Direito Civil

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DIREITO CIVIL

RESPONSABILIDADE CIVIL
Prof. Thiago

 RC = indenização
Reparar prejuízo
que foi cometido
$$$
Pecúnia

- RC. Contratual
- RC. Extracontratual – multa (clausula penal) + indenização ($)
- RC. Objetiva
- RC. Subjetiva
1) conduta humana / 2) nexo de casualidade / 3) Prejuízo lesão 4) Culpa
Agente / objeto / vitima / dolo

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a
repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos
especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar,
por sua natureza, risco para os direitos de outrem.

1 ) Disposições gerais: RC é patrimonial; - (indenização=$) ato ilícito


(Conduta humana) (Culpa) – imperícia
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito
(nexo de causalidade) e causar dano a outrem(prejuízo), ainda que exclusivamente moral, comete ato
ilícito.

(Abuso de Direito) ou (Abuso de Poder)


Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede
manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons
costumes.

2 ) Elementos constitutivos:
a) Conduta humana: ato ilícito (arts. 186 e 187, CC)
b) Nexo de causalidade: sem nexo de causalidade não há responsabilidade;
 Excludentes do nexo de causalidade:
i ) culpa exclusiva da vítima;
ii ) culpa exclusiva de terceiro;
iii ) caso fortuito ou força maior;
c) Dano ou prejuízo: deve ser provado, nunca será presumido.
i ) dano material
- emergente = é o valor imediato da perda.
- lucro cessante = é aquilo que se deixa de ganhar.
ii ) dano moral
- lesão a um d. de personalidade;
- dano presumido.
iii ) dano estético: é diferente do dano moral e cumulável com este. Base legal:
Súmula 387, STJ.
iv ) dano moral coletivo: art. 6º, VI do CDC + art. 1º, IV da lei 7.347/85.
v ) danos sociais: lesões á sociedade, são conhecidos como danos difusos.
vi ) teoria da perda de uma chance: caso “SHOW DO MILHÃO” (Resp. 788.459
BA).
d) Culpa: engloba dolo e culpa em sentido estrito.
3 ) Responsabilidade civil por ato de terceiro
- arts. 932 e 933, CC
- Responsabilidade civil Objetiva.
4 ) Responsabilidade civil do Incapaz
- art. 928, CC
5 ) Responsabilidade do Dono ou Detentor de animal
- art. 936, CC
- Responsabilidade civil Objetiva
6 ) Responsabilidade civil do dono do prédio ou construção por sua ruína
- art. 937, CC
- art. 938, CC = objetos que caem da janela.
7 ) Cláusula de Não Indenizar

- Na responsabilidade civil é necessário a presença


obrigatória de três elementos: conduta humana /
nexo de causalidade / dano ou prejuízo. Este três
elementos formam a tríplice constituição da
reparação civil.
A doutrina classifica a responsabilidade civil em:
responsabilidade subjetiva, formada por: conduta
humana / nexo de causalidade / dano ou prejuízo e
culpa; e responsabilidade civil objetiva, formada por:
conduta humana / nexo de causalidade / dano ou
prejuízo.

“Na responsabilidade civil a culpa engloba Dolo e Culpa em sentido estrito”


Culpa = dolo e/ou culpa.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e
causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede
manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons
costumes.

R.C Subjetiva:
Conduta humana / nexo de causalidade / dano ou prejuízo / culpa
R.C Objetiva:
Conduta humana / nexo de causalidade / dano ou prejuízo.

Responsabilidade Civil

Obrigação de reparar: vínculo jurídico existente entre o credor (vitima) e o devedor


(pessoa que lesou o bem jurídico); o credor tem direito de exigir do devedor o cumpri-
mento da prestação; o devedor irá reparar o credor por meio do seu patrimônio.
Fontes da RC
1) Vontade humana;
2) vontade do Estado;

Tríade da RC
Art. 186, CC definição do ato ilícito
Art. 187, CC traz a Teoria do Abuso do Direito
Art. 927, CC. a ideia do legislador foi positivar uma consequência, a qual o devedor
está obrigado a reparar o dano causado.

Elementos da RC
1) conduta humana
2) nexo de causalidade
3) Dano prejuízo
4) смера

CONDUTA HUMANA

 “ato danoso” = conduta humana;


 São atos simples praticados pelo sujeito;
 Traduz um comportamento omisso ou comissivo.
 Conduta humana é marcada pela voluntariedade (vontade consiente do
agente).
 A conduta humana não é apenas um ilícito civil, há RC gerada por ato lícito.
CONDUTAS LÍCITAS QUE GERAM

1) Desapropriação: realizado pelo poder Público, no qual a propriedade será


retirada mediante indenização prévia e justa
2) Direito de passagem forçada: conforme dispõe o artigo 1285, CC
ESTRADA

Passagem
C

A D

 Não é necessário que a conduta humana seja ilícita.


Isto porque, atos lícitos também podem gerar dever de indenizar
1 – Desapropriação 3 – Estrito cumprimento do dever legal
2 – Estado de Necessidade 4 – Passagem Forçada
*****- Ato ilícito (conduta humana) é requisito obrigatório p/ gerar o dever de
indenizar?
RC - indenização / reparação civil / credor e devedor.
Credor – tem bem jurídico lesado --- direito de exigir ressarcimento
Devedor – sujeito que lesiona o bem jurídico de outrem --- dever de ressarcir $
(pecúnia) = patrimônio.

Base da RC – 186, 187 e 927 do CC

NEXO DE CAUSALIDADE

 Vínculo; liame; linha de conexão;


 Vincula a atividade do ofensor com o prejuízo que foi causado.

Conduta humana < nexo de causalidade > dano prejuízo


(ação/omissão)
Há 3 teorias que explicam a existência e a indispensabilidade do nexo de causalidade:
1) Teoria de equivalência das condições
 Está em desuso;
 Todos os atos antecedentes serão responsáveis pelo prejuízo;
2) Teoria da causalidade adequada
 Direito argentino;
 Nem todo ato (conduta) é a causa do dano/prejuízo.
 O antecedente fático deve respeitar duas premissas:
necessariamente/adequadamente} resultar o dano.
3) Teoria da causalidade direta e imediata
 Brasil
 Art. 403, CC;
Art. 403. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos só
incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato,
sem prejuízo do disposto na lei processual.
 Deve-se observar apenas a conduta que direta e indiretamente guardam
relação com o dano/prejuízo.

Dano/Prejuízo
Trata-se da lesão ao bem jurídico tutelado, podendo ser: material ou moral.

 Espécies
1) Patrimonial
2) Moral
a) Assédio sexual
b) Estético
 Poderá haver responsabilidade jurídica sem dano/prejuízo?
Não, pois é necessário que os elementos conduta humana, nexo de
causalidade e dano/prejuízo existam na situação. Afinal esses três elementos
são indispensáveis. Lembrando que o elemento culpa é facultativo, a
legislação que irá presumi-la.
 Poderá haver abuso de direito/poder sem dano/prejuízo?
Não, isso por que o abuso é um comportamento que imediata e diretamente
ocasionará uma lesão ao bem jurídico tutelado.

Requisitos do Dano

 Deve ser certo: não se pode indenizar hipotéticos (suposto, abstratos). O


prejuízo deve ser palpável.

Espécies:
a) Perda de uma chance: trata-se da probabilidade do prejuízo (ou seja, a
probabilidade do dano ser causado).
Exemplo: Show do milhão (Resp. 788459/MG).
Maratonista;
Advogado que perde prazo;
b) Dano emergente: deno efeito e imediato experimentado pela vítima;
c) Lucros cessantes: trata-se da redução de ganhos ou impedimento de lucros
(frustação da expectativa de lucrar);
Dano Social = danos difusos
São condutas socialmente reprováveis; lesões experimentadas pela sociedade.
Exemplos: jogar papel no chão; soltar balões;

 Flávio Tartuce: os danos sociais são danos difusos e as indenizações não serão
destinadas às vítimas;
*consumidor
*meio ambiente
Representam a função social da responsabilidade civil.
Exemplos: *greve abusiva dos metroviários
*lotérica no RS = “toto bola”
Danos morais coletivos
São prejuízos que impactam a coletividade (grupo de pessoas).
Exemplos: acidente ambiental
*Brumadinho
*Mariana

 Art. 927, caput, CC


Responsabilidade Civil Subjetiva
 Art. 927, parag. Único, CC
Responsabilidade Civil Objetiva  * casos especificados por lei: - arts. 12, 13 e
14 CDC

Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o


importador respondem, independentemente da existência de
culpa(objetiva), pela reparação dos danos causados aos consumidores por
defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas,
manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como
por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos.

Art. 13. O comerciante é igualmente responsável, nos termos do artigo anterior,


quando:
I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não puderem ser
identificados;
II - o produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante, produtor,
construtor ou importador;
III - não conservar adequadamente os produtos perecíveis.

Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência


de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos
relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou
inadequadas sobre sua fruição e riscos.
Dica: “independentemente da culpa ...”
- arts. 936, 937, 938 CC

Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não
provar culpa da vítima ou força maior. (Subjetiva)
Art. 937. O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de sua
ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta.
Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente
das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido.
Art. 928, CC
Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis
não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes.
Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser eqüitativa, não terá lugar
se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem.

- Incapazes; 18 – plenamente capaz / <16 anos – relativamente capaz / ébrios /


pródigos / A.Q.E.V.C.T.P / tóxicos / indígenas – FUNAI.
- Responsáveis;
* indenização não poderá afetar a subsistência;
Art. 932, CC
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia;
II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições;
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do
trabalho que lhes competir, ou em razão dele;
IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro,
mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos;
V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente quantia.

- pais: filhos menores


- tutor e curador: pupilos e curatelados
- empregador ou comitente (ADM): empregados, serviçais e prepostos (representa a
empresa em audiência)
- donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos (albergue); direito do
consumidor
- partícipe: crimes
+ art. 933, CC
Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que não haja
culpa de sua parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos.

Art. 934, CC
Art. 934. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele por
quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz.

- Direito de Regresso

Art. 936, CC
Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da
vítima ou força maior.

- dono ou detentor
- culpa da vítima
- força maior - natureza
Art. 937, CC
Art. 937. O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de sua ruína, se esta
provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta.

- dono do edifício
- ruína
- falta de reparo manifesta
Art. 938, CC
Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele
caírem ou forem lançadas em lugar indevido.

- Quem habita prédio


- coisa que caírem ou forem lançadas
Art. 939, CC
Art. 939. O credor que demandar o devedor antes de vencida a dívida, fora dos casos em que a lei o
permita, ficará obrigado a esperar o tempo que faltava para o vencimento, a descontar os juros
correspondentes, embora estipulados, e a pagar as custas em dobro.

- credor que cobra dívida antes do vencimento


Art. 940, CC
Art. 940. Aquele que demandar por dívida já paga, no todo ou em parte, sem ressalvar as quantias
recebidas ou pedir mais do que for devido, ficará obrigado a pagar ao devedor, no primeiro caso, o
dobro do que houver cobrado e, no segundo, o equivalente do que dele exigir, salvo se houver
prescrição.

- dívida já paga
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ADVOGADO

 Vínculo contratual estabelecido entre cliente e advogado;


 Trata-se de uma obrigação de meio;
 Advogado:
A) Dever de informação
B) Sigilo profissional
 Art. 14 do CDC = §4º (Profissionais liberais)

 Responsabilidade civil subjetiva;


- parte final
Apuração da culpa
RESPONSABILIDADE CIVIL DA ADMIISTRAÇÃO PÚBLICA

 R.C Estado;
 Administração Pública  Direta
 Indireta
 Art. 37, §6º = R.C Objetiva
 Direito de regresso
RESPONSABILIDADE CIVIL NA ÁREA DA SAÚDE
1) Termo de consentimento
 Declaração firmada pelo paciente;
 Fundamentação: art. 15, CC
Proteção aos direitos de personalidade do paciente
 Será pautado: boa fé
 Ciência dos riscos + consequências
É a exteriorização do dever de informação  médico deve cumprir!

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