Dimensionamento Do Cilindro Hidráulico
Dimensionamento Do Cilindro Hidráulico
Dimensionamento Do Cilindro Hidráulico
2 Apresentação............................................................................................................................................... 2
3 Pressão de trabalho ..................................................................................................................................... 2
4 Diâmetro comercial necessário ao cilindro ................................................................................................. 2
5 Dimensionamento da haste segundo catálogo Parker................................................................................ 3
5.1 Tipo de montagem do cilindro ............................................................................................................ 3
5.2 Fator de curso ...................................................................................................................................... 4
5.3 Exemplo de uso do gráfico para determinar o diâmetro da haste do cilindro ................................... 5
6 Dimensionamento da haste segundo o critério de Euler ............................................................................ 8
6.1 Exemplo de cálculo do diâmetro da haste do cilindro pelo critério de Euler ..................................... 9
7 Velocidade da haste e vazão do fluido ...................................................................................................... 10
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2 Apresentação
O dimensionamento apresentado nesta apostila segue as orientações da Parker (Cilindros Hidráulicos
séries 2H, HMI e HMD) e o livro “Automação Hidráulica” de Arivelto Bustamante Fialho.
• Curso do cilindro;
• Pressão de trabalho.
3 Pressão de trabalho
Segundo a NFPA (National Fluid Power Association), os sistemas hidráulicos podem ser classificados
de acordo com a pressão nominal de acordo com a Tabela 1:
A partir da pressão nominal, Pn, deve-se obter a pressão de trabalho estimada, Ptb, que é dada pela
pressão nominal menos uma perda de carga estimada entre 10 a 15 por cento. Assim, adotando 15%, tem-se:
4. 𝐹𝑎
𝐷=√ (2)
𝜋. 𝑃𝑡𝑏
O cilindro comercial deve ser maior que o diâmetro D calculado.
Após obter o diâmetro comercial, deve-se recalcular a pressão de trabalho que será regulada
indiretamente, visto que é a pressão nominal que é controlada na válvula de alívio.
2
4. 𝐹𝑎
𝑃𝑡𝑏 = ( ) (4)
𝜋. 𝐷 2
3
5.2 Fator de curso
O fator de curso é um valor que varia em função do tipo de montagem e tipo de fixação do cilindro,
vide
Tabela 2. Seu valor varia de 0,5 até 4,0 e é utilizado para o cálculo do comprimento básico.
O comprimento básico é obtido com o produto do curso real do cilindro e o fator de curso (Tabela 2).
A Figura 2 é utilizada para a determinação do diâmetro mínimo da haste para que não haja flambagem.
Outro dado de entrada para a determinação do diâmetro da haste é a força axial aplicada no avanço.
O valor da força é a área total do êmbolo pela pressão de trabalho do sistema.
Assim, com o valor da força e o comprimento básico, obtém-se o diâmetro mínimo da haste. O valor
será a medida mais próxima acima do ponto entre o cruzamento do comprimento básico e a força axial.
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Figura 2 - Seleção da haste e tubo de parada
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Como a haste do cilindro tem diâmetro 25,4mm, o diâmetro do êmbolo deve ser maior que isso. Ao
consultar o catálogo de cilindros Parker (página 4), é possível encontrar as informações apresentadas na
Figura 4:
O diâmetro acima de 25,4mm é 38,1mm (2 ½”). No entanto, de acordo com as informações contidas
na Figura 4, para esse diâmetro não tem disponível o curso de 2000 mm. Assim, deve-se selecionado o cilindro
com diâmetro 82,6 mm (3 ¼”) e especificar uma haste que seja maior do que 25,4mm.
Portanto, o cilindro selecionado será com êmbolo de 82,6mm e haste 34,9mm. A Figura 5 pode ser
utilizada para consultar as várias combinações existentes entre diâmetro de êmbolo e diâmetro das hastes
existentes.
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Figura 5 - Pressões máximas nos cilindros
𝑃𝑛 = 1,15. 𝑃𝑡𝑏
𝑃𝑛 = 1,15.3,7 = 4,26 𝑏𝑎𝑟
Fim do exemplo
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6 Dimensionamento da haste segundo o critério de Euler
𝜋 2 . 𝐸. 𝐽 (6)
𝐾=
𝜆2
Se na extremidade da haste do cilindro, houver uma carga de valor K, ocorrerá flambagem da haste.
Portanto, o valor da carga sempre deve ficar bem abaixo. Para isso, será usado um fator de segurança,
S = 3,5.
Assim,
𝐾 (7)
𝐹𝑎 =
𝑆
𝐾𝑑ℎ4 . 𝜋 (8)
𝐽=
64
(9)
64. 𝑆. 𝜆2 . 𝐹𝑎
4
𝑑ℎ = √
𝜋3. 𝐸
Após a determinação do diâmetro da haste, dh, é preciso verificar o diâmetro comercial. Para cada
diâmetro de êmbolo do cilindro oferecido pelo fabricante, existem dois ou três diâmetros de hastes possíveis
de serem usados.
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Tabela 3 - Comprimento livre de flambagem [] em cm
De acordo com a Tabela 3, a montagem do tipo D corresponde ao “Caso 2”, logo, =L.
4 64.3,5.2002 .2000
𝑑ℎ = √ 𝜋3 .2,1.107
= 2,29 cm ou 22,9 mm.
Comparando com o exemplo da seção 4.3, o valor obtido pelo critério de Euler foi um pouco menor,
visto que anteriormente a haste deveria ter um diâmetro de 25,4mm.
Ao verificar os cilindros que possuem curso de 2m, o menor deles possui diâmetro 82,6 mm. E para
este, a menor haste possui 34,9 mm. Então, este seria o cilindro especificado.
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7 Velocidade da haste e vazão do fluido
Um dos fatores que deve ser verificado é a velocidade do fluido nas conexões de entrada e saída. Esta
velocidade é resultado direto da velocidade da haste e da relação entre as áreas do cilindro.
Todos os diâmetros de cilindros possuem conexões padrões de entrada e saída do óleo. Em uma
determinada aplicação, a velocidade desejada da haste pode requerer uma vazão de óleo que não seja
compatível com os diâmetros das conexões padrões de entrada e saída de óleo do cilindro escolhido.
Se isto acontecer, haverá uma perda excessiva de pressão nas conexões acarretando redução da força,
da velocidade da haste, gerando turbulência e provocando choques hidráulicos. Neste caso, é necessário que
seja solicitada à fábrica a construção do cilindro com conexões de diâmetro maior de acordo com a vazão do
óleo.
Nas aplicações com velocidades diferentes de avanço e recuo da haste, deve-se levar em consideração
a intensificação da vazão durante o recuo da haste, devido a diferença de áreas.
Na Tabela 4, encontram-se as velocidades máxima de avanço da haste, para cada diâmetro de cilindro
(série 2H) com conexão padrão e velocidade do óleo de 5m/s na conexão de entrada.
Da mesma forma, os tubos de alimentação do óleo devem ser redimensionados para diâmetros
compatíveis com a vazão. Veja na tabela os diâmetros internos recomendados em função da vazão máxima
do óleo.
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