Avaliação 3 Op3 2021.1
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Avaliação Individual 3
DETALHAMENTO DE COMPONENTES, ESTRUTURA E
APLICAÇÃO DE TROCADORES DE CALOR CASCO E TUBOS TIPO
AEP
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................................... 2
5. APLICAÇÕES:......................................................................................................................... 9
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................................9
1. Introdução
Todo Trocador do tipo casco e tubo é composto basicamente por um conjunto de tubos
envoltos por uma carcaça cilíndrica, que recebe a denominação de casco. Essa estrutura permite
a troca térmica entre dois fluidos de diferentes temperaturas sem que ocorra mistura entre eles.
Um dos fluidos escoara no interior do feixe de tubos e o outro escoará externamente porém, no
interior da carcaça (casco) do equipamento.
Na figura 1, temos uma ilustração esquemática exemplificando o funcionamento deste
tipo de equipamento. No desenho descrito por essa representação, o fluido de menor
temperatura (fluido frio) escoa no interior do feixe de tubulações, e o de maior temperatura
(fluido quente) corre externamente ao feixe e no interior do casco, passando por outro
componente básico dessa estrutura, que são as chicanas (também chamadas de defletores). No
entanto, nem sempre o fluido frio escoara no interior das tubulações e o quente externamente. O
que garantirá qual será o caminho de cada vazão de fluido será o projeto, onde serão avaliados
fatores de acomodação, corrosividade de cada fluido, entre outras condições que possuírem
relevância para a escolha do caminho por onde escoara cada fluido e, desse modo, o melhor
funcionamento do trocador.
Esse tipo de configuração permite que o fluido externo escoe uma vez no casco e o fluido
interno escoe duas vezes no interior do equipamento, ou seja, este tipo de trocador é designado
como CT 1,2. Esta informação também é essencial para a realização dos calculos de projeto.
Figura 3: Acessórios que constituem um Trocador de Calor Figura 4: Trocador de Calor Casco e Tubo de configuração
Casco e Tubo de configuração AEP. (12) AEP. (3)
Figura 6: Esquematização de um trocador de calor casco e tubo que permite a
observação do escoamento dos fluidos interno e externo. (1)
4. Cálculos associados a trocadores do tipo AEP:
Dimensões medidas:
Número de tubos: n
Número de passagens do fluido interno: 2
Número de passagens do fluido externo: 1
Diâmetro interno do casco: D
Comprimento do casco: L
Dimensões dos tubos:
Número de chicanas: N
Passo utilizado: Pt
Espaçamento dos tubos: C ’=Pt −OD
o Arranjo quadrado:
De=
4×
[πODt ²
4
[¿]
; ]
πODt
o Análise Térmica:
BALANÇO TÉRMICO:
o Fluido quente: Q H = M˙ H ×Cp H × ∆ T H
o Fluido frio: Q C = M˙ C ×CpC × ∆T C
Figura 8: Na configuração CT 1,2, o fluido interno escoa contracorrente (na 1ª passagem pelo
equipamento) e paralelamente (na 2ª passagem) ao fluido externo. (7)
∆ t=LMTD × F T
LMTD=
∆T 2−∆ T 1
F T=
√ R 2+ 1× ln [ (1−S)
(1−RS) ]
[ ]
ln
∆ T2 ; 2−S × ( R+1−√ (R +1) )
2 ;
∆ T1 (R−1)ln
2−S × ( R+1+ √ (R2 +1) )
t 2−t 1 T 1−T 2
S=
T 1−t 1
; R=
t 2−t 1
Obs.: Para casos onde pelo menos um dos fluidos apresenta viscosidade µ>1cP no
terminal frio, ao invés do LMTD, deverá ser calculada as temperaturas calóricas para o fluido
quente (Tc) e para o fluido frio (tc), dadas por:
( )[ ]
'
1 R
+ '
KC ( R −1 ) ' ∆TC U h −U C
Onde: F C = ; R= ; K C=
ln ( K C +1 ) ∆ tC UC
1+
ln R'
Obs.2: o fator Kc para fluidos (petróleo e derivados) com grau A.P.I. aferido pode ser obtidos
graficamente, sabendo-se a variação de temperatura que este sofrerá no projeto.
o Análise do escoamento:
Através desta análise, é possível calcular as perdas de carga que cada fluido sofre dentro
do equipamento. Os projetos para implementação de trocadores de calor costumam especificar
um valor limite de perda de carga total que o sistema pode atingir, geralmente determinada pela
capacidade de bombeamento de fluidos que a planta industrial possui. Normalmente, a faixa de
perda de carga recomendada é entre 5 e 10 psi.
A Perda de Carga total do sistema pode ser calculada através da seguinte expressão:
∆ P=∆ Ptubos + ∆ P s
∆PT é a perda de carga total no interior dos tubos, que é a soma entre a perda de carga no
trecho reto mais a perda de carga no retorno, dada por:
∆ Ptubos =∆ Pt + ∆ Pr
2
f Gt ln
∆ Pt = 10
[ psi]
5.22× 10 Dt s ∅ t
( )( )
2
4n v
∆ Pr = × [ psi]
s 2g
Onde:
g: aceleração da gravidade;
D: Diâmetro do tubo interno.
Onde:
(
s: densidade relativa do fluido s=
ρFluido
ρ H 2O )
;
De: Diâmetro equivalente para a perda de carga (vide tópico que aborda a
análise geométrica do equipamento).
5. Aplicações:
As aplicações dos trocadores tipo Casco e Tubo apresentam as mais variadas aplicações,
tendo em vista as diversas configurações tanto no quesito tamanho quanto na variedade de peças
que este tipo de trocador pode ser constituído. As aplicações dos Trocadores de Calor Casco e
Tubo vão desde indústrias farmacêuticas, de insumos plásticos, a indústrias de base como
indústrias petrolíferas e de produção de cimento. Além disso, esses possuem grande
aplicabilidade nas indústrias de geração e reaproveitamento de energia.
Tratando-se especificamente dos Trocadores de Calor Casco e Tubo com configuração
de casco AEP, é possível encontrar na literatura a aplicabilidade deste equipamento na indústria
de resfriamento de ar atmosférico para separação de gases e circulação de fluídos altamente
corrosivos ou materiais com muita capacidade de incrustação. (10) No geral, são usados para a a
separação de oxigênio para a indústria do aço e microchips e para indústrias farmacêuticas e de
alimentos, fazendo transferências em fluidos com fatores biológicos.
6. Referências Bibliográficas
1) Site ARVENG training & engineering - BASICS OF SHELL & TUBE HEAT
EXCHANGERS: https://arvengtraining.com/en/basics-of-shell-tube-heat-exchangers/
2) Site Research Gate: https://www.researchgate.net/figure/Shell-and-tube-heat-
exchanger-structure-concept_fig1_326242961
3) Site Xylem Inc. - C500 – TEMA type AEP or BEP, removable bundle, internal clamp
split ring, floating head shell & tube heat exchanger: http://www.standard-
xchange.com/custom-shell-tube/c500-removable-bundle-internal-bolting-shell-tube-
heat-exchanger/
4) Site Tubular Exchanger Manufacturers Association, Inc. (TEMA):
http://kbcdco.tema.org/
5) Site WixEQ - configuracao-norma-tema-1:
http://www.wixeq.com/wp-content/uploads/2017/12/configuracao-norma-tema-1.png
6) NATHALIA KAPPAUN VIEIRA - Meta-Heurística Bio-inspirada para otimização de
trocador de calor casco-tubo:
https://eventos.ufpr.br/smne/SMNE2017/paper/viewFile/556/183
7) LOG MEAN TEMPERATURE DIFFERENCE (LMTD or ΔTLM or ΔTmean ) (PG.6):
neit.instructure.com
8) Site: Every China - AEP, TEMA, Floating Heat Exchanger for Costa Rica: http://dfc-
tank.sell.everychina.com/p-108164052-aes-tema-floating-heat-exchanger-for-costa-
rica.html
9) B. GERSON BICCA – Modelagem Hidráulica de Trocadores de Calor de Casco e
Tubos – Dissertação de Mestrado:
https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/13447/000640049.pdf?sequence=1
10) SOUZA, MONIQUE SILVEIRA: Análise térmica de um trocador de calor do tipo
casco e tubos para resfriamento do resíduo de uma unidade de destilação atmosférica -
Trabalho de conclusão de graduação (pg. iv; pg. 4):
http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10009762.pdf
11) UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - Unidade de produção de propilenoglicol a partir de
óxido de propileno – Projeto de Engenharia (pg.131):
https://bdm.unb.br/bitstream/10483/24675/1/2017_Unidade_producao_propilenoglicola
_tcc.pdf
12) http://termo.furg.br/JAA/EqTer/Ap11B.pdf