Criminalistica

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CRIMINALÍSTICA

Criminalística: Definição, Histórico,


Postulado e Princípios Fundamentais

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
CRIMINALÍSTICA
Criminalística: Definição, Histórico, Postulado e Princípios Fundamentais
Manoel Machado

Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Criminalística: Definição, Histórico, Postulado e Princípios Fundamentais..................................4
1. Introdução.........................................................................................................................................................................4
1.1. Criminalística no Brasil..........................................................................................................................................4
2. Conceitos de Criminalística.. ..................................................................................................................................5
3. Objetivos e Princípios da Criminalística.........................................................................................................7
3.1. Princípios Científicos da Criminalística.......................................................................................................7
3.2. Princípios Fundamentais da Perícia Criminalística. .............................................................................8
4. Principais Áreas da Criminalística Forense............................................................................................... 10
Resumo.................................................................................................................................................................................12
Questões de Concurso.................................................................................................................................................15
Gabarito...............................................................................................................................................................................22
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................23

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Criminalística: Definição, Histórico, Postulado e Princípios Fundamentais
Manoel Machado

Apresentação
Fala, guerreira(o)!!
Como está a preparação? Vai me dizer que esse não era o concurso dos seus sonhos? Mas
você chegou até aqui e independente de sua resposta, se seu objetivo for a preparação de qua-
lidade, te garanto que está lendo a apresentação de um curso que irá mudar sua visão sobre a
Criminalística. E é sobre essa área que quero conversar com você.
Um primeiro ponto, é bem verdade que alguns assuntos foram vistos durante sua gradua-
ção ou pós, em um nível de profundidade e abordagem bastante diferente do que é visto em
provas de concursos. Um segundo ponto, você provavelmente pode estar se queixando de que
não se lembra da maioria dos assuntos já vistos, sobretudo se for para resolver questões. E
ainda um terceiro ponto diz respeito a você que nunca nem viu nem ouviu sobre essa área do
conhecimento. Bom, em todos os casos o ponto chave para o estudo de concursos são as
questões! Com a correta seleção de questões você conseguirá amplificar seu desempenho de
uma forma muito rápida, aumentando seus acertos e entendendo seus erros.
Não quero te convencer a estudar por qualquer método de estudo em específico. Sobre
isso, você deve descobrir o que funciona para você! Meu objetivo guerreiro (a), é que você
tenha um poderoso material em mãos. Os meus PDFs do Gran Cursos Online trabalham com
uma seleção de tópicos de assuntos direcionados ao perfil das questões utilizadas pelas maio-
res bancas da área no país. A parte teórica do assunto é discorrida de forma a te conduzir a
aprender o suficiente para cada tópico. Em alguns casos, para evitar um texto demasiado ex-
tenso, um tópico ou outro sobre o conteúdo pode ser tratado diretamente nos comentários de
questões. E olha elas novamente?
Aqui, você encontrará uma seleção de questões cuidadosamente escolhidas e todas co-
mentadas de acordo com o perfil das bancas. Não é uma seleção aleatória de questões sobre
o assunto! Não mesmo! É uma escolha sistematizada e com método! O que eu estou falando
aqui é da oportunidade de ter um estudo dirigido e com apoio de teoria. Esse é o meu trabalho:
DISSECAR um conjunto de questões selecionadas com método, produzir um perfil do tipo de
cobrança dos tópicos daquele conjunto de questões, estruturar e escrever uma aula autossufi-
ciente com teoria e questões comentadas! Como se não bastasse, estou praticamente todo o
tempo disponível no fórum de dúvidas. Te convido a experimentar esse método de preparação.
Professor Manoel Machado
@prof.manoelmachado

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Criminalística: Definição, Histórico, Postulado e Princípios Fundamentais
Manoel Machado

CRIMINALÍSTICA: DEFINIÇÃO, HISTÓRICO, POSTULADO


E PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
1. Introdução
A Criminalística é considerada uma ciência nascida da Medicina Legal, uma vez que em
épocas passadas o médico era pessoa de notório saber, sendo sempre consultado, inclusive
nos assuntos relacionados a elucidação de crimes. No século XIX era a medicina legal que
tratava da pesquisa, da busca e da demonstração de elementos relacionados com a materiali-
dade do crime. Com os avanços dos diversos ramos das ciências, como a Química, a Biologia
e a Física, houve a necessidade de uma maior especialização, o que fez com que outros profis-
sionais passassem a ser consultados.
Desse modo, surge a necessidade da criação de uma nova disciplina para a pesquisa, aná-
lise e interpretação de vestígios encontrados em locais de crimes. Nasce assim a Criminalís-
tica, uma ciência independente que vem dar apoio à polícia e a justiça, tendo como objetivo o
esclarecimento de casos criminais.
A ciência da Criminalística tem como uma das suas finalidades, dar a materialidade do
fato típico descrito nas leis penais. Podemos dizer que ela se utiliza de outras ciências para
poder realizar seu mister, que é extrair informações de qualquer vestígio encontrado em local
de infração penal que propiciem a obtenção de conclusões acerca do fato ocorrido, reconsti-
tuindo-se os gestos do agente da infração e, se possível, identificando-o.
Muitos estudiosos da matéria, durante o desenrolar das pesquisas técnico-científicas, com
a finalidade de personalizar essa nova disciplina, utilizaram as mais variadas denominações,
tais como: antropologia criminal, psicologia criminal, polícia técnica, policiologia, polícia crimi-
nal, técnica policial, polícia judiciária, criminalística e polícia científica.
A Criminalística como conhecemos teria seu início quando Hans Gross, no final do século XIX,
propôs que os métodos da Ciência moderna fossem utilizados para solucionar casos criminais.
Hans Gross foi um jurista e criminalista austríaco, criador da estratégia de perfil criminal,
técnica utilizada para identificar possíveis suspeitos e para ligar crimes que podem ter sidos
cometidos pela mesma pessoa. Foi, inclusive, Gross quem utilizou o termo Criminalística, em
1893, para designar o sistema de métodos científicos utilizados pela polícia em investigações
criminais. Seus estudos e técnicas foram importantes para a criação do primeiro Instituto de
Polícia Científica, na Universidade de Lausanne, na França.

1.1. Criminalística no Brasil


A Criminalística Brasileira teve suas origens em São Paulo durante o século XX, com as
conferências proferidas pelo então diretor da Universidade de Lausanne, Rodolph Atchibal Re-
íss. Estas palestras deram substrato para a criação da Delegacia de Técnica Policial, em 1924,
órgão que se desenvolveu rapidamente até transformar-se no Instituto de Criminalística, a par-
tir de uma estrutura delineada na Superintendência de Polícia Técnico-Científica, graças aos
esforços conjugados pelos Peritos e do governador Mário Covas.
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Esta entidade maior, que reúne Peritos Criminais e Médicos Legistas, consagra a criação
de órgãos com a atribuição de fornecer à Justiça Criminal os necessários elementos para a
formação do conhecimento das Autoridades Judiciárias, de modo a lhes possibilitar a condi-
ção de exercerem as suas atividades Jurisdicionais.
Em 1947 na cidade de São Paulo, aconteceu o Primeiro Congresso Brasileiro de Polícia Téc-
nica onde nasceu, no Brasil, o conceito de Criminalística. Conceito abrangente que traduzido
para o português é até hoje amplamente utilizado, pois bem define essa ciência ou disciplina.
Aliás, essa é a diferença que existe e que perdura sendo vista apenas de maneira didática
de autor para autor. Para uns ela, a Criminalística, é uma ciência enquanto para outros é uma
disciplina, ou seja, uma parte, uma divisão da ciência. Não importa, pois, saindo disso, ela ca-
minha como qualquer ramo da ciência. Com metodologia, sistematização de procedimentos e
técnicas semelhantes. Peritos nos países ditos desenvolvidos têm introduzido novos métodos
e, hoje peritos brasileiros pesquisam temas e métodos específicos com ênfase forense fazen-
do isso com grande sucesso.

2. Conceitos de Criminalística
No I Congresso Nacional de Polícia Técnica, realizando em 1961, foi aprovada a seguinte
definição de Criminalística:

É a disciplina que tem por objetivo o reconhecimento e interpretação dos indícios materiais extrín-
secos, relativos ao crime ou a identidade do criminoso.

Em 1961, o professor Porto ao analisar os aspectos subjetivos e objetivos da Crimina-


lística, dá às atividades policiais respectivas, as denominações de polícia Empírica e polícia
Técnica. Enquanto a primeira se vale dos conhecimentos do investigador, da sua habilidade, da
sua experiência, do seu tato, da sua inteligência, do seu esforço pessoal da sua atividade, das
suas relações sociais, a segunda vive dentro dos laboratórios especializados, usa do trabalho
paciente, pertinaz, contínuo e exaustivo dos peritos, ou seja, dos técnicos.
Entretanto, é indispensável para o bom êxito das investigações, que elas estejam em am-
bos os setores comandadas por uma direção única, que deve ser o delegado, pois é a ele que
cumprirá determinar as diretrizes gerais a serem seguidas. No Rio Grande do Sul, um dos mais
geniais peritos brasileiros, o Dr. Eraldo Rabello assim definiu a Criminalística:

É uma disciplina autônoma integrada pelos diferentes ramos do conhecimento técnico-científico,


auxiliar e informativo das atividades policiais e judiciárias da investigação criminal.

Na atual conjuntura, duas definições simples e concisas encontram-se conceitua-


das a seguir:

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Criminalística é a ciência que analisa sistematicamente os aspectos materiais do ilícito


penal, visando, numa síntese de indícios, elucidar o delito e indicar a sua autoria. Ou, ainda:
Criminalística é o conjunto de conhecimentos que estuda o crime e as circunstâncias por ele
produzido, tendo por finalidade produzir a prova material.
Por prova material entende-se o conjunto de elementos necessários a elucidação do de-
lito, sem deixar dúvidas da maneira de como ocorreu. Prova Pericial é a prova material após
analisada.
Um quadro resumo com definições apresentadas por diferentes estudiosos históricos que
costuma ser cobrado em prova é apresentado abaixo:

Disciplina que tem por objetivo o


reconhecimento e interpretação dos indícios
materiais extrínsecos, relativos ao crime ou
JOSÉ DEL PICCHIA (1947) à identidade do criminoso. Os exames dos
vestígios intrínsecos (na pessoa) são da alçada da
Medicina Legal

Criminalística é o estudo da fenomenologia


do crime e dos métodos práticos de
HANS GROSS (1893) sua investigação; Considerado PAI DA
CRIMINALÍSTICA

Disciplina autônoma, integrada pelos diferentes


ramos do conhecimento técnico-científico,
auxiliar e informativa das atividades policiais
e judiciárias de investigação criminal, tendo
ERALDO RABELLO por objeto o estudo dos vestígios materiais
extrínsecos à pessoa física, no que tiver de útil
à elucidação e à prova das infrações penais e,
ainda, à identificação dos autores respectivos

Publicou em Roma uma obra intitulada


PAOLO ZACHIAS “Questões Médico Legais”, conquistando assim o
título de PAI DA MEDICINA LEGAL

A Criminalística constituiu o conjunto de


conhecimentos científicos, técnicos, artísticos
etc., destinados à apreciação, interpretação
e descrição escrita dos elementos de ordem
JOSÉ LOPES ZARZUELA material encontrados no local do fato, no
(1995) instrumento de crime e na peça de exame,
de modo a relacionar uma ou mais pessoas
envolvidas em um evento, às circunstâncias que
deram margem a uma ocorrência, de presumível
ou de evidente interesse judiciário.

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3. Objetivos e Princípios da Criminalística


A Criminalística é uma ciência que apresenta os seguintes objetivos:
a) dar a materialidade do fato típico, constatando a ocorrência do ilícito penal;
b) verificar os meios e os modos como foi praticado um delito, visando fornecer a dinâmica
do fenômeno;
c) indicar a autoria do delito, quando possível;
d) elaborar a prova técnica, através da indiciologia material.

3.1. Princípios Científicos da Criminalística


Um dos métodos de pesquisa, tanto da Criminalística como dos demais ramos da ciência,
parte dos efeitos para se chegar às causas. Assim, aprende o profissional a trabalhar os fenô-
menos ao inverso, ou seja, do fim para o início. Mesmo porque, uma vez o fenômeno ocorrido,
na maioria das vezes, não há como repeti-lo. É necessário então, descobrir analisar e conhecer
os vestígios relacionados com as causas para se chegar a estas. É necessário conhecer os
princípios que levam a essas conclusões, ou seja, às conclusões relacionadas como o co-
nhecimento do fenômeno em questão. É preciso conhecer e reconhecer as marcas deixadas
pela ocorrência dos fenômenos para traçar a sua dinâmica, para entender o seu mecanismo e
chegar à sua causa.
Assim é possível esclarecer um fenômeno a partir do diagnóstico dos seus vestígios. A
Criminalística se comporta dentro desses princípios, pois ela se constitui das ciências natu-
rais. Podemos dizer que são princípios científicos nos quais a Criminalística se baseia para a
maioria de suas conclusões. Dentre eles:
a) Princípio da Identidade – não existem duas coisas ou fatos iguais. Cada uma com suas
particularidades são diferentes, conforme a citação:

Uma cousa, um corpo, um ente, só pode ser igual a si mesmo.

De acordo com esse princípio não existem duas coisas ou dois fenômenos iguais, e as-
sim sendo, não acontecem dois crimes da mesma maneira, com os mesmos instrumentos, e
nas mesmas circunstâncias. Consequentemente dois crimes mesmo parecidos, não podem
ser vistos pela mesma ótica. Não podem ser apurados da mesma forma. Podem sim, serem
aplicados os mesmos métodos e as mesmas técnicas, mas os resultados com certeza serão
diferentes.
b) Princípio da Universalidade – as técnicas usadas em Criminalística são de conheci-
mento e aplicação universal. Para conhecimento, as técnicas e os métodos usados aqui no
Brasil são as mesmas usadas nos outros países, conforme alinhamento com a comunidade
científica internacional. De acordo com esse princípio, a ciência comporta-se como sistema

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uniforme em toda comunidade científica. Assim, não se iludam, pois a criminalística como tal,
não pode improvisar. Pode criar técnicas e métodos, mas deve fazer o que tem que ser feito
com base nesses princípios e conhecimentos, de maneira que toda inovação deve ser testada
assim como qualquer experimento científico. Para ter credibilidade é preciso passar pelo crivo
da ciência e dos cientistas. Assim as técnicas usadas aqui devem ser as mesmas usadas em
qualquer lugar do mundo. Num mesmo tipo de experimento, os resultados alcançados por um
cientista devem ser os mesmos alcançados por outros cientistas. Um mesmo tipo de exame
num mesmo material os resultados alcançados por um perito, devem ser os mesmos alcança-
dos por outros peritos. Por isso uma boa bibliografia deve ser consultada e citada em todos os
laudos periciais, no que diz respeito a citações menos conhecidas.
c) Princípio da Intercomunicabilidade – ninguém entra em um local sem levar para ele as
marcas da sua presença e, nem sai sem levar sobre si, marcas deste local. O princípio da in-
tercomunicabilidade, diz respeito a fenômenos relacionados ao dia a dia do cidadão, pois seu
procedimento é pautado por causas e consequências. Não se faz nada sem que os vestígios
fiquem gravados, impressos, tanto na pessoa que faz, como no local em que o ato foi pratica-
do. É impossível isso não acontecer. Por mais que o homem tente desfazer os seus rastros, o
que faz na verdade é produzir outros rastros.
Diante disso, constatam-se duas conclusões no mundo da Criminalística, onde primeiro
que o local uma vez não protegido, não resguardado, perde sua originalidade, dificultando a in-
terpretação dos vestígios originais. É a chamada violação do local do crime, que traz na maio-
ria das vezes, consequências danosas ao esclarecimento dos crimes cujos vestígios originais
são violados. Em segundo, que criminalística como ciência precisa ser pautada por métodos
e conhecimentos específicos, ter disponíveis, tecnologias e equipamentos específicos e sufi-
cientes para fazer o reconhecimento e a interpretação desses vestígios. Para assim fazer sua
relação do criminoso com o crime.
Com base nesse princípio, o legislador quando estabeleceu a necessidade de preservar o
local do crime o fez com muita sabedoria, e conhecimento de como a ciência se comporta.
De como o próprio homem se comporta. Como deve se comportar a investigação para que a
apuração do crime não leve a resultados desastrosos. Ademais, esse princípio representa sem
dúvida o comportamento dos fenômenos e baseado nele o diagnóstico de um, pode lançar luz
sobre outro. Isso não significa de maneira alguma que um fenômeno seja igual a outro, mas
que de um conhecimento se deduz outro conhecimento. Baseado em uma das afirmações do
postulado, infere-se outra.

3.2. Princípios Fundamentais da Perícia Criminalística


Em Criminalística, além dos princípios científicos citados, podemos destacar 5 princípios
que são postulados como “Princípios Fundamentais da Perícia Criminalística”. Esses princí-
pios fundamentais, segundo assevera Stumvoll, referem-se a observação, análise, interpreta-
ção, descrição e documentação da prova, descritos à seguir:

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I – Princípio da Observação: segundo Locard, “todo vestígio, deixa uma marca”. O autor
discorre sobre esse princípio enfatizando que em locais de crime praticamente são inexisten-
tes ações que não resultem em marcas, não deixando de mencionar também a própria evolu-
ção da ciência para detectar esses vestígios e micro vestígios.
II – Princípio da Análise: a análise pericial deve sempre seguir o método científico, defi-
nindo a forma como o fato delituoso ocorreu, ainda que em teoria. Para tal, deve-se utilizar-se
da análise, coleta de dados (os vestígios e indícios) para encontrar respostas que corroborem
com o desenvolvimento do crime ocorrido, através de hipóteses que sejam coerentes, ou seja,
“que comprovem através do método científico, a materialidade do fato”.
III – Princípio da Interpretação: dois objetos podem ser indistinguíveis, mas nunca idênti-
cos, sendo que o ato de interpretar um local de crime através da análise de vestígios e indícios,
de acordo com Espíndula, “é o resultado final que se busca na criminalística”.
IV – Princípio da Descrição: o resultado de um exame pericial é constante com relação ao
tempo e deve ser exposto de forma ética e dentro das normas jurídicas. Os resultados de aná-
lise pericial devem ser embasados em princípios científicos, que não devem ser descritos no
laudo sem a devida clareza e lógica.
V – Princípio da Documentação: toda amostra deve ser devidamente documentada, desde
a sua origem no local do delito criminoso até sua análise e descrição final. Dentro deste princí-
pio temos o conceito de Cadeia de Custódia da prova material, extremamente importante para
a construção da fidelidade das provas dispostas no local de crime, “evitando a consideração de
provas forjadas, para provocar incriminação ou inocência de alguém”.
A investigação criminal deverá sempre ser realizada com rigor científico, obedecendo todo
o concurso da Criminalística, utilizando-se de raciocínio lógico, embasamento científico e se-
guindo os conceitos da legalidade, pois à luz da Justiça, a Criminalística também é instrumen-
to que gera argumentos para prova contundente para encontrar os infratores.
Importante acompanharmos sua evolução, as novas propostas, mais robustas, confiáveis,
mas sem ignorar aquilo que já é eficaz. Podemos citar por exemplo, toda a evolução das análi-
ses de DNA que tivemos ao longo dos últimos 25 anos versus a análise de fenômenos cadavé-
ricos, que salvo condições específicas, seguem um comportamento já conhecido. Para deixar
um ponto de reflexão sobre o tema, apresento uma citação do Stumvoll, autor da 7ª Edição do
livro Criminalística da editora Milennium.

A perícia criminalística é independente do tempo: principalmente sabendo-se que a verdade é imu-


tável em relação ao tempo decorrido. (STUMVOLL, 2019)

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4. Principais Áreas da Criminalística Forense


Química Forense

É ramo da Química que se ocupa da investigação forense no campo da química especia-


lizada, a fim de atender aspectos de interesse judiciário, atendendo basicamente as áreas de
estudos da Criminalística e da Medicina Forense. A mais recente contribuição da química para
o trabalho forense veio com as técnicas de perfilamento de DNA. Este método tem a capacida-
de de identificar uma pessoa através da codificação genética.

Laboratórios Forenses

A possibilidade da observação do universo microscópico, através de equipamentos eletrô-


nicos, forneceu ao pesquisador da área forense laboratorial uma inestimável contribuição para
avaliação e análise de vestígios encontrados em locais de ocorrências de delitos.

Balística Forense

A Balística Forense é uma parte da Física/Química aplicada à Criminalística que estuda as


armas de fogo, sua munição e os efeitos dos disparos (trajetória, os meios que atravessam)
por elas produzidos, sempre que tiverem uma relação direta ou indireta com infrações penais,
visando esclarecer e provar sua ocorrência. Pode ser dividida em balística interna, externa e de
ferimentos, onde cada uma possui seu referencial de estudo.

Datiloscopia

Datiloscopia ou papiloscopia é o processo de identificação humana por meio das impres-


sões digitais, normalmente utilizado para fins judiciários. Esta área do conhecimento estuda
as papilas dérmicas (saliências da pele) existentes na palma das mãos e na planta dos pés,
também conhecida como o estudo das impressões digitais.

Hematologia Forense

Estudo do sangue, objetivando colher prova criminal, é parte da medicina legal que estuda
todos os aspectos do sangue e dos órgãos hematopoiéticos, isto é, relativos à formação e de-
senvolvimento das células sanguíneas, com a finalidade de colher prova criminal.

Entomologia Forense

A Entomologia Forense é a ciência determinada a estudar insetos de diversas ordens em


procedimentos legais, em destaque para os pertencentes as ordens díptera e Coleóptero. Os
conhecimentos entomológicos podem servir de auxílio para revelar o modo e a localização da

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morte do indivíduo, além de estimar o tempo de morte ou intervalo pós-morte. O conhecimento


da fauna de insetos, o seu habitat, biologia e comportamento, podem determinar inclusive o
local onde a morte ocorreu.

Cronotanatognose

Cronotanatognose é a denominação dada ao diagnóstico cronológico da morte, ou seja,


ao espaço de tempo verificado em diversas fases do cadáver culminando com o momento em
que se verificou o óbito. Abaixo são descritos com mais detalhes algumas das mais usuais
metodologias aplicadas para o cálculo do tempo de óbito na área médico-legal por meio de
características inerentes às mudanças sofridas pelo corpo após a morte.

Tanatologia Forense

É o estudo científico da morte. Ele investiga os mecanismos e aspectos forenses da morte,


tais como mudanças corporais que a acompanham e o período após a morte, bem como os
aspectos sociais mais amplos relacionados a ela. É principalmente um estudo interdisciplinar
oferecido como um curso de estudo em várias faculdades e universidades.

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RESUMO
A Criminalística é considerada uma ciência nascida da Medicina Legal, uma vez que em
épocas passadas o médico era pessoa de notório saber, sendo sempre consultado, inclusive
nos assuntos relacionados a elucidação de crimes.
A Criminalística como conhecemos teria seu início quando Hans Gross, no final do sécu-
lo XIX, propôs que os métodos da Ciência moderna fossem utilizados para solucionar casos
criminais. Foi, inclusive, Gross quem utilizou o termo Criminalística, em 1893, para designar o
sistema de métodos científicos utilizados pela polícia em investigações criminais.
Um quadro resumo com definições apresentadas por diferentes estudiosos históricos que
costuma ser cobrado em prova é apresentado abaixo:

Disciplina que tem por objetivo o reconhecimento


e interpretação dos indícios materiais extrínsecos,
JOSÉ DEL PICCHIA (1947) relativos ao crime ou à identidade do criminoso. Os
exames dos vestígios intrínsecos (na pessoa) são da
alçada da Medicina Legal

Criminalística é o estudo da fenomenologia do


HANS GROSS (1893) crime e dos métodos práticos de sua investigação;
Considerado PAI DA CRIMINALÍSTICA

Disciplina autônoma, integrada pelos diferentes


ramos do conhecimento técnico-científico, auxiliar
e informativa das atividades policiais e judiciárias
de investigação criminal, tendo por objeto o estudo
ERALDO RABELLO dos vestígios materiais extrínsecos à pessoa física,
no que tiver de útil à elucidação e à prova das
infrações penais e, ainda, à identificação dos autores
respectivos

Publicou em Roma uma obra intitulada “Questões


PAOLO ZACHIAS Médico Legais”, conquistando assim o título de PAI
DA MEDICINA LEGAL

A Criminalística constituiu o conjunto de


conhecimentos científicos, técnicos, artísticos
etc., destinados à apreciação, interpretação e
descrição escrita dos elementos de ordem material
JOSÉ LOPES ZARZUELA encontrados no local do fato, no instrumento de
(1995) crime e na peça de exame, de modo a relacionar
uma ou mais pessoas envolvidas em um evento, às
circunstâncias que deram margem a uma ocorrência,
de presumível ou de evidente interesse judiciário.

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A Criminalística é uma ciência que apresenta os seguintes objetivos:


a) dar a materialidade do fato típico, constatando a ocorrência do ilícito penal;
b) verificar os meios e os modos como foi praticado um delito, visando fornecer a dinâmica
do fenômeno;
c) indicar a autoria do delito, quando possível;
d) elaborar a prova técnica, através da indiciologia material.
Podemos dizer que são princípios científicos nos quais a Criminalística se baseia para a
maioria de suas conclusões. Dentre eles:
Princípio da Identidade – não existem duas coisas ou fatos iguais. Cada uma com suas
particularidades são diferentes, conforme a citação:

Uma cousa, um corpo, um ente, só pode ser igual a si mesmo.

Princípio da Universalidade – as técnicas usadas em Criminalística são de conhecimento


e aplicação universal. Para conhecimento, as técnicas e os métodos usados aqui no Brasil são
as mesmas usadas nos outros países, conforme alinhamento com a comunidade científica
internacional.
Princípio da Intercomunicabilidade – ninguém entra em um local sem levar para ele as
marcas da sua presença e, nem sai sem levar sobre si, marcas deste local.
Princípios fundamentais, segundo assevera Stumvoll, referem-se a observação, análise, in-
terpretação, descrição e documentação da prova, descritos à seguir:
I – Princípio da Observação: segundo Locard, “todo vestígio, deixa uma marca”. O autor
discorre sobre esse princípio enfatizando que em locais de crime praticamente são inexisten-
tes ações que não resultem em marcas, não deixando de mencionar também a própria evolu-
ção da ciência para detectar esses vestígios e micro vestígios.
II – Princípio da Análise: a análise pericial deve sempre seguir o método científico, defi-
nindo a forma como o fato delituoso ocorreu, ainda que em teoria. Para tal, deve-se utilizar-se
da análise, coleta de dados (os vestígios e indícios) para encontrar respostas que corroborem
com o desenvolvimento do crime ocorrido, através de hipóteses que sejam coerentes, ou seja,
“que comprovem através do método científico, a materialidade do fato”.
III – Princípio da Interpretação: dois objetos podem ser indistinguíveis, mas nunca idênti-
cos, sendo que o ato de interpretar um local de crime através da análise de vestígios e indícios,
de acordo com Espíndula, “é o resultado final que se busca na criminalística”.
IV – Princípio da Descrição: o resultado de um exame pericial é constante com relação ao
tempo e deve ser exposto de forma ética e dentro das normas jurídicas. Os resultados de aná-
lise pericial devem ser embasados em princípios científicos, que não devem ser descritos no
laudo sem a devida clareza e lógica.

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Criminalística: Definição, Histórico, Postulado e Princípios Fundamentais
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V – Princípio da Documentação: toda amostra deve ser devidamente documentada, desde


a sua origem no local do delito criminoso até sua análise e descrição final. Dentro deste princí-
pio temos o conceito de Cadeia de Custódia da prova material, extremamente importante para
a construção da fidelidade das provas dispostas no local de crime, “evitando a consideração de
provas forjadas, para provocar incriminação ou inocência de alguém”.

A perícia criminalística é independente do tempo: principalmente sabendo-se que a verdade é imu-


tável em relação ao tempo decorrido. (STUMVOLL, 2019)

Principais Áreas da Criminalística Forense

Química Forense: É ramo da Química que se ocupa da investigação forense no campo da


química especializada.
Laboratórios Forenses: observação do universo microscópico, através de equipamentos
eletrônicos.
Balística Forense: parte da Física/Química aplicada à Criminalística que estuda as armas
de fogo, sua munição e os efeitos dos disparos (trajetória, os meios que atravessam) por elas
produzidos,
Datiloscopia: processo de identificação humana por meio das impressões digitais, normal-
mente utilizado para fins judiciários.
Hematologia Forense: estudo do sangue, objetivando colher prova criminal.
Entomologia Forense: ciência determinada a estudar insetos de diversas ordens em proce-
dimentos legais, em destaque para os pertencentes as ordens díptera e Coleóptero.
Cronotanatognose: denominação dada ao diagnóstico cronológico da morte, ou seja, ao
espaço de tempo verificado em diversas fases do cadáver culminando com o momento em
que se verificou o óbito.

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Criminalística: Definição, Histórico, Postulado e Princípios Fundamentais
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (INSTITUTO AOCP/2021/ITEP-RN/ASSISTENTE TÉCNICO FORENSE) Um dos nomes
mais conhecidos dos estudiosos da Criminalística é o de Hans Grossm, isso porque ele
a) afirmou que “todo contato deixa uma marca”, fundando um dos princípios da criminalística.
b) demonstrou que “o tempo que passa é a verdade que foge”, urgindo para uma investigação
rápida e breve.
c) fundou a “Escola de Polícia Científica” em Roma, edificando as bases da criminalísti-
ca moderna.
d) cunhou o termo “Criminalística” em um livro que reúne conhecimentos de várias ciências e
disciplinas.
e) teve Edmond Locard por discípulo e fundamentou os conhecimentos científicos aplicados à
investigação criminal.

002. (IADES/2019/PC-DF/PERITO CRIMINAL/MODIFICADA) A Criminalística é a ciência so-


bre a qual se apoia a prova pericial. Com base nos ramos mais diversos do conhecimento
científico, a Criminalística atua no sentido de reconstruir um fato do passado, mas sempre com
uma característica singular: o lastro da cientificidade.
Com base nos conhecimentos relacionados à Criminalística, julgue o item abaixo
O uso do conhecimento científico para a produção da prova é anterior ao século 19. Entretanto,
a sistematização da matéria ocorreu apenas em meados do século 20, com Edmond Locard,
após a publicação do respectivo livro Criminal Investigation, que foi traduzido para o português
como Manual para Juízes de Instrução. O livro tinha a finalidade de mostrar a aplicação da ci-
ência na investigação criminal, facilitando, assim, o trabalho dos juízes no processo decisório.

003. (IADES/2019/PC-DF/PERITO CRIMINAL/MODIFICADA) Em relação aos cinco Princí-


pios da Criminalística, julgue a assertiva abaixo.
Princípio da Observação: tem base na célebre frase de Edmond Locard, o Sherlock Holmes da
França: “Todo contato deixa uma marca”. Apesar de haver uma grande quantidade de ações
que não resultem em marcas de provas e de que a evolução e pesquisa no instrumental cien-
tífico não são capazes de detectar vestígios ou microvestígios, o(a) perito(a) criminal deve
embasar-se na observação e no empirismo para realizar os respectivos exames periciais, con-
centrando ali os próprios esforços.

004. (FUNIVERSA/2015/PC-DF/PERITO MÉDICO-LEGISTA/MODIFICADA) Com relação aos


postulados e princípios da criminalística, julgue a afirmação abaixo:
O conteúdo de um laudo pericial criminalístico pode sofrer variações conforme o perito crimi-
nal que o produzir.

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005. (FUNIVERSA/2015/SEGPLAN-GO/PERITO CRIMINAL/MODIFICADA) A criminalística,


como uma disciplina que tem por objetivo o reconhecimento e a interpretação dos indícios
materiais extrínsecos relativos ao crime ou à identidade do criminoso, está diretamente rela-
cionada à preservação do local do crime. Considerando essa informação, julgue o item abaixo.
O principal objetivo na preservação de um local de crime é evitar o maior número de alterações
possíveis, não movendo ou retirando objetos, bem como não adicionando elementos que não
estavam presentes originalmente no local; a inobservância dos procedimentos adequados de
preservação invalida, obrigatoriamente, o local examinado como prova material a ser utilizada
pelo Poder Judiciário.

006. (IESES/2014/IGP-SC/AUXILIAR PERICIAL/LABORATÓRIO/MODIFICADA) A Crimina-


lística é um sistema de métodos científicos utilizados pela polícia e pelas investigações poli-
ciais É um dos objetivos da Criminalística:
O reconhecimento e a interpretação dos indícios materiais extrínsecas, relativos ao crime ou à
identidade do criminoso é um dos objetivos da criminalística

007. (IADES/2019/PC-DF/PERITO CRIMINAL/MODIFICADA) A Criminalística é a ciência so-


bre a qual se apoia a prova pericial. Com base nos ramos mais diversos do conhecimento
científico, a Criminalística atua no sentido de reconstruir um fato do passado, mas sempre com
uma característica singular: o lastro da cientificidade.
Com base nos conhecimentos relacionados à Criminalística, julgue o item abaixo:
“Todo contato deixa uma marca”. Com essa afirmação, o austríaco Hans Gross apresentou
para a comunidade científica o que ficou conhecido como princípio da troca, que até os dias de
hoje serve como orientação para o trabalho pericial nos locais de crime.

008. (IADES/2019/PC-DF/PERITO CRIMINAL/MODIFICADA) Em relação aos cinco Princí-


pios da Criminalística, julgue a assertiva abaixo.
Princípio da Análise: “A análise pericial nem sempre deve seguir o método científico”. A perícia
empírica visa a determinar uma das tantas possibilidades de como o fato ocorreu. O (A) peri-
to(a) criminal deve realizar uma coleta de dados que permita o estabelecimento de conjecturas
a respeito de como se desenvolveu o fato, formulando quaisquer hipóteses sobre ele.

009. (FUNIVERSA/2015/PC-DF/PERITO MÉDICO-LEGISTA/MODIFICADA) Com relação aos


postulados e princípios da criminalística, julgue a afirmação abaixo:
Será mais precisa será a conclusão da perícia, quanto mais rápidos e mais modernos forem os
meios utilizados pelo perito.

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010. (FUNIVERSA/2015/SEGPLAN-GO/PERITO CRIMINAL/MODIFICADA) A criminalística,


como uma disciplina que tem por objetivo o reconhecimento e a interpretação dos indícios
materiais extrínsecos relativos ao crime ou à identidade do criminoso, está diretamente rela-
cionada à preservação do local do crime. Considerando essa informação, julgue o item abaixo.
O objeto de estudo da criminalística são os vestígios materiais encontrados na cena do crime,
cabendo ao perito criminal demonstrar técnica e materialmente a existência do fato delituoso,
reconstruir o local, a cena do fato em apuração e identificar a vítima; não cabendo a ele a iden-
tificação de autores e coautores, mesmo que seja possível a demonstração material por meio
de provas técnico-científicas do grau de participação de cada um deles.

011. (IESES/2014/IGP-SC/AUXILIAR PERICIAL/LABORATÓRIO/MODIFICADA) A Crimina-


lística é um sistema de métodos científicos utilizados pela polícia e pelas investigações poli-
ciais. Sobre os objetivos da Criminalística, julgue o item abaixo:
Auxiliar e informar as atividades policiais e judiciárias de investigação criminal.

012. (IADES/2019/PC-DF/PERITO CRIMINAL/MODIFICADA) A Criminalística é a ciência so-


bre a qual se apoia a prova pericial. Com base nos ramos mais diversos do conhecimento
científico, a Criminalística atua no sentido de reconstruir um fato do passado, mas sempre com
uma característica singular: o lastro da cientificidade.
Com base nos conhecimentos relacionados à Criminalística, julgue o item abaixo:
A Criminalística surge nas universidades, portanto, em um contexto totalmente diferente do
ambiente policial. Entretanto, em 1910, surge, em Lyon, na França, o primeiro laboratório fo-
rense dentro da estrutura organizacional da polícia, graças ao trabalho de Hans Gross. A ex-
periência se mostrou bem-sucedida, uma vez que a prova pericial passou a ser produzida por
profissionais que viviam a realidade da polícia, e, em pouco tempo, outros departamentos de
polícia levaram para o interior das próprias organizações os laboratórios forenses e os respec-
tivos especialistas.

013. (IADES/2019/PC-DF/PERITO CRIMINAL/MODIFICADA) Em relação aos cinco Princí-


pios da Criminalística, julgue a assertiva abaixo.
Princípio da Interpretação (ou Princípio da Individualidade): “Dois objetos indistinguíveis são
sempre idênticos”. Esse princípio preconiza que a identificação deve ser sempre enquadrada
em um único grau – identificação genérica. Os exames periciais deverão sempre alcançar esse
grau a fim de se permitir a individualização.

014. (FUNIVERSA/2015/PC-DF/PERITO MÉDICO-LEGISTA/MODIFICADA) Com relação aos


postulados e princípios da criminalística, julgue a afirmação abaixo:
Todo contato deixa uma marca conforme o princípio da descrição.

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015. (FUNIVERSA/2015/SEGPLAN-GO/PERITO CRIMINAL/MODIFICADA) A criminalística,


como uma disciplina que tem por objetivo o reconhecimento e a interpretação dos indícios
materiais extrínsecos relativos ao crime ou à identidade do criminoso, está diretamente rela-
cionada à preservação do local do crime. Considerando essa informação, julgue o item abaixo.
Várias são as causas responsáveis pelas alterações das características dos vestígios, que
podem ocorrer na forma de contaminações, mudanças químicas, alterações de formas, remo-
ções de partes ou adição de características estranhas; essas causas podem ser divididas em
naturais, acidentais e propositais.

016. (IESES/2014/IGP-SC/AUXILIAR PERICIAL/LABORATÓRIO/MODIFICADA) A Crimina-


lística é um sistema de métodos científicos utilizados pela polícia e pelas investigações poli-
ciais. É um dos objetivos da Criminalística:
Interpretar os elementos que conduzam à identificação do promotor do evento.

017. (IADES/2019/PC-DF/PERITO CRIMINAL/MODIFICADA) A Criminalística é a ciência so-


bre a qual se apoia a prova pericial. Com base nos ramos mais diversos do conhecimento
científico, a Criminalística atua no sentido de reconstruir um fato do passado, mas sempre com
uma característica singular: o lastro da cientificidade.
Com base nos conhecimentos relacionados à Criminalística, julgue o item abaixo:
Após consolidação da Criminalística como ciência, novos saberes foram desenvolvidos,
e, com base nesses saberes, surgiram outras ciências, como a sociologia, a psicologia e a
criminologia.

018. (IADES/2019/PC-DF/PERITO CRIMINAL/MODIFICADA) Em relação aos cinco Princí-


pios da Criminalística, julgue a assertiva abaixo.
Princípio da Documentação: “Toda amostra deve ser documentada, desde seu nascimento no
local de crime até sua análise e descrição final, de forma a se estabelecer um histórico com-
pleto e fiel de sua origem”. Esse princípio tem base na Cadeia de Custódia da prova material e
visa a proteger a fidelidade desta, evitando a consideração de provas forjadas.

019. (FUNIVERSA/2015/PC-DF/PERITO MÉDICO-LEGISTA/MODIFICADA) Com relação aos


postulados e princípios da criminalística, julgue a afirmação abaixo:
A análise pericial deve sempre seguir o método científico.

020. (FUNIVERSA/2015/SEGPLAN-GO/PERITO CRIMINAL/MODIFICADA) A criminalística,


como uma disciplina que tem por objetivo o reconhecimento e a interpretação dos indícios
materiais extrínsecos relativos ao crime ou à identidade do criminoso, está diretamente rela-
cionada à preservação do local do crime. Considerando essa informação, julgue o item abaixo.
A autoridade policial, ao tomar conhecimento de uma infração penal, deve tomar medidas no
sentido de preservar o corpo de delito, acionando de imediato a equipe de perícia externa para
esse objetivo.

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021. (IESES/2014/IGP-SC/AUXILIAR PERICIAL/LABORATÓRIO/MODIFICADA) A Crimina-


lística é um sistema de métodos científicos utilizados pela polícia e pelas investigações poli-
ciais. É um dos objetivos da Criminalística:
Realizar exames de vestígios intrínsecos (na pessoa), relativos ao crime

022. (IADES/2019/PC-DF/PERITO CRIMINAL/MODIFICADA) A Criminalística é a ciência so-


bre a qual se apoia a prova pericial. Com base nos ramos mais diversos do conhecimento
científico, a Criminalística atua no sentido de reconstruir um fato do passado, mas sempre com
uma característica singular: o lastro da cientificidade.
Com base nos conhecimentos relacionados à Criminalística, julgue o item abaixo:
O perito criminal é o profissional que utiliza o próprio conhecimento científico para produzir a
prova pericial, que deve ser imparcial e isenta de vícios. Por apresentar essas características,
a prova pericial possui a propriedade da transversalidade, ou seja, trata-se de um elemento
utilizado não somente na fase do inquérito policial, mas também na fase processual da perse-
cução penal.

023. (IADES/2019/PC-DF/PERITO CRIMINAL/MODIFICADA) Em relação aos cinco Princí-


pios da Criminalística, julgue a assertiva abaixo.
Princípio da Descrição: “O resultado de um exame pericial nem sempre é constante com re-
lação ao tempo e deve ser exposto em linguagem técnica”. A linguagem do Laudo de Perícia
Criminal deve atender aos usos e costumes da linguagem técnica referente à área de perícia.
Caso o usuário do Laudo não tenha formação suficiente ou não consiga interpretar a peça téc-
nica, caberá a ele adquirir a formação adequada, pois o (a) perito(a) criminal não deve colocar
notas de rodapé ou fazer uso de qualquer outra ferramenta linguística e redacional para expli-
car termos técnicos ou partes do Laudo que, porventura, sejam de difícil interpretação.

024. (FADESP/2019/CPC-RENATO CHAVES/PERITO CRIMINAL/ENGENHARIA CIVIL) O


conceito de criminalística como disciplina autônoma, integrada pelos diferentes ramos do co-
nhecimento técnico-científico, auxiliar e informativa das atividades policiais e judiciárias de in-
vestigação criminal, que tem por objeto o estudo dos vestígios materiais extrínsecos à pessoa
física, no que tiver de útil à elucidação e à prova das infrações penais e, ainda, à identificação
dos autores respectivos. Esse conceito foi definido por
a) José Del Picchia.
b) Hans Gross.
c) Eraldo Rabello.
d) Paolo Zachias.
e) José Lopes Zarzuela.

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025. (INSTITUTO AOCP/2018/ITEP-RN/AGENTE TÉCNICO FORENSE) Historicamente, a


Criminalística recebeu muitos nomes sinonímicos, como Polícia Técnica, Policiologia e Ciência
Policial. Porém começou a prevalecer o nome “criminalística” após ter sido o termo cunhado por
a) Oscar Freire.
b) Paul L. Kirk.
c) Edmond Locard.
d) Hans Gross.
e) Gilberto Porto.

026. (INSTITUTO AOCP/2018/ITEP-RN/AGENTE DE NECRÓPSIA) A Criminalística pode ser


definida como
a) uma disciplina autônoma, integrada pelos diferentes ramos do conhecimento técnico-cientí-
fico, auxiliar e informativa das atividades policiais e judiciárias de investigação criminal, tendo
por objeto o estudo dos vestígios materiais extrínsecos à pessoa física, no que tiver de útil à
elucidação e à prova das infrações penais e, ainda, à identificação dos autores respectivos.
b) a parte da jurisprudência que tem por objeto o estabelecimento de regras que dirigem a con-
duta do perito e na forma que lhe cumpre dar às suas declarações verbais ou escritas.
c) o conjunto de conhecimentos médicos e paramédicos destinados a servir ao Direito, coo-
perando na elaboração, na interpretação e na execução dos dispositivos legais, no campo de
ação da ciência aplicada.
d) o ramo das ciências que se ocupa em elucidar as questões da administração da justiça civil
e criminal que podem ser resolvidas somente à luz dos conhecimentos médicos.
e) a área do direito penal que se ocupa da doutrina criminal envolvida na elucidação material
do fato, sendo prescindível à elucidação de crimes que deixam vestígios e regida por leis jurídi-
cas e ritos processuais rígidos e imutáveis e cujos resultados e apontamentos são de origem
empírica, ambígua e inextricável.

027. (FUNDATEC/2017/IGP-RS/TÉCNICO EM PERÍCIAS) Na criminalística, existe um princí-


pio o qual postula que “todo contato deixa uma marca”. A quem pertence essa teoria?
a) Edmond Locard.
b) Hans Gross.
c) Erik Jacquin.
d) Domingos Tocchetto.
e) Teori Zavascki.

028. (FUNIVERSA/2015/PC-DF/PERITO MÉDICO-LEGISTA/MODIFICADA) Com relação aos


postulados e princípios da criminalística, julgue a afirmação abaixo:
Dois objetos podem ser indistinguíveis, mas nunca idênticos conforme o princípio da análise.

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029. (FUNIVERSA/2015/SEGPLAN-GO/PERITO CRIMINAL/MODIFICADA) A criminalística,


como uma disciplina que tem por objetivo o reconhecimento e a interpretação dos indícios
materiais extrínsecos relativos ao crime ou à identidade do criminoso, está diretamente rela-
cionada à preservação do local do crime. Considerando essa informação, julgue o item abaixo.
O vestígio é definido, no Código de Processo Penal Brasileiro, como a circunstância conhecida
e provada que, tendo relação com o fato, autorize, por indução, concluir-se a existência de ou-
tra ou outras circunstâncias.

030. (VUNESP/2014/PC-SP/AUXILIAR DE NECROPSIA) Criminalística pode ser definida


como um conjunto de conhecimentos oriundos de várias ciências que permitem
a) antecipar, logicamente, futuros eventos criminosos.
b) localizar eventos futuros de forma preditiva.
c) descobrir crimes e seus respectivos autores.
d) preventivamente ocupar espaços voltados à macrocriminalidade.
e) informar as atividades de polícia preventiva.

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GABARITO
1. d
2. E
3. E
4. E
5. E
6. C
7. E
8. E
9. E
10. E
11. C
12. E
13. E
14. E
15. C
16. C
17. E
18. C
19. C
20. E
21. E
22. C
23. E
24. c
25. d
26. a
27. a
28. E
29. E
30. c

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GABARITO COMENTADO
001. (INSTITUTO AOCP/2021/ITEP-RN/ASSISTENTE TÉCNICO FORENSE) Um dos nomes
mais conhecidos dos estudiosos da Criminalística é o de Hans Grossm, isso porque ele
a) afirmou que “todo contato deixa uma marca”, fundando um dos princípios da criminalística.
b) demonstrou que “o tempo que passa é a verdade que foge”, urgindo para uma investigação
rápida e breve.
c) fundou a “Escola de Polícia Científica” em Roma, edificando as bases da criminalísti-
ca moderna.
d) cunhou o termo “Criminalística” em um livro que reúne conhecimentos de várias ciências e
disciplinas.
e) teve Edmond Locard por discípulo e fundamentou os conhecimentos científicos aplicados à
investigação criminal.

Hans Gross foi um jurista e criminalista austríaco, criador da estratégia de perfil criminal, téc-
nica utilizada para identificar possíveis suspeitos e para ligar crimes que podem ter sidos co-
metidos pela mesma pessoa. Foi, inclusive, Gross quem utilizou o termo Criminalística, em
1893, para designar o sistema de métodos científicos utilizados pela polícia em investigações
criminais. Seus estudos e técnicas foram importantes para a criação do primeiro Instituto de
Polícia Científica, na Universidade de Lausanne, na França.
Letra d.

002. (IADES/2019/PC-DF/PERITO CRIMINAL/MODIFICADA) A Criminalística é a ciência so-


bre a qual se apoia a prova pericial. Com base nos ramos mais diversos do conhecimento
científico, a Criminalística atua no sentido de reconstruir um fato do passado, mas sempre com
uma característica singular: o lastro da cientificidade.
Com base nos conhecimentos relacionados à Criminalística, julgue o item abaixo
O uso do conhecimento científico para a produção da prova é anterior ao século 19. Entretanto,
a sistematização da matéria ocorreu apenas em meados do século 20, com Edmond Locard,
após a publicação do respectivo livro Criminal Investigation, que foi traduzido para o português
como Manual para Juízes de Instrução. O livro tinha a finalidade de mostrar a aplicação da ci-
ência na investigação criminal, facilitando, assim, o trabalho dos juízes no processo decisório.

Essa obra foi publicada na verdade por Hans Gross, considerado o Pai da Criminalística. Ed-
mond Locard, por sua vez, formulou o princípio básico de ciência forense: “Todo contato deixa
uma marca”, que ficou conhecido como o princípio de Troca de Locard.
Errado.

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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

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003. (IADES/2019/PC-DF/PERITO CRIMINAL/MODIFICADA) Em relação aos cinco Princí-


pios da Criminalística, julgue a assertiva abaixo.
Princípio da Observação: tem base na célebre frase de Edmond Locard, o Sherlock Holmes da
França: “Todo contato deixa uma marca”. Apesar de haver uma grande quantidade de ações
que não resultem em marcas de provas e de que a evolução e pesquisa no instrumental cien-
tífico não são capazes de detectar vestígios ou microvestígios, o(a) perito(a) criminal deve
embasar-se na observação e no empirismo para realizar os respectivos exames periciais, con-
centrando ali os próprios esforços.

Princípio da Observação, também conhecido como Princípio de Locard, o vestígio, como toda
matéria, é ponderável e, portanto, cabe ao perito criminal reportar-se ao que vê (visum et reper-
tum). No entanto, o trecho que afirma

(...) apesar de haver uma grande quantidade de ações que não resultem em marcas de provas e
de que a evolução e pesquisa no instrumental científico não são capazes de detectar vestígios ou
microvestígios.

Está em desacordo com o princípio, segundo o qual, ainda, todo contato deixa uma marca,
podendo essa marca ser detectada nos vestígios ou mesmo microvestígios presentes no local
do crimes e seus objetos.
Errado.

004. (FUNIVERSA/2015/PC-DF/PERITO MÉDICO-LEGISTA/MODIFICADA) Com relação aos


postulados e princípios da criminalística, julgue a afirmação abaixo:
O conteúdo de um laudo pericial criminalístico pode sofrer variações conforme o perito crimi-
nal que o produzir.

Por cauda da natureza científica dos métodos utilizados na criminalística, deduz-se de um dos
seus postulados que o conteúdo de um laudo pericial criminalístico é invariante com relação
ao perito que o produziu.
Errado.

005. (FUNIVERSA/2015/SEGPLAN-GO/PERITO CRIMINAL/MODIFICADA) A criminalística,


como uma disciplina que tem por objetivo o reconhecimento e a interpretação dos indícios
materiais extrínsecos relativos ao crime ou à identidade do criminoso, está diretamente rela-
cionada à preservação do local do crime. Considerando essa informação, julgue o item abaixo.
O principal objetivo na preservação de um local de crime é evitar o maior número de alterações
possíveis, não movendo ou retirando objetos, bem como não adicionando elementos que não

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

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estavam presentes originalmente no local; a inobservância dos procedimentos adequados de


preservação invalida, obrigatoriamente, o local examinado como prova material a ser utilizada
pelo Poder Judiciário.

A preservação do local do crime é requisito essencial para que um exame pericial tenha a capa-
cidade de demonstrar com exatidão a dinâmica dos fatos e eventualmente apontar o autor do
delito. Entretanto, um local não preservado não necessariamente invalida a prova advinda dele,
desde que o perito constate as alterações e descreva do laudo suas implicações.
Errado.

006. (IESES/2014/IGP-SC/AUXILIAR PERICIAL/LABORATÓRIO/MODIFICADA) A Crimina-


lística é um sistema de métodos científicos utilizados pela polícia e pelas investigações poli-
ciais É um dos objetivos da Criminalística:
O reconhecimento e a interpretação dos indícios materiais extrínsecas, relativos ao crime ou à
identidade do criminoso é um dos objetivos da criminalística

São objetivos da Criminalística:


a) dar a materialidade do fato típico, constatando a ocorrência do ilícito penal;
b) verificar os meios e os modos como foi praticado um delito, visando fornecer a dinâmica do
fenômeno;
c) indicar a autoria do delito, quando possível;
d) elaborar a prova técnica, através da indiciologia material.
Certo.

007. (IADES/2019/PC-DF/PERITO CRIMINAL/MODIFICADA) A Criminalística é a ciência so-


bre a qual se apoia a prova pericial. Com base nos ramos mais diversos do conhecimento
científico, a Criminalística atua no sentido de reconstruir um fato do passado, mas sempre com
uma característica singular: o lastro da cientificidade.
Com base nos conhecimentos relacionados à Criminalística, julgue o item abaixo:
“Todo contato deixa uma marca”. Com essa afirmação, o austríaco Hans Gross apresentou
para a comunidade científica o que ficou conhecido como princípio da troca, que até os dias de
hoje serve como orientação para o trabalho pericial nos locais de crime.

Essa afirmação, na verdade, é atribuída a Edmond Locard, quando da formulação do princípio


básico de ciência forense: “Todo contato deixa uma marca”, que ficou conhecido como o prin-
cípio de Troca de Locard.
Errado.
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Criminalística: Definição, Histórico, Postulado e Princípios Fundamentais
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008. (IADES/2019/PC-DF/PERITO CRIMINAL/MODIFICADA) Em relação aos cinco Princí-


pios da Criminalística, julgue a assertiva abaixo.
Princípio da Análise: “A análise pericial nem sempre deve seguir o método científico”. A perícia
empírica visa a determinar uma das tantas possibilidades de como o fato ocorreu. O (A) peri-
to(a) criminal deve realizar uma coleta de dados que permita o estabelecimento de conjecturas
a respeito de como se desenvolveu o fato, formulando quaisquer hipóteses sobre ele.

O Princípio da Análise, trata da metodologia científica envolvida nos trabalhos forenses: “A


análise pericial deve sempre seguir o método científico”. O perito não deve formular quaisquer
hipóteses, mas somente as verificáveis pelo método científico.
Errado.

009. (FUNIVERSA/2015/PC-DF/PERITO MÉDICO-LEGISTA/MODIFICADA) Com relação aos


postulados e princípios da criminalística, julgue a afirmação abaixo:
Será mais precisa será a conclusão da perícia, quanto mais rápidos e mais modernos forem os
meios utilizados pelo perito.

Na verdade, a precisão de uma conclusão pericial não tem relação com a rapidez dos meios e
sim com a preservação do objeto e o rigor científico aplicado.
Errado.

010. (FUNIVERSA/2015/SEGPLAN-GO/PERITO CRIMINAL/MODIFICADA) A criminalística,


como uma disciplina que tem por objetivo o reconhecimento e a interpretação dos indícios
materiais extrínsecos relativos ao crime ou à identidade do criminoso, está diretamente rela-
cionada à preservação do local do crime. Considerando essa informação, julgue o item abaixo.
O objeto de estudo da criminalística são os vestígios materiais encontrados na cena do crime,
cabendo ao perito criminal demonstrar técnica e materialmente a existência do fato delituoso,
reconstruir o local, a cena do fato em apuração e identificar a vítima; não cabendo a ele a iden-
tificação de autores e coautores, mesmo que seja possível a demonstração material por meio
de provas técnico-científicas do grau de participação de cada um deles.

São objetivos da Criminalística: dar a materialidade do fato típico, constatando a ocorrência


do ilícito penal; verificar os meios e os modos como foi praticado um delito, visando fornecer
a dinâmica do fenômeno; indicar a autoria do delito, quando possível; elaborar a prova técnica,
através da indiciologia material. Dessa forma, está equivocada a questão quanto ao trecho “...
não cabendo a ele a identificação de autores e coautores, mesmo que seja possível a demons-
tração material por meio de provas técnico-científicas”
Errado.

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011. (IESES/2014/IGP-SC/AUXILIAR PERICIAL/LABORATÓRIO/MODIFICADA) A Crimina-


lística é um sistema de métodos científicos utilizados pela polícia e pelas investigações poli-
ciais. Sobre os objetivos da Criminalística, julgue o item abaixo:
Auxiliar e informar as atividades policiais e judiciárias de investigação criminal.

São objetivos da Criminalística: dar a materialidade do fato típico, constatando a ocorrência


do ilícito penal; verificar os meios e os modos como foi praticado um delito, visando fornecer
a dinâmica do fenômeno; indicar a autoria do delito, quando possível; elaborar a prova técnica,
através da indiciologia material. Estas atividades são fundamentais para o auxílio das ativida-
des policiais e judiciais.
Certo.

012. (IADES/2019/PC-DF/PERITO CRIMINAL/MODIFICADA) A Criminalística é a ciência so-


bre a qual se apoia a prova pericial. Com base nos ramos mais diversos do conhecimento
científico, a Criminalística atua no sentido de reconstruir um fato do passado, mas sempre com
uma característica singular: o lastro da cientificidade.
Com base nos conhecimentos relacionados à Criminalística, julgue o item abaixo:
A Criminalística surge nas universidades, portanto, em um contexto totalmente diferente do
ambiente policial. Entretanto, em 1910, surge, em Lyon, na França, o primeiro laboratório fo-
rense dentro da estrutura organizacional da polícia, graças ao trabalho de Hans Gross. A ex-
periência se mostrou bem-sucedida, uma vez que a prova pericial passou a ser produzida por
profissionais que viviam a realidade da polícia, e, em pouco tempo, outros departamentos de
polícia levaram para o interior das próprias organizações os laboratórios forenses e os respec-
tivos especialistas.

O equívoco da questão foi atribuir a Hans Gross o feito de Edmond Locard.


Errado.

013. (IADES/2019/PC-DF/PERITO CRIMINAL/MODIFICADA) Em relação aos cinco Princí-


pios da Criminalística, julgue a assertiva abaixo.
Princípio da Interpretação (ou Princípio da Individualidade): “Dois objetos indistinguíveis são
sempre idênticos”. Esse princípio preconiza que a identificação deve ser sempre enquadrada
em um único grau – identificação genérica. Os exames periciais deverão sempre alcançar esse
grau a fim de se permitir a individualização.

Este princípio, também chamado de “Princípio da Individualidade”, preconiza que a identifica-


ção deve ser sempre enquadrada em três graus, ou sejam: a identificação genérica, a especí-
fica e a individual, sendo que os exames periciais deverão sempre alcançar este último grau.
Errado.

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014. (FUNIVERSA/2015/PC-DF/PERITO MÉDICO-LEGISTA/MODIFICADA) Com relação aos


postulados e princípios da criminalística, julgue a afirmação abaixo:
Todo contato deixa uma marca conforme o princípio da descrição.

Esse é o princípio da observação ou da troca de Locard.


Errado.

015. (FUNIVERSA/2015/SEGPLAN-GO/PERITO CRIMINAL/MODIFICADA) A criminalística,


como uma disciplina que tem por objetivo o reconhecimento e a interpretação dos indícios
materiais extrínsecos relativos ao crime ou à identidade do criminoso, está diretamente rela-
cionada à preservação do local do crime. Considerando essa informação, julgue o item abaixo.
Várias são as causas responsáveis pelas alterações das características dos vestígios, que
podem ocorrer na forma de contaminações, mudanças químicas, alterações de formas, remo-
ções de partes ou adição de características estranhas; essas causas podem ser divididas em
naturais, acidentais e propositais.

As alterações de um local de crime e os objetos contidos nele podem ocorrer de forma natural,
como uma chuva que arrasta o sangue de um vítima em local aberto; de forma acidental, por
exemplo quando uma pessoa desinformada entra em uma cena do crime deixando uma pe-
gada que não tem relação com a dinâmica dos fatos; de forma proposital, quando o objetivo é
alterar a cena para confundir ou desviar a atenção dos peritos.
Certo.

016. (IESES/2014/IGP-SC/AUXILIAR PERICIAL/LABORATÓRIO/MODIFICADA) A Crimina-


lística é um sistema de métodos científicos utilizados pela polícia e pelas investigações poli-
ciais. É um dos objetivos da Criminalística:
Interpretar os elementos que conduzam à identificação do promotor do evento.

São objetivos da Criminalística: dar a materialidade do fato típico, constatando a ocorrência


do ilícito penal; verificar os meios e os modos como foi praticado um delito, visando fornecer
a dinâmica do fenômeno; indicar a autoria do delito, quando possível; elaborar a prova técnica,
através da indiciologia material.
Certo.

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017. (IADES/2019/PC-DF/PERITO CRIMINAL/MODIFICADA) A Criminalística é a ciência so-


bre a qual se apoia a prova pericial. Com base nos ramos mais diversos do conhecimento
científico, a Criminalística atua no sentido de reconstruir um fato do passado, mas sempre com
uma característica singular: o lastro da cientificidade.
Com base nos conhecimentos relacionados à Criminalística, julgue o item abaixo:
Após consolidação da Criminalística como ciência, novos saberes foram desenvolvidos,
e, com base nesses saberes, surgiram outras ciências, como a sociologia, a psicologia e a
criminologia.

A sociologia, psicologia e criminologia são ciências independentes e muito mais antigas que a
criminalísticas, não sendo correto afirmar que aquelas surgiram desta.
Errado.

018. (IADES/2019/PC-DF/PERITO CRIMINAL/MODIFICADA) Em relação aos cinco Princí-


pios da Criminalística, julgue a assertiva abaixo.
Princípio da Documentação: “Toda amostra deve ser documentada, desde seu nascimento no
local de crime até sua análise e descrição final, de forma a se estabelecer um histórico com-
pleto e fiel de sua origem”. Esse princípio tem base na Cadeia de Custódia da prova material e
visa a proteger a fidelidade desta, evitando a consideração de provas forjadas.

A questão está completamente correta! A cadeia de custódia é uma previsão legal da preser-
vação de um vestígio durante todo o seu percurso, desde a sua preservação no local de crime,
até seu descarte após a finalização do processo penal.
Certo.

019. (FUNIVERSA/2015/PC-DF/PERITO MÉDICO-LEGISTA/MODIFICADA) Com relação aos


postulados e princípios da criminalística, julgue a afirmação abaixo:
A análise pericial deve sempre seguir o método científico.

Princípio da Análise afirma que toda a análise pericial deve sempre seguir o método científico.
Certo.

020. (FUNIVERSA/2015/SEGPLAN-GO/PERITO CRIMINAL/MODIFICADA) A criminalística,


como uma disciplina que tem por objetivo o reconhecimento e a interpretação dos indícios
materiais extrínsecos relativos ao crime ou à identidade do criminoso, está diretamente rela-
cionada à preservação do local do crime. Considerando essa informação, julgue o item abaixo.
A autoridade policial, ao tomar conhecimento de uma infração penal, deve tomar medidas no
sentido de preservar o corpo de delito, acionando de imediato a equipe de perícia externa para
esse objetivo.
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Criminalística: Definição, Histórico, Postulado e Princípios Fundamentais
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Esta questão envolve conhecimento do código de processo penal, que afirma em seu Art. 6º, I,

Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá dirigir-se ao
local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada
dos peritos criminais.

A autoridade policial quem deverá providenciar que não se altere o estado das coisas.
Errado.

021. (IESES/2014/IGP-SC/AUXILIAR PERICIAL/LABORATÓRIO/MODIFICADA) A Crimina-


lística é um sistema de métodos científicos utilizados pela polícia e pelas investigações poli-
ciais. É um dos objetivos da Criminalística:
Realizar exames de vestígios intrínsecos (na pessoa), relativos ao crime

A realização do exame de vestígios intrínsecos, na pessoa, é de domínio da medicina legal,


com o Perito Médico-legal, que se distingue do Perito Criminal.
Errado.

022. (IADES/2019/PC-DF/PERITO CRIMINAL/MODIFICADA) A Criminalística é a ciência so-


bre a qual se apoia a prova pericial. Com base nos ramos mais diversos do conhecimento
científico, a Criminalística atua no sentido de reconstruir um fato do passado, mas sempre com
uma característica singular: o lastro da cientificidade.
Com base nos conhecimentos relacionados à Criminalística, julgue o item abaixo:
O perito criminal é o profissional que utiliza o próprio conhecimento científico para produzir a pro-
va pericial, que deve ser imparcial e isenta de vícios. Por apresentar essas características, a prova
pericial possui a propriedade da transversalidade, ou seja, trata-se de um elemento utilizado não
somente na fase do inquérito policial, mas também na fase processual da persecução penal.

A questão está correta pois a prova técnica pericial é utilizada durante todo o processo e em
qualquer de suas fases.
Certo.

023. (IADES/2019/PC-DF/PERITO CRIMINAL/MODIFICADA) Em relação aos cinco Princí-


pios da Criminalística, julgue a assertiva abaixo.
Princípio da Descrição: “O resultado de um exame pericial nem sempre é constante com re-
lação ao tempo e deve ser exposto em linguagem técnica”. A linguagem do Laudo de Perícia
Criminal deve atender aos usos e costumes da linguagem técnica referente à área de perícia.
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Criminalística: Definição, Histórico, Postulado e Princípios Fundamentais
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Caso o usuário do Laudo não tenha formação suficiente ou não consiga interpretar a peça téc-
nica, caberá a ele adquirir a formação adequada, pois o (a) perito(a) criminal não deve colocar
notas de rodapé ou fazer uso de qualquer outra ferramenta linguística e redacional para expli-
car termos técnicos ou partes do Laudo que, porventura, sejam de difícil interpretação.

Pelo Princípio da Descrição:

O resultado de um exame pericial é constante com relação ao tempo e deve ser exposto em lingua-
gem ética e juridicamente perfeita.
Errado.

024. (FADESP/2019/CPC-RENATO CHAVES/PERITO CRIMINAL/ENGENHARIA CIVIL) O


conceito de criminalística como disciplina autônoma, integrada pelos diferentes ramos do co-
nhecimento técnico-científico, auxiliar e informativa das atividades policiais e judiciárias de in-
vestigação criminal, que tem por objeto o estudo dos vestígios materiais extrínsecos à pessoa
física, no que tiver de útil à elucidação e à prova das infrações penais e, ainda, à identificação
dos autores respectivos. Esse conceito foi definido por
a) José Del Picchia.
b) Hans Gross.
c) Eraldo Rabello.
d) Paolo Zachias.
e) José Lopes Zarzuela.

Para Eraldo Rebelo, a Criminalística:

É uma disciplina autônoma integrada pelos diferentes ramos do conhecimento técnico-científico,


auxiliar e informativo das atividades policiais e judiciárias da investigação criminal.
Letra c.

025. (INSTITUTO AOCP/2018/ITEP-RN/AGENTE TÉCNICO FORENSE) Historicamente, a


Criminalística recebeu muitos nomes sinonímicos, como Polícia Técnica, Policiologia e Ciência
Policial. Porém começou a prevalecer o nome “criminalística” após ter sido o termo cunhado por
a) Oscar Freire.
b) Paul L. Kirk.
c) Edmond Locard.
d) Hans Gross.
e) Gilberto Porto.

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Hans Gross foi um jurista e criminalista austríaco, criador da estratégia de perfil criminal, téc-
nica utilizada para identificar possíveis suspeitos e para ligar crimes que podem ter sidos co-
metidos pela mesma pessoa. Foi, inclusive, Gross quem utilizou o termo Criminalística, em
1893, para designar o sistema de métodos científicos utilizados pela polícia em investigações
criminais. Seus estudos e técnicas foram importantes para a criação do primeiro Instituto de
Polícia Científica, na Universidade de Lausanne, na França.
Letra d.

026. (INSTITUTO AOCP/2018/ITEP-RN/AGENTE DE NECRÓPSIA) A Criminalística pode ser


definida como
a) uma disciplina autônoma, integrada pelos diferentes ramos do conhecimento técnico-cientí-
fico, auxiliar e informativa das atividades policiais e judiciárias de investigação criminal, tendo
por objeto o estudo dos vestígios materiais extrínsecos à pessoa física, no que tiver de útil à
elucidação e à prova das infrações penais e, ainda, à identificação dos autores respectivos.
b) a parte da jurisprudência que tem por objeto o estabelecimento de regras que dirigem a con-
duta do perito e na forma que lhe cumpre dar às suas declarações verbais ou escritas.
c) o conjunto de conhecimentos médicos e paramédicos destinados a servir ao Direito, coo-
perando na elaboração, na interpretação e na execução dos dispositivos legais, no campo de
ação da ciência aplicada.
d) o ramo das ciências que se ocupa em elucidar as questões da administração da justiça civil
e criminal que podem ser resolvidas somente à luz dos conhecimentos médicos.
e) a área do direito penal que se ocupa da doutrina criminal envolvida na elucidação material
do fato, sendo prescindível à elucidação de crimes que deixam vestígios e regida por leis jurídi-
cas e ritos processuais rígidos e imutáveis e cujos resultados e apontamentos são de origem
empírica, ambígua e inextricável.

Apesar do conceito de Criminalística variar de autor, para autor, a única alternativa que traz
um desses conceitos é a letra A. Vejamos o que diz o professor Eraldo Rabelo sobre a Cri-
minalística:

É uma disciplina autônoma integrada pelos diferentes ramos do conhecimento técnico-científico,


auxiliar e informativo das atividades policiais e judiciárias da investigação criminal.
Letra a.

027. (FUNDATEC/2017/IGP-RS/TÉCNICO EM PERÍCIAS) Na criminalística, existe um princí-


pio o qual postula que “todo contato deixa uma marca”. A quem pertence essa teoria?

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a) Edmond Locard.
b) Hans Gross.
c) Erik Jacquin.
d) Domingos Tocchetto.
e) Teori Zavascki.

Princípio da Observação ou Princípio da troca de Locard diz que: “Todo contato deixa
uma marca”.
Letra a.

028. (FUNIVERSA/2015/PC-DF/PERITO MÉDICO-LEGISTA/MODIFICADA) Com relação aos


postulados e princípios da criminalística, julgue a afirmação abaixo:
Dois objetos podem ser indistinguíveis, mas nunca idênticos conforme o princípio da análise.

Princípio da Análise: Metodologia científica: “A análise pericial deve sempre seguir o método
científico”;
Princípio da Interpretação (Individualidade): “Dois objetos podem ser indistinguíveis, mais nun-
ca idênticos” (Princípio de Kirk).
Errado.

029. (FUNIVERSA/2015/SEGPLAN-GO/PERITO CRIMINAL/MODIFICADA) A criminalística,


como uma disciplina que tem por objetivo o reconhecimento e a interpretação dos indícios
materiais extrínsecos relativos ao crime ou à identidade do criminoso, está diretamente rela-
cionada à preservação do local do crime. Considerando essa informação, julgue o item abaixo.
O vestígio é definido, no Código de Processo Penal Brasileiro, como a circunstância conhecida
e provada que, tendo relação com o fato, autorize, por indução, concluir-se a existência de ou-
tra ou outras circunstâncias.

Código de Processo Penal, Art. 239.

Considera-se indício a circunstância conhecida e provada, que, tendo relação com o fato, autorize,
por indução, concluir-se a existência de outra ou outras circunstâncias.
Errado.

030. (VUNESP/2014/PC-SP/AUXILIAR DE NECROPSIA) Criminalística pode ser definida


como um conjunto de conhecimentos oriundos de várias ciências que permitem
a) antecipar, logicamente, futuros eventos criminosos.
b) localizar eventos futuros de forma preditiva.

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c) descobrir crimes e seus respectivos autores.


d) preventivamente ocupar espaços voltados à macrocriminalidade.
e) informar as atividades de polícia preventiva.

São objetivos da Criminalística: dar a materialidade do fato típico, constatando a ocorrência


do ilícito penal; verificar os meios e os modos como foi praticado um delito, visando fornecer
a dinâmica do fenômeno; indicar a autoria do delito, quando possível; elaborar a prova técnica,
através da indiciologia material.
Letra c.

Manoel Machado
Graduado em Química, realizou mestrado e doutorado na área de Química com transdisciplinaridade em
Física. É também licenciado em Matemática e Física. Possui significativa experiência no ensino de ciências
exatas (Matemática, Química e Física) nos mais diversos níveis, ministrando aulas em duas universidades
federais (da Bahia e de Sergipe), estaduais, privadas, além de cursos preparatórios e escolas de nível
médio do estado da Bahia. Aprovado em seis processos seletivos dentro da área de Química. Aprovado
no concurso para Soldado da PM-BA, onde serviu por dois anos. Aprovado em 1º lugar PCD no concurso
para Agente Comercial (Escriturário) do Banco do Brasil. Especialista em Criminologia, foi aprovado no
concurso e concluiu o Curso de Formação Profissional com sucesso na Academia Estadual de Segurança
Pública do Ceará para o cargo de Perito Criminal da Perícia Forense do Estado do Ceará.

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