Os 5 Teólogos Mais Importantes Do Cristianismo
Os 5 Teólogos Mais Importantes Do Cristianismo
Os 5 Teólogos Mais Importantes Do Cristianismo
ATANÁSIO DE ALEXANDRIA
“O Jesus que conheço como meu Redentor não pode ser inferior a Deus.”
O qual por nós homens e para nossa salvação, desceu, se encarnou e se fez
homem. Padeceu e ressuscitou ao terceiro dia e subiu aos céus. Ele virá para
julgar os vivos e os mortos…” — extraído da versão do ano 325 do Credo de
Niceia.
AGOSTINHO DE HIPONA
Confissões (398)
Sobre a Trindade (416)
Sobre a Doutrina Cristã (426)
Cidade de Deus (426)
Maiores contribuições:
Articulou a doutrina do pecado original e da graça de Deus por meio da
predestinação divina contra a ênfase de Pelágio no livre arbítrio do
homem e sua bondade inata.
Escreveu sobre a relação entre igreja e Estado; ele foi o primeiro a defender a
ideia de uma “guerra justa”.
Citações favoritas:
“Fizeste-nos, Senhor, para ti, e o nosso coração anda inquieto enquanto não
descansar em ti.” (Confissões I, i, 1).
“Dá-me aquilo que ordenas, ordena-me aquilo que queres.” (Confissões X, xxix,
40).
“O criador do homem foi feito homem para que ele, Soberano das estrelas,
amamentasse no seio de sua mãe; para que o Pão tivesse fome; a Fonte,
sede; a Luz, sono; o Caminho, cansaço em sua jornada; para que a Verdade
fosse acusada de falso testemunho; para que o Mestre fosse açoitado com
chicotes; para que o Fundamento fosse pendurado no madeiro; para que a
Força enfraquecesse; para que Aquele que cura fosse ferido; para que a Vida
morresse” (Sermões 191.1).
“Se você crê somente naquilo que gosta no evangelho e rejeita o que não
gosta, não é no evangelho que você crê, mas, sim, em si mesmo.”
TOMÁS DE AQUINO
Viveu de 1225 a 1274
Citações favoritas:
“Em Deus está a pura verdade, com a qual não pode se misturar qualquer
falsidade ou engano.”
JOĀO CALVINO
Viveu de 1509 a 1564.
As Institutas (1560)
Maiores contribuições:
Deus tolera até mesmo nossa gagueira e perdoa nossa ignorância sempre que
algo nos escapa inadvertidamente ― já que, aliás, sem esta misericórdia não
haveria liberdade para orar.
Sem o evangelho tudo é inútil e vão; sem o evangelho não somos cristãos;
sem o evangelho toda riqueza é pobreza; toda sabedoria, loucura diante de
Deus; toda força, fraqueza; e toda a justiça humana jaz sob a condenação de
Deus. Mas pelo conhecimento do evangelho somos feitos filhos de Deus,
irmãos de Jesus Cristo, concidadāos dos santos, cidadãos do Reino dos Céus,
herdeiros de Deus com Jesus Cristo, por meio de quem os pobres são
enriquecidos; os fracos, fortalecidos; os néscios, feitos sábios; os pecadores,
justificados; os solitários, confortados; os duvidosos, assegurados; e os
escravos, libertados. O evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo o
que crê. Assim, tudo o que poderíamos pensar ou desejar deve ser achado
somente neste mesmo Jesus Cristo. Pois ele foi vendido para nos comprar de
volta; preso para nos libertar; condenado para nos absolver. Ele foi feito
maldição para nossa bênção; ofertado pelo pecado para nossa justificação;
desfigurado para nos tornar belos; ele morreu pela nossa vida para que, por
seu intermédio, o furor converta-se em mansidão; a ira seja apaziguada; as
trevas tornem-se luz; o temor, reafirmação; o desprezo seja desprezado; o
débito, cancelado; o labor, aliviado; a tristeza convertida em júbilo; a desdita,
em felicidade; as emboscadas sejam reveladas; os ataques, atacados; a
violência, rechaçada; o combate, combatido; a guerra, guerreada; a vingança,
vingada; o tormento, atormentado; o abismo, tragado pelo abismo; o inferno,
trespassado; a morte, assassinada; a mortalidade convertida em imortalidade.
KARL BARTH
Viveu de 1886 a 1968.
Citações favoritas:
“Deus não é uma categoria abstrata pela qual até mesmo a compreensão cristã
da palavra pode ser medida, mas aquele que é chamado de Deus é o Deus
uno, o Deus único, o Deus singular.”
“A crença não pode discutir com a incredulidade, pode apenas pregar a ela.”
“Ninguém pode ser salvo ― em virtude do que pode fazer. Todos podem ser
salvos ― em virtude de que Deus pode fazer.”
“Jesus não dá receitas que mostram o caminho a Deus como outros mestres
da religião fazem. Ele próprio é o caminho.”
“Sim, com as palavras de uma canção que minha mãe costumava cantar para
mim: ‘Jesus me ama, isso eu sei, pois a Bíblia assim me diz.’”
“Se fiz qualquer coisa nessa minha vida, fiz como parente do jumento que
seguiu seu caminho transportando uma carga importante. Os discípulos
disseram a seu dono: ‘O Mestre precisa dele’. E assim, parece que aprouve a
Deus ter me usado neste momento. […] Permitiu que eu fosse o jumento que
carregasse essa boa teologia durante parte do caminho, ou que tentasse levá-
la da melhor maneira possível”.
Menções Honrosas
O que se segue é uma lista de menções honrosas: teólogos que impactaram a
teologia cristã em aspectos importantes, mas os quais (geralmente por
algumas boas razões) não chegaram ao meu Top 5.
Platão foi o primeiro filósofo a fazer uso da palavra teologia. Somente a partir do
século IV a palavra teologia é usada no universo literário cristão. Foram os Padres da
Igreja que começaram a chamar a reflexão sobre Deus de teologia.
TEÓLOGOS IMPORTANTES DA
HISTÓRIA DO CRISTIANISMO
1. Santo Antão.
Santo Antão nasceu em uma pequena aldeia no interior do
Egito, no ano 250 da era cristã. Aos vinte anos de idade,
após a morte repentina de seus pais, vendeu a fazenda de
que era herdeiro, distribuíu o dinheiro aos pobres e retirou-
se durante algum tempo junto à cabana de um ancião que o
ensinou como conduzir uma vida dedicada à oração. Mais
tarde internou-se no deserto egípcio onde, em uma solidão
praticamente ininterrompida, durante cerca de 35 anos
seguidos viveu somente para orar. Depois disto, por volta
dos seus 55 anos de idade, embora habitasse no deserto e
em locais de difícil acesso, Antão começou a ser procurado
por pessoas que a ele se dirigiam vindos de todas as partes
do Império Romano; muitos que o procuravam depois que o
encontravam não mais queriam retornar aos seus lugares
de origem, e passaram a formar pequenas comunidades no
deserto dedicadas à oração, as quais deram origem, na
Igreja, à vida monástica. Não obstante a vida rigorosa que
levava, S. Antão morreu no deserto do Egito em idade
avançada aos 105 anos. Embora não tenha sido alguém que
tenha se dedicado sistematicamente ao estudo, à escrita ou
ao ensino, e não seja geralmente considerado, por isto
mesmo, como um teólogo no sentido estrito do termo,
deixou entretanto uma coleção de cartas que,
aparentemente simples quando de uma primeira leitura,
estão na realidade entre os escritos da tradição cristã em
que mais profundamente transparece o conhecimento das
coisas divinas.
2. Santo Agostinho.
Nasceu em 354 DC no norte da África e ainda jovem mudou-
se para o norte da Itália, onde estudou a arte retórica e
tornou-se professor da mesma. Graças à intervenção de
Santo Ambrósio, bispo de Milão, converteu-se à vida cristã
que, embora educado nela, há tanto tempo tinha
abandonado. Voltou então para a sua terra natal onde
tornou-se sacerdote e depois bispo, morrendo no ano 430
DC. Embora Santo Agostinho seja mais conhecido por ter
escritoAs Confissões e A Cidade de Deus, entre seus livros
merecem ser citados também o Comentário ao Evangelho
de São João, escrito sob a forma de uma seqüência de
sermões, as Enarrationes in Psalmos, nas quais ele
comenta todos os salmos da Bíblia e, principalmente, a sua
obra mais profunda, que é, sem dúvida alguma, o Tratado
sobre a Santíssima Trindade.
9. Pio XII.
Pio XII foi um dos mais importantes pontífices que a Igreja
teve em sua história. Eleito pouco antes do início da
Segunda Guerra Mundial, governou a Igreja durante esta
guerra e após o seu término, até 1958. Para os observadores
pouco atentos sua vida parecia consistir apenas em uma
carreira dedicada à diplomacia e à política do Vaticano. Foi,
de fato, diplomata da Santa Sé e depois Secretário de
Estado do Vaticano antes de ser elevado ao pontificado.
Mas, depois de eleito, escreveu várias encíclicas que são na
realidade notabilíssimos trabalhos de Teologia. Entre elas
as mais importantes são a encíclica Mediator Dei sobre a
liturgia e a natureza do sacrifício da missa e a
encíclica Mystici Corpori Christi, sobre o mistério da Igreja,
esta última sendo um aprofundamento de uma outra
encíclica mais antiga, a Satis Cognitum, escrita em 1896 por
Leão XIII, sobre o mesmo assunto. Não foi uma simples
coincidência o fato de que, depois do término do pontificado
de Pio XII, quando os papas João XXIII e Paulo VI, entre os
anos de 1962 e 1965, convocaram e conduziram o Concílio
Vaticano II, a liturgia, a missa e o mistério da Igreja
estiveram entre os assuntos mais importantes de seus
documentos.
Mas ele merece ser citado nesta lista por ter sido uma das pessoas
que mais profundamente entenderam a importância do preceito que
Jesus deixou à Igreja de ensinar. No livro que São João Crisóstomo
nos deixou intitulado Sobre o Sacerdócio, ele nos mostra
claramente que para Jesus ensinar é a maior prova de amor, e no
livro Contra os Adversários da Vida Monástica ele nos fala de modo
especial sobre as conseqüências benéficas que adviriam se
aqueles que ensinam tivessem consciência que mais do que a
quaisquer outros é necessário ensinar às crianças.