Sistema de Avaliação Da Aptidão Agrícola Das Terras
Sistema de Avaliação Da Aptidão Agrícola Das Terras
Sistema de Avaliação Da Aptidão Agrícola Das Terras
INTRODUO
Soil Survey (Estados Unidos, 1951) levantamentos sistemticos No leva em conta nvel tecnolgico do agricultor
FAO (1976)
Em funo da tecnologia vigente; No um guia orientao na alocao dos recursos planejamento regional e nacional.
INTRODUO
a) a aptido da terra avaliada e classificada com relao a tipos especficos de uso; b) a aptido refere-se ao uso em base sustentada. Os aspectos de degradao ambiental so levado em considerao; e c) a avaliao envolve comparao de mais do que um simples tipo de solo.
METODOLOGIA
Aspecto importante apresentao em um s mapa; Vantagens do Mapa:
Visualizao conjunta da aptido de terras; Apresentao sem superpor diversos mapas; Custos reduzidos de impresso;
Desvantagens:
Apresentao conjunta complexidade na apresentao dos resultados.
METODOLOGIA
Sistema Brasileiro:
6 grupos (1, 2, 3, 4, 5, 6)
METODOLOGIA
Grupos de aptido agrcola; 1, 2 e 3, identificam as lavouras (utilizao) e representam no subgrupo as melhores classes de aptido; 4, 5 e 6, tipos de utilizao (pastagem plantada, silvicultura e/ou pastagem natural e preservao da flora e da fauna respectivamente).
2 3 4 5 6
Figura Alternativas de utilizao das terras de acordo com os grupos de aptido agrcola.
METODOLOGIA
Nveis de manejo considerados:
Nvel de manejo A (primitivo);
Mtodos no avanados de prticas agrcolas; Baixo nvel de conhecimentos tcnicos; No h emprego de capital; Existe algum emprego de trao animal com implementos simples; Trabalho manual; Prtica de queimadas e Abandono da terra de menor produo.
METODOLOGIA
Nvel de manejo B (pouco desenvolvido)
Nvel razovel de conhecimentos tcnicos; Aplicao de capital e resultados de pesquisa; Emprego de trao animal com prtica corrente; Uso restrito de mquinas agrcolas; Aplicao de fertilizantes e corretivos em quantidades razoveis Sistema de rotao de culturas.
METODOLOGIA
Nvel de manejo C (desenvolvido)
Emprego suficiente de capital; Mquina de trao motorizada; Fertilizantes e corretivos em quantidades adequadas; Utiliza intensamente resultados de pesquisa e Sistemas de drenagem.
Exemplo: 1(a)bC 1 - indica o grupo; e (a) restrita, b regular e C boa, as classes dentro do sub-grupo (a)bC
METODOLOGIA
Classes de aptido agrcola
Classe boa terras sem limitaes significativas para a produo sustentada de um determinado tipo de utilizao, h um mnimo de restries que no reduz, expressivamente, a produtividade ou os benefcios e no aumenta os insumos acima de um nvel aceitvel. A, B, C - lavouras P - pastagem plantada S - silvicultura N - pastagem natural
METODOLOGIA
Classes de aptido agrcola
Classe regular terras que representam limitaes moderadas para a produo sustentada de um determinado tipo de utilizao. As limitaes reduzem a produtividade ou os benefcios, elevando a necessidade de insumos de forma a aumentar as vantagens globais a serem obtidas do uso. a, b, c lavouras; p - pastagem plantada; s - silvicultura; n - pastagem natural.
METODOLOGIA
Classes de aptido agrcola
Classe restrita terras que apresentam limitaes fortes para a produo sustentada de um determinado tipo de utilizao. Essas limitaes reduzem a produtividade ou os benefcios, ou ento aumentam os insumos necessrios, de tal maneira que os custos s seriam justificados marginalmente.
(a), (b), (c) lavouras; (p) - pastagem plantada; (s) silvicultura; (n) - pastagem natural.
METODOLOGIA
Classes de aptido agrcola
Classe inapta Terras no adequadas para a produo sustentada de um determinado tipo de utilizao, representada pela ausncia das letras
METODOLOGIA
Subgrupo de aptido agrcola:
Conjunto da avaliao da classe de aptido correspondente ao nvel de aptido relacionado com o nvel de manejo, indicando o tipo de utilizao das terras.
Fatores que limitam o uso da terra: - Deficincia de fertilidade (f); - Deficincia de gua (h); - Excesso de gua (o); - Susceptibilidade eroso (e); - Impedimentos mecanizao (m);
FATORES DE LIMITAO
Grau de Limitao
N (0) L (1)
M (2)
F (3)
MF (4)
N L
M
F
MF
Caractersticas do ambiente
Deficincia de Oxignio
Boa aerao durante todo o ano. Terras bem a excessivamente drenadas. Pequena deficincia de aerao para plantas mais sensveis na estao chuvosa. Terras moderadamente drenadas. Imprprio para culturas sensveis durante a estao chuvosa. Terras imperfeitamente drenadas sujeitas a inundaes ocasionais. Srias deficincias de aerao. Sem possibilidade de desenvolvimento de culturas no-adaptadas. Obras de drenagem artificiais ainda viveis ao nvel do agricultor. Terras mal ou muito maldrenadas, sujeitas a inundaes freqentes. Condies semelhantes ao anterior, porm o melhoramento est fora do alcance do agricultor individualmente.
N L M
MF
Caractersticas do ambiente
Susceptibilidade Eroso
Relevo plano ou quase plano (declive <3%) e boa permeabilidade. Eroso insignificante aps 10 a 20 anos de cultivo, controlada com prticas conservacionistas simples.
L
M F MF
Relevo suave ondulado (declives entre 3 e 8%) e boas propriedades fsicas. Aps 10 a 20 anos de cultivo, pode ocorrer perda de 25% do horizonte superficial, que pode ser prevenida com prticas conservacionistas ainda simples.
Relevo em geral ondulado, ou seja, com declives entre 8 e 20%, que podem variar para mais ou para menos conforme as condies fsicas do solo. Necessidade de prticas intensivas de controle eroso desde o incio da utilizao. Relevo em geral forte ondulado, ou seja, com declives entre 20 e 45%, que podem variar conforme as condies fsicas do solo. Preveno eroso difcil e dispendiosa, podendo ser antieconmica. Relevo montanhoso ou escarpado (declive >45%), no sendo recomendvel o uso agrcola, com srios riscos de danos por eroso em poucos anos.
N L
F MF
Caracterizao
Terras pertencentes a classe de aptido boa para lavouras nos nveis de manejo A, B e C Terras pertencentes a classe de aptido boa para lavouras nos nveis de manejo A e B, e regular no nvel C Terras pertencentes a classe de aptido boa para lavouras no nvel de manejo C, regular no nvel B e inapta no nvel A Terras pertencentes a classe de aptido regular para lavouras nos nveis de manejo A e B, e restrita no nvel C Terras pertencentes a classe de aptido regular para lavouras no nvel de manejo C, restrita no nvel B e inapta no nvel A Terras pertencentes a classe de aptido restrita para lavouras nos nveis de manejo A e B e inapta no nvel C
3(bc)
4P 4(p)
Terras pertencentes a classe de aptido restrita para lavouras nos nveis de manejo B e C e inapta no nvel A
Terras pertencentes a classe de aptido agrcola boa para pastagem plantada Terras pertencentes a classe de aptido agrcola restrita para pastagem plantada
5Sn
5s(n) 5n
Terras pertencentes a classe de aptido agrcola boa silvicultura e classe regular para pastagem natural
Terras pertencentes a classe de aptido agrcola regular para silvicultura e classe restrita para pastagem natural Terras pertencentes a classe de aptido agrcola regular para pastagem natural e classe inapta para silvicultura
METODOLOGIA
Tabela Representao cartogrfica
Grupo
1
2 3 4 5 6
Cor bsica (derivaes) Verde (6) Marrom (6) Laranja (6) Amarelo (3) Rosa (4) Cinzento (1)
METODOLOGIA
CONVENES ADICIONAIS
Terras aptas para culturas de ciclo curto e inaptas para culturas de ciclo longo. No indicadas para silvicultura Terras aptas para culturas de ciclo longo e inaptas para culturas de ciclo curto Terras com aptido para culturas especiais de ciclo longo
v v v v v v v v v
Terras com irrigao instalada ou prevista Terras no indicadas para silvicultura Terras aptas para arroz de inundao e inaptas para a maioria das culturas de ciclos curtos e longos. No indicadas para silvicultura
2abc Aspas no algarismo indicativo do grupo representam terras com aptido para dois cultivos por
ano.
2abc Trao contnuo sob o smbolo indica haver na associao de solos, componentes, em menor
proporo, com aptido superior representada
METODOLOGIA
AVALIAO DAS CLASSES DE APTIDO AGRCOLA DAS TERRAS
Viabilidade de Melhoramento
4P 4p 4 (p)
2a 2a/3a 3a
2 2/3 3
2a 3a 3a
2/3a 3a 4
2/3 3 3
1a 1a 4 3 3 3 0 0 2/3
3a 3a 3 4 4 4 2a 1/2b 2
2/3 3
Letra maiscula aptido boa; letra minscula aptido regular; letra minscula Entre parnteses aptido restrita; e ausncia de letra inapta. Onde: 0 = nulo; 1 = ligeiro; 2 = moderado; 3 = forte e 4 = muito forte letras minsculas sublinhadas a e b indicam a viabilidade de melhoramento, com prticas simples e intensiva respectivamente
METODOLOGIA
USO DOS QUADROS-GUIAS
Tabela Resultado do confronto entre os graus de limitaes da unidade LVa1 e dos requisitos determinados no Quadro-guia (clima tropical mido)
---------F------------------A------------------O-----------------E-----------------M----------
B
2a
C
1b
A
1
B
1
C
1
A
0
B
0
C
0 0/1 a
A
2/3
B
2a
C
1/2 b
A
2
B
2
C
2
2a
1b
1/2
1/2
1/2
1a
2a
2/3
5n
(b)
(a)
(b)
(c)
5(n)
(b)
5n (b) Onde: 0 = nulo; 1 = ligeiro; 2 = moderado; 3 = forte e 4 = muito forte letras minsculas sublinhadas a e b indicam a viabilidade de melhoramento, com prticas simples e intensiva respectivamente Fonte: Resende et. al., 2002.
EXEMPLOS
Concluso
fundamental a prtica de avaliaes da aptido agrcola de terras, pois, alm de subsidiar outros estudos e pesquisas, possibilita ainda a orientao de uso adequado da oferta ambiental, evitando a sub ou sobreutilizao dos recursos naturais.