O Estado Do Ambiente em Portugal
O Estado Do Ambiente em Portugal
O Estado Do Ambiente em Portugal
Matérias subsidiárias: são consumidas na produção, mas não se integram no produto final.)
O quociente entre o PIB e o CIM é denominado de Produtividade dos Recursos, sendo o PIB
considerado a preços constantes, para efeitos de análise intertemporal.
Analisando o comportamento do CIM face ao PIB, verifica-se que, entre 1995 e 2019, o CIM
aumentou 18,1% (26,4 milhões de toneladas), enquanto o PIB cresceu 40,5% em volume
(valores estimados).
A produtividade de recursos (PIB/CIM) registou um mínimo em 2008, ano em que se verificou
uma inflexão. Refira-se que o aumento da produtividade dos recursos é sobretudo
impulsionado pela dinâmica de ramos de atividade com utilização mais intensiva de materiais,
como por exemplo a Construção. Comparando com 2013, a produtividade de recursos
diminuiu 3,49% em 2019, o que se explica por um aumento de 18% CIM, ligeiramente acima
do crescimento do PIB em volume (+14%). Entre 1995 e 2019, a produtividade de recursos
aumentou 18,4%.
https://youtu.be/tQYhmSEEVtM
O que nos faz questionar sobre: Quais são os limites que a Natureza nos obriga a respeitar
quando procuramos os recursos para a produção?
Pegada ecológica- O conceito de pegada ecológica foi criado por William Rees e
MathisWackernagel, na década de 1990, para medir a quantidade de recursos naturais
que os seres humanos utilizam para suportar o seu modelo de vida.
O conceito de pegada ecológica representa, portanto, a marca que o ser humano deixa no
planeta em função dos seus gastos.
A pegada ecologia averigua a área terrestre e marinha de que uma população (indivíduo,
cidade, país ou humanidade) necessita para produzir, repor os recursos consumidos e
absorver os resíduos gerados, tendo em conta a tecnologia disponível, isto é, mede o
impacto que o ser humano exerce sobre a biosfera. É medida em hectares globais (Gha).
Componentes da pegada ecológica:
Carbono
Áreas de cultivo
Pastagens
Florestas
Áreas construídas
Stocks pesqueiros
Biocapacidade- O conceito de biocapacidade representa as possibilidades do Planeta
responder biologicamente aos gastos das pessoas com a satisfação das suas necessidades,
o que implica, igualmente, a reposição dos gastos efetuados e a absorção dos resíduos
provocados.
A biocapacidade analisa o montante de terra e água biologicamente produtivas para
prover os bens e serviços do ecossistema relativos à procura para consumo, sendo
equivalente à capacidade regenerativa da natureza.
Nota: A comparação da Pegada Ecológica de uma área com a respetiva
Biocapacidade traduz o balanço da Sustentabilidade dessa área.
Défice ecológico-
A poluiçã o
Falar de crescimento económico obriga-nos a pensar em termos ecológicos, isto é, tentar
perceber os riscos que a produção pode trazer ao mundo natural. Nesta parte do trabalho
iremos refletir sobre os fenómenos da poluição, diminuição dos recursos disponíveis e as
fontes de poluição.
Poluição- De acordo com a OCDE, a poluição significa a introdução pelo homem, direta ou
indiretamente, de substâncias ou de energia no meio ambiente, resultando em efeitos
negativos de tal natureza que põem em perigo a saúde humana e os ecossistemas vivos,
afetando o bem-estar e outros usos legítimos do meio ambiente.
Poluiçã o atmosférica
A poluição atmosférica acontece quando a emissão de substâncias na atmosfera muda a
composição do ar, provocando desequilíbrios ambientais e causando prejuízos à saúde dos
seres vivos.
Fatores que estão na origem da poluição atmosférica:
Fontes de poluiçã o
A nossa experiência de vida permite-nos perceber que são várias, e de diferentes espécies, as
fontes de poluição.
fixas (Resultam de fenómenos naturais, por vezes potenciados por ações poluidoras
do Homem, que os seres humanos dificilmente conseguem combater, exemplo:
tempestade tropical)
difusas ( Ocorrem em contínuo, ainda que não seja possível encontrar as causas
próximas ou delimitá-las no tempo e espaço, exemplo: A degradação da água potável
subterrânea em virtude de poluentes arrastados pela chuva.)
acidentais ( A origem dessas ocorrências é acidental, exemplo: tsunami)
sistemáticas( Ocorrem de forma recorrente na natureza, em locais determinados e
perante condições climáticas especificas exemplo: fogos florestais que não são de
origem criminosa)
Diminuiçã o da base de recursos disponíveis
Devido aos estilos de vida que assumimos no presente, estamos a comprometer os estilos de
vida que poderemos manter no futuro, para as gerações atuais e para as gerações futuras.
Visto isto, é necessário repensar os modelos de desenvolvimento seguidos até agora, assentes
no princípio do crescimento económico, que têm conduzido à degradação do ambiente e à
delapidação dos recursos naturais.
Não nos é difícil imaginar o eventual esgotamento de recursos não renováveis como o petróleo
ou o carvão, em consequência da utilização indiscriminada dessas matérias primas para
abastecer, em termos energéticos, a economia pós-industrial.
Fontes de energia renovável são as provenientes de recursos naturais (água, vento, biomassa,
Sol, e calor da Terra) que se renovam de forma natural e regular, de um modo sustentável,
mesmo depois de serem usadas para gerar energia (eletricidade ou calor).
https://youtu.be/f131QC5H8QQ
A produção de eletricidade a partir de FER em 2020 situou-se nos 32 083 GWh (28 830 GWh
em 2019) e a incorporação de FER para efeitos da Diretiva FER foi de 58,1% (o valor real foi de
58,3%).
Para além dos recursos naturais não renováveis e a biodiversidade o crescimento económico
moderno afeta os recursos minerais.
Bens públicos- bens que satisfazem necessidades coletivas cujos benefícios são usufruídos pela
população.
Bens comuns- São os bens sobre os quais não existe qualquer direito de propriedade, pelo que
são de todos os indivíduos.
Por exemplo, recursos naturais, como o ar e a água, pertencem a todos.
É evidente que não nos podem cobrar pelo ar que respiramos ou pela água que retirar-mos de
um rio. O uso desses recursos, em rigor, nunca poderá ser impedido.
Intervençã o do estado
O papel do estado é minimizar a existência de falhas de mercado com a criação de um quadro
legislativo para a área do ambiente para regular as ações dos agentes económicos sobre o
ambiente.
Princípio do poluidor-pagador
Aplicação de taxas, impostos e multas ambientais sobre as ações poluidoras provocadas pelos
agentes económicos, de forma que estes agentes adotem práticas mais eficientes e, portanto,
cada vez menos poluidoras.
A atribuição de direitos de propriedade pode constituir outra forma adotada pelo Estado na
procura de respostas aos problemas ambientais.
O Estado pode atribuir direitos de propriedade aos agentes afetados pela externalidade
negativa, tendo o agente que a provoca de lhes pagar uma indemnização pelos danos
causados.
Conclusão
- O problema ambiental é global, exigindo medidas a serem seguidas por todos os países.
- A descoberta de soluções que permitam a sobrevivência do planeta é urgente, sendo a
aposta em I&D indispensável.
Fazer as perguntas
Demos assim como concluída a nossa apresentação espero que tenham gostado e aprendido
mais sobre o estado do ambiente em Portugal.