, de
25 de outubro de 2006, preconiza em seu Módulo II.
A priori, o INCRA deve-se ater aos 373 lotes demarcados de 20 ha, com alguns
deles já ocupados e explorados com culturas de subsistência. Isso se faz necessário
em função da necessidade de se dar uma rápida resposta para as famílias que estão
morando na área e para aquelas que desejam ingressar efetivamente no
assentamento. Além disso, o INCRA tem que resolver a questão das ocupações
encontradas no perímetro do assentamento, baseando-se na legislação vigente e nos
fatos diagnosticados em campo.
De acordo com o descrito nos parágrafos acima, caso esteja programado a
continuação da demarcação dos lotes, esta deverá ser suspensa. Até que seja dado o
devido encaminhamento ao assentamento.

11) CONCLUSÃO

Considerando o levantamento do grande número de ocupações identificadas no


perímetro do assentamento.
Considerando os anseios das famílias remanejadas de acampamentos e
assentamento cancelado (PDS Vale do Jamanxim).
Considerando a necessidade de se dar uma resposta concreta aos candidatos
que esperam pelos benefícios da reforma agrária, principalmente aqueles que residem
e exploram seus lotes.
Considerando que das 988 famílias homologadas em RB, apenas 38 se
encontram residindo e explorando seus lotes. Além das 05 famílias que não estão em
RB, mas que estão residindo e explorando os lotes.
Considerando que ações foram executadas antes da elaboração do PDA, que é
um instrumento necessário ao processo de licenciamento, e uma peça fundamental
para o planejamento ocupacional e produtivo de um assentamento, além das ações de
conservação e recuperação ambiental. Dotando os projetos de um planejamento que
permita prever todas as ações a serem desenvolvidas nos mesmos, possibilitando o
monitoramento da implementação dessas ações.
Propomos as seguintes medidas:
I. Mudança de modalidade de Projeto de Desenvolvimento Sustentável – PDS
para Projeto de Assentamento – PA com Reserva Legal Coletiva. Essa
modificação se baseia no fato de que: a) é escasso, no imóvel, principalmente
na parte em que os lotes foram demarcados, essências florestais, óleos
vegetais, madeiras de lei, existindo poucos cipós, que serviriam para artesanato,
e castanheiras, para aproveitamento de frutos; b) não há aptidão coletiva nos
assentados, cada pessoa, cada associação, é individualista; c) a demarcação de
lotes individuais em um PDS só seria viável após a realização do Plano de
Desenvolvimento do Assentamento – PDA, no qual são identificadas,
delimitadas e georreferenciadas as áreas destinadas para cada uso específico.
Especialmente no PDS Terra Nossa, o PDA seria de fundamental importância,
uma vez que 52% da área tem restrição quanto ao uso em função do solo e
relevo, e também pela dificuldade de disponibilidade e acesso a água. E 5% do
imóvel é considerado como APP. Sendo assim, o PDA estabeleceria um
planejamento mais propício para os diversos usos no perímetro do
assentamento. Também levamos em consideração sobre essa questão, a
opinião dos envolvidos no projeto;
II. Que a área a ser considerada para a efetivação do assentamento, seja
desmembrada do perímetro oficial, englobando apenas os lotes já demarcados e
materializados em campo, acrescido da Reserva Legal Coletiva no entorno
desses lotes. Essa sugestão baseia-se no fato de existirem famílias morando
nos referidos lotes e também pelo fato de a área oficialmente destinada ao
assentamento ser de difícil gestão, tanto por parte do INCRA quanto dos
assentados, em função da sua extensão. Sendo preciso percorrer cerca de 100
km pela BR-163 para ir de um extremo a outro do assentamento;
III. Que seja dada ciência a Divisão de Ordenamento e Estrutura Fundiária para
verificar se as ocupações identificadas sejam ou não de boa fé, dando a
destinação que o caso requer. Ressaltamos que para ser dado prosseguimento
as etapas subseqüentes, se faz necessário resolver a situação desse ocupantes;
IV. Dar ciência também à mesma Divisão, para que se pronuncie a respeito da área
informada na Portaria de criação ser diferente da constante na Base de Dados
do Serviço de Cartografia/F. Assim como, o problema da Base Cartográfica, na
qual parte do assentamento não incide em nenhuma Gleba;
V. Que a área remanescente em função do desmembramento, respeitada as
condições técnicas, notadamente solo e relevo, sejam destinados à criação de
outros projetos de assentamento – PA, de acordo com a demanda de pessoas
que queiram participar do Programa Nacional de Reforma Agrária. Com relação
a esse ponto, apesar de não ter sido objeto de trabalho das equipes, mas de
acordo com observações ao longo dos trajetos percorridos, existem áreas com
melhor aptidão passíveis de serem destinadas para assentamento,
principalmente a margem da BR-163;
VI. Exceto aqueles assentados que efetivamente ocupam os lotes (residem
exploram), os demais que estão em RB sejam colocados na condição de
candidatos inscritos, sujeitos a uma nova seleção, para verificar se realmente
estão aptos a serem clientes de reforma agrária. Levamos em consideração o
que cita a NORMA DE EXECUÇÃO Nº 45, de 25 de agosto de 2005, em seu Art.
10:

“Art. 10. A Superintendência Regional do INCRA de posse da


Relação de Beneficiários(as) - RB, providenciará a realização dos
ajustes necessários ao assentamento, com as pendências das
pesquisas necessárias à aplicação dos critérios eliminatórios, conforme
o caso, visando à abertura do processo administrativo individual.”

VII. Que seja elaborado o PDA com a máxima urgência a fim de respaldar as ações
a serem implementadas no assentamento;
VIII. Que a Reserva Legal estabelecida quando da demarcação do perímetro pelo
exército (extremo sul do perímetro, à margem direita do rio Curuá) seja
destinada a outro(s) assentamento(s) que porventura tenha(m) passivo
ambiental;
IX. Que os marcos retirados sem autorização sejam recolocados;
X. Que a Superintendência Regional do INCRA de Santarém (SR-30) oficie ao
Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM no que tange a legalidade
dos trabalhos executados pela mineradora CHAPLEAU na área do
assentamento. A SR-30 também deve estar atenta para essa questão uma vez
se tratar de terra da União destinada para Programa Nacional de Reforma
Agrária;
XI. Que seja dada ciência a Procuradoria Federal Especializada a cerca dos fatos
que ocorreram no assentamento, e aos demais setores competentes quanto ao
Laudo Agronômico de Fiscalização em questão.
12) ANEXOS

12.1) Figuras

Figura 1. Placa instalada no início do PDS Terra Nossa.

Figura 02. Casa da beneficiária Luzenilma em Novo Progresso.


Figura 03. Ilustração de pequeno garimpo encontrado dentro do perímetro do PDS
Terra Nossa.
Figura 04. Localização do PDS Terra Nossa. O círculo em preto destaca o perímetro
oficial do PDS Terra Nossa.
Figura 05. Mesorregiões e sub-áreas. O círculo em vermelho identifica onde se localiza
o assentamento. Fonte: Plano BR-163, 2006.
Figura 06. Bacias hidrográficas da região. O círculo em vermelho identifica onde o
assentamento está situado. Fonte: Plano BR-163, 2006.
Figura 07. Formações fitoecológicas de ocorrência no Pará. O círculo em vermelho
representa a região onde o imóvel se localiza. O destaque em marron
representa as áreas intensamente antropizadas (atividades agrárias ou
vegetações secundárias). Fonte: IBGE, 2006.
Figura 08. Proporção de área ocupada pelos grupos de vegetação encontrados na
região do ZEE BR-163. O círculo em vermelho representa a região onde o
imóvel está localizado. Fonte: ZEE BR-163, 2006.
Figura 09. Mapa de priorização da biodiversidade em relação á flora e a fauna resultante do PROBIO Amazônia para a região do ZEE
BR-163. O círculo em vermelho representa a região onde o imóvel está localizado. Fonte: ZEE BR-163, 2006.
Figura 10. Mapa de uso da terra da Sub-região Vale do Jamanxim do ZEE BR-163. O
círculo em vermelho representa a região onde o imóvel está localizado.
Fonte: ZEE BR-163, 2006.
12.2) Mapas e documentos diversos
• ANEXO 01: Peças Técnicas: a) Mapa da área do assentamento e memorial
descritivo; b) Mapa de Localização; c) Mapa de Prioridade Biológica; d) Mapa do
assentamento com as posses plotadas, pontos de GPS e lotes demarcados; e) o
mesmo mapa do item “d” com imagem de satélite; f) o mesmo mapa do item “d”
acrescido do perímetro demarcado pelo exército, lotes demarcados e projetados e
estradas que constam na Base Cartográfica da SR-30; g) o mesmo mapa do item “f”
com imagem de satélite; h) Mapa de classes de declividade; i) Mapa de classes de
capacidade de uso; j) Mapa de uso atual;

• ANEXO 02: Ordem de Serviço/INCRA/P/nº 15, de 15 de outubro de 2007,


delegando trabalho à equipe 2, 3 e 27;

• ANEXO 03: Portaria de criação do PDS Terra Nossa;

• ANEXO 04: Ata da reunião do dia 21/10/2006 entre representantes do exército


responsáveis pela execução dos trabalhos no PDS Terra Nossa e o servidor do
INCRA Aguinaldo Dantas Sobrinho;

• ANEXO 05: Ata da reunião do dia 10/11/2006 em que estiveram presentes 11


posseiros que estão dentro do perímetro do PDS Terra Nossa, o chefe do Posto
Avançado do INCRA Aguinaldo Dantas Sobrinho, e o prefeito municipal de Novo
Progresso, Tony Fábio Gonçalves Rodrigues, em que o acordo foi firmado;

• ANEXO 06: E-mail enviado pelo 2º Ten. Dorivaldo Lobato de Sousa;

• ANEXO 07: Ata da reunião do dia 25/12/2007, entre Bianor e oficiais do exército;

• ANEXO 08: Ata da reunião de 21/12/2006, entre associações do PDS Terra Nossa,
exército, sindicato e o INCRA;

• ANEXO 09: Planilha relacionando os posseiros que foram notificados;

• ANEXO 10: Relatório dos posseiros notificados;

• ANEXO 11: Relatório de situações diversas. Este relatório se fez necessário em


função de não ter sido possível a notificação;

• ANEXO 12: Planilha relacionando todos assentados do PDS Terra Nossa, com suas
respectivas observações. Assim como, a relação das famílias que não estão em RB
do PDS Terra Nossa, mas que estão residindo no assentamento, acompanhado de
07 espelhos de beneficiários, a relação de transferidos do PDS Vale do Jamanxim e
a lista dos funcionários da Prefeitura Municipal de Novo Progresso constante no
SIPRA da SR-30;

• ANEXO 13: Relação de fotos (amostragem) das ocupações dos assentados (por
Associação) que estão morando nos lotes do PDS Terra Nossa;

• ANEXO 14: Mapa dos lotes que foram sorteados e a listagem dos beneficiários, por
associação, que foram contemplados com lote na época em que os mesmos foram
destinados;
• ANEXO 15: Termos de desistência entregue pelos assentados: 1) Maria Zilda Tiago
Maia; 2) Esmaelita Tiago Silva Maia; 3) Filemon Tiago Silva Maia; 4) Patrícia
Roberica de Oliveira; 5) Alfredo Morais dos Santos; 6) Joerte de Oliveira; 7) Marilda
Verginia Gasparin; 8) Francisco Inácio Selzler. E declaração de afastamento por
motivo de saúde entregue pelos assentados: 1) Silvânia Conceição da Silva; 2)
Maria da Conceição de Lima (erroneamente na RB está Marja);

• ANEXO 16: Relatório da reunião realizada com os presidentes das associações que
atuam no PDS Terra Nossa e com a presidente do Sindicato de Trabalhadores (as)
Rurais de Novo Progresso. Alguns não se dispuseram a assinar porque constava a
fala de todos no mesmo documento, apesar da fala de cada um estar discriminada
e separada;

• ANEXO 17: Notificações emitidas aos posseiros, juntamente com as


documentações quando estas foram entregues;

Santarém – PA, 10 de junho de 2008

___________________________________________
Laurenilda Luzia da Silva Rodrigues
Engenheira Agrônomo/Incra/U.A. Altamira/SR-30
CREA nº 4.108-D/PA

___________________________________________
Tatiana Arantes Khnychala
Engenheira Agrônomo/Incra/SR-30/F
CREA nº 140036561-9 (nacional)

___________________________________________
Bruno Sales Cereja
Engenheiro Agrônomo/Incra/SR-30/T
CREA nº 9.733-V/PA

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