Revista Ciêntifica de Pesquisas Básicas e Clínicas
Revista Ciêntifica de Pesquisas Básicas e Clínicas
Revista Ciêntifica de Pesquisas Básicas e Clínicas
Estácio
Instituto de Educação Médica - IDOMED
PARCEIROS
Liga Acadêmica de Clínica Médica – IDOMED-CA
COMISSÃO CIENTÍFICA
PROGRAMAÇÃO
• 07:45 – Credenciamento
• 08:00 - Abertura do evento
• 08:30 - Mesa Redonda: O que vem depois da formatura em medicina? - Vandbergue
Santos Pereira, Cicero Ramon Bezerra dos Santos e José Gerardo Araújo Paiva
• 10:30 - Palestra: Áreas e Perspectivas de Atuação Médica - Raquel Gondim Moreira
• 11:15- Palestra: Construindo o futuro da saúde no Brasil: o panorama da pesquisa
translacional e inovação - Antônio Diego Costa Bezerra
• 13:00 - Apresentação de Trabalhos (Modalidade Oral e Banner)
RESUMO
As infecções causadas por leveduras do gênero Candida são conhecidas como candidíase ou
candidose. Sendo sua origem endógena ou exógena. No caso de origem endógena, espécies de
Candida que residem na microbiota de órgãos e tecidos diante alguma vulnerabilidade do
hospedeiro, tornam-se oportunistas. Diante do exposto, esta revisão tem o objetivo de contribuir
para discussão acerca do aumento de infecções por Candida Auris em decorrência da pandemia
de SARS-CoV-2. Realizou-se um estudo de revisão bibliográfica sistemática com pesquisas em
bancos de Dados, google acadêmico e da biblioteca virtual de saúde do National Institutes of
Health (PubMed), no período de fevereiro a maio de 2023. Os termos utilizados e suas
combinações nas buscas eletrônicas foram: “Candida auris”, “candidíase”, “Candida auris
prevenção”, “Candida auris e pandemia Sars-CoV-2”, “Candida auris em UTI”, “Candida
auris resistência”. . No Brasil, conforme supracitado, o primeiro registro que se teve sobre o
fungo, de forma isolada, se deu no início de dezembro de 2020, no estado da Bahia. Após o
surgimento do primeiro caso na Bahia o monitoramento e as medidas de prevenção foram
intensificadas, até o final de dezembro de 2020 mais outros 9 pacientes tiveram infecção por
C.Auris. A necessidade de novos estudos e discussões são necessários principalmente com
vistas a fortalecer estratégias e mecanismos eficazes no combate a Candida auris no Brasil e
no mundo.
1 INTRODUÇÃO
Ao longo dos últimos anos, a incidência de infecções importantes causadas por fungos
tem aumentado. Destacando-se as infecções hospitalares e em pessoas com o sistema imune
comprometido (TORTORA, GERARD, 2012). Residindo principalmente na boca, na pele, nas
mucosas, trato gastrointestinal e vagina, a espécie Candida são microrganismos inconstantes,
versáteis e oportunistas. Em indivíduos saudáveis geralmente atuam como comensais benignos
e não produzem doença (KUMAR et al., 2005).
As infecções causadas por leveduras do gênero Candida são conhecidas como
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2 METODOLOGIA
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
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mundo. No Brasil, conforme supracitado, o primeiro registro que se teve sobre o fungo, de
forma isolada, se deu no início de dezembro de 2020, no estado da Bahia. O paciente
encontrava-se em cuidados na unidade intensiva devido a complicações por conta da Covid, a
levedura foi encontrada em uma ponta de cateter (SANTOS et al., 2022).
É sabido que com o surgimento da pandemia praticamente todos os hospitais do País
tiverem que se adaptar para acomodar todos os pacientes acometidos com o vírus SARS-CoV-
2, além dos hospitais de campanha que foram erguidos às pressas, juntamente com a sobrecarga
posta nos profissionais de saúde, tudo isso parece ter contribuído para o aparecimento de
infecções secundárias. O descuido com medidas de proteção, a alta carga de trabalho, muitos
pacientes hospitalizados, tudo isso, parece ter criado o ambiente perfeito para a transmissão de
infecções nosocomiais por Candida Auris (SANTOS et al., 2022).
Após o surgimento do primeiro caso na Bahia o monitoramento e as medidas de
prevenção foram intensificadas, até o final de dezembro de 2020 mais outros 9 pacientes
tiveram infecção por C.Auris. Com a investigação feita pelos órgãos responsáveis foi mostrado
que nenhum dos infectados tinha viajado para fora do País e todos haviam sido internados na
mesma unidade de Terapia Intensiva para cuidados contra a COVID-19. Com isso, demonstra-
se que a pandemia da SARS-CoV-2 pode ter acelerado o processo de disseminação da levedura,
que é um patógeno multirresistente e de grande ameaça global (DE ALMEIDA et al., 2021).
Outro ponto relevante é que o uso indiscriminado de antimicrobianos de amplo espectro,
o qual, foi feito durante os períodos mais críticos da pandemia. Esse uso de forma inconsciente
por ter contribuído para o aparecimento de patógenos multirresistentes, tais como a C.Auris.
Essa levedura é resistente a vários antifúngicos e é propensa a infectar pacientes que
fizeram uso de antimicrobianos de amplo espectro. Não só no Brasil, mas em todo o mundo
ouve um crescimento de infecções por Candida Auris, tornando-se uma preocupação para os
Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos (EUA) (HANSON et
al., 2021)
Visto isso, podemos concluir que o aparecimento da Candida Auris não veio junto com
o vírus da SARS-CoV-2, mas a sua incidência de forma mais expressiva veio com o advento
da pandemia. Devido a superlotação das unidades de Terapia Intensiva de todo o País,
gravidade dos pacientes que foram acometidos com a COVID, tendo que fazer uso de ventilação
mecânica, inserção de cateter venoso central, bem como o uso de antibióticos de amplo
espectro, dentre muitos outros fatores, tudo isso contribuiu com a disseminação desse fungo. O
que se tornou uma preocupação mundial, visto que é um patógeno multirresistente e de alta
letalidade (TSAI, CHIN-SHIANG, et al., 2022).
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Fatores que também contribuíram, dizem respeito ao uso incorreto e/ou prolongado dos
equipamentos de proteção individual que podem levar tanto a auto contaminação quanto a
transmissão do referido patógeno. Além das contaminações entre pacientes e o grave índice de
contaminação quando esses pacientes se encontram sob cuidados em Unidades de Terapia
Intensiva. (SANTOS et al., 2022).
4 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
HANSON, B. M. et al. “Candida Auris Invasive Infections during a COVID-19 Case Surge.”
Antimicrobial Agents and Chemotherapy, vol. 65, no. 10, 17 Sept. 2021.
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FRANCISCO REGIS DA SILVA; AMADEU MOREIRA BARROSO NETO; ANA LIZ GOMES DE
MOURA; EZEKYEL DOS SANTOS COSTA; LARA VERAS DE MELO; MARIA LETÍCIA
ROCHA PEREIRA; NAYANA SOARES PEREIRA; RAISSA FERREIRA GOMES DE
VASCONCELO; THAILLAN VITOR DA SILVA RODRIGUES; WILMA SARAH DE FREITAS
PONTES; DOMINIQUE VIEIRA TAVARES; RANA ISADORA BEZERRA LIMA
INTRODUÇÃO: No dia cinco maio é comemorado o Dia Mundial de Higienização das mãos, data
criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com o objetivo de enfatizar a relevância que o
simples ato de higienizar as mãos possui no combate a inúmeras doenças infecciosas que afetam o ser
humano. Somado a isso, segundo dados da Global Burden of Disease 2019, cáries dentárias não
tratadas em dentes permanentes são o transtorno de saúde mais comum no mundo. OBJETIVO:
Tendo isso em vista, esta ação educativa, desenvolvida por estudantes do curso de Medicina da
Faculdade Estácio de Canindé, na disciplina de Seminário Integrado III, teve como objetivo promover
ações de educação em saúde com foco no autocuidado, reforçando a lavagem correta das mãos e
incentivando a prática de higiene bucal em pessoas com neurodivergências, a fim de prevenir doenças
decorrentes de más práticas de higiene. MÉTODO: Para isso, os alunos realizaram, no dia 25 de abril
de 2023, exibições práticas das formas corretas de lavagem das mãos e escovação dos dentes para
pessoas que frequentam a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Canindé. Esta
apresentação contou, ainda, com a execução de um jogo da memória com o propósito de estimular o
engajamento do público no referido assunto. RESULTADOS: Obteve-se como resultado da ação
maior conscientização acerca da lavagem correta das mãos e maior adesão à prática correta de higiene
bucal entre os participantes. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Por fim, a vivência demonstra a
importância da educação e do encorajamento à higiene em pessoas neurodivergentes, salientando o
estímulo a autonomia e independência desses indivíduos.
Palavras-chave: Higiene pessoal, Lavagem das mãos, Saúde bucal, Pessoas neurodivergentes, Saúde
coletiva.
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RESUMO
1 INTRODUÇÃO
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uma comparação entre os dados obtidos com os dados do Estado do Ceará e com os
da Região Nordeste do Brasil, como também, buscar-se-á discutir as principais medidas
de prevenção e controle da doença.
2 METODOLOGIA
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Fonte: SINAN
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masculino da capital foram infectados e 81,33% dos indivíduos do gênero feminino também
são da capital.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Campinas (2013), Estado de São Paulo,
não existe uma predisposição de gênero ou idade para contrair a infecção, no entanto, a maior
frequência de infestação está para indivíduos do gênero masculino, o que confirma os
dados desse estudo. Isso se justifica, segundo a referida Secretaria, porque pessoas
do sexo masculino estão mais expostos a situação de risco.
4 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BRASIL. Conselho Nacional de Saúde (CNS). Publicada resolução 466 do CNS que trata
de pesquisas em seres humanos e atualiza a resolução 196. Ministério da Saúde, 14 jun.
2013. Disponível em:
https://conselho.saude.gov.br/ultimas_noticias/2013/06_jun_14_publicada_resolucao.html.
Acesso em: 07 mar. 2023.
DOI: 10.55811/jocec2023/19478
Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
DAHER, E. F.; SOARES, D. S.; GALDINO, G. S.; MACÊDO, Ê. S.; GOMES, P. E. A. C.;
PIRES NETO, R. J.; SILVA JÚNIOR, G. B. Leptospirosis in the elderly: the role of age as a
predictor of poor outcomes in hospitalized patients. Pathogens and Global Health, v. 113,
n. 3, p. 117-123, 2019.
KO, A. I.; GOARANT, C.; PICARDEAU, M. Leptospira: The Dawn of the molecular
genetics era for an emerging zoonotic pathogen. Nat Rev Microbiol., v. 7, n. 10, p.736-747,
oct. 2009.
DOI: 10.55811/jocec2023/19478
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ERISMAR MAIA PUREZA; ANNA SARAH CRISTINA MATOS GOMES; LUIZ PEDRO
RODRIGUES MACHADO LEITE; RAYANNE RODRIGUES GADELHA; LUIZ GABRIEL
RIBEIRO DE ASSIS; DAVID DE ALENCAR CORREIA MAIA
INTRODUÇÃO: Síndrome de burnout vem do termo inglês burn out que significa “queimar-se por
dentro” e é decorrente da exposição continuada ao estresse. A síndrome possui três dimensões que são
a exaustão emocional, despersonalização e baixa realização profissional, sendo a primeira, a mais
comum. Ademais, decorre da exposição continuada ao estresse em ambientes laborais com relações
sociais complexas, podendo ocorrer em estudantes de medicina, uma vez que se encontram no período
pré trabalho. A atividade física é visto como uma forma de prevenir o acometimento da síndrome.
OBJETIVOS: Verificar, por meio da literatura, a relação entre a síndrome de burnout e a prática de
atividade física em estudantes de medicina de Canindé. METODOLOGIA: A presente pesquisa é de
cunho bibliográfico e foram utilizados artigos científicos encontrados no Scielo, Google Acadêmico,
Lilacs e Bireme, tendo como descritores: a atividade física, a síndrome de burnout e estudantes de
medicina. A coleta de dados foi realizada no período de fevereiro a maio de 2023. Os critérios de
inclusão foram artigos que tratam da temática em português e escritos de 2010 até 2022, e o de
exclusão foi a ausência de pertinência ao tema. RESULTADOS: As pesquisas sugerem que a
atividade física diminui os efeitos da síndrome de burnout em estudantes. A mudança para o estilo de
vida saudável e a adoção de comportamentos preventivos como a prática de atividades físicas
proporcionam diminuição no desenvolvimento e permanência dessa síndrome. Por fim, os estudos
apontam ainda que as universidades devem inserir as atividades físicas na formação do estudante, a
fim de mitigar os desconfortos no período de formação, obtendo melhoria na qualidade de vida.
CONCLUSÃO: O nexo causal da prática de atividade física entre os estudantes das pesquisas e a
diminuição ou inexistência de síndrome de burnout é fator relevante para considerar e estender aos
demais estudantes. Ademais, carece de investigação direta aos estudantes de medicina de Canindé a
fim de ratificar as conclusões em outros ambientes e utilizadas para esse trabalho dada a escassez de
artigos que correlacionem a síndrome de burnout e estudantes de medicina em Canindé.
DOI: 10.55811/jocec2023/19702
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INTRODUÇÃO: O menisco discóide é uma variação anatômica rara que pode afetar os meniscos
medial e/ou lateral, tendo maior incidência no menisco lateral. A anomalia diz respeito à forma, ao
tamanho, à estabilidade e à cobertura do platô tibial. A etiopatogenia mal definida, a baixa incidência
de sua ocorrência e a escassez de sintomas somados à não letalidade dessa disfunção, contribui para
registros epidemiológicos superficiais dessa patologia. OBJETIVOS: Apresentar os aspectos
anatômicos e clínicos sobre o menisco discoide e os tratamentos possíveis. METODOLOGIA: A
presente pesquisa trata-se de uma revisão bibliográfica tipo narrativa e ocorreu no mês de maio de
2023 por livros de medicina e saúde e artigos científicos em suas variadas modalidades. A busca
literária, encontrada no Scielo, Google Acadêmico, Lilacs e Bireme, teve como descritores: joelho,
menisco discoide, variação anatômica e ressonância magnética. Os critérios de inclusão levaram em
conta artigos publicados nos últimos 15 anos em português, espanhol e inglês, completos e gratuitos,
dos tipos revisional, relato de caso, estudo transversal. Foram excluídos artigos publicados antes de
2008, incompletos, monografias, anais de congresso e teses de dissertação de mestrado e doutorado.
Foram encontrados 1.777 arquivos, dos quais somente 5 foram incluídos na amostra, dada a escassez
de literatura. RESULTADOS: A identificação clínica de um portador dessa enfermidade compreende
a verificação de instabilidade ou travamento completo do joelho, estalos e relato de dor em conjunto à
ressonância magnética, que certificará a suspeita médica. O tratamento depende de fatores como
sintomas, idade do paciente, tipo de lesão do menisco e a persistência de queixa de dor. Em casos de
acometimento acentuado, recomenda-se o fortalecimento da musculatura em exercícios de baixo
impacto nas articulações. Em casos mais graves, com fissura no menisco, recomenda-se a
meniscectomia e, posterior, fisioterapia. CONCLUSÃO: Depreende-se do estudo que, apesar da
subnotificação e a existência de pacientes assintomáticos, o que, em tese, ensejaria a inexatidão na
terapia, há medidas de tratamento eficazes, sendo elas o fortalecimento da musculatura, em casos mais
leves, e a remodelação meniscal, nos casos mais graves. Ambos os tratamentos possibilitam aos
pacientes o retorno às suas atividades cotidianas.
DOI: 10.55811/jocec2023/19793
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DOI: 10.55811/jocec2023/19847
Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
DOI: 10.55811/jocec2023/19851
Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
DOI: 10.55811/jocec2023/19856
Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
DOI: 10.55811/jocec2023/19859
Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
DOI: 10.55811/jocec2023/19866
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RESUMO
A automedicação é uma prática real não só no Ceará como também em todo o Brasil. De
acordo com a Organização Mundial de Saúde a utilização de fármacos sem prescrição é
a escolha de utilizar medicamentos, que podem ser plantas medicinais ou substâncias
químicas manipuladas em laboratório, com o fito de mitigar certos sintomas ou patologias.
Pode ser praticada através do compartilhamento das prescrições com alguém da família ou
amigos, a reutilização de medicamentos já utilizados em situações anteriores e a utilização
de antigas prescrições. Dessa maneira as intoxicações por automedicação têm se tornado
cada vez mais frequentes no Estado do Ceará. Por esse motivo, é de grande relevância
conhecer o perfil epidemiológico dos indivíduos afetados por essa prática. A partir
dos resultados, foi comprovado a elevada e preocupante prevalência da automedicação,
praticada por uma grande parcela da população em alguma fase de sua vida. Dessa forma,
é necessário o aumento de campanhas que divulguem os perigos e as consequências
relacionadas ao uso irracional dos fármacos, como também um maior controle sanitário nas
vendas dos mesmos sob prescrição e ações de promoção a saúde por parte dos profissionais
de saúde, trabalhando com campanhas e ações educativas que promovam a conscientização e
informações para todos em geral.
1 INTRODUÇÃO
DOI: 10.55811/jocec2023/19879
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2 METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão descritiva, realizada com os dados fornecidos pelo Ministério
da Saúde, através da tabulação TABNET da plataforma do Departamento de Informática
do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Com base nisso, foram avaliados os casos
de intoxicação exógena medicamentosa sobre a circunstância de automedicação de 2018 a
2022 com relação à região do estado do Ceará. A região está localizada no leste do
Brasil e é dividida em 184 municípios com uma área de 148.886 km². Segundo o
último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, sua população em 2010 era
de 8,452 milhões (IBGE, 2010). As variáveis utilizadas foram: sexo (masculino e feminino),
faixa etária (idade) e macrorregião de saúde. Para efeito de cálculo, foram excluídos
preenchimentos "em branco" individualmente para cada variável. Após a obtenção dos
dados de acordo com as variáveis selecionadas, os mesmos foram compilados em gráfico e
tabela.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Automedicação
171
148
110
103
52
Com um total de 586 fichas fornecidas nas categorias faixa etária e sexo, foi
evidenciado um maior número de casos de intoxicação por automedicação no estado do
Ceará, entre 2018 e 2022, relacionados ao sexo feminino, e com uma faixa etária entre adultos
de 20 a 39 anos (TABELA 1).
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10-14 59
15-19 114
20-39 246
40-59 104
60-64 13
65-69 10
70-79 8
80 ou + 5
Total 586
DOI: 10.55811/jocec2023/19879
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farmácia para cada 1.787 cearenses, sendo 1.284 farmácias ativas apenas na cidade de
Fortaleza. Esse cenário se torna ainda mais caótico quando comparado com o ano de 2018,
onde o número era de 2.776 estabelecimentos cadastrados no Ceará e 818 farmácias em
Fortaleza. Havendo, assim, um acréscimo de estabelecimentos cadastrados no CRFCE em
mais de 70% e, na Capital, em mais de 40%, durante o período de três anos (SABOIA, 2021).
Analisando os dados fornecidos pelo DATASUS, no Estado do Ceará entre os anos de 2018 a
2022, os resultados revelaram um aumento significativo no número de casos de intoxicação
por automedicação ao longo dos anos, com uma média de 117 casos por ano. Baseado nos
dados fornecidos pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan Net), as
intoxicações por automedicação no Estado do Ceará afetaram predominantemente mulheres
(70,9%) e adultos jovens entre 20 e 39 anos (41,9%), seguido por adolescentes entre 15 e 19
anos (19,4%) e pela população entre 40 e 59 anos (17,7%), na maior parcela dos casos a
automedicação é influenciada por familiares, amigos e pelo próprio farmacêutico.
Um estudo realizado no Estado do Paraná, como o objetivo de identificar o perfil das
tentativas de suicídio por superdose de medicamentos entre 1997 e 2007, revelou que 79,1%
das ocorrências por suicídio eram do sexo feminino, com idade entre 20 a 35 anos
(BERNARDES, TURINI, MATSUO, 2010). Essa maior adesão de medicamentos pelo sexo
feminino, mesmo em situações adversas como em casos de suicídio, condiz com a realidade
cearense sobre a prevalência de mulheres com quadros de intoxicação medicamentosa por uso
indiscriminado. Além do mais, as dificuldades e os novos desafios encontrados na fase de
transição da adolescência para a vida adulta, com o nível de responsabilidade, as necessidades
de escolhas importantes, e a falta de realização ou consolidação com a vida profissional
podem ser indicadores para os dados obtidos nesse e em outros estudos relacionando a faixa
etária predominante (20 a 39) nos registros de intoxicação (RANGEL e FRANCELINO,
2018).
Dentre as classes de medicamentos mais utilizadas de maneira indiscriminada,
destacam-se os anti-inflamatórios não esteroidais, seguidos de beta-lactâmicos, analgésicos e
antiespasmódicos. Além disso, a facilidade de adquirir medicações sem prescrição médica se
torna uma impulsionadora dos maus hábitos da automedicação, por esse motivo os fármacos
podem ser encontrados com mais facilidade nos lares sem a necessidade de uma prescrição
(EDOVERGENS, 2018). Os sintomas mais frequentemente relatados foram náusea, vômito,
dor abdominal, tontura e sonolência. Em alguns casos, os pacientes apresentaram sintomas
mais graves, como alterações no ritmo cardíaco, convulsões e coma.
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4 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ABREU, J.L.P. Elementos de Psicopatologia Explicativa. Lisboa: Fundação Calouste
Gulbenkian, 2012. Acesso em: 13 abr. 2023
BERNARDES, S. S.; TURINI, C. A.; MATSUO, T. Perfil das tentativas de suicídio por
sobredose intencional de medicamentos atendidas por um Centro de Controle de
Intoxicações do Paraná, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 26, n. 7, p.
1366-1372, jul., 2010. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/csp/v26n7/15.pdf. Acesso
em: 23 abr. 2023.
DOI: 10.55811/jocec2023/19879
Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
https://www.cff.org.br/noticia.php?id=5658&titulo=A+desigualdade+no+consumo+de+medica
me ntos. Acesso em: 05 abr. 2023.
SABOIA, J. S. Uma farmácia a cada esquina: um estudo sobre a pague menos e o crescimento
do varejo farmacêutico na cidade de fortaleza, Repositório Institucional Universidade
Federal do Ceará, Ceará, 2021. Disponível em:
http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/58911. Acesso em: 11 de mai. 2023.
DOI: 10.55811/jocec2023/19879
Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
DOI: 10.55811/jocec2023/19914
Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
DOI: 10.55811/jocec2023/19917
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INTRODUÇÃO: A degeneração dos discos intervertebrais ocorre quando essas estruturas começam a
sofrer desgaste progressivo. Esse processo pode ser acelerado pela prática regular de exercícios
físicos, se realizados de forma excessiva ou inadequada. Dentre as lesões, a degeneração dos discos
intervertebrais é uma das mais comuns, especialmente entre praticantes de modalidades esportivas de
alto impacto. OBJETIVOS: Compreender como ocorrem lesões em discos intervertebrais em
praticantes de modalidades esportivas. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão narrativa de
literatura por meio de buscas nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências
da Saúde (LILACS), Google Scholar e Scientific Electronic Library Online (SciELO), com recorte de
tempo dos últimos 10 anos. A partir de pesquisa no site Descritores em Ciências da Saúde, foram
escolhidos os descritores “Traumatismos em Atletas” e “Dor Lombar”. Em seguida, realizou-se o
ajuste do material aos objetivos do estudo. Para isso, foram utilizados os seguintes critérios de
inclusão: ser artigo científico gratuito e disponível na íntegra; e tratar sobre lesões na coluna com foco
na degeneração de discos intervertebrais. Dos dez artigos selecionados a princípio, foram excluídos
artigos pagos que não contemplassem o objetivo proposto ou que o foco não estivesse condizente com
os critérios de inclusão e foram incluídos cinco artigos que se adequavam aos objetivos idealizados.
RESULTADOS: Vários estudos têm investigado a prevalência de lesões na região lombar em
praticantes de atividades físicas. Relatou-se que aproximadamente 30% dos indivíduos que praticam
atividades de alto impacto desenvolvem algum tipo de lesão na lombar ao longo de suas vidas. Além
disso, observou-se que as lesões na lombar são mais comuns em praticantes de esportes de contato,
como futebol, rugby e artes marciais, tendo como principais fatores de risco a má postura e
biomecânica inadequada, fraqueza muscular, flexibilidade inadequada e sobrecarga progressiva.
CONCLUSÃO: Dessa forma, diante da relevância relacionada a degeneração dos discos
intervertebrais em praticantes de modalidades esportivas, faz-se crucial o conhecimento prévio sobre o
potencial risco de lesões associadas a essas atividades físicas em prol da prevenção e tratamento de
atletas e treinadores esportivos.
DOI: 10.55811/jocec2023/19919
Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
DOI: 10.55811/jocec2023/19920
Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
DOI: 10.55811/jocec2023/19921
Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
MARILIA NEUZA GOMES ROSA CORDEIRO; GIULIA MEDEIROS SERAFIM; ANA LIVIA
LIMA ALVES; SABRINA ESTEFANY SETUBAL DA SILVA; JULIERMES COSTA DE
OLIVEIRA; ANA LETÍCIA DA SILVA LOUREIRO; CAROLINE DA SILVA MESQUITA;
DAVID DE ALENCAR CORREIA MAIA; HELINE HELLEN TEIXEIRA MOREIRA
INTRODUÇÃO: A exposição à luz artificial durante a noite pode perturbar o ritmo circadiano natural
do corpo, levando a alterações na liberação de hormônios como a melatonina. O que pode acarretar em
efeitos negativos no desenvolvimento reprodutivo, incluindo o início da puberdade precoce que nos
tempos atuais está cada vez mais cedo, sobretudo pelo uso excessivo de telas. A melatonina é um
hormônio produzido pela glândula pineal localizada no centro do encéfalo que regula o ciclo sono-
vigília. Na criança, os níveis séricos de melatonina atingem maior concentração na fase pré-púbere,
diminuindo progressivamente até o final da puberdade. Após este período, seus níveis sofrem
variações de acordo com ciclo menstrual até a perimenopausa, elevando-me ligeiramente seguindo de
queda na senectude. No período noturno, pela redução da luminosidade, os níveis de melatonina
aumentam, promovendo o sono e inibindo a secreção hipotalâmica de GnRh, possuindo ação
antigonadotrófica, subsequenquemente inibição a secreção hipofisária de FHS e LH. Outro local de
ação da melatonina seria na adenohipófise, nas células produtoras de prolactina, cuja ação também tem
efeito inibitório no FSH e LH. No entanto, a exposição à luz artificial durante a noite pode
interromper esse padrão natural, suprimindo a produção de melatonina e podendo levar a puberdade
precoce. METODOLOGIA: A pesquisa consistiu em um trabalho de revisão sistemática,
relacionando a exposição à luz à noite com um aumento no risco da puberdade precoce,
principalmente em mulheres. RESULTADOS: Observou-se que meninas que dormiam na presença de
luz tinham maior propensão a menarca precoce. Viu-se que a exposição à luz à noite estava associada
a níveis mais baixos de melatonina e o início precoce do desenvolvimento das mamas em meninas. Na
saúde reprodutiva de adultos estudos demonstraram que trabalhadoras noturnas, tem maior risco de
desenvolver problemas de fertilidade, aborto espontâneo e parto prematuro, bem como foi observado
que mulheres que trabalham durante o período noturno tem maior chance de desenvolver câncer de
mama. CONCLUSÃO: O impacto da exposição à luz na puberdade tem importantes implicações na
saúde pública. Estratégias para reduzir a exposição à luz à noite, podem ajudar a promover um
desenvolvimento reprodutivo saudável.
DOI: 10.55811/jocec2023/19925
Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
DOI: 10.55811/jocec2023/19929
Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
FRANCISCO ROBSON ROCHA PASSOS; ANA LIZ GOMES DE MOURA; RAISSA FERREIRA
GOMES DE VASCONCELOS; ALIA ALMEIDA SANTOS; DAVID DE ALENCAR CORREIA
MAIA; LUIZ GABRIEL RIBEIRO DE ASSIS
INTRODUÇÃO: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição que gera dificuldade de
interação social e comunicação dos indivíduos, fazendo parte dos transtornos globais de
desenvolvimento. Levando em conta a incidência crescente, é notório que existem desafios
significativos para a inclusão familiar e social de pessoas com TEA. OBJETIVOS: Avaliar as
evidências científicas sobre TEA no contexto social e familiar, com enfoque em identificar as
dificuldades enfrentadas na inclusão do indivíduo com TEA, destacando os principais tópicos
descritos na literatura acerca da temática. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa qualitativa,
exploratória e descritiva, do tipo revisão sistemática da literatura realizada entre fevereiro e maio de
2023, utilizando pesquisas nas bases de dados eletrônicas Lilacs, SciELO e Google Acadêmico, como
critério para delimitar a busca, foram selecionados artigos a partir dos descritores: “autismo”,
“inclusão” e “contexto familiar”. Cerca de 34 artigos foram encontrados e destes 7 foram
selecionados. RESULTADOS: O diagnóstico de TEA muitas vezes é tardio devido ao pouco
conhecimento dos profissionais de saúde. Ampliar o conhecimento sobre a temática é fundamental
para fomentar o acolhimento por parte da família, uma vez que a comunicação do diagnóstico pode
produzir impacto negativo nos pais, prejudicando a dinâmica familiar e o desenvolvimento das pessoas
com TEA. Tal impacto pode ser amenizado ou evitado através de suporte, orientação e técnicas de
comunicação. Sob o aspecto social extrafamiliar, a literatura mostra que a pessoa com TEA enfrenta
vários obstáculos para a inclusão, entre eles restrições de acesso à educação e ao mercado de trabalho,
bem como a persistência da negação de recursos, direitos e entraves relacionados à qualidade de
atendimento nos serviços de saúde. CONCLUSÃO: Os artigos estudados apontam que a inclusão
social e familiar impacta positivamente no desenvolvimento das pessoas com TEA. No entanto, ainda
existem muitos obstáculos a serem superados. Para tal, faz-se necessário mais estudos sobre a
temática, sendo fundamental que haja avanços em políticas públicas sociais, além de ampla
qualificação das equipes de saúde para melhor acompanhamento dos pacientes e suas famílias.
DOI: 10.55811/jocec2023/19930
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ANNA SARAH CRISTINA MATOS GOMES; JOÃO DAVI VIEIRA DE CARVALHO; LUIZ
PEDRO RODRIGUES MACHADO LEITE; ITALO GOMES FONTES; FRANCISCO JANDERSON
SOUSA SEVERO; VINICIUS MESQUITA FONSECA; ALEX DE LIMA NORONHA; VICTOR
HUGO SOUSA DE MELO
INTRODUÇÃO: A paralisia obstétrica do plexo braquial (POPB) é uma complicação rara e grave
que ocorre no momento do parto, seja obstétrico ou cesariano, em decorrência de uma lesão por
estiramento dos troncos nervosos do plexo. Esse dano causa a limitação da amplitude de movimentos
dos membros superiores e afeta a qualidade de vida das crianças acometidas. OBJETIVOS:
Apresentar as principais características da paralisia obstétrica do plexo braquial. METODOLOGIA:
Trata-se de uma pesquisa de cunho bibliográfico, realizada no Google acadêmico, Scielo e Lilacs,
tendo como descritores: plexo braquial e paralisia obstétrica. Os critérios de inclusão foram artigos
que tratam da temática em português, e o de exclusão foi a ausência de pertinência ao tema. Ademais,
cabe informar que a coleta de dados ocorreu de abril a maio de 2023. RESULTADOS: A literatura
busca compreender as consequências físicas e motoras decorrentes de lesões nas raízes de C5 a TI,
afetando frequentemente o tronco superior, que acarreta em paralisia de Herb ou, em casos mais raros
de lesão total do plexo, envolve a paralisia de Klumpke. O diagnóstico é realizado logo após o
nascimento, por meio do exame de eletroneuromiografia, como a incapacidade de levantar o braço e o
ombro afetados e a dificuldade ou incapacidade de dobrar o cotovelo lesionado, fornecendo
informações para decomposição da POPB em ações isoladas, diante das limitações técnicas de cada
profissional, visando um atendimento integral ao paciente. Avaliações como a Escala da Motricidade
Ativa de Toronto, a Escala Mallet Modificada e o Teste do Biscoito são importantes para análise da
recuperação dos movimentos do paciente. Por fim, o tratamento é fisioterápico ou cirúrgico, não
havendo um processo medicamentoso. CONCLUSÃO: Verificou-se a importância de ter devido
conhecimento anatômico sobre plexo braquial para reduzir os riscos de perda de mobilidade entre
crianças com POPB. Ademais, é necessário ter um acompanhamento multisetorial para o tratamento
dos diferentes tipos de lesões, buscando uma maior eficácia na redução dos prejuízos funcionais nas
crianças com POPB, sendo possível, assim, a melhora da qualidade de vida das crianças afetadas.
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RESUMO
1 INTRODUÇÃO
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epiderme é maior, vermelhidão, formação de pápulas e pele mais espessa em certas regiões,
como axilas, joelhos e virilha nos adultos (DEMARQUE, et al., 2019).
Segundo Santiago (2017) o contágio é imediato tanto em criança como em adulto
independente da faixa etária, possíveis, mas improváveis, espalhada por poluentes. Os
principais sintomas da sarna é coceira, geralmente piora a noite. Além disso, a ocorrência de
casos semelhantes em indivíduos que compartilham a mesma residência é considerada uma
forte indicação e causa do contágio pela doença, isso leva ao tratamento de todos os residentes
da mesma casa mesmo que em apenas um indivíduo a sarna seja perceptível e tenha sido
diagnosticada, evitando o contágio para terceiros e aumentando a eficácia do tratamento.
Thomas et al., (2020) enfatiza que a doença se espalha principalmente pelo contato entre
humanos, mas apenas a fêmea penetra na cutícula e se enterra para colocar seus ovos. Os ovos
levam de 2 a 3 dias para eclodir e até 10 dias para amadurecer e reiniciar o ciclo de
acasalamento.
A escabiose deve ser observada e constatada por um diagnóstico diferencial por ter
algumas doenças com sintomas bastante semelhantes a sarna, tais como: a dermatite atópica, o
prurigo, as picadas de insetos e a farmacodermia. Assim, a história epidemiológica e as
características das lesões deverão ser analisadas cautelosamente com o fim de se alcançar o
pleno diagnóstico clínico (THOMAS, et al., 2020). Diante do exposto, o objetivo deste estudo
é descrever e analisar características da escabiose que levem a um diagnóstico diferencial, além
de se discutir o tratamento e a prevenção da mesma.
2 METODOLOGIA
Esse estudo trata-se de um trabalho de revisão literária, no qual utilizou-se para a busca
da pesquisa, artigos na plataforma Google acadêmico, Pubmed e Scielo e suas palavras-chaves
escabiose (sarna). E, os tipos de trabalhos utilizados foram artigos científicos de revisão, a partir
do ano de 2012 à 2022. Os critérios de inclusão forão: artigos com abordagem sobre o
diagnóstico da escabiose; e os critérios de exclusão foram: artigos e materiais que não abordam
sobre a doença escabiose. Ainda, buscou-se trabalhos publicados em línguas portuguesa e
inglesa.
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que afetam a pele principalmente o prurido de forma muito intensa, além da formação de
pápulas em regiões que podem ser específicas.
O prurido pode preceder as lesões e costuma ser mais acentuado à noite e após banhos
quentes. As lesões são caracterizadas por pápulas eritematosas crostosas e esfoliadas,
principalmente, nas regiões flexoras, periumbilicais, interdigitais e do punho, mas podem
envolver todo o corpo. As lesões típicas são "túneis de sarna" formados por lesões lineares
milimétricas com uma pequena pápula vesicular brilhante em uma extremidade onde reside o
patógeno feminino. Podem aparecer lesões nodulares intensamente pruriginosas,
principalmente nos órgãos genitais masculinos, denominadas escabiose nodular (considerada
uma condição reativa em que as lesões são desprovidas de parasitas). Já a sarna crostosa (ou
sarna norueguesa) é uma condição generalizada, caracterizada por crostas e lesões queratóticas
que consistem em até milhares de parasitas na superfície da pele. Geralmente, esta condição
está associada à imunossupressão ( p.ex, infecção pelo vírus da imunodeficiência humana,
pacientes que fazem tratamento prologado por corticosteroides, neoplasias hematológicas, etc.)
(BOLOGNIA; JORIZZO; SCHAFFER, 2015).
O diagnóstico de escabiose pode mimetizar o de algumas outras alterações na pele
como a dermatite atópica, prurido simples, farmacodermia e ainda a reação do organismo à uma
picada de inseto. Diante disso, vale destacar o diagnóstico diferencial da escabiose em
comparação às outras dermatites. Na dermatite atópica, por exemplo, durante a avaliação clínica
executada pelo profissional da saúde é perceptível sinais no paciente como prurido intenso,
escamação, eczemas, ou seja, lesões cutâneas em várias regiões. os sinais apresentados são
semelhantes aos característicos da escabiose, porém focos faciais não são característicos de
sarna isso torna a diferenciação das duas doenças mais facilitada. Entretanto, para avaliação
mais precisa, a visualização dos eczemas através de um dermatoscópio não é descartada, já que
pode identificar mais precisamente a doença que está afetando o organismo.
Em alguns casos, para o diagnóstico, pode ser realizado o raspado cutâneo das lesões
para análise em microscopia óptica: podemos encontrar parasitas, ovos e dejetos fecais. Já a
biópsia deve ser reservada para dúvida diagnóstica, pois a análise histopatológica só é
confirmadora quando se visualiza o ácaro, e nem todas as lesões cutâneas têm o parasita
presente. Salienta-se que os exames de rotina devem ser reservados apenas para os quadros de
sarna crostosa, para a qual é necessário investigar imunodeficiência (LUPI; BELO; CUNHA,
2012).
Devido a sua fácil forma de contágio a prevenção da escabiose deve considerar fatores
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4 CONCLUSÃO
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âmbito familiar. Além disso, o tratamento farmacológico aliado com as medidas de prevenção
da propagação da doença ajudam tanto na cura quanto na minimização dos efeitos da doença,
como, também, no controle da transmissão.
REFERÊNCIAS
LUPI, O.; BELO, J.; CUNHA, P. Rotinas de diagnóstico e tratamento da SBD. 2a ed. AP
Farmacêutica, 2012.
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RESUMO
1 INTRODUÇÃO
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9 anos de idade têm obesidade, assim como 7% dos adolescentes na faixa etária entre 12 a 17
anos estão acima do peso (ABESSO, 2018).
Segundo a Pesquisa Nacional sobre Demografia e Saúde (PNDS) no ano de 2019, foi
revelado que 4% das crianças pré-escolares apresentaram sobrepeso, sendo 2,7% no Nordeste
e 5,2% no Sudeste do país. Além de ressaltar que situações de excesso de peso em relação à
altura foram encontradas em 7% das crianças brasileiras menores de cinco anos, variando de
6% na região Norte a 9% na região Sul, indicando exposição moderada e crescente à obesidade
infantil em todas as regiões do país. (GLAUDIO et al.; 2019).
O acúmulo ou hipertrofia no tecido adiposo é o início do processo fisiopatológico da
obesidade infantil, visto que esse tecido não serve apenas como reservatório energético, mas
tem o seu papel endócrino, por ser um órgão secretório ativo devido aos seus receptores dos
sistemas hormonais e sistema nervoso central. Nessa função de secretar, o tecido adiposo
secreta ácidos graxos livres, adipocitocinas e lipídeos (LEMOS et al., 2009).
As adipocitocinas são peptídeos que regulam o metabolismo da glicose, dessas, a que
tem maior relevância é a leptina, pois tem a função de causar saciedade e aumentar o gasto
energético, devido a sua ação inibitória no hipotálamo. Nos indivíduos obesos apresentam
níveis elevados de leptina, porém esses indivíduos têm sensibilidade reduzida a leptina,
ocasionando impedimento as suas funções no organismo (SPERETTA et al., 2014).
Os lipídeos têm a função de acúmulo e gasto energético, além de serem os responsáveis
por efeitos anti e pró-inflamatórios. Outro que apresenta efeitos anti-flamatório são proteínas
produzidas por adipócitos diferenciados, além de serem antidiabético e antiaterogênico. Esses
são chamados de adiponectinas, porém nas pessoas obesas essas estão de forma reduzida que
culminam na redução dos seus efeitos, implicando na resistência insulínica, aterosclerose e
efeitos pró-inflamatório (RIBEIRO, 2008).
Portanto os efeitos do acúmulo de tecido adiposo provocam a infiltração e proliferação
de macrófagos, além de alterar a secreção de adipocinas, ocasionando a inflamação crônica
de baixa intensidade. Esse quadro, correlacionado com o aumento de ácidos graxos
livres circulantes, ocasiona o aumento de ingestão alimentar, diminuição do gasto
energético e alteração na homeostase de tecidos periféricos, como músculo e fígado,
acontecendo assim o acúmulo de gordura, inflamação e resistência à insulina (SPERETTA et
al., 2014).
2 METODOLOGIA
Este estudo consiste em uma revisão bibliográfica de caráter integrativo com foco nos
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problemas relacionados com a obesidade infantil. A pesquisa seguiu as fases a seguir: 1ª fase
– elaboração da pergunta norteadora; 2ª fase – busca ou amostragem na literatura; 3ª fase –
coleta de dados; 4ª fase – análise crítica dos estudos incluídos; 5ª fase – discussão dos
resultados; 6ª fase – apresentação da revisão integrativa. A questão norteadora foi: Quais as
características e aspectos da obesidade infantil?.
A coleta de dados foi realizada no período de 01 a 16 de outubro de 2021. As
plataformas utilizadas para pesquisa foram: Scrientific Eletrônic Library (SCIELO), National
Library of Medicine (PUBMED), Google School. Foram escolhidos como critérios de inclusão
de artigos publicados em 2015 a 2021. Outro critério de seleção de artigos foi com base nos
descritores em Ciências da Saúde (DeCS) que continham: Obesidade infantil, Pediatric
Obesity, Obesidade Pediátrica.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Por meio da busca com os descritores definidos, obteve-se um total de 124 referências,
que passaram por uma triagem através do tipo de publicação, título e resumo, excluindo-se
aquelas referências que não se enquadravam como artigo científico ou constasse no título ou
resumo, informações que indicassem ser um estudo não relacionado com a temática.
Os artigos selecionados para esta revisão integrativa foram publicados entre os anos de
2014 (um artigo), 2015 (um artigo), 2017 (um artigo), 2018 (dois artigos), 2019 (um artigo),
2020 (um artigo) e 2021 (dois artigos).
A Organização Mundial de Saúde (OMS) descreve que a obesidade infantil tem
aumentado em torno de 10 a 40% na maioria dos países europeus, nos últimos 10 anos, e se
tornou epidemia global (NEVES et al.; 2017). A prevalência da obesidade infantil está em
crescente em países desenvolvidos. Nos Estados Unidos, 25% das crianças estão acima do
peso, e 11% são obesas (RADOMINSKI, 2011).
No Brasil, 7,7% das crianças e adolescentes estão acima do peso, sendo maior no
início da adolescência e declinando no final da referida faixa etária (RADOMINSKI, 2011).
Estudo feito com crianças de 7 a 10 anos apresentou uma prevalência de sobrepeso e
obesidade de 26,7% para meninos e 34,6% para meninas no Brasil (MELZER et al.; 2015). O
aumento de peso e a obesidade são registrados desde os cinco anos de idade, em todos os
grupos de renda e regiões, prevalecendo mais na área urbana do que na rural (HENRIQUES et
al., 2018).
Este aumento foi maior na zona urbana (25,8% para 46,2%), do que na zona rural na
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Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
faixa de menor renda, a qual houve um aumento excessivo de pessoas com excesso de peso,
triplicando o percentual de 8,9% para 26,5% (RADOMINSKI, 2011).
O sobrepeso e a obesidade infantil são um dos principais problemas de saúde pública
no mundo devido ao aumento da prevalência e à predisposição ao desenvolvimento de várias
doenças crônicas. Os primeiros meses de vida são importantes para pré-disposição da obesidade
ao longo da vida, o ganho excessivo de peso durante a vida é um importante fator de risco para
o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e diabetes mellitus tipo II na vida adulta
(CAMARGOS et al, 2019).
No Brasil, já é visível as consequências da obesidade infantil, a criança com excesso
de peso tem maiores chances de tornar-se um adulto obeso. A qualidade de vida de uma
criança acima do peso é reduzida quando se compara à qualidade de vida das crianças com
um peso nos índices normais, especialmente em contextos sociais que também podem afetar o
nível educacional (BAGGIO et al., 2021).
Dessa forma, o crescimento da prevalência dos índices de sobrepeso e de obesidade
infantil em idades precoces tem alertado os profissionais de saúde a respeito do seu impacto
no futuro (CAMARGOS et al., 2019).
A obesidade pode ser vinculada à fatores biológicos, ambientais, socioeconômicos,
psicossociais e culturais (HENRIQUES et al., 2018). Na maioria dos países em
desenvolvimento, as dietas tradicionais foram abandonadas em favor de produtos
industrializados, predominantemente ultraprocessados (GAMA et al., 2021). Atualmente vem
sendo atribuída principalmente a ingestão excessiva de alimentos processados e ultra
processados e desestimula a atividade física. Em crianças a ingestão de produtos pobres em
nutrientes e com altas taxas de açúcar e gordura, consumo regular de bebidas açucaradas
(refrigerantes) e a ausência da pratica da atividade física tem levado o aumento dos índices de
obesidade infantil (HENRIQUES et al., 2018).
Os pais e suas práticas alimentares são os principais responsáveis pela educação e
influência nutricional impactando na dieta das crianças no que se tange a ingestão de
alimentos considerados não saudáveis. Quando o comportamento alimentar dos pais é
inadequado, torna- se um fator de risco para o sobrepeso e obesidade das crianças em idade
pré-escolar (BAGGIO et al., 2021).
A propaganda midiática é um importante incentivador dos hábitos alimentares não
saudáveis, com propagandas de alimentos de baixa qualidade nutricional, sedutores para o
público infantil. Dados de pesquisa sobre alimentos anunciados em propagandas da televisão
aberta brasileira, no horário da programação infantil, indicam que de 126 horas registradas de
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Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
exibição de alimentos, 13,8% eram referentes aos produtos alimentícios e desses, 48,1% estão
no grupo de açúcares e doces. Enquanto somente 1,1% referiam-se a verduras e legumes
(BAGGIO et al., 2021).
4 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
LEMOS, L.F.C.; CATTUZZO, M.T.; REIS, I.G.M.D. Obesidade infantil e suas relações com
o equilíbrio corporal. Acta Fisiátrica, São Paulo, v. 16, n. 3, p. 138-141, 2009.
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THAIS MELO SOUZA; ANA CECÍLIA MACHADO JUSTA; RAIMUNDO ERMINO DOS
SANTOS; ANA CLÉCIA DE OLIVEIRA; RAFAELLE CASTRO LOPES; BIANCA
MACHADO JUSTA; INA DOS SANTOS MARIN; ELAYNNE MOREIRA SILVA DE
MATOS; DIANINHO RODRIGUES DOS SANTOS; VICTOR MACÊDO PAES
RESUMO
Introdução: A doença celíaca (DC) é uma enteropatia crônica do intestino delgado, autoimune,
causada pela exposição ao glúten em indivíduos propensos geneticamente. Ocorre a inflamação
na mucosa do intestino delgado, levando à atrofia das vilosidades intestinais e,
consequentemente, à má absorção. Objetivos: Este trabalho tem como objetivo fazer uma
revisão de literatura para caracterizar e enfatizar a importância da doença celíaca. Metodologia:
Este estudo consiste em uma revisão de literatura integrativa sobre problemas, relacionados
com a Doença Celíaca. Foram feitas pesquisas na plataforma PubMed de artigos de 2017 a
2022, sobre critérios: Free full text e Full text; Tipos de artigo foram: Clinical Trial, Review e
Sistematic Review. Selecionando um total de 14 artigos relacionados dos 238 apresentados pela
plataforma. Resultados: A DC afeta a mucosa do intestino delgado após a ingestão de glúten,
proteína importante contida nos cereais. Os pacientes com DC manifestam diversos sintomas
como diarreia, perda de apetite e má absorção semelhantes à síndrome do intestino irritável. O
teste inicial para diagnosticar a DC é a sorologia. A biópsia do intestino delgado na região
duodenal é o padrão ouro para o diagnóstico. O principal tratamento é uma dieta sem glúten
por toda a vida, evitando alimentos como trigo, isso resulta na diminuição dos sintomas dentro
de dias a semanas, sorologia negativa e normalização da atrofia das vilosidades. Conclusão: A
DC causa uma restrição a alimentos que contêm glúten, isso pode levar à deficiência de diversas
vitaminas. É uma patologia que ainda precisa de mais pesquisas, principalmente na área de
tratamentos.
1 INTRODUÇÃO
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2 METODOLOGIA
Este estudo consiste em uma revisão bibliográfica de caráter integrativo com foco
nos problemas relacionados com a Doença Celíaca. A pesquisa seguiu as seguintes fases: 1ª
fase – elaboração da pergunta norteadora; 2ª fase – busca ou amostragem na literatura; 3ª fase
– coleta de dados; 4ª fase – análise crítica dos estudos incluídos; 5ª fase – discussão dos
resultados; 6ª fase – apresentação da revisão integrativa. A questão norteadora foi: Quais são
as características da Doença Celíaca?
A coleta de dados foi realizada no período de 18 a 23 de março de 2022. A plataforma
utilizada para pesquisa foi: National Library of Medicine (PubMed). Foram escolhidos como
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Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
critérios de busca: artigos de 2017 a 2022; A avaliação dos artigos foi: Free full text e Full
text; Tipos de artigo foram: Clinical Trial, Review e Sistematic Review; E estudos
feitos em humanos. Obteve-se um total de 238 referências, que passaram por uma triagem,
selecionando 14 artigos para estudo.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A doença celíaca (DC) é uma doença autoimune que afeta os indivíduos geneticamente
predispostos, resultando de uma resposta anormal ao glúten que causa lesão no intestino
delgado e leva à má absorção de nutrientes (TARAR et al., 2021). A DC afeta principalmente
a mucosa do intestino delgado após a ingestão de glúten, proteína importante contida nos cereais
(PES et al., 2019). Os principais elementos genéticos da DC são: antígeno leucocitário humano
HLA-DQ2 e HLA-DQ8, o autoantígeno envolvido transglutaminase tecidual TTG e o gatilho
ambiental (glúten), os quais estão todos bem definidos na literatura (CAIO et al., 2019).
Visto que as células do intestino delgado são sensibilizadas a esses epítopos, uma reação
autoimune agressiva é iniciada, a qual pode resultar na destruição da parede do intestino
delgado (CHARLESWORTH, 2020). Em adultos, a presença da atrofia das vilosidades (AV)
pode ser analisada através da biopsia duodenal. A AV é definida como o achatamento e
encurtamento das vilosidades intestinais, estando associada a um aumento nas mitoses das
células da cripta, culminando com o alongamento da cripta (KOWALSKI et al., 2017).
Os pacientes com DC podem manifestar sintomas gastrointestinais e extraintestinais.
Sintomas gastrointestinais como diarréia, perda de apetite, má absorção, déficit de crescimento,
baixa estatura e puberdade tardia são observados principalmente na população pediátrica. De
um modo diferente, a população adulta apresenta os sintomas clássicos de má absorção e
sintomas semelhantes à síndrome do intestino irritável, associados a náuseas e vômitos, sendo
o desequilíbrio eletrolítico e caquexia o principal motivo de internação (TARAR et al., 2021).
Nos últimos 20 anos, as modificações na microbiota intestinal vêm sendo estudadas,
como possíveis causadores da ocorrência da DC em indivíduos com predisposição. A
modulação da barreira epitelial, a intensa resposta imune específica da gliadina e a ativação do
sistema imune inato podem ser os mecanismos pelo qual a microbiota intestinal estimula o
desenvolvimento de DC (PES et al., 2019).
O teste inicial para diagnosticar presença de DC é o exame sorológico. O teste
sorológico para DC é aconselhado para pacientes que apresentam os seguintes sintomas:
Diarreia crônica/intermitente; Perda de peso inesperada; Dor abdominal recorrente ou sintomas
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Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
4 CONCLUSÃO
A Doença Celíaca causa uma restrição a alimentos que contêm glúten, entre os
principais, os grãos e os alimentos que contêm trigo. Dessa forma, a ingestão desses nutrientes
em portadores da doença celíaca pode levar a deficiência de diversas vitaminas, sendo
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Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
necessário, portanto, a eliminação do glúten da dieta. Essa patologia ainda precisa de mais
pesquisas, principalmente na área de tratamentos, pois o único tratamento disponível e eficaz é
a dieta sem glúten.
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Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
RESUMO
Introdução: O Diabetes mellitus (DM) é uma condição com origem multifatorial. Estima-se
que cerca de 382 milhões de indivíduos vivem com DM, e esse número pode chegar a 592
milhões até 2035, o que torna essa condição um problema de saúde pública mundialmente.
Assim, é extremamente relevante aumentar a pesquisa relacionada aos fatores de risco do DM,
de forma a contribuir para prevenção e controle da doença. Objetivo: Avaliar as evidências
científicas sobre os fatores que aumentam o risco de desenvolvimento de Diabetes mellitus,
destacando os principais tópicos descritos na literatura acerca da temática. Materiais e
métodos: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, exploratória e descritiva, do tipo revisão
sistemática da literatura, realizada entre fevereiro e maio de 2023, utilizando pesquisas nas bases
de dados SciELO e Google Acadêmico. Os descritores utilizados são: "diabetes mellitus” e
“fatores de risco”. Cerca de 90 artigos foram encontrados e, destes, 6 foram selecionados.
Resultados e discussão: O Diabetes mellitus é um problema de saúde pública global crescente,
especialmente entre a população idosa. No Brasil, os custos associados ao tratamento e
acompanhamento de pacientes diabéticos vão além das questões econômicas, apresentando
danos sociais consideráveis, como mortalidade prematura, incapacitações temporárias e
permanentes e comprometimento da qualidade de vida. Esta pesquisa identificou os principais
fatores que influenciam a incidência de DM, sendo eles idade, excesso de peso e escolaridade.
Estima-se que o número de pessoas com diabetes com mais de 65 anos atingirá 195,2 milhões
em 2030 e 276,2 milhões em 2045. Além disso, os estudos analisados confirmam a correlação
entre excesso de peso/obesidade e DM, assim como a associação entre menor nível de
escolaridade e maior probabilidade de desenvolver DM. Conclusões: O Diabetes mellitus é um
problema de saúde significativo, em que alguns fatores de risco são modificáveis. Identificar e
agrupar esses fatores é importante para orientar políticas de promoção à saúde. Políticas
públicas eficazes são necessárias para promover mudanças de estilo de vida. Isso pode ajudar
na prevenção, detecção precoce, tratamento adequado e controle da doença, reduzindo danos
econômicos e sociais.
1 INTRODUÇÃO
O Diabetes mellitus (DM) é uma condição que possui origem substancial e multifatorial,
que envolve fatores genéticos e ambientais. Essa condição pode ser causada tanto pela alteração
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2 METODOLOGIA
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Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
de uma pergunta orientadora: “Quais são os principais fatores de risco associados ao Diabetes
mellitus?”. Posteriormente, realizou-se a busca dos descritos na literatura mais apropriados ao
tema. Após submeter à inspeção rigorosa, coletou-se dados dos estudos selecionados.
Fundamentado nos resultados obtidos, houve discussão crítica da temática. Por fim, foi
apresentada, de forma clara e objetiva, a revisão integrativa.
Quanto ao período de execução da coleta, ocorreu de Fevereiro a Maio de 2023, por
meio de pesquisas nas bases de dados eletrônicas: Scielo e Google Acadêmico. Para seleção dos
artigos adequados para a temática em questão, foram utilizados os seguintes descritores:
“diabetes mellitus” e “fatores de risco”.
Nesta pesquisa foram incluídos artigos primários que abordaram a temática do Diabetes
mellitus, bem como seus fatores de risco e complicações cardiovasculares, publicados nos
últimos 10 anos (2013-2023). Os critérios de exclusão foram: artigos sem acesso livre; artigos
que não apresentam o tema; artigos antigos, bem como os provenientes de literatura cinzenta; e
outros tipos de estudo, como revisões, cartas, dissertações e teses.
Figura 1: Fluxograma PRISMA dos estudos inclusos e exclusos do processo de busca, seleção
e análise - Brasil 2023
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3 RESULTADOS
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2013 Risco para diabetes mellitus Marinho, N. B. P.; Avaliar o risco para
tipo 2 e fatores associados de Vasconcelos, H. diabetes mellitus
C. A.; Alencar, A. tipo 2 e sua
M. P. G.; de associação com
Almeida, P. C.; variáveis clínicas e
Damasceno, M. M. sociodemográficas.
C..
4 DISCUSSÃO
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Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
Dessa forma, identificar os fatores de risco associados à doença ajuda a fornecer suporte
para estratégias de promoção da saúde e prevenção, tanto no âmbito individual
quanto coletivo, com o objetivo de reduzir o impacto do diabetes nos custos para o Sistema
Único de Saúde (SUS), para o indivíduo e para a sociedade como um todo (FRANCISCO et al.,
2022).
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4.3 Escolaridade
O nível de escolaridade é amplamente utilizado como um marcador de desigualdade em
saúde. Nesse contexto, em estudo realizado com 59.758 indivíduos, utilizando dados
provenientes da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013, Sousa et al. (2020) ressalta a
escolaridade como um indicador que integra os principais marcadores que influenciam
diretamente na piora da autoavaliação em saúde. Logo, percebe-se a influência da educação
sobre a saúde e na percepção desta pelo indivíduo.
A literatura reconhece a associação entre diminuição dos níveis de escolaridade com
aumento das chances de adquirir Diabetes mellitus. De modo a exemplificar tal afirmação,
Barim et al. (2023), em pesquisa para estratificar usuários de uma Unidade Básica de Saúde
quanto ao risco de desenvolver DM, utilizou o Escore Finlandês de Risco de Diabetes (Findrisc)
e obteve como conclusão que o menor nível de escolaridade estava ligado ao escore elevado no
Frindisc. Portanto, constata-se o efeito do nível de ensino na saúde da população, assim como
na elevação das taxas de diabetes, o que reforça indiretamente a importância e necessidade da
escolarização e mais investimento nessa área.
Somado a isso, de acordo com inquérito telefônico realizado em 2021 pelo Ministério
da Saúde nas capitais das unidades federativas brasileiras, a prevalência de diagnóstico médico
de DM na população maior ou igual a 18 anos foi mais alta em indivíduos com baixo nível de
escolaridade. Portanto, pode-se inferir que a escolarização pode ter um impacto significativo na
saúde e na prevenção de doenças crônicas, como o diabetes, o que destaca a importância da
promoção da educação e do acesso à informação.
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Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
de vida dos indivíduos afetados e mitigar os ônus sociais e econômicos associados. Somado a
isso, através da identificação e análise dos fatores de risco, pode-se adotar medidas preventivas
efetivas e estratégias de intervenção direcionadas. Isso pode incluir programas de educação em
saúde, promoção de estilos de vida saudáveis, rastreamento populacional e identificação precoce
dos grupos de risco.
As limitações dos resultados deste estudo estão relacionadas ao seu desenho transversal,
que não possibilita a análise e descrição da relação de causa e efeito com base nas associações
entre os fatores de risco e o surgimento da doença. Além disso, a insuficiência de estudos
publicados relacionados diretamente ao objetivo deste projeto mostrou-se como fator limitante.
5 CONCLUSÃO
Pode-se inferir que o Diabetes mellitus é um problema de saúde significativo, que
apresenta associação com fatores socioeconômicos e comportamentais, bem como condições
fisiológicas e biológicas. Alguns dos fatores identificados como contribuintes para a doença são
modificáveis, enfatizando a importância de políticas públicas mais assertivas e eficazes para a
promoção de mudanças de hábitos de vida.
O Diabetes mellitus possui origem extremamente complexa e multifacetada. No entanto,
o delineamento e agrupamento, neste estudo, dos fatores de risco relacionados a essa condição
exerce função altamente relevante na orientação e criação de políticas de promoção à saúde. Tal
conhecimento, ainda, pode contribuir na prevenção, identificação precoce, tratamento adequado
e controle da doença, o que implicaria na redução de danos econômicos e, em especial, sociais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARIM, Estela Maria et al. Estratificação de risco para diabetes tipo 2 com base no Findrisc e
fatores associados. Revista Baiana de Saúde Pública, [S.L.], v. 46, n. 3, p. 218-231, 30 set.
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DOI: 10.55811/jocec2023/19947
Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
RESUMO
A exposição dos profissionais com material biológico pode ocorrer pelas vias percutânea
e cutânea ou perante contato com mucosas. Embora a maior preocupação esteja
relacionada a acidentes com perfurocortantes, qualquer contato direto com
material biológico potencialmente contaminado por micro-organismos é também
considerado uma exposição e requer avaliação. Porém, os dados divulgados não conseguem
representar a realidade que de fato ocorre, visto que há muitos casos de subnotificação, o que
impede o conhecimento da real situação epidemiológica e, consequentemente, prejudica a
proposição e a implementação de estratégias preventivas específicas para a exposição a
material biológico. De acordo com a Biblioteca Virtual da Saúde, a prevenção da
exposição ao sangue ou a outros materiais biológicos é a principal medida para que
não ocorra contaminação por patógenos de transmissão sanguínea nos serviços de
saúde. A partir dos resultados, foi comprovado que esses acidentes podem ocorrer por
diversas razões, como trabalho excessivo e exaustão, negligência ou falta de
conhecimento necessário. Dessa forma, é necessário que haja um comprometimento
maior com essa temática a fim de evitar danos para os profissionais de saúde que estão
diariamente expostos a esse tipo de acidente. Campanhas de divulgação de métodos
corretos para descarte de perfurocortantes e/ou outros materiais biológicos e
treinamentos para profissionais de acordo com sua qualificação são exemplos de medidas que
podem ajudar a reduzir a frequência desses acidentes, conscientizando e preservando a saúde
dos profissionais que se dedicam todos os dias a cuidar do outro.
1 INTRODUÇÃO
DOI: 10.55811/jocec2023/19948
Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
elevado e alto (ANVISA NR-32). O contato com tais fluidos, se contaminados, tem potencial
de disseminação da doença encontrada no indivíduo que produziu o material, gerando então,
vários problemas de saúde pública (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2011). A contaminação
ocorre muitas vezes através de inoculação percutânea, através de instrumentos perfuro-
cortante ou por contato direto com as mucosas ou com a pele (MINISTÉRIO DA
EDUCAÇÃO, 2019).
Os acidentes de trabalho com materiais biológicos merecem uma atenção
especial devido às consequências que ele pode acarretar: a contaminação e transmissão
de várias doenças, desde as mais simples e curáveis até as mais graves e sem
possibilidade de tratamento. Tais acidentes interferem diretamente no processo saúde-
doença e podem trazer agravos para a sociedade e para o Estado, já que os gastos com o
tratamento e cura destes pacientes são significativos. Além de afetar a idade produtiva dos
trabalhadores, que podem até mesmo resultar em invalidez permanente como mão de obra
trabalhadora (SOARES et al, 2019). O objetivo deste trabalho consiste em determinar
quais fatores foram as causas do aumento do número de acontecimentos de acidentes com
materiais biológicos.
2 METODOLOGIA
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
DOI: 10.55811/jocec2023/19948
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Tabela 1: Notificações por exposição percutânea segundo ano da notificação e por sexo
período: 2018-2022
ANO DA IGN/BRANCO TOTAL MASCULINO FEMININO TOT
NOTIFICAÇÃO (CANINDÉ) (CEARÁ) (CEARÁ) AL
TOTAL 30 30 2.619 8.001 10.620
2018 11 11 476 1.399 1.875
DOI: 10.55811/jocec2023/19948
Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
DOI: 10.55811/jocec2023/19948
Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
SA
ADM.MED. 615 89 117 95 166 148
INTRAMUSCULAR
ADM.MED.SUBCUTÂN 551 89 99 112 153 98
EA
ADM.MED. 51 8 10 6 17 10
INTRADERMICA
PUNÇÃO/COLETA 452 62 67 90 118 115
PUNÇÃO NE 442 82 70 87 110 93
DESCARTE 889 133 189 150 204 213
INADEQUADO DE
LIXO
DESCARTE 1267 158 246 245 384 234
INADEQUADO CHÃO
LAVANDERIA 52 10 11 8 12 11
LAVAGEM DE 218 45 49 28 37 59
MATERIAL
MANIP. CAIXA 532 95 108 82 136 111
PERFURO/CORTANTE
PROCEDIMENTO 857 156 187 144 202 168
CIRURGICO
PROCEDIMENTO 613 100 171 84 137 121
ODONTOLOGICO
PROCEDMENTO 248 39 48 43 80 38
LABORATORIAL
DEXTRO 102 11 19 16 40 16
FONTE: MINISTÉRIO DA SAÚDE/SVS- SISTEMA DE INFORMAÇÓES DE
AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO - SINAN NET
DOI: 10.55811/jocec2023/19948
Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
medo em revelar essas informações por questões pessoais, como medo de perder o emprego.
A falta de tempo do trabalhador para notificar o acidente foi constatada também por
FIGUEIREDO (1992) o qual aponta como causa decorrente do ritmo acelerado imposto para
a execução das atividades, pressão exercida pela chefia, e da grande responsabilidade
assumida pelos trabalhadores no trabalho. É válido salientar que, mesmo diante da
subnotificação de doenças profissionais, relacionadas ao trabalho e de acidentes de trabalho, a
notificação representa um importante instrumento de vigilância em saúde do trabalhador, uma
vez que possibilita construir dados e informações que subsidiam a identificação de perfis
epidemiológicos de trabalhadores mais próximos da realidade bem como uma intervenção
mais coerente com os problemas de saúde levantados.
O segundo número mais elevado é de empregados registrados, o que se conclui que a
maioria desses casos está relacionada com empregos fixos e registrada. Isso se deve ao fato de
que a maioria dos locais que podem estar associados a este tipo de acidente, deve
estar relacionada a um vínculo empregatício formal. O número referente a empregador,
aquele que “emprega”, é bem menor. Pelo fato de não estar manuseando diretamente esses
materiais, o risco de acidentes ou contaminação é reduzido, por estar interligado apenas
a funções de administração ou coordenação destes outros trabalhadores que estão
mais propensos a acidentar-se. Os menores índices de notificação de acidentes do
trabalho estão entre trabalhadores não concursados, o que também sugere a existência de
receio dos trabalhadores de perderem seus empregos, questão séria que os remete à reflexão
acerca de aspectos éticos e morais envolvidos nas relações de trabalho no Brasil.
DOI: 10.55811/jocec2023/19948
Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
4 CONCLUSÃO
Com base nos dados apresentados e discutidos, conclui-se que os acidentes de trabalho
com materiais biológicos acontecem com mais frequência do que se imagina. A ocorrência é
muito maior no sexo feminino do que no sexo masculino, haja vista que as profissões que
mais são atingidas como a enfermagem é ocupada em sua maioria por mulheres. Além disso,
a principal forma de contaminação é com perfuro-cortantes quando descartados
incorretamente e/ou em locais inadequados. As principais causas descobertas e discutidas foi
estresse no ambiente de trabalho, falta de conhecimento técnico e ausência ou uso incorreto de
EPI’s. Negligenciar esse fato é contribuir para que este número cresça e atinja cada vez mais
um número maior de profissionais da saúde. É necessário que haja uma mobilização maior
frente ao assunto, tanto levando conhecimento e informações necessárias para esses
profissionais como elaborar programas de proteção contra os acidentes com materiais
biológicos com o intuito de garantir segurança durante as atividades laborais.
DOI: 10.55811/jocec2023/19948
Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
REFERÊNCIAS
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das atividades de trabalho. Saúde Soc. 2015; 24(4):1257- 72.
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Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
DOI: 10.55811/jocec2023/19952
Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
DOI: 10.55811/jocec2023/19956
Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
DOI: 10.55811/jocec2023/19957
Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
DIANINHO RODRIGUES DOS SANTOS; RAIMUNDO ERMINO DOS SANTOS NETO; THAIS
MELO SOUZA; ANA CECÍLIA MACHADO JUSTA; RAFAELLE CASTRO LOPES; BIANCA
MACHADO JUSTA; INA DOS SANTOS MARIN; ELAYNNE MOREIRA SILVA DE MATOS;
FABIA MARIA BARROSO DA SILVA LOBO
DOI: 10.55811/jocec2023/19958
Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
INTRODUÇÃO: Devido ao pouco conhecimento que se tem sobre os povos indígenas e a grande
diversidade destes, este grupo étnico é tido com o mais vulnerável no mundo. Só em território
brasileiro existem 305 etnias indígenas, com uma população de aproximadamente 900 mil pessoas,
segundo o censo populacional realizado em 2010, com isso inúmeros são os desafios enfrentados para
garantir os direitos desta população. O Sistema Único de Saúde (SUS) criou a operacionalização da
Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas (PNASPI), como estratégia para garantir o
acesso à saúde deste grupo étnico. Esta temática vem sendo alvo de estudos e produções científicas,
dando mais visibilidade ao descaso devido a fatores diversos. OBJETIVOS: Identificar os desafios
enfrentados no cuidado à população indígena na atenção primária à saúde. METODOLOGIA: Este
estudo foi realizado através de pesquisa em base de dados, como Scielo e Google acadêmico,
coletados artigos dos últimos dez anos, a fim de revisar os descritos de literatura sobre a temática
abordada. RESULTADOS: Foi apontado que desafios que a atenção primária à saúde indígena são
diversos, como o isolamento das regiões e obstáculos naturais, as diferenças étnicas, culturais e
linguísticas, que dificultam a comunicação e o entendimento entre esses povos e os profissionais da
atenção primária à saúde indígena no Brasil. Os quais foram provados com os resultados da Política de
Atenção à Saúde dos Povos Indígenas (PNASPI), que é uma pesquisa voltada para os impactos na vida
dos profissionais que atuam nessa frente, e também pelos dados obtidos pelo SASI (Subsistema de
Atenção à Saúde Indígena), que enfrenta uma dificuldade de comunicação, demonstrando uma
fragilidade normativa. CONCLUSÃO: Desse modo, conclui-se que os desafios no cuidado da
população indígena na atenção primária à saúde são diversos e que as organizações de saúde de ambas
esferas ainda não conseguiram estabelecer de fato um dos princípios do SUS que seria a equidade,
para que surja uma nova visão para a resolução desse problema.
DOI: 10.55811/jocec2023/19960
Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
INTRODUÇÃO: O atendimento pré-natal engloba uma série de medidas que visam assegurar o bem-
estar da mãe e do feto, promovendo um acompanhamento longitudinal, tornando possível a detecção
precoce de intercorrências e complicações durante a gravidez. O perfil sociodemográfico e obstétrico
de gestantes é essencial para planejar e implementar políticas de assistência materno-infantil.
OBJETIVO: O objetivo deste estudo é analisar o perfil sociodemográfico e obstétrico de gestantes na
cidade de Canindé-CE no período de 2016 a 2020. METODOLOGIA: Trata-se de um levantamento
e análise de dados do SINASC (Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos), para todos os
nascidos vivos de mães residentes no município de Canindé/CE no referido período. As variáveis
analisadas foram idade, etnia, estado civil, escolaridade, duração da gestação, adequação ao pré-natal,
tipo de gestação e tipo de parto. RESULTADOS: A faixa etária prevalente de mulheres assistidas foi
entre 20 a 24 anos (27,66%). Na formação acadêmica, os maiores percentuais estiveram entre 8 e 11
anos de estudo (61,23%). Quanto ao Índice de Adequação do Acesso ao Pré-natal, teve 56% das
gestantes com consultas consideradas “Adequadas” ou “Mais que Adequadas”, somando-se os
resultados destas duas categorias. Em relação a variável “Duração da gestação”, as categorias que
englobam gestações do tipo pré-termo atingiram um percentual de 12,58%, já as gravidezes do tipo a
termo alcançaram 72,76%. Acerca do “Tipo de parto”, as categorias “Vaginal” (52,35%) e “Cesáreo”
(47,32%) não apresentaram grandes diferenças. CONCLUSÃO: O estudo revelou importantes
informações sobre o perfil sociodemográfico e obstétrico das gestantes atendidas na região. Os
resultados indicam que a maioria delas possui baixa escolaridade, com mais da metade tendo apenas o
ensino fundamental completo. Outro dado que precisa ser melhorado é a Adequação do Acesso ao Pré-
natal, pois a partir de 2020 a meta do Programa Previne Brasil é acima do percentual identificado até
aquele período. Estratégias podem ser traçadas para melhorar a assistência do pré-natal, por meio de
políticas públicas que incentivem a educação e a conscientização das gestantes sobre a importância do
pré-natal, além de investimentos em infraestrutura e recursos humanos na área da saúde.
DOI: 10.55811/jocec2023/19962
Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
INA DOS SANTOS MARIN; THAIS MELO SOUZA; ANA CECÍLIA MACHADO JUSTA;
RAFAELLE CASTRO LOPES; BIANCA MACHADO JUSTA; ELAYNNE MOREIRA
SILVA DE MATOS; DIANINHO RODRIGUES DOS SANTOS; FABIA MARIA
BARROSO DA SILVA LOBO
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
DOI: 10.55811/jocec2023/19965
Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
al., 2015).
Estudos prévios sugeriram que o desenvolvimento de IC após o IAM esteja relacionado
com o tamanho do infarto, a doença multi-arterial coronariana, a eficiência da reperfusão e o
uso de medicações adjuvantes. Apesar do emprego crescente da revascularização miocárdica
precoce, a prevalência de IC pós-IAM ainda é elevada (em torno de 20 a 30%), representando
a principal causa de morbimortalidade intra-hospitalar (ANTONELLI et al., 2015).
De acordo com trabalhos realizados, após o infarto, cerca de 50% dos pacientes evoluem
com algum grau de dilatação ventricular esquerda. Desses, 50% dos pacientes evoluem com
aumentos progressivos da câmara ventricular, enquanto 50% permanecem estáveis. Dos
pacientes que não apresentam dilatação na fase aguda, parcela ainda não definida de pacientes
apresentará o processo de remodelação após semanas, meses ou anos após o insulto isquêmica
(ZORNOFF et al., 2015).
Segundo a literatura, existem vários fatores de risco para IAM nos adultos jovens. A
maioria está relacionada à aterosclerose (80% dos casos). Para esses casos, existem tanto fatores
de risco convencionais quanto novos fatores de risco. Merecem consideração na população
jovem os fatores de risco coronário clássicos: o tabagismo, a dislipidemia, a história familiar,
e, em menor frequência, a hipertensão arterial, o diabetes mellitus; nessa faixa etária entram,
ainda, como fatores de risco, o uso de cocaína e as síndromes trombofílicas (MANGILI et al.,
2006).
Esse artigo tem como objetivo relacionar a insuficiência cardíaca a ocorrência de um
infarto do miocárdio.
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Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
O Infarto agudo do miocárdio (IAM) é definido como a morte de uma região do músculo
cardíaco derivado de uma instabilidade entre oferta e demanda de oxigênio no miocárdio
(COSTA, et al., 2020). O paciente está sujeito à remodelação cardíaca como efeito adverso após
IAM, independente da intervenção coronária percutânea primária, está associada
principalmente ao surgimento de insuficiência cardíaca e mau prognóstico (ROSA, 2022).
A Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda (2018), define a IC
como uma síndrome clínica complexa, onde o coração é insuficiente em bombear sangue de
forma efetiva para necessidades metabólicas tissulares, podendo fazê-lo somente com altas
pressões de enchimento. A IC foi a principal causa cardiovascular de hospitalizações no Brasil
entre 2008 e 2017, com 2.380.133 autorizações de internação hospitalar pagas, cerca de 21%
do total (DUTRA et al., 2022).
Avaliando o quadro clínico do paciente, um dos sintomas mais comuns da IC é a
dispneia (MARTINS et al., 2019). A classificação funcional conforme a NYHA - New York
Heart Association permanece sendo a classificação utilizada para caracterizar e categorizar a
gravidade dos sintomas. Esta classificação se baseia no grau de tolerância ao exercício e varia
desde a ausência de sintomas até a presença de sintomas mesmo em repouso (MARTIN, 1994).
A mortalidade associada à IC e necessidade de internação por essa causa, está associada
principalmente com a avaliação da fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE), que é
utilizada para diagnóstico, tratamento e prognóstico da IC (DUTRA et al., 2022). Segundo a
diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda (2018), para definir IC baseia-se
na FEVE e compreende pacientes com FEVE normal (≥ 50%), denominada IC com fração de
ejeção preservada (ICFEp), e aqueles com FEVE reduzida (< 40%), denominados IC com
fração de ejeção reduzida (ICFEr).
Segundo a diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda (2018) O
tabagismo eleva o risco de IC independentemente da presença de doença arterial coronariana.
Apesar dos mecanismos envolvidos ainda sejam incertos, percebe-se uma associação entre a
intensidade e duração do tabagismo com os marcadores séricos de injúria miocárdica e
alterações na estrutura e na função cardíacas.
4 CONCLUSÃO
Diante do exposto, a literatura mostrou que a insuficiência cardíaca após o infarto agudo
do miocárdio está correlacionada por meio de alterações estruturais do músculo cardíaco que
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Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
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DOI: 10.55811/jocec2023/19965
Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
BIANCA MACHADO JUSTA; ANA CECÍLIA MACHADO JUSTA; INA DOS SANTOS
MARIN; THAIS MELO SOUZA; RAFAELLE CASTRO LOPES; ELAYNNE MOREIRA
SILVA DE MATOS; DIANINHO RODRIGUES DOS SANTOS; ANTONIO FABRICIO
RODRIGUES OLIVEIRA; VICTOR MACÊDO PAES
RESUMO
A Helicobacter pylori (H. pylori) é uma bactéria cosmopolita, que afeta mais da metade da
população mundial e possui grande incidência no Brasil, principalmente no Nordeste, visto isso
objetiva-se discutir e sintetizar informações a respeito desse patógeno. Essa bactéria consegue
colonizar o estômago, apesar do baixo ph, devido a seus fatores de virulência e suas
características morfológicas como a liberação de urease, a presença de flagelos, a ação das
adesinas e a expressão de proteínas citotóxicas, fatores esses que influenciam no
desenvolvimento de doenças como gastrite, úlcera e câncer gástrico. O diagnóstico é feito por
meios que podem ser classificados em invasivos e não invasivos, como o teste histopatológico e
a urease. O tratamento deve ser feito mesmo em pacientes que não apresentam sintomas,
geralmente com a utilização de 3 medicamentos. Diante do exposto é perceptível a
complexidade dos mecanismos de virulência e a necessidade de mais estudos a respeito desse
patógeno e de medidas mais efetivas para combatê-lo.
ABSTRACT
Helicobacter pylori (H. pylori) is a cosmopolitan bacterium, which affects more than half of the
world's population and has a high incidence in Brazil, mainly in the Northeast, since this
objective is to discuss and synthesize information about this pathogen. This bacterium is able to
colonize the stomach, despite the low pH, due to its virulence factors and its morphological
characteristics such as the release of urease, the presence of flagella, the action of adhesins and
the expression of cytotoxic proteins, factors that influence the development diseases such as
gastritis, ulcers and gastric cancer. The diagnosis is made by means that can be classified as
invasive and non-invasive, such as histopathological test and urease. Treatment should be
carried out even in patients who do not have symptoms, usually with the use of 3 drugs.
Given the above, the complexity of virulence mechanisms and the need for further studies on his
pathogen and more effective measures to combat it are noticeable.
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Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
1 INTRODUÇÃO
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Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
regiões do país. Nas regiões sul, sudeste e centro-oeste a prevalência fica em torno de 83%. De
outro modo, alguns municípios da região nordeste apresentam prevalência de 90% (SILVA et
al., 2013). Além disso, constatou-se que a transmissão se torna mais comum entre indivíduos
do mesmo círculo de convívio e que a infecção se inicia ainda na infância, podendo afetar até
50% das crianças de 2 a 5 anos (COELHO et al., 2018).
Desta forma é perceptível que a bactéria H. pylori, tem muitos mecanismos de
adaptação, o que torna algumas cepas mais virulentas. Portanto é necessário que o mecanismo
de certos fatores de virulência seja melhor esclarecido. O presente artigo busca sintetizar de
forma clara como a bactéria utiliza alguns dos fatores, já conhecidos pela ciência, para adaptar-
se melhor ao estômago.
2 METODOLOGIA
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
precisa de uma camada protetora para evitar sua autodegradação, essa camada é a mucosa
gástrica (HUNT et al., 2015).
As características gástricas podem ser afetadas devido a infecção por H. pylori, visto
que essa bactéria adquiriu diferentes genes de virulência e características morfológicas
essenciais para sua colonização. Tais características facilitam a sua permanência no
ambiente gástrico, pois favorecem a modificação do ph, aumentam a aderência e a motilidade
da bactéria e facilitam a entrada e a modificação nas células estomacais, o que ocasiona a
inflamação e a degradação epitelial (ŠTERBENC et al., 2019).
A capacidade da H. pylori de resistir ao ambiente hostil do estômago deve-se, pelo
menos em parte, à ação da urease, encontrada em seu citoplasma, com a função de deixar o
meio envolta mais alcalino, protegendo a estrutura celular. Isso ocorre por meio da hidrolização
da ureia presente no ambiente gástrico, obtendo como produto a amônia e o gás carbônico (BAJ
et al., 2020). Além disso, outros estudos identificaram que a amônia pode ocasionar também o
rompimento das junções celulares do epitélio gástrico, induzir a apoptose dessas estruturas e
estimular a liberação de citocinas pró-inflamatória (DEBOWSKI et al., 2017).
Um importante elemento para que ocorra o sucesso da infecção é a mobilidade desse
patógeno dentro do órgão, que é favorecida pela presença de flagelos polares que variam em
números de 4 a 8 (GU et al., 2017). A motilidade gerada por flagelos é de extrema importância
para a colonização desta bactéria, tanto que sua ausência na estrutura bacteriana pode ocasionar
a não colonização e consequentemente a não infecção (BAJ, et al., 2020).
A aderência da H. pylori à parede gástrica é facilitada pela presença de moléculas de
adesão, que se ligam a receptores celulares. Esse mecanismo evita o deslocamento da bactéria,
garantindo a fixação nas células gástricas. Dentre a moléculas de adesão uma que se destaca é
a adesina de ligação ao antígeno do grupo sanguíneo, a BabA, que é expressa pelo gene BabA2
(Kao et al., 2016). Além dessa proteína dois parálogos, BabB e BabC, com funções não tão bem
conhecidas ainda, parecem atuar nessa aderência. BabA se liga ao antígeno do grupo sanguíneo,
antígeno A e antígeno B do sistema ABO, auxiliando na adesão na estrutura celular ao
epitélio. As cepas de H. pylori que expressam o gene BabA podem ser subdivididos em
generalistas e especialistas. Essa classificação se refere a capacidade de ligação aos grupos
sanguíneos, sendo as generalistas capazes de interagirem com o grupo O, A e B, enquanto os
especialistas se limitam ao grupo sanguíneo O. Esse fator corrobora para que indivíduos com
tipo sanguíneo O tenham maior propensão para o desenvolvimento de úlceras duodenais.
Bactérias que expressam o gene BabA se mostram mais virulentas, ou seja, têm uma maior
chance de ocasionar o desenvolvimento de doenças associadas, como a úlcera e o
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4 CONCLUSÃO
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Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
podem favorecer o surgimento de doenças mais graves, como gastrite, úlceras e câncer gástrico.
Desse modo, é notória a necessidade da realização dos exames para identificar a presença do
patógeno, como a endoscopia e o teste histológico ou os testes de PCR ou os testes respiratórios.
Com isso, a positividade desses testes implica a necessidade do tratamento, seja o de terapia tripla
ou quádrupla. Portanto torna-se evidente a necessidade de mais estudos para o desenvolvimento
de novos medicamentos a fim de combater a resistência de determinadas cepa.
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DOI: 10.55811/jocec2023/19969
Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
Introdução: Este presente estudo fez uma pesquisa e análise acerca da mortalidade materna por
eclâmpsia e seus fatores sociodemográficos no Nordeste e Ceará, com foco em discutir como a
incidência da mortalidade é muito agravante em comparativo com a perspectiva nacional. Objetivos:
A pesquisa teve como objetivo analisar o perfil epidemiológico dos óbitos maternos por eclampsia de
2011-2021, a nível brasil, nordeste e Ceará. Metodologia: Trata-se de um levantamento e análise de
dados sociodemográficos, do tipo transversal, retrospectivo e descritivo, obtidos por meio do
departamento de informática do sistema único de saúde (DATASUS), com as variáveis faixa etária,
etnia e escolaridade para o estudo do perfil sociodemográfico de mortalidade materna por eclâmpsia.
Resultados: No Nordeste, ocorreram 641 óbitos maternos no intervalo de estudo, em comparação ao
Ceará ocorreram 97 óbitos e a nível nacional 1558 óbitos maternos do ano de 2011 a 2020, Segundo
os dados sociodemográficos coletados, a faixa etária mais afetada é a de 30 a 39 anos, o nível de
escolaridade de 8 a 11 anos de estudo foi o mais afetado e a cor parda a mais agravada entre as
variáveis vistas. Tendo como base o último dado demográfico disponível observamos uma incidência
de mortalidade 0,56 no Ceará a cada 100.000 mulheres em idade fértil, dado que se mostra superior ao
dobro do nacional 0,24, e nordeste o intermediário com 0,33. Conclusão: Chegou-se a conclusão de
que é fundamental que sejam adotadas de medidas preventivas, como o acompanhamento adequado de
assistência médica ao pré-natal, para evitar as complicações da pré-eclâmpsia.
DOI: 10.55811/jocec2023/19970
Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
DOI: 10.55811/jocec2023/19972
Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
INTRODUÇÃO: A mortalidade fetal é determinada como a morte do feto que ocorre durante a
gestação. Esse fato, tem sido um grande obstáculo no cuidado às gestantes e a seus conceptos,
principalmente nos países de média e baixa renda. O óbito fetal é um dos principais marcadores para o
desenvolvimento de um país, por ser algo que se mostra amplamente evitável, como em países mais
desenvolvidos, é de grande importância o estudo da sua epidemiologia a fim de diminuir a incidência
desse determinante social tão presente. OBJETIVOS: Realizar uma análise epidemiológica das
principais variáveis que corroboram para o aumento dos óbitos fetais no município de Canindé, Ceará.
METODOLOGIA: Foi realizado um estudo quantitativo e transversal, usando como base, dados
retirados do DATASUS, que estavam relacionados a mortalidade fetal em Canindé. No total foram
contabilizadas 58 gestantes com óbito fetal, entre o período de 2016 à 2020. RESULTADOS: Foram
realizados a partir da análise de tabelas que compreendiam as seguintes variáveis: taxa de mortalidade
fetal em todo o Ceará comparada com a taxa de mortalidade fetal somente em Canindé, peso ao
nascer, tipo de parto (vaginal, cesáreo ou ignorado), tipo de gravidez (única, dupla ou ignorada), sexo,
idade da mãe, local de ocorrência (hospital, outro estabelecimento de saúde, domicilio, via pública,
outros ou ignorado), escolaridade da mãe e duração da gestação. Após a análise das tabelas, ficou
evidenciado uma falta de constância na taxa de mortalidade tanto em Canindé como no Ceará, ficando
inviável de notar alguma piora ou melhora em questão dessa problemática. CONCLUSÃO:
Concluímos que diversos fatores, sejam eles gestacionais ou extra gestacionais, são causas de
mortalidade fetal nas populações de Canindé e Ceará, e que esses estão diretamente relacionados ao
desenvolvimento do concepto durante a gravidez, demonstrando assim a necessidade de um maior
cuidado desde a concepção até o puerpério.
DOI: 10.55811/jocec2023/19973
Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
INTRODUÇÃO: O câncer do colo do útero (CCU) é um dos carcinomas de maior incidência em todo
o mundo e uma das principais causas de óbito na população feminina. De acordo com o Instituto
Nacional de Câncer – INCA, para o ano de 2023, foi estimada uma projeção de ocorrência de 604 mil
novos casos de CCU no mundo. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o CCU é o sexto
tipo de câncer mais incidente entre a população geral brasileira, o terceiro câncer mais frequente entre
o sexo feminino. Entre os anos de 2013 e 2022, o Ceará ocupou a nona colocação entre os estados com
maior incidência de CCU no Brasil. OBJETIVO: Tendo o CCU como um importante problema de
saúde pública, este estudo tem como objetivo realizar um levantamento epidemiológico do câncer de
colo do útero no Ceará. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo observacional, analítico e
transversal. RESULTADOS: Entre o período de 2013 a 2022, foram registrados 6,076 novos casos de
CCU entre a população residente do Estado do Ceará, correspondendo à cerca de 4,5% dos casos
notificados em território nacional. A faixa etária de 35 a 59 anos de idade foi a mais afetada pelo
câncer. As maiores incidências de CCU foram atribuídas aos estádios II e III. CONCLUSÃO: Desta
forma, pode-se observar semelhanças compartilhadas entre o Estado do Ceará e regiões
subdesenvolvidas de modo geral, onde o perfil de pacientes diagnosticados com CCU são
predominantemente classificados como portadores de doença localmente avançada. A partir disso,
nota-se um empecilho nas redes de atenção à saúde pública em realizar o rastreamento e o diagnóstico
do CCU ainda em estado de desenvolvimento inicial.
Palavras-chave: Câncer do colo do útero, Carcinoma, Perfil epidemiológico, Saúde pública, Ceará.
DOI: 10.55811/jocec2023/19979
Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
DOI: 10.55811/jocec2023/20123
Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
DOI: 10.55811/jocec2023/20142
Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
INTRODUÇÃO: A asma é uma doença crônica pulmonar que caracteriza-se pela diminuição de
calibre dos brônquios, cursando com sintomas respiratórios, tais como: sibilos, dispneia, opressão
torácica retroesternal e tosse, as quais variam com o tempo e intensidade. Classifica-se em asma
controlada, parcialmente controlada e não controlada. OBJETIVO: Relatar o caso de um paciente
portador de asma. Trata-se de um estudo observacional, descritivo e relato de caso com informações
obtidas por meio de verificação de prontuário, de exames complementares em março de 2023, na
Associação Hospitalar e Maternidade Regional São Francisco no município de Canindé – CE.
RELATO DE CASO: Paciente sexo masculino, 71 anos, asmático, hipertenso, diabético, ex fumante.
Evoluiu com derrame pleural, realizou exames laboratoriais e de imagem. Paciente permaneceu
internado aguardando transferência para o hospital Dr. Carlos Alberto Studart (Hospital do Coração),
referência para essa patologia, com objetivo de investigação do caso apresentado. DISCUSSÃO:
Utilização de fármacos de estabilização hemodinâmica e fármacos específicos para o controle da
exacerbação da doença. No momento inicial foi realizada estabilização hemodinâmica com suporte de
cateter nasal de oxigênio 2L/min para suprir a necessidade de hipoxemia, e manter a SpO2 devido a
exacerbação da asma; foi administrado Lasix (furosemida) com objetivo de reduzir o edema de MMII
e controlar a pressão arterial. A conduta do uso deste medicamento foi de grande valia, pois é um
diurético e anti-hipertensivo. Posteriormente, foi prescrito a administração de dipirona, visando reduzir
a dor por sua ação analgésica e antitérmica. Utilizou-se insulina regular, essa terapêutica apresenta
papel importante como terapia medicamentosa adicional para manutenção do controle glicêmico alvo.
CONCLUSÃO: Observamos por meio do presente estudo que a asma é uma patologia comum na
região Nordeste. Ressalta ainda, que a asma poderá estar associada a outras doenças respiratórias
como: derrame pleural. Tem possibilidades de prevenção e tratamentos medicamentosos. Pretende-se
com a elaboração do presente estudo gerar e agregar conhecimento aos profissionais da saúde quanto a
asma brônquica, alertar sobre a patologia em pacientes idosos e cuidados medicamentosos e incitar a
continuidade de novas pesquisas com essa temática.
DOI: 10.55811/jocec2023/20143
Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
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Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
à diversidade sexual e de gênero. Essa comunidade é caracterizada pela sua diversidade e pela
luta por direitos e reconhecimento igualitário em diversas esferas da sociedade. As pessoas
LGBTQIA+ enfrentam desafios relacionados à discriminação, preconceito e exclusão social em
muitos países. Por isso, diversos grupos e organizações trabalham para promover a aceitação,
o respeito e a inclusão dessas pessoas na sociedade (GOLD, 2018).
No que se refere ao campo dos cuidados em saúde, a comunidade LGBTQIA+ enfrenta
diversos obstáculos no acesso aos serviços da Atenção Primária à Saúde (APS). Esses desafios
vão desde a discriminação institucionalizada até a falta de compreensão dos profissionais de
saúde sobre as necessidades específicas dessa população. Muitas vezes, essas pessoas são
excluídas de programas de saúde ou de assistência social por causa de sua orientação sexual ou
identidade de gênero (COSTA-VAL, 2022).
É válido ressaltar que muitos profissionais de saúde, inclusive na APS, não estão
familiarizados com as necessidades específicas de saúde da comunidade LGBTQIA+. Isso pode
implicar em erros no processo diagnóstico e no tratamento, bem como a uma falta de manejo
clínico e de equidade do cuidado. (COSTA-VAL, 2022; PINTO; MURILLO; OLIVEIRA,
2021).
Para suplantar tais desafios, é necessário um esforço coletivo e um entendimento
político-social de mudança da cultura de discriminação e exclusão que afeta a comunidade
LGBTQIA+ no campo dos cuidados em saúde. Isso inclui ações como o desenvolvimento de
políticas inclusivas, programas de treinamento para profissionais de saúde e a criação
programas específicos de cuidados em saúde. Nesse âmbito, a APS emerge como organizadora
da rede de cuidados à comunidade LGBTQIA+ no sentido da integralidade e equidade,
reconhecendo as interseccionalidades de gênero, raça e renda presentes nesse campo (LÓPEZ,
2022).
Nesse contexto, tendo em vista a pertinência do tema, o presente trabalho busca analisar
os desafios da comunidade LGBTQIA+ no acesso aos serviços e em ações em saúde da APS.
Para tanto, está organizado enquanto uma revisão integrativa de literatura elaborada a partir de
artigos científicos revisados por parte.
2 METODOLOGIA
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Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
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4 CONCLUSÃO
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Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
comunidade LGBTQIA+ no campo dos cuidados em saúde. Daí então a APS surge como
principal organizadora da rede de cuidados à comunidade LGBTQIA+ no sentido da
integralidade e equidade, reconhecendo as particularidades de gênero, raça e renda presentes
nesse público e que são diferenciais também no atendimento em saúde.
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Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
JOSE EDUARDO RUFINO NUNES; LUIZ DAVI MARTINS PEREIRA; ANNA TERESA COSTA
MACRI; MARIA ALICE MACEDO GRANGEIRO; ORLEANCIO GOMES RIPARDO DE
AZEVEDO
INTRODUÇÃO: A sífilis persiste como um agravo de saúde pública, apesar de ser prevenível, de
existirem testes diagnósticos sensíveis, tratamento efetivo e de baixo custo. A penicilina é o principal
fármaco utilizado no tratamento, tem alta eficácia. OBJETIVO: Descrever a prevalência de sífilis
gestacional e congênita, perfil sócio demográfico, obstétrico e epidemiológico das genitoras e recém-
nascidos, entre janeiro de 2012 e dezembro de 2022, no Ceará. METODOLOGIA: O estudo é do tipo
bibliográfico, tranversal, através do levantamento dos casos de sífilis notificados e disponíveis na
plataforma do DataSUS, as informações inclusas nesta pesquisa foram observadas através do boletim
epidemiológico entre os anos de 2012 e 2022 sendo apresentadas tabelas de casos, prevalências e
regiões endêmicas. RESULTADOS: A série temporal entre 2012 e 2022 apresentou uma tendência
crescente da taxa de óbito 0,8 à 6,1/100.000 nascidos vivos. 53,6% das gestantes apresentava idade
entre 20-29 anos, raça parda e escolaridade entre 5ª-8ª série incompleta. O pré-natal foi realizado por
79,8% das mães; em 32,4% dos casos o diagnósticos ocorreu durante o pré-natal, no 2º trimestre de
gestação; a sífilis primária foi registrada em 31,5% dos casos. Ainda há números elevados de testes
diagnósticos não realizados no pré-natal. O tratamento foi inadequado em 52% das gestantes. No que
diz respeito aos parceiros, 52% destes não foram tratados. O estudo demonstrou que entre 2012 e 2022
houveram 44 óbitos nos recém nascidos. CONCLUSÃO: Há uma maior prevalência da sífilis em
mulheres de baixa escolaridade. Os parceiros sexuais também devem ser examinados e tratados, se
necessário, para evitar a reinfecção. O pré-natal foi feito na maioria das mulheres presentes na
pesquisa.
DOI: 10.55811/jocec2023/20167
Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
INTRODUÇÃO: A pré-eclâmpsia é uma complicação séria que pode ocorrer durante a gravidez,
afetando a saúde da mãe e do feto. A pré-eclâmpsia é caracterizada por pressão arterial elevada e
danos aos órgãos, geralmente afetando o fígado e os rins. Essa condição costuma ocorrer após a 20ª
semana de gestação e pode representar um risco significativo para a saúde materna e fetal se não for
tratada adequadamente. Embora as causas exatas da pré-eclâmpsia ainda não sejam completamente
compreendidas, acredita-se que fatores genéticos, vasculares e imunológicos desempenhem um papel
importante no seu desenvolvimento. Essa patologia é a segunda causa direta de morte em países
desenvolvidos como em emergentes. OBJETIVOS: Reunir, sintetizar e reportar as informações
postas nos artigos referenciados com o intuito de obter um maior entendimento sobre o assunto. Além
disso, possui como objetivo, a utilização do artigo como meio de comunicação e de intercâmbio de
ideias entre os pesquisadores que estão atrelados a sua área de atuação. METODOLOGIA: O
referido trabalho foi dado por 5 estudantes de medicina da Faculdade Estácio de Canindé – IDOMED.
Foi feita uma revisão bibliográfica com 30 artigos, sendo todos publicados entre o período de 2017 e
2023. Os artigos foram pesquisados em inúmeras revistas científicas de alto cunho científico. Além
disso, o trabalho foi divido em 5 tópicos: conceitos, biomarcadores físicos, fisiopatologia,
medicamentos utilizados no tratamento e suplementação de cálcio na prevenção da pré-eclâmpsia.
RESULTADOS: A pré-eclâmpsia afeta 5-8% das gestações, com maior incidência em mulheres
primigestas, mais velhas, com histórico familiar de pré-eclâmpsia e com comorbidades. Avanços no
diagnóstico incluem a razão sFlt-1/PlGF. O tratamento envolve controle da pressão arterial, repouso,
suplementação de cálcio, medicamentos anti-hipertensivos e, em casos graves, indução do parto.
CONCLUSÃO: A revisão da literatura sobre pré-eclâmpsia revela informações valiosas sobre sua
epidemiologia, diagnóstico e manejo. A condição afeta uma porcentagem significativa de gestações e
foram identificados avanços no diagnóstico e estratégias de manejo. É crucial um diagnóstico precoce,
monitoramento adequado e intervenções eficazes para melhorar os resultados obstétricos. São
necessários mais estudos para avançar no conhecimento e desenvolver abordagens de tratamento e
prevenção mais eficazes.
DOI: 10.55811/jocec2023/20170
Revista de Pesquisas Básicas e Clínicas V. 1, Nº 2, 2023
INTRODUÇÃO: A hipertensão, quando instalada na gestação, caracteriza a gravidez como sendo “de
risco”. Essa condição insere a gestante em uma situação física de dupla fragilidade, resultante do
processo gestacional em si e da doença a ela sobreposta, levando-a à necessidade de assistência
profissional especializada, a fim de garantir o controle dos níveis pressóricos e, consequentemente,
desfechos positivos para mãe e bebê. OBJETIVOS: O objetivo desse trabalho foi reduzir os riscos
maternos e conseguir um bom resultado no tratamento da hipertensão gestacional.
METODOLOGIA: O referido trabalho foi dado por 5 acadêmicos de medicina da Faculdade Estácio
de Canindé - IDOMED. Para tal, foram feitas revisões bibliográficas com 28 artigos, sendo todos
publicados entre os anos de 2018 e 2023. Os artigos foram pesquisados em inúmeras revistas
científicas de alto cunho científico. A estrutura do trabalho foi dividido em 5 tópicos, introdução,
Fatores associados à hipertensão gestacional, fisiopatologia, diagnóstico, sintomas e tratamento.
RESULTADOS: O presente estudo consiste na coleta de informações a partir de artigos de caráter
científico. Foi possível observar fatores como idade, sendo a grande maioria com menos de 34 anos,
etnia, classe social e antecedentes familiares como hipertensão e Diabetes Mellitus. A pesquisa
também se baseia no cruzamento de informações relacionadas a fatores de estilo de vida como
obesidade, tabagismo, alcoolismo e históricos de gestações anteriores. CONCLUSÃO: Assim, diante
de uma problemática recorrente, este trabalho visa alertar os profissionais de saúde sobre a
importância de uma assistência de qualidade, que assegure o bem estar da mãe e do bebê.
DOI: 10.55811/jocec2023/20477