Elepot
Elepot
Elepot
CARAÚBAS/RN
2017
ÍCARO ANDRÉ TAVARES
Monografia apresentada à
Universidade Federal Rural do
Semiárido – UFERSA Campus
Caraúbas, para a obtenção do título de
Bacharel em Ciência e Tecnologia.
CARAÚBAS-RN
2017
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ata. A mesma poderá servir de base literária para novas pesquisas, desde que a obra e seu (a) respectivo (a) autor (a) sejam
devidamente citados e mencionados os seus créditos bibliográficos.
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de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (USP) e gentilmente cedido para o Sistema de Bibliotecas da
Universidade Federal Rural do Semi-Árido (SISBI-UFERSA), sendo customizado pela Superintendência de Tecnologia da Informação e
Comunicação (SUTIC) sob orientação dos bibliotecários da instituição para ser adaptado às necessidades dos alunos dos Cursos de
Graduação e Programas de Pós-Graduação da Universidade.
ÍCARO ANDRÉ TAVARES
Monografia apresentada à
Universidade Federal Rural do Semi-
Árido – UFERSA Campus Caraúbas,
para a obtenção do título de Bacharel
em Ciência e Tecnologia.
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________
Prof.ª Me. Ana Tereza de Abreu – UFERSA
Orientadora
_________________________________________________
Prof. Dr. Francisco de Assis de Brito Filho – UFERSA
Coorientador
_________________________________________________
Prof. Dr. Hudson Pacheco Pinheiro – UFERSA
Primeiro Membro
__________________________________________________
Prof. Dr. Zenner Silva Pereira – UFERSA
Segundo Membro
AGRADECIMENTOS
Aos meus amigos de infância do grupo “Best Forever”, que sempre estiveram comigo
e que apoiaram em todas as decisões feitas até aqui.
Aos meus amigos da faculdade que trilharam esse caminho árduo comigo e aos que
tiveram que abandonar por motivos justificativos.
Humanity has been looking for energy sources to meet a human need, however, some
of them on the environment, such as: thermoelectric energy (burning of fossil fuels).
Knowing this, other forms of energy production for what is criticized, everyday, not to
affect the ecosystem. For this reason, wind energy is being a basis for contemporary
study. Solar energy, in turn, is a clean and renewable source of energy and is therefore
one of the great promising since it has inexhaustible source and its access is not
restricted. It can be converted into electrical energy by means of photovoltaic cells,
from the photo voltaic effect, to export the material from the plate to light in order to
generate a voltage or electric. Its most commonly encountered types are:
monocrystalline silicon, polycrystalline silicon and amorphous silica. These rating
plates vary according to material. In this work, an analysis was made through a simple
RC circuit, where it was possible to measure the loading time of a capacitor for each
board acquired and the results of them.
CI – Circuito Integrado
CC – Corrente Contínua
CA – Corrente Alternada
RC – Resistor Capacitor
V – Voltz
A – Ampère
W – Watt
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 14
1.1. HISTÓRIA .....................................................................................................14
4. APLICAÇÕES .....................................................................................................43
5. CONCLUSÕES ...................................................................................................51
1. INTRODUÇÃO
1.1. HISTÓRIA
1.2. DEFINIÇÃO
14
são aquelas oriundas de fontes finitas como o petróleo e o carvão. Elas têm um limite
a ser utilizado e, não são repostas em um tempo hábil [2].
Assim, devido à grande importância da produção de energia em nossa
sociedade é de fundamental importância uma compreensão abrangente e, ao mesmo
tempo, profunda dos métodos de produção disponíveis [3].
1.3. OBJETIVOS
Esse trabalho tem como objetivo analisar e comparar placas fotovoltaicas, bem
como verificar a eficiência das mesmas.
15
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1
𝑃 = 𝜌𝐴𝑟 𝑣 3𝐶𝑝 𝜂 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 (1)
2
No qual,
𝑃 = potência do aerogerador
𝜌 = densidade do ar em kg/m³
𝜋𝐷 2
𝐴𝑟 = área do rotor, dada por: 4
A energia eólica está sendo cada vez mais utilizada no mundo, pois é uma
energia sustentável e acarreta pouco prejuízo ao meio ambiente. Dessa forma, é uma
grande aposta para o futuro, pois com grandes investimentos e juntamente com outras
energias sustentáveis poderá substituir energias que agridem ao meio ambiente.
O Brasil por ser um país de clima quente e úmido, favorece esse tipo de
produção de energia devido aos ventos fortes, sendo mais propício usa-la para
produção de energia elétrica.
16
De acordo com [6], o valor médio inicial em aplicação em usinas de médio e
grande porte, acima 30MW, é de R$ 4.200.000,00 por MW instalado, já incluindo os
aerogeradores, tendo um período de vida útil de 20 anos, a parte civil e a elétrica. O
Brasil está entre os 10 países geradores de energia eólica, onde se tem mais de 349
usinas, sendo que a maioria são instaladas no Nordeste.
Em termos de custos de geração da energia é a segunda mais barata, perdendo
somente para energia hidrelétrica. Segundo a presidente da Associação Brasileira de
Energia Eólica (ABEEólica), Elbia Gannoum, cerca de 70% dos equipamentos que
são utilizados para gerar a energia são produzidos no país [7].
Como as outras formas de produção de energias, a eólica também oferece
algumas desvantagens. A primeira seria a perturbação visual tanto para os moradores
da região como para os que estão passando pelo local, cujo o movimento das pás
pode dar enjoo, e também altera a paisagem. A segunda é a influência sobre as aves,
tendo influência na migração delas e podem provocar colisão com as pás. A terceira
é ruído que os aerogeradores produz com o vento que chega aproximadamente 43 a
dB [8].
17
conduzidas por meio das linhas de transmissão, até os transformadores abaixadores,
que irão diminuir e ajustar a tensão que será utilizada nas moradias [10].
De acordo com a figura 1, vemos algumas usinas que ainda estavam em
construção em 2011.
18
2.3. ENERGIA SOLAR
A energia solar é abundante e pode ser aproveitada na sua forma luminosa ou
através dos outros processos como, aquecimento, evaporação e fotossíntese [14].
Sabemos que o Sol emite ondas eletromagnéticas e em média 43% da radiação
é absorvida e refletida pela atmosfera, onde 57% é absorvida pela Terra direta e
difusamente [15].
No Brasil, ainda que se tenha certa diversidade climática, a quantidade de
radiação solar média recebida é, aproximadamente, constante, possuindo altos
valores médios em todo o território [16]. Atualmente, o governo investe em programas
sociais que visam aproveitar a energia solar tanto em locais onde não se tem rede
elétrica, principalmente em regiões rurais, como também em regiões que utiliza uma
energia térmica maior [17].
De acordo com a Resolução Normativa 482/2012, publicada pela ANEEL em
2012, os microgeradores e minigeradores são equipamentos de geração de energia
elétrica de pequena potência (de até 1MW) capazes de alimentar uma casa, edifício,
empresas e indústrias de pequeno porte, conectados na rede elétrica pública devem
ser subtraídas de sua conta de luz, que qualquer energia gerada não consumida,
sendo desta forma trocada por kWh. É possível conectá-los à rede elétrica pública de
forma que, toda energia gerada não consumida deve ser vendida ou trocada por kWh
[18].
A utilização da energia solar no Brasil ainda é limitada, sendo responsável por
0,01% de toda energia gerada no país [19].
19
O engenheiro eletricista inglês, Willoughby Smith, descobriu a capacidade de
fotocondução do selênio. A partir dessa conquista, foram criadas células fotoelétricas.
No ano de 1873, ele projetou um cabo subaquático e para seu circuito teste, era
necessário um semicondutor com uma alta resistência e algumas hastes de selênio.
No laboratório, ele verificou que as hastes funcionavam, mas na prática produzia uma
corrente elétrica não apenas devido à luz do sol, mas também, causada por qualquer
luz com frequência elevada. No mesmo ano, ele publicou o livro “Effect of light on
selenium during the passage of an eletric current” (Efeito da luz no selênio durante a
passagem de corrente elétrica) [21].
Sabendo da propriedade do selênio de produzir corrente em contato com a luz,
o professor William Grylls Adams, do Kings College, na Inglaterra, e seu estudante
Richard Evans Day, confirmaram que se pode converter a energia solar em energia
elétrica sem que haja calor, ou seja poderia ocorrer essa conversão sem precisar do
sol. Na década de 1870, foram realizadas várias experiências, e em uma delas
acenderam uma vela perto de uma haste de selênio, e foi visto que ele reagiu
imediatamente com a vela, produzindo uma corrente, detectado pelo amperímetro
[22].
Com isso, concluíram que o calor da vela não causava nenhuma corrente,
conhecida como eletricidade térmica, mas sim a sua luminosidade que fazia esse
efeito.
Mais tarde, em 1877, William e Evans utilizaram um filme de selênio depositado
em substrato de ferro e contato frontal com uma fina camada de filme de ouro para
criar o primeiro dispositivo que convertia energia solar em elétrica, chegando a uma
eficiência de 0,5% [22].
Em seguida, um inventor norte-americano Charles Edgar Fritts, de Boston,
criou o primeiro módulo solar em 1883. Consistia em placas de cobre com selênio
cobertas com uma camada extremamente fina de ouro. Esse procedimento mostrou
que a corrente nesse modulo não era só sensível a luz do sol como também as velas
[22].
Entretanto, na prática a energia elétrica produzida chegava apenas a uma
eficiência de 1% sendo que a energia solar incidida no módulo era mal recebida pelas
orbitas atômicas do selênio enfraquecendo a sua precisão. O alto custo do selênio e
a utilização do ouro fizeram que este produto fosse inviável comercialmente [22][23].
20
No entanto, ele enviou um de seus módulos solares para o alemão Ernst
Werner von Siemens, que já havia ficado famoso com a descoberta de Thomas
Edison, o inventor da lâmpada. Ele ficou tão impressionado com a descoberta, painéis
que produzem energia elétrica em exposição a luz solar, que enviou Fritts para a Real
Academia da Prússia. Siemens declarou ao mundo científico que os módulos do
norte-americano, "que nos é apresentado, faz pela primeira vez, a conversão direta
da energia da luz em energia elétrica” [24].
No final dos anos 1800, a ciência não sabia o quanto de energia vinha do sol.
Mas, Albert Einstein publicou um artigo em 1905, onde dizia que a luz contém pacotes
de energia, chamadas de quantum ou popularmente conhecido por fótons. A
quantidade de energia é diretamente proporcional ao seu comprimento de onda, onde
quanto maior o comprimento de onda menor será a sua energia ou potência
transmitida [22][23].
Einstein ainda viu que em materiais semicondutores, os fótons batem nos
elétrons e os arrancam de sua eletrosfera e podem gerar eletricidade, se forem
conectados corretamente em um circuito, realizará trabalho. Esse fenômeno foi
denominado de efeito fotoelétrico e explica o fato de o bombardeamento de um
material, geralmente metálico, com fótons de elevada frequência remove elétrons da
superfície do metal [25].
Sabendo disso, em 1913, William Weber Coblentz, um físico estadunidense,
recebeu a primeira patente dos EUA (1077219) para converter a radiação solar em
energia elétrica, e mesmo assim, os pioneiros nesse ramo não atingiram os objetivos
necessários, que era a aumentar a eficiência de conversão, que continuava nos
mesmos 1% ou menos [26].
Com a descoberta dos semicondutores, que podem ser condutores ou
isolantes, dependendo de quão forte eles seguram os seus elétrons. Se esses
materiais estão na sua forma pura ou cristalina, eles tornam-se condutores por possuir
alta condutividade e baixa resistividade. Entretanto, se os mesmos forem dopados
com impurezas, onde se adiciona e retira elétrons da sua estrutura cristalina, daí eles
serão isolantes [27].
Sabendo da versatilidade desses materiais, estudiosos começaram a estuda-
los profundamente. Uma parte importante da etapa de produção desses materiais, em
particular do silício e do Germânio, é o processo de dopagem. A dopagem é chamada
do tipo P (de positivo), quando se dopa o Si ou Ge (tetravalentes) com um material
21
trivalente e observa-se que falta um elétron para que a lacuna seja completada, e no
tipo N (de negativo), quando ocorre um excesso de elétrons. A fim de melhorar a
característica de condução, é feita uma junção P-N, os elétrons fluem de P para N, ou
N-P, elétrons fluem de N para P. Usualmente o material utilizado é o silício por ter
menor custo [27].
Em 1940, o engenheiro estadunidense, Russell Shoemaker Ohl, pesquisador
na área de semicondutores da empresa Bell Telephone Laboratories, quando
analisava algumas amostras de silício e notou que um dos modelos estava rachado
bem ao meio. Com isso, verificou que nesse protótipo em especial, passava corrente
quando era exposto a radiação eletromagnética. Essa ruptura, que deve ter sido
causada durante sua fabricação, possibilitou a descoberta acidental da junção PN,
onde em um lado da fissura existia excesso de cargas positivas e no outro excesso
de cargas negativas, produzindo um campo elétrico [22][23][27].
Devido a esse feito, quando a amostra é ligada a um circuito, um fóton de luz
recebido arranca um elétron da célula e uma corrente flui (efeito fotoelétrico). Russel
patenteou a primeira placa solar de silício, mas a sua eficiência ainda chegava a
apenas a 1% [22].
Assim os primeiros painéis solares foram comercializados em 1956, o seu custo
era de 300 dólares para um painel de 1 watt de potência, sendo inviável
economicamente para os consumidores. Porém, pequenas células solares foram
colocadas em brinquedos e rádios e foram disponibilizados para os consumidores
[27].
Logo mais, com o processo de dopagem do silício com arsênio e,
posteriormente, com o boro, notou-se que a eficiência passou a ser 6%, sendo essa,
a primeira célula fotovoltaica formalmente apresentada. Com essa conquista, em
março de 1958, foi lançado o primeiro satélite sustentado por energia solar, que foi
nomeado de Vanguard 1 e que ainda continua orbitando até hoje [23].
Em 1959, a Hoffman Electronics desenvolveu a célula fotovoltaica comercial,
que é ligada diretamente na rede elétrica, a fim de diminuir a resistência da célula.
Esse método chegou a uma eficácia de 10%, atingindo posteriormente, a marca dos
14% eficiência [22].
Na transição dos anos 50 para os anos 60, satélites, tanto dos Estados Unidos
quanto da União Soviética foram sustentados por painéis solares, com custo reduzido.
22
Foi priorizado a durabilidade, o tamanho e a eficiência, e atingia cerca de 14% de
rendimento [22][23].
O presidente e fundador da empresa Solar Power Corporation, Dr. Elliot
Berman, utilizando um grau de pureza menor de silício e técnicas similares a
fabricação de filmes de fotografias, criou um painel solar mais barato, alcançando 20
dolares por watt. Tudo isso foi financiado pela empresa Exxon Corporation, que
precisaria de placas solares para alimentar as luzes das plataformas para avisar as
embarcações que circulavam [28].
Entre 1970 e 1990, os australianos usaram painéis solares em torres de micro-
ondas, para aumentar a capacidade de telecomunicação [28].
Atualmente os semicondutores são fabricados especificamente para a
conversão fotovoltaica. Os mais utilizados são o silício cristalino e o silício amorfo
hidrogenado. O primeiro é formado por uma estrutura cristalina. Já o segundo não
possui rede cristalina, e tem uma estrutura irregular ou imperfeita que é compensada
com átomos de hidrogênio. Essa última é a mais promissora, tanto do ponto de vista
econômico como de consumo, pois filmes finos desse material podem produzir células
solares com uma eficiência de aproximadamente 30% [29].
Materiais como GaAs (arseneto de gálio), filmes finos de misturas de CdS
(sulfeto de cádmio) com Cu2S (sulfeto de cobre II), e CdS com InP (fosfeto de índio)
estão sendo pesquisados. No entanto, nos testes eles depositam os materiais em um
substrato de vidro ou de metal, pois são mais baratos que o silício [29].
A popularização do uso das células fotovoltaicas é responsável por grandes
avanços e constantes pesquisas, permitindo melhorias substanciais na fabricação
desses materiais.
Na atualidade, fabricam-se painéis solares de silício cristalino com uma
eficiência de 27%. No entanto, as produzidas, comercialmente, nas indústrias ainda
possuem uma eficiência de 15 a 18%. Já para o silício amorfo hidrogenado, 10 a 12%
em laboratórios e 7 a 8% industrialmente.
23
O efeito fotovoltaico ocorre em materiais semicondutores, que são materiais
intermediários, ou seja, ora se comporta como condutor ora como isolante
dependendo das condições. A figura 2 mostra o corte transversal de uma célula
fotovoltaica.
24
Figura 3 - Diferença dos Materiais de acordo com sua Banda de Energia.
25
Se essa junção for submetida a uma quantidade de fótons maior que a da zona
proibida ou GAP ocorrerá uma produção de elétrons e lacunas, onde ao acelera-los
será produzida uma corrente elétrica que flui de P para N. Devido a essa aceleração
das cargas sugiram uma diferença de potencial (efeito fotoelétrico). Esse é o princípio
de funcionamento das placas fotovoltaicas [20]. A figura 4 demonstra como ocorre o
efeito fotovoltaico nos painéis.
26
legais começaram a cair e, consequentemente, a empresa pediu falência. Atualmente,
o mercado nacional é abastecido por empresas internacionais [31].
27
Figura 5 – Célula de Silício Monocristalino.
28
2.6.3. SILÍCIO AMORFO (A-SI)
O silício amorfo inicialmente começou a ser utilizado em produtos de baixo
consumo, como calculadoras e relógios. Entretanto, após verem que ela absorve até
40 vezes mais radiação do sol que as mono-si e multi-si. Cerca de 1um de espessura
de filme desse material pode absorver até 90% da luminosidade incidente [34].
Diferentemente dos outros dois, o silício amorfo não possui uma estrutura ou
rede cristalina, apresentando imperfeições em suas ligações. Contudo, afim de
minimizar esse problema, é adicionado hidrogênio em suas ligações (hidrogenação),
melhorando o seu rendimento [35].
Seu processo de fabricação ocorre em temperaturas abaixo de 300ºC imerso
em plasma, permitindo a introdução de filmes (a-Si) em substratos de vidro, plástico
ou aço inoxidável [33].
Por meio disso, foi desenvolvido painéis solares que possui uma flexibilidade e
são adaptáveis a superfícies encurvadas. Hoje dia, se encontra aplicações na
arquitetura, onde se tem uma substituição de telhas e fachadas por esse tipo de
material. Esse feito, proporcionou uma maior aplicação desses materiais fotovoltaicos
no nosso cotidiano. A figura 7 representa uma célula de silício amorfo.
(Fonte: http://www.archiexpo.com/prod/sunset-energietechnik-gmbh/product-74430-1179507.html, em
22/03/2017).
29
3. CÁLCULO DA EFICIÊNCIA DOS PAINÉIS
3.1. INTRODUÇÃO
Segundo o site Conceito, eficiência vem do latim efficientĭa, cuja definição física
é dada pela relação entre a energia útil pela energia total. Logo, eficiência de um
painel solar é quanto de energia incidente na superfície de uma placa é convertida em
energia elétrica. Então, quanto maior a eficiência de um módulo maior a produção de
energia e, por sua vez, mais W/m² o conjunto irá fornecer [36].
𝐼𝑝𝑖𝑐𝑜 . 𝑉𝑝𝑖𝑐𝑜
ɛ= . 100% 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 2
𝐼𝑟. 𝐴
30
Onde:
“ɛ” é a eficiência da placa solar em %
“𝐼𝑝𝑖𝑐𝑜 ” é a corrente máxima fornecida pelo fabricante em mA
“𝑉𝑝𝑖𝑐𝑜 ” é a tensão máxima fornecida pelo fabricante em V
“𝐼𝑟” é a irradiação solar constante = 1000W/m²
“𝐴” é a área do painel solar dada em m²
Para placa 2:
(90𝑚𝐴). (5,5𝑉)
ɛ2 = . 100% = 11,71%
(1000𝑊/𝑚²). (4225. 10−6 𝑚2 )
Para placa 3:
(100𝑚𝐴). (6𝑉)
ɛ3 = . 100% = 13,16%
(1000𝑊/𝑚²). (4560. 10−6 𝑚2 )
31
TABELA 1 – ESPECIFICAÇÕES DAS CÉLULAS SOLARES.
Tensão 6V 5,5V 6V
máxima
32
Após a descoberta de que o efeito fotovoltaico funciona como uma junção PN,
os estudos das placas se voltaram completamente para os semicondutores. Como
dito anteriormente, no início, os pesquisadores focaram seu trabalho no silício, pois
além de ser barato oferecia uma eficiência acima da média. No entanto, hoje em dia
estão sendo testados outros tipos de materiais tais como, GaAs, CdS, InP e até
células orgânicas. Entretanto, apesar dos esforços, os rendimentos ainda são baixos.
Por outro lado, a taxa de conversão de energia não depende apenas do material
de fabricação, mas também existem fatores externos que diminuem essa eficiência,
tais como [40]:
33
PROCEDIMENTO
A metodologia dessa etapa utiliza circuitos RC, alimentados pelo painel solar.
Foram medidos as correntes e tensões no capacitor, durante o seu carregamento. A
análise foi realizada no intervalo de tempo suficiente para que a diferença de potencial
no capacitor atingisse 5V. Foi estabelecido esse valor padrão de ddp para que todos
os capacitores ficassem submetidos as mesmas condições e, consequentemente,
armazenassem a mesma energia. A figura 8 ilustra como foi montado:
Figura 8 – Circuito RC.
Fonte: Própria
Para melhor visualização, foi feita uma simulação no Multisim, de acordo com
a figura 9, onde mostra que amperímetro foi colocado em série entre o resistor e o
capacitor e o voltímetro em paralelo com o capacitor.
34
Foram feitos 3 (três) circuitos com diferentes combinações de capacitores e
resistores, de modo a possibilitar uma análise comparativa dos tempos necessários
para o seu carregamento. O experimento foi repetido três vezes para cada placa e
cada tipo de circuito. A tabela 2 mostra os resultados coletados para o sistema
constituído pela placa 1, na configuração do circuito 1.
Circuito 1: Resistor de 51kΩ e capacitor 470µF
Circuito 2: Resistor de 102kΩ e capacitor 470µF
Circuito 3: Resistor de 51kΩ e capacitor 2200µF
A escolha desses resistores com resistência alta foi proposital, onde foi a única
maneira de conseguir medir um tempo de 1 em 1V. Se utilizasse uma resistência
baixa, por exemplo 50Ω, o tempo de carregamento do capacitor seria muito rápido e
não daria tempo de medir de 1 em 1V.
O experimento foi repetido três vezes para cada placa e a tabela 2 mostram os
resultados coletados para a tensão e para a corrente.
Resultados:
O primeiro ponto a ser observado é a variação da tensão medida na placa. Essa
variação pode ser atribuída ao sombreamento parcial dos painéis devido ao
aparecimento de nuvens. Além disso, a variação da inclinação dos raios solares
incidentes, em relação ao plano do painel, que ocorre devido à rotação da terra,
também afeta a quantidade de radiação sobre os painéis. Para minimizar esse
problema, podem ser construídos sistemas de seguimento solar que possibilitam um
melhor aproveitamento da iluminância incidente.
35
Com base nos dados obtidos, foram feitos dois gráficos (1 e 2) que mostram a
curva de tensão e corrente com base no tempo médio:
−𝑡
Equação 3: 𝑉 = 𝑉𝑓 (1 − 𝑒 𝑅𝐶 )
G R ÁF I C O 1 - TE N S ÃO X TE M P O P AR A
P L AC A 1
6
TENSÃO EM VOLTZ
5
4
3
2
1
0
0 10 20 30 40 50
TEMPO MÉDIO EM SEGUNDOS
−𝑡
Equação 4: 𝐼 = 𝐼𝑓 𝑒 𝑅𝐶
G R ÁF I C O 2 - C O R R E N TE X TE M P O P AR A
P L AC A 1
0,14
CORRENTE EM MILIÀMPERE
0,12
0,1
0,08
0,06
0,04
0,02
0
0 10 20 30 40 50
TEMPO MÉDIO EM SEGUNDOS
36
Deste modo, o cálculo da eficiência só pode ser feito comparativamente, já que
o carregamento não obedece a uma função linear com o tempo, o que impede um
cálculo preciso da potência. A tabela 3 indica os valores dos tempos médios obtidos
dos três circuitos feitos.
Carregamento Tempo médio para Tempo para circuito 2 Tempo para circuito
circuito 1 (s) (s) 3(s)
Circuito 1
A energia fornecida (E) é a mesma para as três placas, já que todas carregaram
o capacitor com a mesma ddp de 5V. Logo:
𝐸 𝐸 𝐸
𝑃1 = , 𝑃2 = , 𝑃3 =
39,73 57,60 43,62
Suas eficiências são dadas por:
𝑃1 𝑃2 𝑃3
𝑒1 = , 𝑒2 = , 𝑒3 =
𝑃𝑠 𝑃𝑠 𝑃𝑠
Assim,
𝑃1 𝑃2 𝑃3
𝑃𝑠 = = =
𝑒1 𝑒2 𝑒3
37
Definindo a eficiência 18,18% como padrão, temos que:
𝑒1 = 18,18%
𝑒1 ∗ 𝑃2 18,18% ∗ 39,73
𝑒2 = = = 12,53%
𝑃1 57,60
18,18 ∗ 39,73
𝑒3 = = 16,56%
43,62
Circuito 2
𝑒1 = 18,18%
18,18% ∗ 75,71
𝑒2 = = 12,18%
112,98
18,18 ∗ 75,71
𝑒3 = = 15,73%
87,47
Circuito 3
𝑒1 = 18,18%
18,18% ∗ 173,00
𝑒2 = = 14,13%
222,54
18,18 ∗ 173,00
𝑒3 = = 16,91%
186,03
De acordo com os cálculos acima, foi montado uma tabela (4) com as
eficiências comparativas.
38
Tabela 4 – Eficiências Comparativas.
Carregamento Eficiência Eficiência Eficiência
comparativa comparativa comparativa
Circuito 1 Circuito 2 Circuito 3
39
4. APLICAÇÕES
Os painéis fotovoltaicos podem ser aplicados de diversas maneiras, desde um
brinquedo ou carregador solar até um abastecimento de uma residência. Nessa seção
irei citar algumas aplicações dos painéis solares.
(Fonte: http://professorpetry.com.br/Ensino/Repositorio/Docencia_CEFET/Retificadores/2007_2/Aula_44.pdf, em
15/03/2017).
40
Figura 11 - Pinos do CI Regulador de Tensão LM7805.
(Fonte: http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-710752014-regulador-de-tenso-5v-lm-7805-arduino-
pic-5-v-_JM, em 10/03/2017).
Note que os códigos de série dos dispositivos são formas de identificar tanto a
tensão que vai ser regulada como a tensão de entrada que ele irá receber, por
exemplo, o 7810 regulará uma tensão de 10V que permanecerá fixa, de maneira geral,
o 78XX regulará uma tensão XX [41][42]. A figura 12 mostra a diferença das pinagens
do 78XX e 79XX.
41
Figura 12 - Pinagens do 78XX e 79XX.
42
carregadas totalmente e ajusta para que o descarregamento fique acima de um valor
protegido [42].
Para painéis com utilização em rede de distribuição de energia, um controlador
de tensão usual tem: entrada para as células solares, saída para bateria e saída para
carga [43]. Como ilustra a figura 14.
(Fonte: http://www.china-solar-factory.com/pt/Regulador-Solar/24A-12V-24V-Auto-JUTA-Controlador-
de-Carga-Solar_155.html, em 27/03/2017).
43
Vale salientar que que ele possui um sistema PWM (Pulse With Modulation),
que é um método de carga bastante eficaz em que mantem a bateria em seu
funcionamento máximo e diminui a sulfatação da bateria (formação de um pó branco
devido a acidez da bateria) e um sistema MPPT (Maximum Power Point Tracker) que
extrai toda energia possível do painel solar e maximiza a potência de saída [43]. A
figura 15 mostra a circuitaria de um controlador de carga.
As redes de sensores sem fio (RSSF) tem como finalidade monitorar e controlar
um determinado ambiente através de sensores, buscando informações e levando-a
até a base de transmissão, onde é lá que ocorre a análise e armazenamento dos
dados [48].
Segundo [44] e [45] sensores sem fio são pequenos dispositivos, que possui
baixo consumo de energia, capacidade de cooperação, processamento, comunicação
e monitoramento coisas ou instrumentos, animais, condições meteorológicas, etc.
Vários sensores podem ser utilizados estrategicamente em locais inesperados na qual
coleta informações para um determinado fim.
44
O interessante seria utilizar painéis solares de baixa tensão para esse tipo de
aplicação, sendo que o custo de manutenção desses dispositivos seria menor devido
a durabilidade das placas fotovoltaicas [47].
Fonte: (http://www.rfwireless-world.com/Terminology/Smart-dust-components-applications-
advantages-disadvantages.html, 20/04/2016)
45
4.3. PROJETO CARREGADOR SOLAR
46
Figura 18 – Projeto Carregador Solar.
Fonte: Própria
47
5. CONCLUSÕES
48
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
49
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