T3 - Aula - Enzimas

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Bioquímica Geral

Licenciatura em Fisioterapia

Enzimas

• Enzimas
Enzimas

• São proteínas especializadas na catálise de


reações biológicas

• Possuem um centro funcional denominado


local ativo, onde os substratos são
transformados em produtos
Enzimas

Local ativo
Enzimas

• As enzimas possuem:

 Grande poder catalítico


 Especificidade
 Capacidade de regulação
Enzimas

• As enzimas podem acelerar reações por um


fator de pelo menos 1 milhão de vezes!

A maioria das reações nos sistemas biológicos não


ocorre na ausência de enzimas
Enzimas
Enzimas

• As enzimas são muito específicas, tanto na


reação que catalisam como no substrato que
escolhem!

 Uma enzima cataliza normalmente um único tipo


de reação química ou uma série de reações
relacionadas

 A especificidade para o substrato pode ser absoluta


Enzimas

• A atividade das enzimas pode ser regulada:

 Regulação alostérica

 Modificação covalente reversível

 Clivagem proteolítica
Enzimas

• Quase todas as enzimas são de natureza


proteica constituídas por uma ou mais
cadeias polipeptídicas. Umas são proteínas
simples, outras possuem uma parte não
proteica designada por cofator.

Os cofatores podem ser iões metálicos e


compostos orgânicos
Enzimas e cofatores
Coenzimas

Exemplos : FAD e NAD+


Cofatores: elementos inorgânicos
Isoenzimas

Enzimas com estruturas diferentes, mas que


catalizam a mesma reação são conhecidas por
isoenzimas.

Significado fisiológico- a mesma reação deve


ocorrer em meios biológicos diferentes
Tipos de enzimas
Mecanismo de ação enzimática

• Para que uma reação enzimática ocorra é


necessário que:

 Os substratos colidam

 A colisão ocorra na orientação correta

 Os reagentes possuam energia suficiente – energia


de ativação
Mecanismo de ação enzimática
Energia de ativação
Mecanismo de ação enzimática
• As enzimas aumentam a probabilidade de uma
orientação correta dos reagentes

• As enzimas baixam a energia de ativação das reações

• A diferença de energia entre reagentes e produtos não


é contudo, alterada

 Esta diferença de energia determina o ponto de


equilíbrio da reação
 A formação do complexo ES diminui assim, a
energia de ativação de uma reação (Ea)
 Ao diminuir a Ea, aumenta a velocidade da reação

 As enzimas são catalisadores pelo que não alteram


as constantes de equilíbrio das reações
Mecanismo de ação enzimática

• A energia de ativação é assim a diferença


entre as energias do estado fundamental dos
reagentes e do estado de transição
Complexo enzima-substrato (ES)
• A ligação do substrato à enzima ocorre num
local específico - local ativo

• O local ativo contém resíduos que participam


diretamente no processo catalítico
Complexo enzima-substrato (ES)
• Em geral os substratos ligam-se às enzimas
por meio de múltiplas interações fracas :
 ligações de hidrogénio
 forças de van der Waals

 interacões hidrofóbicas

 ligações eletrostáticas

• A ligação do substrato é muito seletiva daí a


especificidade catalítica de muitas enzimas

• A atividade de algumas enzimas é regulada


neste passo
Complexo enzima-substrato (ES)
• Para uma dada [E], a taxa de reação aumenta com o
aumento de [S], até atingir a velocidade máxima (Vmáx)
por ocupação dos centros ativos da enzima
Complexo enzima-substrato (ES)
- modelos de interação

• Dois modelos de interação definem a ligação


do substrato à enzima:

 mecanismo “chave-fechadura”

 mecanismo de encaixe induzido (”induced fit”)


Mecanismo “chave-fechadura”
Mecanismo “induced fit”

A complementaridade dos
locais ativos e do substrato
são criados após a ligação
do substrato
Mecanismo “chave-fechadura”
Cinética enzimática

• A cinética enzimática é o estudo da


velocidade das reações catalisadas por
enzimas
• Os fatores que afetam a velocidade de uma
reação catalisada por uma enzima são:

 temperatura

 pH

 concentração de substrato

 concentração de enzima

 presença de ativadores/inibidores
Cinética enzimática
• Leonor Michaelis (1875-1949) e Maud
Menten (1879-1960) foram os pioneiros da
cinética enzimática
Cinética enzimática

• Uma reação enzimática pode ser


esquematizada por:
Cinética enzimática
Cinética de Michaelis-Menten
Cinética de Michaelis-Menten
• A velocidade desta reação é expressa pela
equação de Michaëlis-Menten

Vmaxvelocidade máxima atingida


quando todos os locais ativos estão
ocupados pelo substrato

Kmconstante de Michaelis-Menten,
correspondente à concentração de
substrato em que se atinge ½ da
velocidade máxima
Cinética de Michaelis-Menten
• Os parâmetros Km e Vmax caraterizam uma
reação enzimática
• O valor de Vmax traduz a eficiência catalítica
da enzima

• O valor de Km traduz a afinidade da enzima


para o substrato

Quanto menor o Km maior a afinidade


da enzima para o substrato, já que é
menor a [S] necessária para atingir ½ da
velocidade máxima
Cinética de Michaelis-Menten
• A cinética de saturação da reação, traduz um
nº finito de locais ativos
Cinética de Michaelis-Menten
Efeito do pH

• O pH afeta as taxas das reações enzimáticas

Este efeito resulta de tanto os substratos como as


enzimas possuirem grupos funcionais ácidos ou
básicos, cujo estado de ionização depende do pH

• Este efeito é dependente da enzima


Efeito do pH
Efeito da temperatura

• A taxa de uma reação enzimática aumenta


com a temperatura

 reações muito rápidas (Ea=0) são independentes da


temperatura

 reações lentas (Ea elevadas) são dependentes da


temperatura
Efeito da temperatura

• A temperaturas elevadas as enzimas


desnaturam e perdem a sua atividades
Cinética de Michaelis-Menten
• Os valores de Km e Vmax são obtidos a partir
de representações gráficas lineares da equação
de Michaëlis-Menten:

 Equação de Linweaver-Burk
Linweaver-Burk

-1/Km
Inibição enzimática

• É um importante mecanismo de controlo em


sistemas biológicos

• Pode ser reversível ou irreversível

 Um inibidor reversível dissocia-se rapidamente


do complexo enzima-inibidor (EI)

Um inibidor irreversível dissocia-se lentamente


do complexo EI, porque liga fortemente à enzima

Exemplo: gases neurotóxicos, Aspirina


Inibição enzimática

• A inibição reversível pode ser:

• Competitiva

• Não competitiva
Inibição competitiva

• Os inibidores competitivos competem com o


substrato para a ligação ao local ativo
Inibição competitiva

• Muitos inibidores assemelham-se ao substrato

• A inibição pode ser revertida por aumento da


concentração de substrato

Exemplos: Antibiótico sulfamidas


Inibição enzimática

Vmax mantém-se constante

Km aumenta
Inibição não competitiva

• Os inibidores não competitivos ligam à


enzima num local diferente do local ativo
Inibição não competitiva

• A enzima liga simultaneamente o substrato e


o inibidor

• A inibição não pode ser revertida por


aumento da concentração de substrato
Inibição não competitiva

Vmax diminui

Km mantém-se constante
Enzimas alostéricas

• São formadas por várias subunidades


• A ativação da enzima é possível por interação
alostérica através da ligação cooperativa de moléculas
reguladoras ou efetores alostéricos - que ligam a locais
diferentes dos centros catalíticos
Ativadores ou inibidores
Regulação da atividade enzimática

• A atividade das enzimas pode ser regulada:

 Regulação alostérica

 Modificação covalente reversível

 Clivagem proteolítica
Regulação da atividade enzimática

• Regulação alostérica

 É um tipo de regulação reversível


 Ocorre por ligação de um inibidor (ou ativador)
alostérico a um local regulador diferente do local
ativo
Regulação da atividade enzimática

Muitas vezes a enzima


que cataliza o 1º passo
de uma via
biossintética é inibida
de forma alostérica
pelo último produto
dessa via

 É vulgarmente designada por inibição por feedback


Regulação da atividade enzimática

• Modificação covalente reversível

>A modificação enzimática é também um


mecanismo de regulação enzimática

 A fosforilação de resíduos específicos regula a


atividade enzimática

 É efetuada por enzimas específicas

 É revertida por hidrólise


Regulação da atividade enzimática
• Modificação covalente reversível

ATP P ADP

Fosforilação
P
(Cinase)
Enzima Enzima

Desfosforilação
(Fosfatase)
P
Regulação da atividade enzimática
• Modificação covalente reversível
Regulação da atividade enzimática

• Clivagem proteolítica
Algumas enzimas são sintetizadas na forma
de precursores inativos, proenzimas ou
zimogénios, que são posteriormente
ativados no local e altura apropriados

 As enzimas digestivas são um bom exemplo


Regulação da atividade enzimática
precursor inativo

enzima ativa

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