Trabalho Final de PEM - Relatório - Grupo 5
Trabalho Final de PEM - Relatório - Grupo 5
Trabalho Final de PEM - Relatório - Grupo 5
TRABALHO FINAL
Proposta de uma plataforma elevatória motorizada para auxílio de pessoas
portadoras de nanismo em atividades domésticas.
Alunos:
Arthur Henrique Rezende Vieira – 11411EMC030
João Antônio Resende Tiago – 11411EMC057
Mateus Silva Bernardes – 11421EMC002
Pedro José Sousa de Carvalho – 11411EMC041
Junho de 2021
Uberlândia
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SUMÁRIO
1)Introdução.....................................................................................................................3
2) Nanismo: o que é e principais sintomas e causas......................................................4
3) Motivação.....................................................................................................................8
4) Revisão Bibliográfica e Projeto..................................................................................9
5) Dimensionamento......................................................................................................14
6) Conclusão...................................................................................................................31
7) Referências Bibliográficas........................................................................................32
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1) Introdução
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2) Nanismo: o que é e principais sintomas e causas
O nanismo é consequência de alterações genéticas, hormonais, nutricionais e
ambientais que faz com que o corpo não cresça e se desenvolva como deveria, fazendo
com que a pessoa tenha uma altura máxima abaixo da média da população da mesma
idade e sexo, podendo variar entre 1,40 e 1,45 m.
O nanismo pode ser caracterizado por baixa estatura, membros e dedos curtos,
tronco longo e estreito, pernas arqueadas, cabeça relativamente grande, testa proeminente
e cifose e lordose acentuadas.
Figura 1 – A inclusão acontece quando se aprende com as diferenças e não com as igualdades. (Paulo Freire)
Normalmente, o nanismo não tem cura, mas o tratamento pode aliviar algumas
das complicações ou corrigir deformidades que podem surgir com o desenvolvimento da
criança. Além da diminuição da altura corporal, os diferentes tipos de nanismo podem
causar outros sintomas como:
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I) Nanismo proporcional
Normalmente os sintomas deste tipo aparecem nos primeiros anos de vida, uma
vez que sua principal causa é uma alteração na produção do hormônio do crescimento,
que está presente desde o nascimento. Os sintomas incluem:
Na maioria dos casos, o diagnóstico é feito pelo pediatra logo após o nascimento
ou durante as consultas da infância.
A maior parte dos casos deste tipo de nanismo é provocada por uma alteração na
formação de cartilagem, chamada de acondroplasia. Nestes casos, os principais sintomas
e sinais são:
Além disso, quando é causado por outras alterações, como mutações nos
cromossomas ou má-nutrição, o nanismo desproporcional também pode provocar
pescoço curto, peito arredondado, deformidades dos lábios, problemas de visão ou
deformidades dos pés.
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2.1) Como é feito o diagnóstico
Todos os casos devem ser avaliados pelo médico, de forma a identificar possíveis
complicações ou deformidades que precisem ser corrigidas. No entanto, alguns dos
tratamentos mais utilizados incluem:
Além disso, quem sofre com nanismo deve fazer consultas regulares,
especialmente durante a infância, para avaliar o surgimento de complicações que possam
ser tratadas, de forma a manter uma boa qualidade de vida.
Figura 2 -Somos todos gigantes, independente da altura (Slogan que deu nome a um movimento que se transformou
no Instituto Nacional de Nanismo INN).
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2.3) Os problemas e os preconceitos enfrentados pelos portadores de
nanismo na nossa sociedade
A vida social comum não é adaptada para as pessoas desviantes como os anões,
os cadeirantes, os deficientes visuais ou auditivos, etc. e estas pessoas acabam sofrendo
um pouco mais para se adaptarem à vida cotidiana. Além disso, as discriminações sociais
acrescentam outras dificuldades a elas.
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3) Motivação
Por outro lado, como dito anteriormente, a falta de soluções viáveis voltadas ao
público portador de nanismo serviu de motivação aos integrantes do grupo neste
trabalho. Nesse sentido, propõe-se um sistema mecânico que atenda essas pessoas
auxiliando-as em atividades domésticas simples, tornando-as ainda mais independentes
em seus afazeres. Nesse sentido, o projeto visa atender também num olhar financeiro,
sendo o mais barato possível de maneira a atender mais ainda esse público.
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4) Revisão Bibliográfica e Projeto
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f = 1,166 * M (Equação IX)
𝐷𝐸 = 𝐷𝑝 + (2 ∗ 𝑀) (Equação XIII)
O passo aparente (Pa) pode ser obtido através de relações e com o Diâmetro
primitivo (Dp) e também com o Passo normal (Pr):
𝑃𝑟 (𝐷𝑝 ∗ 𝜋)
𝑃𝑎 = = (Equação XIV)
𝑐𝑜𝑠 𝛼 𝑍
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O projeto trata-se de uma plataforma elevatória motorizada acionada por um
motor de maneira a elevar a altura do operador conforme mostra as Figuras 3 e 4.
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rosca esquerda. Tal peculiaridade permite que, quando haja o movimento de rotação
da barra roscada, ocorra a elevação da plataforma, e quando invertido o sentido de
rotação tem-se a descendência da plataforma. Esse sistema se assemelha com o
macaco de um carro utilizado na troca de pneus.
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A elevação da plataforma é composta por 8 hastes de mesmo tamanho dispostas
conforme ilustram as Figuras 5 e 6. Estas são acopladas nas estruturas inferior e superior
da plataforma a partir de cantoneiras que são fixadas por parafusos. Ainda, de maneira
a tornar possível o movimento de rotação entre elas, pinos são usados nas juntas. No
presente trabalho, o dimensionamento limitou-se apenas ao que foi proposto em sala de
aula e em reuniões com o Prof. Dr. Cleudmar Amaral de Araújo.
Dada a complexidade de cálculo que foge dos objetivos deste trabalho, não estão
sendo levados em consideração situações extremas envolvendo torções, flexões ou a
combinação destes esforços sobre as hastes, os tipos de parafusos e o peso excedente
que deverá ser suportado.
Por fim, é importante garantir a segurança para o operador deste sistema. Dessa
maneira, conforme as normas regulamentadoras, um guarda corpo foi elaborado na
estrutura superior como foi mostrado nas Figuras 3 e 4. Deve-se ainda, realizar
adequações referente a proteção de partes móveis, trabalho que será realizado
futuramente com a sequência do projeto.
5) Dimensionamento
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Para o sistema montado, admitiu-se que a plataforma de elevação tem uma
velocidade de 0,125m/s (levam 8 segundos para a plataforma fazer o seu trajeto
completo), onde a parte que se movimenta tem um peso estipulado em 90,5 kg, sendo 39
kg da chapa, 14 kg das barras de proteção e 37,5 kg das barras de apoio. Foi considerado
também uma carga de no máximo 78 kg (levando em conta uma pessoa com nanismo e
obesidade). O material usado foi Aço. Adotou-se um motor Leroy Somer MBT86VL,
com rotação de 1300 rpm e potência de 280 W.
• Confiabilidade de 95% a 109 ciclos;
• Fator de sobrecarga unitário (Ko = 1);
• Φ = 20º (ângulo de pressão);
• Z pinhão mínimo = 30 dentes;
• Número de qualidade (Qv) de 6;
• Material Grau 1;
• Fator de espessura de borda unitário (Kb = 1; mb ≥ 1,12);
• Diâmetro do tambor de 6,25 cm;
• Diâmetro da coroa 25 cm;
• Supor 6:1 relação de transmissão máxima para um par simples de ECDR;
• Considerou-se o módulo 6 para todas as engrenagens cilíndricas de dente reto.
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→Dimensionamento do primeiro par:
Z1 = 30 dentes
𝑍2
𝑖1 = → Z2 = 180 dentes
𝑍1
𝑛𝑝1 6
n1 = np2 → 𝑛 = 1 → n1 = (nm / 6) = 22,69 rad/s
𝑝2
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σc =
Onde:
Ze = coeficiente elástico
Wt= é a carga tangencial transmitida
dw1= diâmetro pinhão
b= largura pinhão
Zr= fator de condição de superfície
Zi= tator geométrico de resistência à corrosão
Kh= fator de distribuição de carga
Ko= fator de sobrecarga
Kv= fator dinâmico
Ks=fator de tamanho
σc= tensão de contato
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Substituindo, têm-se que B= 0,8255 e A= 67,84.
• O fator de tamanho (Ks) leva em conta uma possível não uniformidade nas
propriedades do material devido ao tamanho das engrenagens, onde:
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Adotando-se o valor de 4p (valor médio), tem-se:
F = 4*p = 4* 𝜋 *m = 75,4 mm
P = 4* 𝜋/F = 166,66 m
Onde:
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→ Cmc = 1, pois os dentes não possuem coroamento ou acabamento.
→Cpf = [F/(10d)] – 0,0375 + 0,0125 * F
→F = 0,0754 m
→d = 0,18 m
Assim, Cpf = 0,00533, e Cpm = 1, pois o pinhão é montado com S1/S < 0,175.
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➔ Cma = 0,175
➔ Ce =1, pois se trata de um engrenamento comum
Assim, KH= 1,18
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Assim, terá-se que Zi = 0,129.
• Com relação ao fator de condição de superfície (ZR), não existem valores
recomendados. O valor a ser adotado irá depender do acabamento superficial e
das tensões residuais. Vai ser adotado o valor de ZR=1.
• Para a força tangencial de Wt, é utilizada a seguinte equação:
Assim, como:
σc =
Substituindo os valores encontrados, tem-se que σc =64,66 Mpa.
• Para o cálculo da tensão admissível de contato:
Onde:
Sc = é o estresse de contato admitido;
Zn = é fator de ciclo de vida;
Zw = taxa de fatores de dureza de resistência a corrosão;
Y0 = fatores de temperatura;
Yz = fatores de reabilidade;
Sh = fator AGMA de segurança.
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Assim, tomando HB = 320; σHP = 150000psi = 1034,21 Mpa.
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• Para o fator de temperatura (Yθ), para T ≤ 250 ºF (120 ºC), usa-se Yθ = 1, e não há
valores pré-definidos.
• Para o fator de confiabilidade (YZ), Para R= 0,95, YZ = 0,89.
Com esses resultados, pode-se agora obter o valor da tensão admissível de contato
e também do coeficiente de segurança:
1034,21 ∗ 0,85 ∗ 1 987.73 987,73 987,73 987,73
σc,all = = → 𝑆𝐻 = = = = 3,82
𝑆𝐻 ∗1∗0,89 𝑆𝐻 σc,all σc 4∗ 64,66
→𝑆 2 𝐻𝑃 = 14,59
Portanto, utilizando um módulo de 6, nas condições impostas, mais o acréscimo
de uma condição extra de projeto igual a 4, o par estaria dimensionado, uma vez que, em
geral, recomenda-se utilizar um valor de segurança quadrática no contato no mínimo igual
a 2.
3º PASSO: Para comparação com flexão.
Verificação quanto a resistência à flexão para o pinhão:
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• Fator Geométrico de Resistência à flexão (Yj):
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Z1 = 30; Z2 = 180 → Yj =0,395
Assim:
1 1,18 ∗ 1
σ = 137,13 * 1 * 1,24 *1* 0,0754 ∗ 6 * = 17,52 Mpa
0,395
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• Resistência à flexão AGMA:
Pela figura: σFP = 0,594 * HB +87,76 → σFP = 277,84 MPa
Assim:
277,84 ∗ 0,938 292,8
σall = =
𝑆𝐹 ∗ 1 ∗ 0,89 𝑆𝐹
Logo:
𝟐𝟗𝟐,𝟖
SF = = 4,178
𝟒 ∗ 𝟏𝟕,𝟓𝟐
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Onde:
Ze, Wt, Ko, Kv, Ks, Zr, Z1 se mantém
b=150,8mm
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• Com isso temos que:
137,13∗ 1 ∗ 1,24∗1∗1,12∗1
σ= 150,8∗6∗0,46
= 0,4576 Mpa
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277,84 ∗ 0,938
σall= => Sh=292.825/4*0,4576 => Sh=159,9785
4∗𝑆𝐻 ∗1∗0,89
Dessa forma, conclui-se finalmente que o módulo 6 é aplicável para esse projeto,
uma vez que também satisfaz com segurança o projeto da coroa, utilizando-se uma
condição extra de projeto igual a 4, para melhor ajustar o coeficiente de segurança.
Para o dimensionamento, foi considerado apenas um par de engrenagens.
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6) Conclusão
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7) Referências Bibliográficas
• ABC MED (Piauí). Entenda as causas do nanismo, como ele evolui e qual o
tratamento indicado. 2015. Disponível em:
https://cidadeverde.com/noticias/205886/entenda-as-causas-do-nanismo-como-ele-
evolui-e-qual-o-tratamento-indicado. Acesso em: 03 maio 2015.
• VINÍCIUS LEMOS (São Paulo). Bbc News Brasil. 'Fui chamada de monstrinha na
rua': como o preconceito e o bullying atingem as pessoas com nanismo. 2020.
Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-51683516. Acesso em: 05 mar.
2020.
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