Unidade 4 Biologia
Unidade 4 Biologia
Unidade 4 Biologia
Sustentabilidade
1 - Microrganismos e Indústria Alimentar
1.1. Fermentação e Atividade Enzimática
Metabolismo Celular
• 1- Metabolismo celular é o conjunto de reações químicas ordenadas que ocorrem nas células.
• As reações químicas que ocorrem nas células envolvem moléculas muito estáveis e cuja
energia de ativação é elevada.
• Não pode ser o calor a fornecer a energia de ativação, uma vez que causaria a desnaturação
das proteínas e a morte celular.
• Tanto os catalizadores químicos (inorgânicos) como os catalizadores biológicos (orgânicos):
• Baixam a energia de ativação necessária para que ocorram as reações químicas que
catalizam.
• Não alteram o equilíbrio químico das reações em que participam.
• Não são destruídos pelo efeito de reação (não se gastam nas reações).
Ação das Enzimas
Ação das Enzimas (Cont.)
Propriedades das enzimas
1- Diminuem a energia de ativação necessária para ocorrer a reação que
catalisam.
2- Não alteram o equilíbrio químico das reações.
3- Não são destruídas pela reação (não se gastam na reação).
4- São específicas.
5- Atuam a temperaturas relativamente baixas (37ºC).
6- São destruídas pelas altas temperaturas.
7- São inibidas pelas baixas temperaturas mas não destruídas.
8- Atuam em baixas concentrações: uma quantidade de enzima cataliza uma
grande quantidade de substrato.
9- Algumas enzimas exigem a presença de cofatores para atuarem.
Estrutura das enzimas
• As enzimas são proteínas constituídas por uma ou mais cadeias polipeptídicas. A
configuração espacial da enzima determina a existência de uma pequena região, o centro
ativo, que é complementar do substrato.
- Centro ativo - é a região da enzima que se liga ao substrato por complementaridade,
normalmente corresponde a uma reentrância da enzima onde se localizam determinados
aminoácidos.
- A molécula sobre a qual a enzima atua é o substrato. As enzimas, geralmente, têm maiores
dimensões do que os substratos.
• Temperatura
• pH
• Concentração do Substrato
• Concentração da Enzima
• Cofatores
• Inibidores
• Indutores
Fatores que afetam a atividade das enzimas (Cont.)
Temperatura
Concentração da enzima
• Aumentando a concentração da enzima, aumenta a velocidade da
reação desde que haja substrato disponível.
Fatores que afetam a atividade das enzimas (Cont.)
Cofatores
• Algumas enzimas para além do componente de natureza proteica apresentam na
sua constituição componentes não proteicos essenciais à sua atividade – os
cofatores.
• Nestes casos, a região proteica da enzima designa-se apoenzima e a associação
entre a apoenzima e o cofator designa-se holoenzima
Apoenzima + cofator Holoenzima
• Exemplos de cofatores:
- Iões metálicos: Cu2+; Mn2+; Fe2+
- moléculas orgânicas designadas coenzimas - compostos orgânicos que se ligam
à enzima durante a catálise. Ex: derivados vitamínicos (vitaminas do complexo B).
• Quando o produto final é formado em excesso, as moléculas desse produto vão inibir a
enzima 1 (alostérica ou reguladora), provocando a paragem da sequência metabólica.
Essa sequência será retomada logo que deixe de haver excesso de produto final. Este
controle representa uma economia celular, pois evita que a célula produza uma
substância em excesso relativamente às respetivas necessidades.
• Frequentemente, é o produto final de uma via metabólica, quando se acumula em
excesso, que inibe a 1ª enzima, por ligação ao centro alostérico.
• Quando a concentração de produto final diminui, este liberta-se do centro alostérico e
a enzima retoma a atividade, fazendo aumentar de novo a concentração do produto
final.
Controle de Vias Metabólicas (Cont.)
• Via metabólica – é uma cadeia de reações catalisada por uma cadeia
enzimática.
Controle de Vias Metabólicas (Cont.)
• Controlo metabólico significa controlo da produção de enzimas e da sua atividade.
• A regulação enzimática pode ocorrer a diferentes níveis:
• Controlo genético
• Controlo através de inibidores
• Nas reações enzimáticas há feed-back negativo ou retro-inibição em que o aumento da concentração do
produto final vai atuar de modo a inibir a sequência metabólica que o produz.
• As substâncias ligam-se aos centros alostéricos modificando a conformação da enzima.
Importância dos Microrganismos na
Industria Alimentar
Importância dos Microrganismos na
Industria Alimentar (Cont.)
Importância dos Microrganismos na
Industria Alimentar (Cont.)
• Até meados do século XIX o Homem obteve alimentos e bebidas sem conhecimento do
papel dos microrganismos no seu fabrico.
• Desconheciam-se as causas das fermentações que permitiam a produção de pão, de
queijo, de vinho e outras bebidas alcoólicas.
• A presença de microrganismos nos alimentos é muito frequente, dada a sua origem vegetal
ou animal.
• A sua diversidade metabólica e nutricional, aliada à sua capacidade de reprodução,
produzindo compostos de grande utilidade, confere-lhes grande destaque na produção
alimentar.
• A interação entre microrganismos e alimentos tem como consequência:
- a produção de certos alimentos com características específicas, como resultado de
processos de fermentação;
- a deterioração dos alimentos, que se tornam impróprios para consumo humano, como
resultado da utilização dos nutrientes para o crescimento dos próprios microrganismos.
Fermentação
• Durante a fase de ativação é fornecida energia à glicose (molécula quimicamente inerte) para que se torne
quimicamente ativa e se inicie a sua degradação. Nesta fase uma molécula de glicose (6C) é fosforilada
(desdobrada) dando origem à glicose-fosfato que, por sua vez, também é fosforilada originando-se a
frutose-difosfato.
• Durante a fase de rendimento a molécula de frutose-difosfato (6C) é desdobrada em duas moléculas de
aldeído fosfoglicérico (3C), que são oxidadas cedendo eletrões ao transportador NAD+, que por sua vez fica
reduzido possibilitando a síntese de 4 moléculas de ATP. Desta fase resultam, portanto, 2 moléculas de
ácido pirúvico, ricas em energia.
Etapas das Fermentações: Glicólise (Cont.)
Etapas das Fermentações: Glicólise (Cont.)
➢ Produção de duas moléculas de NADH + 2H+ (por redução de NAD – o qual tem a função de
transportar eletrões e H+ );
- O saldo energético é de 2 moléculas de ATP (formam-se 4 ATP mas como se gastam duas na
ativação da glicose, o rendimento energético é de 2 moléculas).
- Durante todas as reações da glicólise intervêm uma série de enzimas.
Etapas das Fermentações: Redução do Ácido
Pirúvico
• Como já foi referido, existem diversos tipos de fermentações, sendo algumas
responsáveis pela produção ou transformação de produtos utilizados na
alimentação.
• Esse conjunto de reações que ocorrem durante esta etapa, por vezes, são
designadas vias metabólicas fermentativas, que na alimentação as mais
importantes são a alcoólica e a láctica.
Fermentação Alcoólica
• A fermentação alcoólica é realizada por diversas espécies de leveduras (fungos
unicelulares) e algumas bactérias em condições de anaerobiose.
- Na indústria de
panificação, é o
CO2 que
interessa, pois as
bolhas deste gás
contribuem para
levedar a massa,
tornando o pão
leve e macio.
- O etanol
evapora-se
durante a
cozedura do pão.
Fermentação Alcoólica
Fermentação Alcoólica (Cont.)
No caso do
vinho, cerveja e
outras bebidas
alcoólicas,
interessa,
sobretudo, o
álcool resultante
da fermentação.
O CO2 é
libertado.
Fermentação Láctica
• O ácido láctico altera o pH do meio sendo, por isso, responsável pela coagulação das proteínas
– processo fundamental para o fabrico de derivados do leite (iogurtes, queijo…).
• A fermentação láctica também apresenta duas etapas: a glicólise (já descrita anteriormente) e a
redução do ácido pirúvico.