Apresentação - Ud Iii
Apresentação - Ud Iii
Apresentação - Ud Iii
ADMINISTRATIVA
CIVIL
CRIMINAL
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
Dever de responsabilização é
obrigação legal, traduzindo-se em
crime funcional quando relegado
pelo superior hierárquico.
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR UD-III – RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO
Responsabilidade do Agente Público
RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA
RESPONSABILIDADE CIVIL
Não há, para o Agente Público, responsabilidade objetiva ou sem culpa; nasce com o
ato culposo e lesivo e se exaure com a indenização;
A Adm não pode isentar o Agente de tal responsabilidade porque não possui
disponibilidade sobre o patrimônio público;
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Responsabilidade do Agente Público
RESPONSABILIDADE CRIMINAL
A maioria dos crimes contra a Adm Pública está definida no Titulo XI, caps I (arts 312 a
326) e II (arts 359-A a 359-H) do Código Penal e Título VII – Dos crimes contra a
Administração Militar – (arts 298 a 334) do Código Penal Militar;
Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou
omissão dolosa, que enseje, efetiva e comprovadamente, perda patrimonial, desvio,
apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas
no art. 1º da LIA. (art 10º, LIA);
NOÇÕES GERAIS
Para o direito, responsabilidade é
uma obrigação derivada – um
dever jurídico sucessivo (obrigação
é dever jurídico originário) – de
assumir as consequências
jurídicas de um fato,
consequências essas que podem
variar (reparação dos danos e/ou
punição pessoal do agente
lesionante) de acordo com os
interesses lesados
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Elementos da responsabilidade civil
DANO: é a “subtração ou diminuição de um bem jurídico, qualquer que seja a sua natureza,
quer se trate de um bem patrimonial, quer se trate de um bem integrante da própria
personalidade da vítima, como a honra, a imagem, a liberdade etc.”.
danos morais, decorrentes do abalo psíquico de uma pessoa; serão fixados pelo Juiz visando
atenuar a dor sofrida pela vítima, devendo levar em conta a extensão do dano, as condições
econômicas dos envolvidos e o grau de culpa do agente, se for o caso;
Certeza do dano: somente o dano certo, efetivo é indenizado. Não pode ser abstrato ou
hipotético. Algumas situações:
Dano moral: não é a dor que deve ser provada, mas a violação a um direito da personalidade;
Dano “in re ipsa”: demonstrado pela força dos próprios fatos; presumido
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Elementos da Responsabilidade Civil
não se confunde com o dano indireto (ocorre quando uma mesma vítima sofre um dano direto e
também a causa de seu desdobramento, que nada mais é que outro dano, denominado indireto)
Exemplos: artigo 948 do Código Civil, que dispõe sobre hipótese de
homicídio. Esse artigo prevê que havendo um homicídio,
é realizada a compra e venda de um animal, em o autor do crime deve ressarcir a família do falecido com
que o comprador verifica a existência de uma as despesas com eventual tratamento da vítima, seu
doença letal (dano direto) no animal após a funeral e o luto da família e, além disso, deve dar, quando
compra, sendo que a doença é transmitida para possível, a prestação de alimentos às pessoas a quem o
todo o rebanho que ele já possuía (dano morto os devia, levando-se em conta a duração provável
indireto). da vida da vítima.
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Elementos da Responsabilidade Civil
INTERESSES Difusos coletivos Individuais
Elementos da Responsabilidade Civil homogêneos
A interrupção do nexo causal por uma causa superveniente, ainda que relativamente independente da
cadeia dos acontecimentos (capotagem do veiculo) impede o elo entre o resultado morte e o primeiro agente
(Tício), que não poderá ser responsabilizado
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Exclusão da Responsabilidade
Código Civil
Art. 188. Não constituem atos ilícitos:
I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito
reconhecido;
II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de
remover perigo iminente.
Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as
circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo os
limites do indispensável para a remoção do perigo.
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Exclusão da Responsabilidade
LEGÍTIMA DEFESA:
A legítima defesa exclui a responsabilidade pelo prejuízo causado se, com uso moderado de
meios necessários, alguém repelir injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu o de
outrem.
Na legítima defesa o indivíduo se encontra em situação atual ou iminente, de injusta
agressão, dirigida a si ou a terceiro, que não é obrigado a suportar.
Pressupõe a reação proporcional a uma injusta agressão, atual ou iminente, utilizando-se
moderadamente dos meios de defesa postos à disposição do ofendido.
ATENÇÃO:
se o agente, no exercício da legítima defesa, atinge terceiro inocente, terá que indenizá-lo,
cabendo ação regressiva contra o verdadeiro agressor.
A legítima defesa putativa não isenta seu autor da obrigação de indenizar
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Exclusão da Responsabilidade
ESTADO DE NECESSIDADE:
Consiste na ofensa do direito alheio para remover perigo iminente, quando as circunstâncias
o tornarem absolutamente necessário e quando não exceder os limites do indispensável
para a remoção do perigo.
Exemplos: Se uma placa de propaganda num prédio em local de grande movimento, ou uma
árvore que está prestes a cair. Se caírem causarão grande dano a um bem de outra pessoa ou
à própria vida. O bombeiro poderá retirá-las.
O sujeito que desvia seu carro de uma criança, para não a atropelar e acaba por atingir o
muro de uma casa, causando danos materiais.
ATENÇÃO: se o terceiro atingido não for o causador da situação de perigo, poderá exigir
indenização do agente que atuou em estado de necessidade, cabendo ação regressiva contra
o verdadeiro culpado.
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Exclusão da Responsabilidade
Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos efeitos não
eram possíveis evitar ou impedir.
• força maior: característica básica a sua inevitabilidade, mesmo sendo a sua causa conhecida
e, até, previsível. Ex: terremoto, chuvas de janeiro nas grandes cidades. Há quem associe o
conceito de força maior a um evento protagonizado pela natureza, ausente, portanto, o
elemento volitivo, isto é a vontade humana.
pessoa que se lança na frente de um automóvel em movimento para prática de suicídio. Somente
se houver atuação exclusiva da vítima haverá a referida excludente de responsabilidade. Havendo
culpas concorrentes, a indenização deve ser mitigada, na proporção da atuação de cada sujeito.
Veículo militar estacionado e sobre ele precipita um automóvel particular, sofrendo avarias
somente nesse último. O veículo do Estado não produziu o dano. Inexiste relação causal que
responsabilize o Estado.
ATENÇÃO: havendo concorrência de culpas (ou causas) a indenização deverá, via de regra,
mitigada na proporção de cada sujeito.
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Outras excludentes da Responsabilidade
FATO DE TERCEIRO
A princípio, desde que haja a atuação causal de um terceiro, sem que se possa imputar
participação causal do autor do dano, o elo de causalidade resta rompido, excluindo-se,
portanto, o dever de indenizar.
Ex: automóvel fusca ultrapassando pelo lado esquerdo da pista, um caminhão, e o motorista
deste, imprudentemente o arremessa para fora da pista, vindo o fusca a atropelar um pedestre.
O dever de indenizar, no exemplo, incumbe ao motorista do caminhão, ou seu dono. Perceba-
se que, no caso, o veículo foi utilizado, apenas como mero instrumento na cadeia causal dos
acontecimentos.
ATENÇÃO: Art. 25, CDC: veda cláusula que impossibilite, exonere ou atenue a
responsabilidade civil do fornecedor. Princípio da hipossuficiência do consumidor em face do
fornecedor.
Decadência do absolutismo e influência das ideias liberais, o Estado vai perdendo a sua imunidade
de outrora.
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Teoria da culpa administrativa: agente público é parte da estrutura do Estado; necessitava identificação
do responsável e demonstração da culpa;
Teoria da culpa anônima: demonstração que a lesão foi decorrente da atividade pública;
Teoria da culpa presumida: presunção da culpa do Estado - critério de inversão do ônus da prova;
obrigação de indenizar o dano como decorrência tão só do ato lesivo e injusto causado à
vítima pela Administração. Não se exige falta do serviço, nem culpa dos agentes.
Se o Estado tem o dever de cuidar da harmonia e da estabilidade sociais, e o dano provém
justamente da quebra desta harmonia e estabilidade, seria dever do Estado repará-lo;
O que releva não é mais individuar para reprimir e compensar, mas socializar para garantir e
compensar;
Prescinde-se da conduta humana atribuível ao Estado, através de seus agentes, para lhe
responsabilizar;
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Ação regressiva
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Ação regressiva
Pode a vítima lesado pela atuação ilícita do Agente Público ajuizar indenização
diretamente ao servidor público ou ao Estado e o Servidor como solidário?
AÇÃO REGRESSIVA
•Como ação civil, que é destinada à reparação patrimonial, a ação regressiva transmite-se aos
herdeiros e sucessores do servidor culpado, podendo ser instaurada mesmo após a cessação
do exercício no cargo ou não função, por disponibilidade, aposentadoria, exoneração ou
demissão. O agente causador do dano deve ressarcir os cofres públicos porque, se agiu com
dolo ou culpa, é o seu patrimônio, e não o patrimônio público, que deve, no final das contas, ser
atingido. Presentes o dolo ou culpa, a resposta perante a Administração Pública dar-se-á na
exata medida da condenação sofrida pelo erário em sede da ação de indenização ou
ressarcimento.
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Jurisprudência
Direito Administrativo. Responsabilidade Civil do Estado. Bombeiro militar. Homicídio e tentativa de homicídio
cometidos fora do período de serviço. Ausência de nexo de causalidade. Omissão. Culpa não comprovada.
Apelação provida.
1. Não pode o Estado responder por dano causado por seu agente quando não esteja no desempenho
das atribuições do cargo, emprego ou função pública, no momento do ato que deu causa ao dano. 2. O
art. 37, 6º. CF é peremptório no sentido de que as pessoas jurídicas de direito público responderão pelos
danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros. 3. Destarte, é imprescindível que o agente
esteja no desempenho do cargo, emprego ou função pública. 4. No caso dos autos, a despeito de o
agressor ser servidor público militar do Estado, não agiu nessa qualidade. Não desempenhava suas funções
no momento em que efetuou os disparos contra a apelada e a mãe dessa. 5. Tampouco há prova de que a
arma utilizada no evento pertencesse ao Estado. 6. A prova é no sentido de que o evento se deu no período
de folga do militar, na casa da irmã da apelada, em âmbito privado. 7. Ausência de nexo de causalidade entre
os danos sofridos e a atuação estatal. 8. Por outro lado, quanto à alegação de omissão estatal, em havendo
omissão genérica, a responsabilidade do agente estatal é subjetiva. 9. No caso vertente a apelada não
comprovou a culpa do Estado no evento. 10. Ausência de previsibilidade da conduta. 11. Apelação a que se
dá provimento.
Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro TJ-RJ - APELAÇÃO: APL 0153851-
13.2007.8.19.0001
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Jurisprudência
INTEGRANTES PERMANENTES: