Lombalgia Pronto
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MANAUS
2022
LUCICLEIA RAMOS DE ANDRADE
MANAUS
2022
2
Resumo
A Dor Lombar (DL) é uma queixa comum e é reconhecida como problema de saúde pública
e levam a má qualidade de vida para indivíduos em todo o mundo O objetivo geral do
estudo é realizar uma revisão da literatura para compreender os efeitos do uso da
estabilização segmentar como tratamento da lombalgia.Trata-se de uma revisão
bibliográfica e a coleta de dados foi realizada através de produções publicadas em revistas
indexadas. ES é um método que ganha espaço na prevenção e no tratamento da DL. Visa
estimular e fortalecer os principais grupos musculares envolvidos na biomecânica lombar,
especialmente os músculos profundos do tronco inferior, como o transverso do abdome e
multífidos. Conclui-se que a Estabilização Segmentar (ES) demostra-se eficaz nos efeitos
clínicos em pacientes com lombalgia., pos constatou-se resultado positivos significativo na
redução da dor e, consequentemente, influenciando a qualidade de vida dos pacientes com
lombalgia. Outra variável analisada foi a incapacidade funcional, mas depois da aplicação
do protocolo de ES obtendo-se resultados satisfatório aos indivíduos que realizaram o
tratamento desenvolvendo a flexibilidade e a força muscular.
1. Introdução
A Dor Lombar (DL) é uma queixa comum e é reconhecida como problema de saúde pública.
Levam não só levam a má qualidade de vida para indivíduos em todo o mundo, mas também
acarreta à diminuição da produtividade, e redução das atividades diárias, além de influenciar
nos custos de saúde.1
A DL é a segunda causa de nível crônico de dor no mundo e é um dos motivos mais frequente
entre as consultas em hospitais e pronto-socorro. Então, pode ser considerado um problema de
saúde pública, pois representa recursos institucional e familiares. 2 Além do mais, a DL é mais
prevalente entre pessoas com idade entre 25 e 60 anos de idade, portanto afetando 60% a 80%
da população em geral.3
1
Pós-graduando(a) em saúde estética
2
Orientadora, Bióloga, Mestre e Doutora em Biotecnologia
3
2. Fundamentação Teórica
2.1. Lombalgia
A coluna vertebral é composta de ossos, músculos, tendões, nervos e outros tecidos que vão
da base do crânio perto da medula espinhal (clivo) até o cóccix (cóccix). Possui a
responsabilidade de manter o corpo ereto e fornecer estabilidade para que pode manter a
postura ereta e ao mesmo tempo fornecer plasticidade para uma gama extremamente ampla de
movimentos.6
A coluna lombar é a região lombar da coluna vertebral ou espinha dorsal. É composto por
cinco ossos (L1-L5). Outras estruturas dentro ou ao redor de sua coluna lombar são seus
discos intervertebrais, medula espinhal e nervos, músculos, tendões e ligamento. A coluna
vertebral é proteger a medula espinhal e ao mesmo tempo, é altamente flexível,
proporcionando mobilidade em muitos planos diferentes.7
Nessa região é uma das principais queixas é a Dor Lombar (DL), Posadzki, Lizis e Hagner-
Derengowska,8 A DL é definida como dor na área entre a costela e a prega glútea inferior.
Geralmente é acompanhada de espasmos, que envolvem as estruturas musculoesqueléticas e
4
ligamentares. Este segmento da coluna inclui L1 a L5, onde a maior parte do peso do corpo é
suportada. Também refere-se a dor e desconforto localizada na região lombossacra, com ou
sem irradiação dor nas pernas, é prevalente na população em geral. 9
A DL é uma das principais causas de limitação de atividades e incapacidade para o trabalho
em todo o mundo e está entre as razões mais comuns para procurar assistência médica. 10 Tem
um enorme impacto nos indivíduos, nos sistemas de saúde e nas economias nacionais, e as
abordagens de tratamento têm consequências importantes para pacientes, médicos e
sociedade.11
A DL pode ter origem nos discos intervertebrais, articulação sacroilíaca, periósteo vertebral,
músculos, vasos sanguíneos, fáscias, ossos e nervos. 11 A lombalgia pode ter várias causas que
geram esse desconforto e podemos dividi-la da seguinte forma: Causa congênita como
espinha bífida; lesões como entorses ou lesões traumáticas; problemas degenerativos como
espondilose, artrite ou degeneração do disco intervertebral; problemas nervosos e espinhais,
como compressão do nervo espinhal, hérnias, síndrome da cauda equina, etc; fontes não
espinhais, como pedras nos rins, tumores ou gravidez. 12
Por outro lado, também são muitos os fatores de risco que desencadeiam a dor lombar, dentre
os principais temos a idade, ganho de peso, diminuição da flexibilidade, hipermobilidade,
depressão, esportes competitivos, o tipo de transporte ou carregar peso, hábitos posturais,
nível de atividade física e tabagismo, fatores ocupacionais e ergonômicos, fatores domésticos
como assistir televisão, jogar no computador ou videogame. 13
A dor lombar pode ser classificada em dor lombar aguda e dor crônica. A dor lombar aguda
dura de aproximadamente alguns dias a um mês, sendo esta a dor lombar mais comum entre
as pessoas. Enquanto a dor crônica nas costas dura mais de três meses. 14
2.1.1. Diagnostico
Conforme González Schüpfer et al.14 o diagnóstico de lombalgia geralmente é baseado em
exame físico e histórico médico completo identificando quaisquer condições que possam estar
causando o desconforto, entretanto, exames de imagem como tomografia computadorizada,
ressonância magnética, X, ajudam a complementar o estudo, pois com essas causas
específicas de dor são descartadas, incluindo tumores, estenose espinhal, entre outras
Pode-se citar os seguintes exames laboratoriais para o diagnóstico da lombalgia: Imagem
(Raio- X da coluna lombar, Tomografia Axial Computadorizada, Ressonância Magnética
Nuclear (RM) da coluna lombossacral); Eletromiografia de membros inferiores; e testes
laboratoriais a velocidade de hemossedimentação (VHS), Uricemia, hemograma completo e
5
análise de urina podem ser úteis para descartar condições suspeitas causadas por tumor,
infecção do trato urinário, distúrbios metabólicos ou artrite).11
A lombalgia crônica é a classificação da DL mais crônica e, por isso a correlação dos achados
imagenológicos, com as informações da anamnese e os exames físicos dos pacientes são
imperativos para o diagnóstico correto da lombalgia, bem como sua gravidade. Além disso, o
diagnóstico da lombalgia ocupacional exige também uma minuciosa anamnese ocupacional,
bem como uma análise cuidadosa da organização do trabalho e do ambiente laboral. 15
2.1.2. Tratamento
Várias opções de tratamento para DL agudam e crônica estão disponíveis. Em termos gerais,
podem ser classificados como tratamentos farmacológicos, tratamentos não invasivos, não
farmacológicos, terapias de injeção e tratamentos cirúrgicos. Lizier, Perez e Sakata 13 explicam
os tratamentos da lombalgia pode ser farmacológico, não farmacológicos, psicológicos e
terapida invasivas.
Dada essa gama quase de opções tratamento para lombalgia, não é incomum que pacientes
com sinais e sintomas de DL semelhantes recebam intervenções diferentes de profissionais de
saúde. As principais razões para tal variação na prática são, em primeiro lugar, o
comprometimento próximo de diferentes provedores de intervenção aos seus respectivos
tratamentos favoritos e, em segundo lugar, a incerteza clínica associada à lombalgia, em
termos de diagnóstico, prognóstico e seleção de tratamento.5
Embora vários medicamentos estejam disponíveis para tratar a DL selecionar uma terapia
pode ser um desafio porque cada um está associado a um conjunto único de benefícios e
danos. Além disso, as evidências que apoiam o uso de diferentes medicamentos variam, e
questões como custos e preferências do paciente também podem afetar as escolhas de
tratamento.11
Baliga, Treon e Craig,16 enfatizam que em pacientes com dor crônica, a erradicação completa
da dor raramente é alcançada e não é o objetivo da maioria das intervenções. Em vez disso, os
objetivos do tratamento, que muitas vezes requerem um programa interdisciplinar, são
moderação da dor, aumento da função e diminuição da utilização de cuidados de saúde.
pacientes com DL, é considerada uma das principais causas de lombalgia, justamente por
afetar a mobilidade, coordenação e a estabilidade da região lombopélvica.17
Tal desequilíbrio leva a uma incapacidade de manter a coluna vertebral em posição neutra
fisiológica, levando a instabilidade segmentar. Com base nesse princípio, os exercícios de
estabilização segmentar foram desenvolvidos com o objetivo de restabelecer a coordenação, o
controle e a capacidade dos músculos do tronco.18
A prescrição do exercício é reconhecida como um tratamento que pode beneficiar pacientes
com lombalgia. Especificamente, os exercícios de estabilização segmentar, contribuem para
diminuir a dor, reduzir incapacidades, melhorar a qualidade de vida, aumentar a resistência
muscular e a força, melhorar estabilidade parcial e reduzir o risco de lesões.19
ES é um método que ganha espaço na prevenção e no tratamento da DL. Visa estimular e
fortalecer os principais grupos musculares envolvidos na biomecânica lombar, especialmente
os músculos profundos do tronco inferior, como o transverso do abdome e multífidos.20
A estabilização segmentar mostrou-se eficaz no tratamento da DL. Os exercícios de
estabilização foram mais eficazes no aumento da espessura do músculo transverso abdominal,
por exemplo, favorecendo o controle neuromuscular, a força e a resistência dos músculos
profundos do tronco, que são essenciais para a manutenção da estabilidade dinâmica da
coluna.21
Além de melhorar a estabilidade da coluna e do tronco, os artigos indicaram que os efeitos
dos exercícios de estabilização na dor, incapacidade e no equilíbrio, foram maiores que
quando comparado a qualquer outra técnica. A estabilização segmentar foi superior em todas
as variáveis para estabilização lombar e diminuição dos sintomas na DL. É uma técnica de
grande valia devido a sua fácil execução e baixo custo.20
3. Metodologia
O estudo é uma revisão artigos científicos experimentais e quase-experimentais sobre
Fisioterapia e lombalgia publicados nos últimos 10 anos foi realizada sem limitação de idioma
na base de dados eletrônica: Pubmed, Google Academico, Scielo, e Biblioteca Virtual de
Saúde (BVS) obtendo um total de 3 artigos.
Os artigos selecionados para a revisão bibliográfica tiveram que atender aos seguintes
critérios de inclusão: ser ensaios clínicos e ter livre acesso aos referidos artigos. portanto,
todos aqueles com tema diferente do objeto de estudo ou que tratassem do referido tema eram
conferencistas foram excluídos os procedimentos. Portanto, resenhas, pareceres de
especialistas, cartas ao editor e propostas de protocolo não foram válidos para esta revisão. De
7
cada artigo foram extraídos os seguintes dados: título, autor, data, características da amostra,
existência ou não de grupo controle, metodologia de tratamento, avaliação e resultados, e
conclusão dos referidos estudo utilizados.
4. Resultados e Discussão
4.1 Resultados
O resultado do estudo se deu mediante a tabulação de estudo que atendem ao objetivo
proposto da pesquisa e os critérios de inclusão indicado na metodologia. Assim, a tabela 1
apresenta os trabalhos mais relevantes para a pesquisa que foram descriminados com os
nomes dos autores, objetivos dos seus respectivos estudos, a metodologia, resultado obtidos e
conclusão o método empregado em seu estudo.
Embora a redução
da dor não tenha
Os efeitos da ES Tratou-se de um sido estatisticamente
demonstrou redução
FERREIRA, D. no alívio da dor estudo do tipo ensaio significativa, são
21
da dor lombopélvica
O. lombopélvica no clínico, realizado com necessários mais
de 9%
puerpério. 24 puérperas estudos para se obter
resultados
satisfatórios.
Foram observadas Indicam que
Trata-se de um ensaio melhoras na indivíduos com DL
Comparar a
clínico randomizado. intensidade da dor, crônica inespecífica
efetividade da
Pretendeu-se realizar qualidade da dor, tratados com ES,
ES e da terapia
comparação incapacidade com ou sem a
MAGALHÃES, manual versus
intragrupo, análise pré funcional, qualidade associação de
A. O. et al.19 ES em pacientes
e pós-intervenção e de vida e percepção terapia manual,
com do Lombar
verificação da do efeito global para apresentaram
crônica
interação os dois grupos, melhora semelhante
inespecífica.
entre os grupos. contudo, sem na intensidade da
diferenças entre eles. dor.
para todos os
pacientes envolvidos
baseado nos
no estudo. A EC não
princípios da ES diferença entre os
crônica trouxe benefícios
e na Escola de grupos
adicionais para os
Coluna (EC).
pacientes desse
grupo.
4.2 Discussão
Existem diferentes tratamentos fisioterápicos que podem ser aplicados na redução da dor e no
tratamento da lombalgia, no qual inclui cinesioterapia, terapia a laser de baixo nível, terapia
interferencial, calor ou frio superficial, suporte para as costas e outros protocolo-os
fisioterapêuticos. Todavia, esta revisão da literatura limita-se em averiguar ES na DL. Pois,
critérios de inclusão e exclusão forma selecionados 3 artigos que se enquadravam no objetivo
do estudo, com finalidade de verificar sua efetividade entre os indivíduos avaliados no artigos
selecionados.
No estudo realizado por Ferreira et al.21 foi utilizado a técnica de ESL no qual realiza-se
decúbito dorsal, concomitantemente com ciclos inspiratórios e expiratórios durante todos os
exercícios. Os exercícios de ES, que foi constituído por 10 sessões, duas vezes na semana. A
intervenção terapêutica efetiva constatou um alívio da dor lombopélvica demostram eficiente,
pois os resultados evidenciaram uma redução média de dor de 9%.
Em estudo de Magalhães et al. 19 realizaram um clínico randomizado com 42 indivíduos com
DL crônica inespecífica, com idades entre 18 e 50 anos. O intuito da pesquisa foi comparar a
efetividade da terapia manual associada à ES versus a ES isolada em pacientes com DL
crônica não específica. Entretanto, não foram observados ganhos adicionais para o grupo que
realizou as duas terapias de modo conjunto, ou seja, melhora semelhante na qualidade da dor,
intensidade da dor, incapacidade funcional, qualidade de vida e percepção do efeito global
foram constatadas nos grupos com DL crônica inespecífica tratados com ES, com ou sem a
associação de terapia manual.
Já no estudo experimental envolvendo 25 pacientes com DL crônica desenvolvido por
Bottamedi et al.20 aplicou um programa de tratamento baseados na técnica de ES para a DL
durante 8 semanas, com16 sessões. Como resultados observa-se a técnica focados na região
9
6. Conclusão
Este trabalho teve como intuito realizar uma revisão da literatura para determina se a técnica
de ES é uma técnica eficiente no tratamento da lombalgia. Como visto ao longo do trabalho a
lombalgia atingi tanto homens como mulheres e a DL pode surgir por sobrecargas,
movimentos repetitivos que geram estresse cumulativo, e estressantes biomecânicos.
O impacto da lombalgia tem repercussões principalmente na qualidade de vida de quem a
sofre, gerando limitações funcionais de complexidade variada, que em alguns casos tendem a
se acumular com o tempo e produzir incapacidade permanente para as atividades básicas do
cotidiano.
O tratamento analisado nessa pesquisa foi uso da ES, que demostrou eficaz nos efeitos
clínicos em pacientes com DL. Pois, de acordo com os resultados encontrados com relação da
intensidade da dor, após a realização do tratamento da ES, verificou-se uma redução
satisfatórios entre os pacientes que realizaram a técnica, tal implicação afeta a qualidade de
vida dessas pessoas porque consegue realizar com mais facilidade tarefas do cotidiano. Já em
relação a incapacidade funcional, depois de realizado o protocolo de ES, obtendo-se
resultados satisfatório, pois os pacientes relatam flexibilidade e a força muscular.
Para estudos futuros sugere-se pesquisa que analisem outros procedimentos fisioterapêuticos
para o tratamento das dores lombares em pessoas que trabalham escritórios uma vez que esse
grupo são muito afetados por essas queixas pelo período prolongado de trabalho na posição
sentada. Além disso, pode-se verificar a efeitos de outros tratamentos como cinesioterapia,
ultrassom, estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS), terapia a laser de baixo nível,
terapia interferencial, calor ou frio superficial, suporte para as costas e outros protocolo-os
fisioterapêuticos.
7. Referências
1. NANDI, N.; BHADRA, B.. Low back ache in working women of reproductive age
group in an urban area. Journal of OBGYN, v. 5, n. 1, p. 43-46, 2018.
10
7. ALLEGRI, M. et al. Mechanisms of low back pain: a guide for diagnosis and therapy.
F1000Research, v. 5, 2016.
8. POSADZKI, P.; LIZIS, P.; HAGNER-DERENGOWSKA, M.. Pilates for low back
pain: a systematic review. Complementary Therapies in Clinical Practice, v. 17, n. 2, p.
85-89, 2011.
9. LIU, L. et al. Acupuncture for low back pain: an overview of systematic reviews.
Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine, v. 2015.
13. LIZIER, D. T.; PEREZ, M.V.; SAKATA, R. K.. Exercícios para tratamento de
lombalgia inespecífica. Revista Brasileira de Anestesiologia, v. 62, n. 6, p. 842-846, 2012.
15. HELFENSTEIN JUNIOR, M.; GOLDENFUM, M. A.; SIENA, C.. Dor lombar
ocupacional. Revista da Associação Médica Brasileira, v. 56, n.5, pág. 583-589, 2010.
16. BALIGA, S.; TREON, K.; CRAIG, N. J. A. Low back pain: current surgical
approaches. Asian spine journal, v. 9, n. 4, p. 645, 2015.
11
20. BOTTAMEDI, X. et al. Programa de tratamento para dor lombar crônica baseado nos
princípios da Estabilização Segmentar e na Escola de Coluna. Rev Bras Med Trab, v. 14, n.
3, p. 206-13, 2016.