Gastroenterologia I - Câncer de Esôfago
Gastroenterologia I - Câncer de Esôfago
Gastroenterologia I - Câncer de Esôfago
CONSIDERAÇÕES GERAIS
EPIDEMIOLOGIA
O câncer de esôfago está entre as dez neoplasias malignas mais incidentes no Brasil,
sendo a sexta causa de mortalidade oncológica em nosso meio. Em 2002, forma relatadas
8.865 pessoas (6.590 homens e 2.275 mulheres), com 5.550 mortes. É um câncer que
predomina no sexo masculino (3:1), na raça negra e geralmente apresenta a partir dos 40
anos de idade (maior incidência entre 50-60 anos).
Os países com maior incidência de câncer de esôfago são da Ásia, como China,
Cingapura, Irã e Rússia, e a da África (África do Sul).
TIPOS HISTOLÓGICOS
FATORES DE RISCO
Fatores dietéticos:
Doenças esofágicas:
Acalásia.
Síndrome de Plummer-Vinson.
Estenose cáustica.
Os sintomas iniciais podem ser inespecíficos, tais como uma dor retroesternal mal
definida, ou queixas de “indigestão”. No entanto, a principal manifestação clínica é a
disfagia progressiva, que geralmente se inicia para sólidos, e após um período variável
evolui para alimentos pastosos e por fim para líquidos. A perda ponderal é um achado
clássico, sendo geralmente maior do que a esperada pelo grau de disfagia e de evolução
mais rápida, quando comparada às condições benignas (ex: acalásia). Lesões mais
avançadas apresentam-se com halitose, tosse após ingestão de líquidos – a dificuldade de
ingestão de líquidos indica que o lúmen já foi quase que completamente comprometido ou,
pelo menos comumente, indica a formação de uma fístula traqueobrônquica. A rouquidão
por envolvimento do nervo laríngeo e a hematêmese são sintomas menos comuns. “Como a
dificuldade para engolir é o sintoma inicial mais comum no câncer de esôfago, o médico
responsável por eliminar esta possibilidade em todo paciente que surge inexplicavelmente
com esta queixa: o diagnóstico precoce é a única chance de cura”. Infelizmente, para ter
disfagia mecânica, o câncer de esôfago há deve ter envolvido toda a circunferência da
parede esofágica...
DIAGNÓSTICO
OBS: O PET Scan (ou PET/ CT), é a sigla para Positron Emission Tomography ou
Tomografia por Emissão de Pósitrons, é uma modalidade de diagnóstico por imagem que
permite avaliar funções importantes do corpo, tais como o fluxo do sangue, o uso do
oxigênio, e o metabolismo do açúcar (glicose), ajudando aos médicos a avaliar como os
órgãos e os tecidos estão funcionando. O PET scan é realizado para:
Detectar tumores cancerígenos.
Determinar se o câncer se espalhou pelo corpo e quanto (metástases).
Avaliar a eficácia de um determinado tratamento, por exemplo, a terapia
contra câncer que um paciente recebe.
Determinar se o câncer retorna após o tratamento.
Determinar o fluxo do sangue que chega ao músculo cardíaco.
Determinar a lesão no coração que provocou um infarto cardíaco.
Identificar áreas do músculo cardíaco que se potencialmente podem se
beneficiar de um procedimento invasivo, por exemplo, angioplastia.
Avaliar anormalidades no cérebro, tais como tumores e alterações da
memória.
Estudar o funcionamento normal do cérebro e coração humanos.
PROGNÓSTICO E TRATAMENTO
1. Evitar a toracotomia.
2. Evitar anastomose intratorácica (se ocorrer uma deiscência anastomótica
cervical, é facilmente drenada e raramente causa mediastinite ou complicações fatais).
3. Não há linhas de sutura gastrintestinal intra-abdominal ou intratorácica.
A esofagectomia trans-hiatal é realizada através de uma laparotomia mediana
supraumbilical e uma incisão cervical sem toracotomia; entretanto, o esôfago torácico é
ressecado através da ampliação do hiato diafragmático e do pescoço. O estômago é
mobilizado pela secção dos vasos gastroepiplóicos esquerdos e gástricos esquerdos, com
preservação das arcadas gastroepiplóica direita e gástrica direita.
Piloromiotomia e jejunostomia alimentar são realizadas de rotina. Todo o esôfago
torácico, do nível das clavículas à cárdia, é ressecado, enquanto há monitoração cuidadosa
da pressão intra-arterial para evitar hipotensão prolongada pela mobilização cardíaca
durante a dissecção esofágica trans-hiatal.