Estabilidade Provisória
Estabilidade Provisória
Estabilidade Provisória
Estabilidade provisória é o período em que o empregado tem seu emprego garantido, não podendo
ser dispensado por vontade do empregador, salvo por justa causa ou força maior.
CIPA
De acordo com o artigo 10, inciso II, alínea "a" do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias
da Constituição Federal/88, o empregado eleito para o cargo de direção de comissões internas de
prevenção de acidentes, desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato,
não pode ser dispensado arbitrariamente ou sem justa causa.
GESTANTE
O artigo 10, II, "b" do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal/88
confere à empregada gestante a estabilidade provisória, desde a confirmação da gravidez até cinco
meses após o parto.
DIRIGENTE DE COOPERATIVA
A Lei nº 5.764/71, art. 55, prevê que “os empregados de empresas que sejam eleitos diretores de
sociedades cooperativas por eles mesmos criadas gozarão das garantias asseguradas aos dirigentes
sindicais pelo art. 543 da CLT” – ou seja, desde o registro da candidatura até um ano após o término
de seu mandato.
ACIDENTE DO TRABALHO
De acordo com o artigo 118 da Lei nº 8.213/91, o segurado que sofreu acidente do trabalho tem
garantida, pelo prazo de 12 meses, a manutenção de seu contrato de trabalho na empresa, após a
cessação do auxílio-doença acidentário, independente de percepção de auxílio-acidente. Significa
dizer que tem garantido o emprego o empregado que recebeu alta médica, após o retorno do
benefício previdenciário.
Se você tem interesse pelo tema e deseja descobrir o que é a estabilidade provisória em uma rescisão por
doença ocupacional, continue a leitura deste artigo que vamos apresentar todos os detalhes.
Durante esse período, o trabalhador tem a garantia de emprego, o que quer dizer que ele não pode ser
demitido por vontade do empregador, com exceção apenas em caso de falta punível com a justa causa ou
força maior.
No entanto, nesses casos, existem algumas medidas que devem ser adotadas.
Quando o direito à estabilidade provisória é, de fato, confirmado, é possível ingressar com uma ação
reclamatória trabalhista.
Tal ação serve para solicitar a reintegração do empregado ao seu trabalho ou solicitar o pagamento de uma
indenização correspondente ao período da estabilidade, uma vez que não há a possibilidade legal de uma
empresa dispensar um funcionário (sem justa causa) que possui umas das estabilidades previstas em lei.
Ainda assim, é válido esclarecer que a conversão do período de estabilidade provisória no emprego em
indenização é admitida somente em determinadas situações, como quando não há compatibilidade entre o
funcionário e o empregador e, por essa razão, a convivência entre ambos no ambiente de trabalho se torna
insustentável, mas de acordo com o artigo 496 da CLT, apenas a Justiça do Trabalho tem competência para
adotar a referida decisão.
No caso em que a indenização é adotada, o empregador deve realizar o pagamento dos salários
correspondentes ao período de estabilidade provisória, assim como as demais verbas trabalhistas, como
férias, 13º salário, entre outros.
Por sua vez, quando há a reintegração do empregado dispensado em razão de determinação judicial, o
contrato de trabalho que estava em vigor deve ser reaberto, como se a demissão sem justa causa nunca
tivesse ocorrido.
Verifica-se que não há a necessidade de firmar outro contrato de trabalho, pois o anterior volta a ter
validade.
Apenas um profissional é capaz de identificar as melhores soluções de acordo com cada caso.
Atente-se aos pontos que apresentamos e fique por dentro do que está estabelecido em lei.
E agora, você já conhece todos os detalhes sobre a estabilidade provisória. Ainda ficou com alguma
dúvida? Fale conosco!
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- Estabilidade Provisória
1. Introdução
Estabilidade pode ser definida como o direito do trabalhador de permanecer no emprego, mesmo
contra a vontade do empregador, enquanto inexistir causa relevante que justifique a sua despedida.
Elas são adquiridas em decorrência de circunstâncias passageiras, para melhor proteção de alguns interesses
pessoais da sociedade.
Assim, a contar de 20/07/2006, data de publicação da citada lei, a empregada doméstica gestante
adquiriu o direito a estabilidade, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto, ou
seja, até cinco meses após o nascimento, não podendo, portanto, ser dispensada nesse período.
Para que o empregado tenha direito à estabilidade é necessário que a entidade sindical comunique
por escrito à empresa, dentro de 24 horas, o dia e a hora do registro da candidatura do seu
empregado e, em igual prazo, sua eleição e posse.
Nesse sentido ensina o TST, por meio da Súmula nº 369, adiante reproduzida:
"Súmula nº 369 - Dirigente sindical. Estabilidade provisória. (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs
34, 35, 86, 145 e 266 da SDI-1) - Res. 129/2005 - DJ 20.04.2005
I - É indispensável a comunicação, pela entidade sindical, ao empregador, na forma do § 5º do art. 543 da CLT.
(ex-OJ nº 34 - Inserida em 29.04.1994).
II - O art. 522 da CLT , que limita a sete o número de dirigentes sindicais, foi recepcionado pela Constituição
Federal de 1988. (ex-OJ nº 266 - Inserida em 27.09.2002).
III - O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de estabilidade se exercer na
empresa atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente. (ex-OJ nº 145 -
Inserida em 27.11.1998).
IV - Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, não há razão para
subsistir a estabilidade. (ex-OJ nº 86 - Inserida em 28.04.1997).
V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio,
ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da
Consolidação das Leis do Trabalho. (ex-OJ nº 35 - Inserida em 14.03.1994)."
Aos membros do Conselho Curador do FGTS, enquanto representantes dos trabalhadores, efetivos e
suplentes, é assegurada a estabilidade no emprego, desde a nomeação até um ano após o término do
mandato de representação, somente podendo ser demitidos por motivo de falta grave, regularmente
comprovada por meio de processo sindical.
2.5. Decenal
Aos empregados admitidos como não optantes pelo regime do FGTS anteriormente à Constituição
Federal de 1988 confere-se a estabilidade no emprego, desde que contem com 10 ou mais anos de
serviço na mesma empresa em 05/10/1988.
Aos membros do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS), enquanto representantes dos
trabalhadores em atividade, titulares e suplentes é assegurada a estabilidade no emprego, desde a
nomeação até um ano após o término do mandato de representação. Somente poderão ser demitidos
por falta grave, regularmente comprovada em processo judicial.
O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantido, pelo prazo mínimo de 12 meses, a
manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário,
independentemente de percepção de auxílio-acidente.
Assim, os afastamentos inferiores a 15 dias não geram estabilidade provisória em razão de lei e são
remunerados diretamente pela empresa.
Salientamos que o documento coletivo da respectiva categoria profissional deverá ser consultado
acerca da questão, diante da possibilidade de existência de cláusula que possa garantir estabilidade
ao referido empregado.
Ressaltamos que acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da
empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional, que cause morte, perda, ou redução
da capacidade para o trabalho, permanente ou temporária.
"Súmula nº 378 - Estabilidade provisória. Acidente do trabalho. Art. 118 da Lei nº 8.213/1991.
Constitucionalidade. Pressupostos. (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 105 e 230 da
SDI-1) - Res. 129/2005 - DJ 20.04.2005
Os empregados de empresas que sejam eleitos diretores de sociedades cooperativas por eles criadas
gozam das mesmas garantias asseguradas aos dirigentes sindicais, ou seja, é vedada a dispensa
desse empregado a partir do registro da candidatura a cargo de direção e, se eleito, ainda que
suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave.
Por força da Lei nº 11.340/06 (DOU de 08/08/2006), foram criados mecanismos para coibir e
prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher e entre as medidas de assistência e
proteção asseguradas, foi determinado que, para preservar a integridade física e psicológica da
mulher em situação de violência doméstica e familiar, o juiz lhe assegurará, entre outros, a
manutenção do vínculo trabalhista por até seis meses, quando for necessário o seu afastamento do
local de trabalho.
A mencionada Lei nº 11.340/06 entrou em vigor 45 dias após a sua publicação, ou seja, em
22/09/2006.
3. Estabilidade Provisória Convencional
É proibida a adoção de qualquer prática discriminatória e limitativa para efeito de acesso à relação
de emprego, ou sua manutenção, por motivo de sexo, origem, raça, cor, estado civil, situação
familiar ou idade, ressalvadas, neste caso, as hipóteses de proteção ao menor previstas no inciso
XXXIII, do art. 7º, da Constituição Federal.
I - exigência de teste, exame, perícia, laudo, atestado, declaração ou qualquer outro procedimento
relativo à esterilização ou a estado de gravidez;
Para os crimes de práticas discriminatórias, a legislação prevê pena de detenção de um a dois anos e
multa.
Não se trata exatamente de uma estabilidade provisória, mas sim, de uma garantia na qual o
legislador dificulta ou impede práticas discriminatórias.
Por serem as finalidades dos dois institutos, aviso prévio e estabilidade diversas e considerada ainda
a diversidade da natureza jurídica existente, é desaconselhável a concessão de aviso prévio ao
empregado que detenha período de estabilidade no emprego.
É inválida a concessão do aviso prévio na fluência da garantia de emprego, ante a incompatibilidade dos dois
institutos. (Res. 58/1996, DJ 28.06.1996)."
Existem turmas do TST que têm se posicionado no sentido de considerar possível a concessão de
aviso prévio durante o período de estabilidade, desde que o seu desligamento ocorra após a cessação
da garantia, ainda que por apenas um dia.
Caso ocorra a estabilidade adquirida no curso do aviso, também não é pacífico o entendimento no
sentido de ser ou não devido o direito à garantia de emprego uma vez que a concessão do aviso
prévio acarretou eficácia extintiva da relação de emprego.
Salientamos que somente a Justiça do Trabalho tem competência para adotar tal decisão, conforme
previsto no art. 496 da CLT.
Caso efetivamente ocorra a dispensa sem justa causa do empregado em gozo de estabilidade, esse,
sentindo-se prejudicado, poderá ingressar com reclamatória perante a Justiça do Trabalho,
pleiteando a imediata reintegração no emprego, cabendo ao Poder Judiciário analisar a legalidade
dessa pretensão e, se for o caso, ordenar tal medida.
6.2. Reintegração
Verifica-se que não é necessário firmar outro contrato de trabalho, prevalecendo as anotações já
existentes na ficha ou folha do livro de registro e na CTPS do empregado. Para tanto, orientamos as
empresas para que procedam à anotação da data da reintegração, na parte destinada às observações
da ficha ou folha do livro de registro e, na CTPS, em anotações gerais, o motivo da retificação.
Com relação aos valores recebidos pela empregada por ocasião da rescisão, como por exemplo,
férias, 13º salário, etc., entendemos que poderá haver a compensação dos valores pagos, conforme
acordo entre as partes ou determinação judicial, podendo inclusive ser pactuado que a empresa
deduzirá do montante a ser descontado da empregada os salários devidos pela empresa relativos ao
período entre a dispensa e a efetiva reintegração.
Ressaltamos que a legislação não estabelece de maneira clara, limite para desconto do empregado.
Assim, aplica-se, por analogia, o art. 82 da CLT e, neste caso, orientamos que o desconto não
poderá ultrapassar a 70% do salário efetivamente pago, ou seja, o empregado deve receber, pelo
menos, 30% do seu salário.
6.2.2. FGTS
A inobservância desse procedimento poderá acarretar problemas para a empresa, os quais, de acordo
com a CEF, deverão ser verificados diretamente no setor de fiscalização do Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE), uma vez que é esse o órgão que detém a competência da fiscalização do FGTS.
6.2.3. GFIP/SEFIP
6.2.4. Seguro-Desemprego
Com relação às parcelas do seguro-desemprego, temos orientação informal que o empregado deverá
restituir as parcelas recebidas desse benefício, se for o caso, devendo dirigir-se a esse setor levando
os documentos pessoais (CTPS, PIS, etc.) e o Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho (TRCT).
O setor preencherá um Termo de Ciência que deverá ser assinado pelo empregado, além do
Formulário de Restituição, que deverá ser apresentado na CEF.
O empregador, por medida de cautela, deverá fazer uma comunicação ao empregado orientando-o a
adotar esses procedimentos.
7. Encerramento do Estabelecimento
Nesta situação, as verbas correspondentes a uma dispensa sem justa causa, ou seja, saldo de
salários, férias vencidas e proporcionais, acrescidas de 1/3 constitucional, 13º salário, indenização
do tempo que faltar para o término da estabilidade provisória, período este que deverá ser projetado
para efeito do cálculo de férias e 13º salário, aviso prévio e FGTS, mais 40% sobre o seu total.