In 11 2003
In 11 2003
In 11 2003
D.O.~deJ6/ 041 03
INSTRUÇÃO NORMATIVAN° 11
Do Módulo Fiscal
Art. 1.0 O Módulo Fiscal expresso em hectares será fixado para cada município de
conformidade com os fatores constantes do art. 4.° do Decreto n.O84.685, de 06 de maio de 1980.
§ 2.° Para atender ao disposto nas alíneas "b", "c" e "d" do art. 4° do referido Decreto, será
utilizado o módulo médio por tipo de exploração constante da Tabela lU - Dimensão do Módulo
por Categoria e Tipo de Exploração, da Instrução Especial INCRA n.O 5-A, de 6 de junho de
1973, calculado para cada imóvel.
§ 3.° A fixação do Módulo Fiscal de cada município levará em conta, ainda, a existência
de condições geográficas específicas que limitem o uso permanente e racional da terra, em
regiões com:
Art. 2° O número de Módulos Fiscais do imóvel rural de que trata o art. 4° da Lei n°
8.629/93 será calculado com precisão de centésimos.
Do Imóvel Rural
Art. 3.° Para efeito do disposto no art. 4° da Lei n° 8.629/93, considera-se:
I - Imóvel Rural - o prédio rústico de área contínua qualquer que seja a sua localização,
que se destine ou possa destinar à exploração agrícola, pecuária, extrativa vegetal, florestal ou
agro-industrial;
II - Pequena Propriedade - o imóvel rural de área compreendida entre 1 (um) e 4 (quatro)
Módulos Fiscais;
III - Média Propriedade - o imóvel rural de área superior a 4 (quatro) e até 15 (quinze)
Módulos Fiscais;
IV - Grande Propriedade - o imóvel rural de área superior a 15 (quinze) Módulos Fiscais.
Da Produtividade
Art. 4.° Considera-se propriedade produtiva para fins do disposto no art. 6.° da Lei n.O
8.629/93, aquela que explorada econômica e racionalmente, atinge, simultaneamente, Grau de
Utilização da Terra - GUT igualou superior a 80% (oitenta por cento) e Grau de Eficiência na
Exploração - GEE igualou superior a 100% (cem por cento).
§ 1.0 Considera-se área efetivamente utilizada para fins do disposto no § 3.° do art. 6.° da Lei
n.o 8.629/93:
§ 3.° A área efetivamente utilizada " com pecuária será a menor entre a área declarada e a
obtida pelo quociente entre o número total de Unidades Animais - UA do rebanho e o índice de
lotação mínimo constante da Tabela n.o 5, observada a Zona de Pecuária - ZP do município de
localização do imóvel.
Art. 7.° A área aproveitável do imóvel será aquela correspondente à diferença entre sua área
total e sua área não aproveitável.
Art. 8.° Para os efeitos desta Instrução Normativa não poderão ser consideradas como áreas
efetivamente utilizadas e nem como áreas não aproveitáveis as áreas com projeto de lavra mineral
não exploradas efetivamente com atividades minerais e que não estejam sendo utilizadas para fins
agropecuários, desde que não haja impedimento de natureza legal ou técnica.
§ 1.0 A quantidade colhida dos produtos vegetais e dos produtos extrativos vegetais ou
florestais, proveniente da utilização indevida de áreas protegidas pela legislação ambiental será
desconsiderada proporcionalmente em relação à produção total das culturas exploradas no imóvel
para efeito de cálculo do GEE previsto nos incisos I e II deste artigo;
y § 2.° Para o cálculo do GEE, a área de pastagem plantada ou nativa, inserida em área
protegida por legislação ambiental e indevidamente utilizada pelo efetivo pecuário do imóvel, não
será computada como área efetivamente utilizada e o número total de Unidades Animais - UA será
reduzido em igual proporção entre a área ambiental indevidamente utilizada e a área total utilizada
com pecuária.
Art. 10°. Não perderá a qualificação de propriedade produtiva o imóvel rural que por razões
de força maior, caso fortuito, ou de renovação de pastagens tecnicamente conduzida e desde que
devidamente comprovado pelo órgão competente, deixar de apresentar no ano respectivo os Graus
de Eficiência na Exploração, exigidos para a espécie.
§ 1° O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujo efeito não era
possível evitar ou impedir, sendo imprescindível a comprovação dos fatos pelo INCRA.
§ 1° Nos casos em que pela natureza do projeto não haja obrigatoriedade de sua aprovação
pelo órgão federal competente, considerar-se-á para efeito de data de aprovação aquela em que o
projeto de exploração tenha sido registrado junto ao Conselho Regional da categoria a que o
profissional estiver vinculado, juntando-se o respectivo termo de Anotação de Responsabilidade
Técnica - ART, para fins de prova.
§ 2° - O INCRA poderá realizar, a qualquer tempo, desde que já tenha sido garantido o
contraditório e a ampla defesa, vistoria nos imóveis rurais submetidos a projeto técnico de
exploração, para fins de verificação do regular cumprimento das condições estabelecidas nos
incisos U e lU deste artigo.
o RESENDE DE SOUZA
Presidente
TABELAN" 1
ÍNDICES DE RENDIMENTO PARA PRODUTOS AGRÍCOLAS
TABELAN"2
ÍNDICES DE RENDIMENTOS PARA PRODUTOS EXTRATIVOS VEGETAIS E FLORESTAIS
PRODUTO REGIÃO UNIDADE RENDIMENTO POR
HEcrARE
ACACIA NEGRA Todo País Ton. 8,00
BABAÇU Todo País Ton. 0,10
BORRACHA NATURAL Todo País Quilo 2,00
CARNAÚBA(cera) Todo País Ton. 0,05
CASTANHA DO PARÁ Todo País Quilo 20,00
GUARANÁ (sementes) Todo País Ton. 0,10
MADEIRA Todo País M3 50,00
TABELAN"3
ÍNDICES DE RENDIMENTOS MÍNIMOS PARA PRODUTOS EXTRATIVOS
VEGETAIS E FLORESTAIS
PRODUTO REGIÃO UNIDADE RENDIMENTOS
MÍNIMOS POR
HEcrARE
ACACIA NEGRA Todo País Ton. 3,00
BABAÇU Todo País Ton. 0,03
BORRACHA NATURAL Todo País Quilo 1,00
CARNAÚBA (cera) Todo País Ton. 0,01
CASTANHA DO PARÁ Todo País Quilo 5,00
GUARANÁ (sementes) Todo País Ton. 0,03
MADEIRA Todo País M3 10,00
TABELAN"4
ÍNDICES DE RENDIMENTO PARA PECUÁRIA
INDICE DE LOTAÇÃO
Unidades Animais / Ha
1,20
0,80
0,46
0,23
0,13
TABELAN"5
ÍNDICES DE RENDIMENTOS MÍNIMOS PARA PECUÁRIA
INDICE DE LOTAÇÃO
Unidades Animais / Ha
0,60
0,46
0,33
0,16
0,10
TABELAN°6
Fatores de Conversão de Cabeças do Rebanho para Unidades Animais - UA, segundo a Categoria Animal
CATEGORIA Número Fator de Fator de Fator de Número de
ANIMAL de Conversão Conversão Conversão Unidades
Cabeças (Sul, Sudeste e (Norte) (Nordeste) * * Animais
Centro-Oeste) *
Bovinos
Touros (Reprodutor) 1,39 1,32 1,24
Vacas 3 anos e mais 1,00 0,92 0,83
Bois 3 anos e mais 1,00 0,92 0,83
Bois de 2 a menos de 3 anos 0,75 0,69 0,63
Novilhas de 2 a menos de 3 anos 0,75 0,69 0,63
Bovinos de 1 a menos de 2 anos 0,50 0,47 0,42
Bovinos menores de 1 ano 0,31 0,28 0,26
Novilhos Precoces
Novilhos precoces de 2 anos e mais 1,00 0,92 0,83
Novilhas precoces de 2 anos e mais 1,00 0,92 0,83
Novilhos precoces de 1 a menos de 2 0,87 0,80 0,72
anos
Novilhas precoces de 1 a menos de 2 0,87 0,80 0,72
anos
Bubalinos
Bubalinos 1,25 1,15 1,05
Outros
Eqüinos 1,00 0,92 0,83
Asininos 1,00 0,92 0,83
Muares 1,00 0,92 0,83
Ovinos 0,25 0,22 0,19
Caprinos 0,25 0,22 0,19
* Exceto regiões do Vale do Jequitinhonha e Pantanal do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, cujos fatores de
conversão devem ser iguais aos do Nordeste
** Exceto para a região da Zona da Mata, cujos fatores devem ser iguais aos do Norte.
PUBLICAÇÕES I
0.0. --=1- Lf de j 6"10 41 03
Seção 1 .Pág. j O 3
8.S. N.o~!e dJ 1.s:tY~
RESOLUÇÁO/CD/N° 07
Art. 1° Aprovar a Instrução Normativa que estabelece diretrizes para fixação do Módulo
Fiscal de cada Município de que trata o Decreto n.O84.685, de 6 de maio de 1980, bem como os
procedimentos para cálculo do Grau de Utilização da Terra - GUT e do Grau de Eficiência na
Exploração - GEE.
Ministério do Desenvolvimento Agrário
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
Superintendência Nacional do Desenvolvimento Agrário - SD
RELATÓRIOIINCRA/SD/N° 0;;-/2003
~~
Crispim Mardra
Superintendent(l Nac, do Dasenv,'"
Agrário· SO