Mecanica Dos Fluidos em Meio Poroso

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ENGENHARIA

GEOLÓGICA Capítulo 2
Petróleo & Gás

MECÂNICA DOS FLUIDOS


P
EM MEIO POROSO
Plano temático

1. Definições de base

2. Propriedades físicas do meio poroso


3. Propriedades dos fluidos nas condições do
reservatório
4. Propriedades de interação entre rochas e
fluidos
5. Mecanismos de escoamento de fluidos de
reservatório
1. DEFINIÇÕES DE BASE
O que é um fluido

❑O que é um fluido?

• Um fluido é uma substância que se deforma


continuamente quando submetida a uma tensão de
cisalhamento, não importando o quão pequena
possa ser essa tensão.

• É uma substância que apresenta capacidade de fluir


ou escoar e não possui estrutura cristalina. Um
subconjunto das fases da matéria, os fluidos incluem
os líquidos, os gases, os plasmas e, de certa maneira,
os sólidos plásticos.
Mecânica dos fluidos

❑Mecânica dos fluidos

• A mecânica dos fluidos é a parte da física que


estuda o efeito de forças em fluidos.

• Os fluidos sujeitos a forças externas não nulas são


estudados pela hidrodinâmica.

• Os fluidos em equilíbrio estático são estudados


pela hidrostática;
Mecânica dos fluidos

❑Meio poroso

Um meio ou material poroso é um material


contendo poros (vazios ou espaços ditos ocos).

Os poros são tipicamente preenchidos com um fluido


(líquido ou gás).

A porção esquelética do material é frequentemente


chamada "matriz" ou "estrutura". E é normalmente
um sólido.
2. PROPRIEDADES FÍSICAS
DO MEIO POROSO
Propriedades físicas do meio poroso

As rochas que compõem as camadas petrolíferas


são caracterizadas pelas seguintes propriedades:

❑Porosidade
❑Permeabilidade
❑Composição granulométrica
❑Superfície especifica
❑Propriedades mecânicas
POROSIDADE
O que é porosidade?

A porosidade e a permeabilidade são propriedades


fundamentais das rochas.

❑Porosidade: é a medida da capacidade de


armazenamento da rocha. Esta quantidade de
armazenamento é que nos informa sobre quanto é
que uma rocha pode armazenar ou conter fluidos.

❑Permeabilidade: é a medida da capacidade de


filtração de uma rocha. Esta capacidade de
filtração informa-nos ou dá-nos a conhecer sobre
quão rápido podemos produzir um dado recurso.
Porosidade

Porosidade é a fração relativa do volume da rocha


ocupada por poros e que está ligada à capacidade da
rocha em reunir fluidos.

Quanto a formação dos poros a porosidade pode ser :


primária e secundária.

❑Porosidade primária ou original: é aquela que se


desenvolve no processo de deposição e da formação
da rocha sedimentar.
❑Porosidade secundária ou induzida, quando se
desenvolve por processos geológicos químicos ou
mecânicos posteriores á deposição.

❑A porosidade tem influência sobre a permeabilidade.


Porosidade

Considere um punhado de areia que contém grãos de areia


e espaço entre os grãos. O volume da areia é a soma do
volume dos grãos de areia mais o volume de espaço entre
os grãos.

❑ Qual é a diferença entre um punhado de areia e um


pedaço de arenito?

➢ O punhado de areia consiste em grãos soltos de areia.

➢ O arenito é tipicamente composto por uma variedade de


tamanhos de grãos que são cimentados por minerais que
precipitaram da água rica em minerais que ocupou o
espaço poroso por dezenas de milhares, talvez milhões,
de anos.
Porosidade

Esboço de um bloco de rocha com grãos de areia


preenchendo o bloco.

❑ Grãos pequenos podem preencher o espaço dos poros


entre grãos maiores e reduzir a porosidade do arenito.
Porosidade

Algumas rochas têm espaços porosos que não estão


conectados. Nos estudos de porosidade há maior
interesse nos poros conectados que contribuem para o
armazenamento comercial e a capacidade de fluxo.

VB = A. H

𝐕𝐁 : bulk volume (volume total, aparente ou a granel)


𝐀: área no plano horizontal
𝐇: espessura
Porosidade

❑O volume de espaço entre os grãos é chamado volume de


poros 𝐕𝐏 .

❑ Porosidade, ou coeficiente de ∅ é a razão entre o volume


de poros 𝐕𝐏 e o bulk volume 𝐕𝐁 :

VP soma do volume dos poros


∅= =
VB volume dos poros + volume dos grãos

• 30-40% do 𝐕𝐁 do arentio é volume aberto.


• Poros de sistemas de reservatórios comercialmente viáveis
variam de alguns por cento para xistos e carvões a cerca de
50% para formações de diatomáceas.
• As porosidades da maioria das formações convencionais de
petróleo e gás variam de 15 a 25%.
Porosidade
Tipos de rochas e sua porosidade:

Rochas Coeficiente de porosidade

Xistos argilosos 0,0054 -0,014

Agila 0,06 – 0,5

Areia 0,06 – 0,52

Grés (arenitos) 0,035 – 0,29

Calcários, dolomitos 0,005 – 0,33


Porosidade

Meios porosos e suas porosidades


Meio poroso Porosidade (%)
Carvão 2–3
Xisto 5–10
Arenitos <25
Calcários <25
Dolomitas <30
Areia solta (armazenadas no poço) 32–42
Diatomitos 40–6
Porosidade: Exemplo - exercício 1

Problema 1:
Um recipiente contém 500 ml de mármores. Em termos de
volume, os mármores podem ocupar um volume total de
500 ml. Quanta água deve ser adicionada para elevar o
nível da água ao topo dos mármores? Se for necessário
adicionar 200 ml. Calcule:
a) O volume de poros?
b) A porosidade?
c) O volume real dos mármores?
Solução:

a) Volume de poros = volume de água adicionada = 200ml;


b) Porosidade ∅ = 40%;
c) Volume dos grãos de mármore = 300ml.
Porosidade: Exemplo - exercício 2

Problema:
Uma amostra de arenito é cortada de forma limpa e
cuidadosamente medida em laboratório. A amostra
cilíndrica tem um comprimento de 3 polegadas. E um
diâmetro de 0,75 polegadas. A amostra é seca e pesada.
A amostra seca pesa 125g. A amostra é então saturada
com água doce. A amostra saturada com água pesa
127,95g. Converter os dados em SI e determinar a
porosidade da amostra de arenito. Negligenciar o peso do
ar contido na amostra seca e suponha que a densidade da
água seja igual à 1g / cc.

Solução: Porosidade ∅ = 13,6%


Porosidade

❑ A porosidade caracteriza-se pelo coeficiente de


porosidade total/absoluta:

VP VP : volumes dos poros na amostra;


∅=
V𝐵 VB : bulk volume.

❑ O coeficiente de porosidade mede-se em partes


da unidade e em percentagens:

VP
∅= ∗ 100
VB
Porosidade

❑ O valor do volume de poros e o coeficiente de


porosidade dependem de:

✓ Formas dos grãos;


✓ Formas das partículas que formam a rocha;
✓ Das suas dimensões;
✓ Da disposição;
✓ Da presença ou ausência de substancia
cimentadoras.

❑ Rochas compostas por grãos de diferentes formas e


dimensões tem um coeficiente de porosidade mais
pequeno. Os poros são preenchidos por grãos
mais pequenos.
Porosidade

❑ O coeficiente de porosidade em rochas, compostas


por grãos de tamanhos igual e de forma esferoidal,
não depende das dimensões dos grãos.
❑ Esse tipo de rochas apresentam um coeficiente de
porosidade que varia entre 26 e 48%.

As propriedades das rochas são determinadas em


grande escala pelas dimensões dos canais porosos,
que se subdividem em:

❑Capilares
❑Subcapilares
Porosidade

❑ Canais capilares
São canais que compreendem diâmetros entre
0,002mm – 0,5mm
❑ Canais sub capilares
São canais porosos com diâmetro menos de
0,0002mm
❑ Nas condições naturais as quedas de pressão não
provocam movimentação nos do fluido nos poros
subcapilares, devido a pequena distância entre as
paredes dos canais.

❑ O fluido esta todo sujeito a força de interação molecular


das paredes onde adere com muita estabilidade.
Porosidade

As argilas e areias possuem a mesma porosidade.


Argilas são impermeáveis

Canais subcapilares

Grés e areias

Canais mais grossos aumento da permeabilidade


Porosidade

❑ A porosidade diminui à medida que aumenta a


profundidade, devido à pressão criada pelas rochas
superiores.
❑ Nos poros fechados o fluido e o gás encontram-se
imoveis.
❑ Além do coeficiente de porosidade a que ter conta do
coeficiente de porosidade aberta ou efectiva:
Vab Vab: volume aberto dos poros;
∅e = Vv: volume visível total da rocha.
Vv
O coeficiente de porosidade é determinado a partir das
amostras extraídas durante o processo de sondagem do poço.
COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA
Composição granulométrica

❑Granulometria : é a distribuição de diferentes


partículas e sua medição. Ela é representada pela
percentagem da massa do sedimento em cada um
dos intervalos.

❑ O sedimento contém partículas de diferentes tamanhos,


onde certos intervalos recebem normas especificas
como argila, silte e areia. Este tamanho é definido a
partir do diâmetro das partículas, considerando elas
como se fossem esféricas.

❑ É o teor de grãos de tamanho diferente, que


compõem a mesma rocha.
Composição granulométrica

❑ Para materiais mais grossos é possível determinar a


distribuição por meio de peneiras (peneiração).

❑Peneiração
Usa um conjunto de peneiras de tela de arame ou
seda, variando o diâmetro dos orifícios 0,053 –
3,36mm.

As perneiras dispõem-se uma sobre as outras de tal


forma que as malhas mais grandes estejam por cima
Composição granulométrica

❑ Para partículas muito pequenas como siltes e


argila, a peneiração não seria atécnica adequada,
para tal recorrer-se a outras técnicas como a
analise granulométrica por sedimentação.

❑ Granulometria por sedimentação:


Esta técnica é aplicada usando a Lei de Stokes a qual
estabelece uma relação entre a velocidade de
sedimentação (deposição) e o tamanho das partículas.
Composição granulométrica

LEI DE STOKES:

“Quanto maior for a partícula em liquido, mais


rápido ela se depositará (sedimentará). E quanto
menor for ela, maior será o tempo de
sedimentação (o tempo de deposição será
lento).”

❑Exemplo: as argilas irão demorar mais para “afundar” as


siltes terão um tempo intermediário e as areias irão
“afundar” rapidamente.
Composição granulométrica

❑Da composição granulométrica depende:

✓ Porosidade
✓ Permeabilidade
✓ Superfície especifica do meio porífero
✓ Propriedade capilar, etc.

Da quantidade granulométrica depende a


quantidade residual do petróleo paniculiforme que
fica na camada depois da exploração do jazigo.

❑ Com base nos valores obtidos pela peneiração e


sedimentação constrói-se o diagrama da composição
granulométrica.
Composição granulométrica

❑Diagrama da composição granulométrica:


Percentagem mássica do passante em função da
granulometria.
Composição granulométrica

❑ Interpretação do diagrama da composição


granulométrica:

✓ Quando a curava se posiciona mais para a esquerda


(em direção aos menores valores) teremos um solo
com partículas muito finas (Curva A).

✓ Caso a curva esteja mais para direita (curva B)


o material é mais grosseiro;

✓ Curva C: o material apresenta pouca


diferenciação entre os tamanhos dos grãos;
Composição granulométrica

✓Curva: o material apresenta grande diferenciação:


▪ entre tamanhos e grãos;

✓Curava E: temos um intervalo sem grãos na porção


reta (quase horizontalmente) da curva.

O coeficiente de diferença dos grãos das rochas que


formam jazigos de petróleo e gás oscila entre 1,1 e
20,0.

Exercício de granulometria: traçar curvas com Excel e


Matlab.
PERMEABILIDADE
Permeabilidade das rochas

❑Permeabilidade:

O conceito de permeabilidade foi desenvolvido por


Henry Darcy em 1800 quando estudava o fluxo da
água através de filtros de areia para purificação de
água. Darcy descobriu que a taxa de fluxo é
proporcional a variação de pressão na entrada e na
saída de meios porosos.

❑A relação entre variação de pressão e taxa de fluxo


é conhecida como sendo a lei de Darcy:
Permeabilidade das rochas

Expressão matemática da Lei de Darcy:

K × A × ∆P
q=
μ × ∆L

𝑞: taxa de fluxo
𝐾: permeabilidade (m2)
𝜇 : viscosidade do fluido
∆𝑃: queda de pressão
∆𝐿: distância entre os pontos de pressão
Permeabilidade das rochas
Permeabilidade das rochas

A unidade de permeabilidade é chamada darcies.


Muitos reservatórios convencionais em arenito e
calcário usam millidarcies (md).

1darcy = 1000md

❑ Nos campos de petróleo usa-se a equação:

𝐾 × 𝐴 × ∆𝑃
𝑞 = −0,001127 ×
𝜇 × ∆𝐿
Permeabilidade das rochas

q: fluxo (taxa de fluxo) cm3/s |bbl/day


A: área de secção transversal cm2 | ft2
K: permeabilidade em darcies/ millidarcies (md)
-∆P: queda de pressão atmosférica | psi
μ: viscosidade (centipoise | cp)
L: comprimento em cm / ft
0,001127 é Factor de Conversão
Permeabilidade das rochas

❑ A permeabilidade é qualitativamente
proporcional a área de secção transversal
média dos poros no material poroso e a sua
dimensão é dada em área.

❑ A permeabilidade é a capacidade que as rochas


possuem de se deixarem atravessar por fluidos.

❑ A permeabilidade se caracteriza pelo


coeficiente de permeabilidade K (m2) no
sistema internacional.
Permeabilidade das rochas

❑ O coeficiente de permeabilidade se baseia na lei


de Darcy:
“A velocidade de filtração de um fluido no meio
poroso é diretamente proporcional a queda de
pressão ∆𝑃 e inversamente proporcional a
viscosidade 𝜇. "
𝐾 ∆𝑃
❑ A velocidade de filtração é dada 𝑣 = ×
𝜇 ∆𝐿

A unidade K no SI é m2 visto que a permeabilidade


dum meio poroso está a caracterizar a área de secção
dos canais que são os principais condutores de
filtração.
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Permeabilidade das rochas

❑ A permeabilidade dos reservatórios de petróleo


varia em grande escala mesmo dentro de uma
mesma camada.

❑ A permeabilidade da maioria dos jazigos de


petróleo oscila entre 0,1 e 2𝜇𝑚2 .
❑ As argilas e rochas argilosas são praticamente
impermeáveis;
❑ A permeabilidade das rochas de uma camada é
maior no sentido sua extensão do que no seu
sentido transversal; devido a densidade das rochas
perpendiculares à formação das camadas.
Permeabilidade das rochas

Os fluidos que permeiam os reservatórios durante a


fase de exploração são: petróleo, água, gás ou sua
mistura.

A permeabilidade de cada fase liquida ou gasosa


alterar-se-á em função da composição quantitativa e
qualitativa das fases misturadas.

❑ Para caracterizar a permeabilidade das rochas


petrolíferas são introduzidas as seguintes noções:
➢Permeabilidade absoluta
➢Permeabilidade efectiva
➢Permeabilidade relativa
Permeabilidade das rochas

❑ Permeabilidade absoluta:
É a permeabilidade em relação a uma só fase (gás ou
liquido) com a qual se preenche os espaços poríferos.
Não ocorrendo nenhuma interação físico-química
entre o meio poroso, liquido e gás.

❑ Permeabilidade eficiente / efectiva (de fase):

Diz respeito a permeabilidade de um liquido ou gás na


presença simultânea de duas ou mais fases.

➢ Depende das propriedades físico-químicas do


próprio espaço poroso, de cada fase e de cada
fase em separado.
Permeabilidade das rochas

➢ Depende do conteúdo percentual das fases no


sistema;
➢Depende dos gradientes de pressão existentes.

❑ Permeabilidade relativa:
É a relação entre a permeabilidade eficiente e a
absoluta.

Ex: curva de saturação do petróleo por água.


Saturação

❑ Saturação

❑ Os espaços de poros na rocha do reservatório são


ocupados por fases fluidas, incluindo fases de
óleo, água e gás.

❑ saturação é a fração do volume de poros que é


ocupada por qualquer fase.

Por exemplo: So, Sw e Sg são as saturações das fases


de óleo, água e gás, respetivamente.
Saturação

A saturação pode ser expressa como uma


percentagem ou como uma fração.
Para um reservatório com fases de óleo, água e gás, a
soma das saturações deve satisfazer a restrição:

1 = 𝑆𝑜 + 𝑆𝑤 + 𝑆𝑔
❑ A soma do espaço poroso ocupado por cada fase
deve ser igual ao espaço total poroso.
❑ Se apenas óleo e água estiverem presentes em um
reservatório, a saturação de gás 𝑺𝒈 =0 e
𝟏 = 𝑺𝒐 + 𝑺𝒘
Problema 3: saturação

Problema:
Um núcleo de arenito é completamente saturado
com 2,95 ml de água. O óleo é injetado no núcleo e
2,10 ml de água são coletados do núcleo. Quais são
as saturações de óleo e água no núcleo?

Solução:
SUPERFÍCIE ESPECIFICA
Superfície especifica da rocha

❑ Superfície especifica
É à soma das superfícies das partículas que ocupam
um determinado volume de uma amostra.

O facto dos grãos terem pequenas dimensões e


serem muito compactos, aumenta o espaço porífero
das rochas.

Por exemplo: grãos de uma forma esferoidal regular


com uma dimensão de 0,2mm, que ocupam 1m3 de
areia homogenia tem uma superfície especifica de
igual à 20276m2.
Superfície especifica da rocha

Dependem da extensão da superfície da rocha


petrolífera:
✓ Permeabilidade;
✓ O teor de água intersticial;
✓ Capacidade de adsorção.

❑ Superfície especifica da rocha ou área especifica


da superfície de filtração das rochas petrolíferas
pode ser calculada com propósitos práticos e de
maneira bastante exata.
Superfície especifica da rocha

7000 × ∅ × ∅
𝑆𝑒𝑠𝑝 =
𝐾
𝑆𝑒𝑠𝑝 : superfície especifica da rocha (m2/m3)
∅: porosidade em frações decimais
K: permeabilidade
❑ Nos jazigos comercialmente viáveis a 𝑆𝑒𝑠𝑝 varia
desde 40000 até 230000m2/m3.
❑ Rochas com 𝑆𝑒𝑠𝑝 > 230000m2/m3 são
impermeáveis.
Por exemplo: argilas, areias, argilas, xistos argilosos, etc.
PROPRIEDADES DAS
ROCHAS FISSURADAS
Propriedades das rochas fissuradas

❑ As propriedades reservatórias de numerosas


rochas não dependem só da porosidade
intergranular, depende também da extensão das
fraturas ou fissuras.

❑ Rochas reservatório carbonáticas densas,


sedimentos terrígenos, não deixam passar o
fluido ou gás, até que sejam fraturadas.

❑ A qualidade das rochas fissuradas como


reservatório determinam-se pela:
➢ Abertura;
➢ Quantidade e densidade das fraturas.
Propriedades das rochas fissuradas

❑ A densidade das fracturas em qualquer ponto


das camadas é caracterizada pela densidade
volumétrica das mesmas (mesma = fracturas):

∆S
ρfractura =
∆V

∆𝑺: metade da superfície de todas as fracturas num


volume elementar;

∆𝑽: volume elementar


Propriedades das rochas fissuradas

❑Porosidade das rochas fissuradas:

∆S
∅f = h × = h. F
∆F

∅𝒇 : porosidade das fracturas (frações decimais)


h: altura de uma fractura aberta (mm)
∆F : volume da mostra.
Propriedades das rochas fissuradas

❑Permeabilidade das rochas fissuradas

𝐾𝑓 = 85000ℎ2 × ∅𝑓

K f : coeficiente de permeabilidade da rocha fissurada.

❑ A permeabilidade das fissuras é muito alta .

Exemplo: com h=0,1mm


∅f =0,01
𝐾𝑓 =8,5𝜇𝑚2
Propriedades das rochas fissuradas

❑ A permeabilidade e a porosidade das rochas


fissuradas avaliam-se com base no estudo de
secções polidas e da medição do volume das
fracturas saturando as com um fluido.

❑ Com este fim também se podem usar os


resultados das leituras de fluxímetros e
registadores de fluxo obtidos durante os ensaios
de exploração dos poços.
PROPRIEDADES DAS
MECÂNICAS DAS ROCHAS
Propriedades das mecânicas das rochas

❑ Numerosas processos que ocorrem na


camada no momento de sondagem e
exploração dependem das propriedades
mecânicas das rochas:

✓Elasticidade;
✓Resistência à compressão e ruptura;
✓Plasticidade.
Propriedades das mecânicas das rochas

❑ Elasticidade:
Sabe-se que ao diminuir a pressão reservatorial
diminui, sob acção da massa das rochas
suprajacentes, o volume do espaço porífero, devido
a expansão elástica dos grãos da rocha e à
densificação estrutural das mesmas rochas,
factores estes que influem no deslocamento do
fluido dos poros.

❑A elasticidade das rochas mede a capacidade


delas se alterarem sobre pressão.
Propriedades das mecânicas das rochas

❑ Resulta que o volume dos poros influa na


redistribuição desta pressão durante a exploração
do petróleo.

❑As propriedades das elásticas das rochas


caracterizam-se pelo factor compressibilidade :

❑Se uma amostra de rocha for sujeita a uma pressão


exterior, reduz-se o seu volume e o seu espaço
poroso.

❑ Ao cessar o efeito da pressão exterior


restabelecem-se o volume e o espaço poroso até
atingir os valores anteriores.
Propriedades das rochas fissuradas

❑ A alteração do volume da maioria das rochas


decorre de acordo com a lei de Hook:

∆𝑉 𝑉
= 𝛽 × ∆𝑃 𝛽=
𝑉𝑜 𝑉𝑜 × ∆𝑃

∆V: alteração do volume dos poros da rocha (m3)


∆P : modificação da pressão (Pa)
β: coeficiente de elasticidade cubica da rocha (1/Pa)
Propriedades das rochas fissuradas

❑ O coeficiente de elasticidade cúbica dum espaço


porífero carateriza caracteriza a alteração relativa
do volume do espaço porífero, se a pressão variar
em 1Pa.

❑ De acordo com os dados obtidos no laboratório,


𝛽 das rochas petrolíferas varia de 0,3 *10E-4 até
2*10E-4 1/MPa.
Propriedades mecânicas das rochas

❑ Dureza duma rocha:


Por dureza de uma rocha compreende-se a sua
resistência a destruição mecânica.

❑ A dureza dos calcários diminui com o aumento


de números de partículas argilosas.

❑ A resistência de uma rocha à compressão é dez a


cem vezes superior à resistência a resistência da
mesma em relação a flexão e ruptura.
Propriedades mecânicas das rochas

❑ O grés com cimento, de entre as rochas


calcarias, é que oferece a menor
resistência a compressão.

❑ Com o aumento da densidade das rochas


cresce a sua resistência à compressão.

❑A dureza dos calcários e dos grés diminui entre


20 e 45%, após ficarem saturados por água.
Propriedades mecânicas das rochas

❑As propriedades elásticas das rochas, isto é, a


capacidade de se deformarem sob acção de
grandes pressões, sem fracturarem ou sofrerem
notáveis distúrbios estruturais, manifestam-se
durante as sondagens em poços sob acção de alta
pressão desenvolvidas pelas rochas superiores.

❑A formação na zona cortical de dobramentos com


suaves encostas, concavidades e convexidades é
também devida às propriedades elásticas das
rochas.
Propriedades mecânicas das rochas

❑ Compressibilidade do volume dos poros

Problema de subsidência em Long Beach:


A cidade de Long Beach, Califórnia, afundou nas décadas
de 1940, 1950 e 1960, quando petróleo e água foram
bombeados das formações subjacentes, no Campo
Petrolífero de Wilmington. Com um afundamento, ou
subsidência, variou de centímetros a 29 ft. Problemas
consideráveis surgiram com danos a estradas, prédios e
poços. Inundações extensas ocorreram na área.
Propriedades mecânicas das rochas

❑A causa da subsidência foi a compressão do


volume de poros nas formações de
subsuperfície.

❑A compressão do volume dos poros coincidiu


com a extensa produção de petróleo e a
redução na produção de formações.
Propriedades mecânicas das rochas

❑Solução para a subsidência:


A partir de meados da década de 1960, os
produtores de petróleo eram obrigados a injetar
cerca de 1,05 barris de água no campo de
Wilmington por cada barril de petróleo e água
produzido. A injeção de água interrompeu a
subsidência da superfície. E a maior parte da
elevação da superfície perdida foi recuperada.
Propriedades mecânicas das rochas

❑Subsidência é um problema comum em


operações de petróleo e gás, mas é geralmente
muito menor do que a subsidência vista na área
de Long Beach.

❑A quantidade de subsidência depende da força


e espessura das rochas das formações
produtoras.
Propriedades mecânicas das rochas

❑ A força da rocha pode ser medida em termos


de compressibilidade do volume de poros:

1 ∆𝑉𝑃
𝐶𝑓 = ×
𝑉𝑃 ∆𝑃

𝑪𝒇 : compressibilidade dos poros


𝑉𝑃 : volume dos poros
𝑷: pressão no volume dos poros
Propriedades mecânicas das rochas

❑ A compressibilidade do volume dos poros é


positiva.

❑ O volume dos poros aumenta à medida que a


pressão no volume dos poros aumenta. E diminui
quando a pressão no volume dos poros diminui.

❑ Um decréscimo no volume de poros conduz a


uma diminuição correspondente no volume de
massa.

❑ 𝐶𝑓 também é denominada compressibilidade da


formação, varia de 10*10E–6 psi -1 a 60 *10E–6 psi – 1
A

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