Cancer de Esôfago

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CANCER DE ESÔFAGO

Canceres que mais matam:

1. Pulmão
2. Mama
3. Próstata
4. Estomago
5. Colon
6. Pâncreas
7. Fígado
8. Esôfago

Além disso, é o 8º câncer mais incidente no mundo.

Tipos histológicos do câncer de esôfago:

Câncer de células escamosas (epidermoide) / ESPINOCELULAR

Tipo mais comum no brasil. E no mundo inteiro.

Apresenta-se no terço médio e terço superior.

Afeta predominantemente homens afro-americanos.

 Etilismo e tabagismo.
 Megaesofago (acalasia) sinal do bico de pássaro.
 Estenose cáustica (exposição laboral, tentativa de autoextermínio...)
 Tilose palmoplantar (hiperceratose em palma das mãos e pés)

Adenocarcinoma

Origem em metaplasia.

Representa mais de 70% dos canceres esofágicos nos EUA.

Mais comum em terço distal

Afeta + homens brancos

Não são tao sensíveis à quimiorradioterapia e com frequência necessitam de


abordagem cirúrgica mais agressiva.

 Esôfago de barret  NÃO É COMUM QUE PACIENTES COM


ESOFAGO DE BARRET EVOLUAM COM ADENOCARCINOMA.
Não apresenta ELEVADA incidência. Apenas risco aumentado. Além
disso, cerca de 10 a 15% dos pacientes que forem submetidos a uma EDA
apresentarão esôfago de barret.
 DRGE
 Obesidade
 Tabagismo também está associado

Neoplasias benignas do esôfago

Leiomioma é o mais comum. 60%.

Seguida por: Cistos esofágicos (20%) e pólipos esofágicos (5%).

Leiomioma:

 Originado de musculatura lisa do esôfago (1/3 medio e inferior do


esôfago).
 QC: disfagia. Sem perda pondetal.
 Epidemiologia: homens. 4ª e 5ª décadas.
 Raramente ocorre malignização.
 DX: EDA ou esofagografia com bário. (massa lisa, em formato de meia
lua).
 TTO: ressecção cirúrgica – se houver sintomas ou se tumor >2cm.
Manifestações clinicas

Em estágios mais precoces pode ser assintomático ou mimetizar uma DRGE.

Classicamente, paciente irá apresentar disfagia (só costuma ocorrer quando 2/3
do lumem esofágico já está obstruído pelo câncer) + perda ponderal RÁPIDA.

 Dor retroesternal, hematêmese, rouquidão...


 Paciente pode apresentar anemia ferropriva.
 Lembrando que a disfagia será progressiva: dificuldade para deglutir
sólidos, depois alimentos pastosos e por fim dificuldade para deglutir
líquidos.

Diagnóstico

 Clinica + EDA com histopatológico.


 Esofagografia/esofagograma baritada  sinal do degrau ou maçã mordida.
Pode ser feito esse exame inicialmente, mas o diagnóstico confirmatório é
com a biopsia.
 REED também pode ser feito (é a mesma coisa que a esofagografia???).
Classificação de tumores da junção esofagogástrica – Siewert.

 Siewert 1  esôfago distal. 1-5cm acima da JEG


 Siewert 2  cardia. Entre 1cm acima e 2cm abaixo da JEG.
 Siewert 3  estomago. 2 a 5cm abaixo da JEG.

São mais agressivos que o câncer gástrico.


Estadiamento

 T1  atinge mucosa e submucosa.


 T4  tumor com invasão de estruturas. Podendo ser ele ressecável (T4A)
ou irresecável (T4B).

Exames para realizar estadiamento:

 Pensando em metástases  TC tórax e abdomem. Pode complementar


com PET-scan.
 Para estadiar o ‘’T’’ e ‘’N’’  Ultrassonografia endoscópica (melhor
exame para fazer estadiamento, pois fornece o maior numero de
informações).

Esôfago não tem serosa!!! É isso que permite a disseminação rápida do


câncer.

Tratamento

Pode ser paliativo ou curativo:

Paliativo  para tumores T4b e M1. Infiltração de nervo laríngeo


recorrente.
 Radioterapia – para diminuir a massa do tumor, e melhorar a qualidade de
vida do paciente.
 Stent – para aumentar o lumen esofágico. Esse stent também pode ser
chamado de ‘’prótese’’.

Não aumenta sobrevida, apenas melhora qualidade de vida.

Menos de 50% dos pacientes com CA de esôfago são elegíveis para


tratamento curativo. Portanto, a maioria faz paliativo.

Curativo  para câncer precoce (T1A)

 Realizada a ressecção endoscópica (mucosectomia).


 Também pode ser feita a esofagectomia.

Outros tratamentos: RQT neoadjuvante + esofagectomia + linfadenectomia


regional se necessário. (faz esse quando o tumor não for irressecável ou
quando for diferente de T1A e T4B). ou seja, TUMOR AVANÇADO
RESSECÁVEL.

Importante lembrar que após a RQT neoadjuvante será feito um novo


estadiamento, se nesse novo estadiamento o tumor já tiver desaparecido a
esofagectomia é indicada da mesma forma, a fim de evitar recidiva.

Para tumores não avançados: esofagectomia + QT adjuvante.

Técnicas cirúrgicas:

Transtorácica  2 incisoes (abdominal mediana supraumbilical + toracotomia


direita). Permite boa visualização das estruturas. Mortalidade de 7 a 20%. Risco
de mediastinite.

Transhiatal  2 incisoes também (cervicotomia esquerda + abdominal mediana).


Incapacidade de dissecção completa dos linfonodos. Menor mortalidade e menor
risco de mediastinite.

Sinais de doença avançada:

• Pneumonia aspirativa

• Rouquidão (infiltração de nervo laríngeo recorrente)

• Tosse durante deglutição  fístula esofagotraqueal  mais comum no


tipo epidermoide.

• Insuficiência respiratória (infiltração de traqueia)


• Ascite – carcinomatose

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