Cartilha MROSCnoSuas

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#MROSCnoSUAS

2017

Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social SEDESE 1


2 Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social SEDESE
ORIENTAES PARA OS MUNICPIOS
SOBRE O MARCO REGULATRIO DAS
ORGANIZAES DA SOCIEDADE CIVIL
(MROSC) COM ENFOQUE NO SUAS

Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social SEDESE 3


Governador
Fernando Damata Pimentel

Vice-Governador
Antnio Andrade Eustquio Ferreira

Secretria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social


Rosilene Cristina Rocha

Secretria Adjunta de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social


Karla Frana

Subsecretria de Assistncia Social


Simone Aparecida Albuquerque

Superintendente de Proteo Social Bsica e Gesto do Sistema nico


de Assistncia Social
Deborah Akerman
FICHA TCNICA
Coordenao editorial
Simone Aparecida Albuquerque

Redao
Dayara Silva Carvalho
Dalma Veiga
Joana Costa Moraes Rebelo Horta

Reviso e formatao
Mara dos Santos Moreira
Dayse Vilas Boas Pinto
Mara da Cunha Pinto Colares
Elder Carlos Gabrich Junior

COLABORAO TCNICA

Alice Neto Ferreira de Almeida, Luiza Helena Galdino Repols, Clio Ferreira
Santos, Maria da Pscoa Andrade, Kelly Rossana Borges, Ivone Pereira Castro
Silva, Isabela de Vasconcelos Teixeira, Hermano Lus dos Santos, Shirley Jacimar
Pires, Patrcia Nunes Silva Elias, Hermellis Messias Tirado de Campos, Marta
Maria Castro V. da Silva, Julia Maria Muniz Restori, Regis Aparecida Andrade
Spindola, Wagner Antnio Alves Gomes, Jaime Rabelo Adriano, Marcelo Alves
Mouro, Luiz Alberto Ribeiro Vieira, Cibele Vieira Feital, Aline Sena Carmona,
Jaime Luiz Rodrigues Junior, Elenice Carmen da Silva, Jos Darci Santos, Ctia
Regina Sales Gomes, Ana Amlia de Melo Medeiros, Camila Portugal Assis, Tatiane
Aparecida Gomes, Viete Passos Freitas, Luisa de Albuquerque Viana Reis, Mayra
de Queiroz Camilo, Analice Ribeiro Pazzini, Zilda Helena dos Santos Vieira, Dilma
Luiza Jorge Schwenck, Darci Maria de Souza Vilaa, Gilvania Luiz Soares Neiva,
Erly Souza Rocha, Liziane Vasconcelos Teixeira Lima, Alessandra Martins, Bruno
Dias Magalhes, Josaf Leite de Oliveira, Lauren Fernandes de Siqueira, Ana
Cludia Castello Branco Rena, Aid Canado, Viviane Colen Furtado, Cristiano
de Andrade, Jos Orleans da Costa, Denise Vilela Silva, Luiza C. Porto e Silva,
Dione Felix de O. Ventura, Amanda Pereira dos Santos, Leticia Palma, Renata
Alves de Souza, Joo Paulo Freire Jardim, Rosalice Tassar, Ana Paula Vilela,
Cludia Maria Bortot Falabella, Maria Aparecida Pereira, Maria Geralda Arajo,
Ederlei de Jesus Costa, Paola D. Botelho R. Nazareth, Andria Ins Dutra Braz,
Alexandra da Silva Braz, Luis Gustavo Vieira Silva, Gabriel L. Medeiros, Fernanda
de Paula Carvalho, Juliana Alves Pereira, Alice Pereira Duarte Morato, Mariana
Bernardo de Brito, Jucineia Soares Gonalves, Isabel de Castro Ferreira, Juliana
de Oliveira Silva, Walney Souza Martins, Marilda Rodrigues de Oliveira, Pedro
Henrique Ferreira da Rocha, Luciane Ftima da Cruz Valente, Becchara Rodrigues
de Miranda, Ftima Cristina Pinto, Srgio Augusto Alves de Oliveira, Rosilene de
Ftima Teixeira de Oliveira.
SUMRIO

9 APRESENTAO
10 PANORAMA GERAL MROSC
11 QPARTIR
UAL O ARCABOUO NORMATIVO QUE ORIENTA DIRETAMENTE AS PARCERIAS DO SUAS A
DA ENTRADA EM VIGOR DA LEI 13.019/2014 (MROSC)?

11 QPARCERIAS
UAIS SO AS PRINCIPAIS ESPECIFICIDADES TRAZIDAS PELO MROSC PARA CELEBRAO DE
NO MBITO DO SUAS?

12 DORGANIZAO
E ACORDO COM A RESOLUO 21/2016, QUAIS REQUISITOS QUE A ENTIDADE OU
DE ASSISTNCIA SOCIAL DEVE CUMPRIR PARA FIRMAR PARCERIA?

2 O QUE SO ORGANIZAES DA SOCIEDADE CIVIL OSCs?


1
13 QUAIS SO AS ENTIDADES OU ORGANIZAES DE ASSISTNCIA SOCIAL?
14 QCMAS?
UAIS SO OS CRITRIOS PARA AS ENTIDADES SOCIOASSISTENCIAIS SE INSCREVEREM NO

4 QUAL O PAPEL DO CONSELHO DE ASSISTNCIA SOCIAL EM RELAO AO MROSC?


1
14 QUAIS SO OS NOVOS INSTRUMENTOS JURDICOS PARA CELEBRAO DE PARCERIAS?
15 COMO SE DAR A TRANSIO PARA O NOVO MODELO DE PARCERIAS?
15 COMO FICA O CHAMAMENTO PBLICO PARA AS ENTIDADES DE ASSISTNCIA SOCIAL?
16 AREQUISITOS?
O UTILIZAR A DISPENSA DO CHAMAMENTO PBLICO DEVO FICAR ATENTO A QUAIS

17 ACHAMAMENTO
S ENTIDADES DE ASSISTNCIA SOCIAL QUE FOREM DISPENSADAS OU INEXIGVEIS DO
PBLICO DEVEM ATENDER AOS DEMAIS REQUISITOS DA LEI 13.019/2014?

8 COMO COMPROVAR A EXPERINCIA PRVIA DE UMA ENTIDADE?


1
18 O QUE FICHA LIMPA PARA AS OSCs E SEUS DIRIGENTES?
19 O QUE O MROSC INOVA QUANTO PRESTAO DE CONTAS?
19 SER EXIGIDA ALGUMA REGULAMENTAO DOS MUNICPIOS?

6 Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social SEDESE


1 ETAPAS DA PARCERIA
2
21 1. PLANEJAMENTO
21 ATRIBUIES DO RGO GESTOR
22 ATRIBUIES DAS OSCs
22 2. SELEO E CELEBRAO
23 3. EXECUO
23 O QUE PERMITIDO PAGAR COM OS RECURSOS DA PARCERIA?
23 O QUE NO PERMITIDO PAGAR COM OS RECURSOS DA PARCERIA?
24 COMO OCORRE A LIBERAO DO RECURSO DE PARCERIAS?
24 A LIBERAO DAS PARCELAS PODER SER SUSPENSA?
24 COMO SER A FORMA DE PAGAMENTO?
24 OPODEM
S RECURSOS DO COFINANCIAMENTO ESTADUAL DOS SERVIOS SOCIOASSISTENCIAIS
SER UTILIZADOS PARA CUSTEAR OS SERVIOS OFERTADOS PELAS ENTIDADES QUE
CELEBRAREM PARCERIAS COM OS MUNICPIOS?

5 4. MONITORAMENTO E AVALIAO


2
25 O QUE DEVE CONSTAR NO RELATRIO TCNICO DE MONITORAMENTO E AVALIAO?
26 QUAIS SO AS COMPETNCIAS DOS GESTORES?
26 PRESTAO DE CONTAS
27 COMO FICARO OS PRAZOS DAS PRESTAES DE CONTAS?
27 QUAIS SO AS PENALIDADES E RESPONSABILIDADES PREVISTAS?
28 O QUE DEVE CONTER NO PARECER TCNICO?
29 BIBLIOGRAFIA
Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social SEDESE 7
8 Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social SEDESE
APRESENTAO

Este documento tem como foco premente contribuir com os gestores no


mbito da gesto municipal do Sistema nico de Assistncia Social SUAS,
acerca do planejamento e aplicao da Lei 13.019/2014, Marco Regulatrio
das Organizaes da Sociedade Civil MROSC.
A referida lei traz um novo regime jurdico das parcerias a serem celebradas
pela administrao pblica, junto s Organizaes da Sociedade Civil OSCs,
substituindo, assim, antigos convnios.
importante destacar que o contedo das orientaes exaradas neste
documento resultado de debates internos e em conjunto com a Comisso
Intergestores Bipartite CIB.
Nossa dedicao contnua no aprimoramento e consolidao do SUAS, na
primazia da qualidade das ofertas socioassistenciais, considerando o importante
papel complementar das OSCs ao da administrao pblica, objetivando
valorizar e reconhecer, como tambm fortalecer o trabalho em rede.

Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento#MROSCnoSUAS


Social SEDESE 9
PANORAMA GERAL MROSC

A Lei n13.019, de 31 de julho de 2014, conhecida como Marco Regulatrio das Organizaes
da Sociedade Civil (MROSC), entrou em vigor no dia 01/01/17, e determina que os Municpios
adequem os novos instrumentos jurdicos de parceria at 01/01/18.

O MROSC um regime jurdico que estabelece princpios e diretrizes para as parcerias celebradas
entre as Organizaes da Sociedade Civil e a administrao pblica, por meio do Termo de
Colaborao, Termo de Fomento e Acordo de Cooperao. Esse regime tem como fundamentos:
a gesto pblica democrtica, a participao social, o fortalecimento da sociedade civil e a
transparncia na aplicao dos recursos pblicos, possibilitando mais segurana e eficincia a
todos os envolvidos no processo da parceria.

ATENO, O plano de ao para implementao do MROSC no seu


GESTORES! municpio dever observar algumas medidas. Seguem algumas dicas:

CURTO PRAZO

P D
iagnosticar as especificidades locais para elaborar projeto de regulamentao da Lei em
mbito local;
Enumerar os convnios em vigor;
P 
Observar as regras de transio explcita na Lei;
P 
Avaliar a necessidade de prorrogao da vigncia, resciso ou substituio;
P 
Atentar ao arcabouo normativo do Sistema nico de Assistncia Social (SUAS);
P 
Orientar as OSCs acerca dos documentos necessrios, que as habilitam para celebrar parcerias;
P 
Capacitar multiplicadores quanto ao MROSC, incluindo agentes pblicos e integrantes de OSCs;
P 

MDIO PRAZO

P R
egulamentar em mbito local a Lei n13.019/14;
P Criar ou adequar normativos e manuais existentes;
P Adequar e fomentar o instrumental Plano de Trabalho, de forma planejada, possibilitando o
acompanhamento da administrao pblica no alcance das metas e cumprimento do objeto;
P Elaborar modelos dos instrumentos jurdicos em conformidade com a nova legislao, sendo
eles: termos de colaborao ou fomento e acordo de cooperao;
P Adequar os convnios s parcerias, nos moldes da MROSC;
P Formular ou ajustar modelos de editais de chamamento pblico;
P Publicizar informativos e orientaes;
P I
nstituir e designar membros das comisses permanentes, previstas na Lei.

10 Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social SEDESE


LONGO PRAZO, EM ATO CONTNUO
Acompanhar a execuo do objeto das parcerias;
P 
Emitir relatrios de execuo e cumprimento de metas;
P 
Promover o monitoramento e transparncia das parcerias, a qualquer interessado;
P 
Desenvolver ou adaptar Sistema de gerenciamento, por meio de Plataforma Eletrnica;
P 
Prestar contas via plataforma, ressalva municpios com at 100 mil habitantes.
P 

QUAL O ARCABOUO NORMATIVO QUE ORIENTA DIRETAMENTE AS PARCERIAS DO SUAS A


PARTIR DA ENTRADA EM VIGOR DA LEI 13.019/2014 (MROSC)?

Lei Orgnica da Assistncia Social LOAS, Lei n 8.742 de 7 de dezembro de 1993, com as
alteraes promovidas pela Lei n 12.435, de 6 de julho de 2011;
Decreto n 6.308, de 14 de dezembro de 2007;
Norma Operacional Bsica de Recursos Humanos do SUAS, aprovada pela Resoluo n 01, de 25
de janeiro de 2007, do CNAS;
Lei n 12.101, de 27 de novembro de 2009;
Tipificao Nacional dos Servios Socioassistenciais, aprovada pela Resoluo n 109, 11 de
novembro de 2009, do CNAS;
Norma Operacional Bsica do SUAS NOBSUAS, de 2012;
Resoluo CNAS n 21, de 24 de novembro de 2016.

QUAIS SO AS PRINCIPAIS ESPECIFICIDADES TRAZIDAS PELO MROSC PARA CELEBRAO DE


PARCERIAS NO MBITO DO SUAS?

O MROSC estabelece em seu Artigo 2o que as parcerias respeitaro em todos os seus aspectos, as
normas especficas das polticas pblicas setoriais relativas ao objeto da parceria e as respectivas
instncias de pactuao e deliberao. Isso significa que as especificidades das ofertas do SUAS devem
ser respeitadas, considerando as suas caractersticas, inclusive em relao s ofertas continuadas.

Para as parcerias j existentes, a Lei 13.019/2014 ir estabelecer regras de transio para adequao
dos convnios que esto em vigor, alterando a lgica da parceria e outros aspectos, como o processo
de execuo e prestao de contas.

Considerando as caractersticas do SUAS, o Artigo 30 estabelece que a administrao pblica poder


dispensar a realizao do chamamento pblico1 em algumas situaes, conforme o inciso VI no
caso de atividades voltadas ou vinculadas a servios de educao, sade e assistncia social, desde
que executadas por organizaes da sociedade civil previamente credenciadas pelo rgo gestor da
respectiva poltica.
1 A dispensa de chamamento pblico ser tratada de forma mais especfica adiante.

Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social SEDESE 11


IMPORTANTE
O credenciamento prvio necessrio para aplicar dispensa de chamamento pblico tratado no
inciso VI do Art. 30 da Lei n 13.019/2014 passa a ser compreendido no Cadastro Nacional
de Entidades de Assistncia Social CNEAS, inscrio no Conselho Municipal de Assistncia
CMAS. Essas determinaes devero ser observadas pelos gestores municipais e sero tratadas
ao longo dessa publicao

DE ACORDO COM A RESOLUO 21/2016, QUAIS REQUISITOS QUE A ENTIDADE OU


ORGANIZAO DE ASSITNCIA SOCIAL DEVE CUMPRIR PARA FIRMAR PARCERIA?

A Resoluo n 21 do CNAS, de 24 de novembro de 2016, estabelece os requisitos para celebrao


de parcerias, conforme a Lei 13.019/14, entre o rgo gestor e as entidades ou organizaes de
assistncia social no mbito do SUAS, devendo esses requisitos serem observados no momento da
celebrao da parceria:

Ser constituda em conformidade com o disposto no Art. 3 da LOAS;


P

Estar inscrita no Conselho Municipal de Assistncia Social CMAS;
P

Estar cadastrada no Cadastro Nacional de Entidades de Assistncia Social CNEAS.
P


IMPORTANTE
No dever ser exigido como condio para formalizao das parcerias que a entidade ou
organizao de assistncia social possua a Certificao de Entidades Beneficentes de Assistncia
Social CEBAS. No entanto, o edital de chamamento pblico dever estabelecer forma de
priorizao das entidades e organizaes de assistncia social que possuem o CEBAS
(Art. 2 3 e Art. 3 1 da Resoluo n 21 do CNAS, de 24 de novembro de 2016).

O QUE SO ORGANIZAES DA SOCIEDADE CIVIL OSCs?

As Organizaes da Sociedade Civil OSCs so entidades privadas sem fins lucrativos, tais
como: associaes, fundaes, organizaes religiosas, sociedades cooperativas que atuam com
vulnerabilidade social, cooperativas sociais de combate pobreza e gerao de trabalho e renda, que
desenvolvem aes de interesse pblico e no tm o lucro como objetivo.

Tais organizaes atuam na promoo e defesa de direitos e em atividades nas reas de direitos
humanos, sade, educao, cultura, cincia e tecnologia, desenvolvimento agrrio, assistncia social,
moradia, entre outras polticas pblicas essenciais populao.

12 Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social SEDESE


QUAIS SO AS ENTIDADES OU ORGANIZAES DE ASSISTNCIA SOCIAL?

As entidades e organizaes de Assistncia Social, conforme estabelecido na Lei Federal n 8.742/1993,


a Lei Orgnica de Assistncia Social LOAS, so aquelas que prestam atendimento e desenvolvem
aes de assessoramento e de defesa e garantia de direitos dos usurios:

ATENDIMENTO

So de atendimento as entidades que, de forma continuada, permanente e planejada,


prestam servios, executam programas ou projetos e concedem benefcios de proteo
social bsica ou especial, dirigidos s famlias e indivduos em situaes de vulnerabilidade
ou risco social e pessoal.

ASSESSORAMENTO

So de assessoramento as entidades que, de forma continuada, permanente e planejada,


prestam servios e executam programas ou projetos voltados prioritariamente para o
fortalecimento dos movimentos sociais e das organizaes de usurios, formao e capacitao
de lideranas, dirigidos ao pblico da poltica de assistncia social.

DEFESA E GARANTIA DE DIREITOS

So de defesa e garantia de direitos as entidades que, de forma continuada, permanente e


planejada, prestam servios e executam programas e projetos voltados prioritariamente para
a defesa e efetivao dos direitos socioassistenciais, construo de novos direitos, promoo
da cidadania, enfrentamento das desigualdades sociais, articulao com rgos pblicos de
defesa de direitos.

Para essas entidades integrarem a rede socioassistencial devero ser vinculadas ao Sistema nico
de Assistncia Social SUAS, ou seja, obter o reconhecimento do Ministrio do Desenvolvimento
Social e Agrrio MDSA de que a entidade oferta servio de assistncia social. Para tanto, conforme
o Art. 6-B da Lei Orgnica de Assistncia Social LOAS, faz-se necessrio que essas entidades
estejam inscritas no Conselho Municipal de Assistncia Social CMAS, e integradas no Cadastro
Nacional de Entidades de Assistncia Social CNEAS2.

2 Para mais informaes, acesse o site do CNEAS e a Resoluo n 14, de 15 de maio de 2014.

Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social SEDESE 13


QUAIS SO OS CRITRIOS PARA AS ENTIDADES SOCIOASSISTENCIAIS SE INSCREVEREM
NO CMAS?

Conforme descrito na Resoluo CNAS n 14, de 15 de maio de 2014, em seu Art. 5, compete ao
Conselho Municipal de Assistncia Social CMAS inscrever entidades ou organizaes de Assistncia
Social e/ou servios, programas, projetos e benefcios socioassistenciais.

Assim, para inscrio, faz-se necessrio, alm de considerar outras normativas vigentes da poltica
como Resoluo n 109/2009, NOBSUAS/2012 e NOBRH/2006, dentre outras, atender aos seguintes
critrios definidos no Art. 6 da Resoluo n 14, de 15 de maio de 2014:
Executar aes de carter continuado, permanente e planejado;
Assegurar que os servios, programas, projetos e benefcios socioassistenciais sejam ofertados na
perspectiva da autonomia e garantia de direitos dos usurios;
Garantir a gratuidade e a universalidade em todos os servios, programas, projetos e benefcios
socioassistenciais;
Garantir a existncia de processos participativos dos usurios na busca do cumprimento da
efetividade na execuo de seus servios, programas, projetos e benefcios socioassistenciais.

QUAL O PAPEL DO CONSELHO DE ASSISTNCIA SOCIAL EM RELAO AO MROSC?

Os conselhos mantm o importante papel de acompanhar e fiscalizar a execuo das parcerias entre a
administrao pblica e as entidades locais de assistncia social.

O Marco Regulatrio reafirma o papel atuante dos conselhos no pargrafo nico do Art. 16 e inova com
a possibilidade dos conselhos de polticas pblicas apresentarem propostas administrao pblica para
celebrao de termos de colaborao com organizaes da sociedade civil.

Quando se tratar de repasse fundo a fundo, o Conselho Gestor do Fundo dever compor a Comisso
de Monitoramento e Avaliao e criar a Comisso de Seleo, nos termos do 2 do Art. 59 e 1 do
Art. 27, ambos da Lei 13.019/14.

IMPORTANTE
Em conformidade com a LOAS e a Resoluo n14 do CNAS, de 15 de maio de 2014, j atribuio
dessa instncia a fiscalizao da execuo da Poltica de Assistncia Social.

QUAIS SO OS NOVOS INSTRUMENTOS JURDICOS PARA CELEBRAO DE PARCERIAS?

A Lei traz trs instrumentos jurdicos que devero ser aplicados conforme a natureza do objeto e
a caracterstica da parceria, sendo eles: Termo de Colaborao, Termo de Fomento e Acordo de
Cooperao.

14 Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social SEDESE


TRANSFERNCIA INSTRUMENTO
DE RECURSO JURDICO DE CARACTERSTICA
FINANCEIRO? PARCERIA

Diretrizes da parceria so previamente definidas pelo Governo.


* utilizado para a execuo de polticas pblicas nas mais diferentes
Termo de
reas, nos casos em que a poltica pblica em questo j tem parmetros
Colaborao
consolidados, com indicadores e formas de avaliao conhecidos, como o
SIM caso do SUAS.

No h delimitaes das propostas. As OSCs podem sugerir projetos de


Termo de
atuao para determinado problema, visando o interesse pblico e recproco
Fomento
entre a administrao pblica e as organizaes da sociedade civil.

Acordo de A OSC estabelece parceria com a administrao pblica para exceo de um


NO
Cooperao projeto de interesse mtuo com finalidade pblica.

COMO SE DAR A TRANSIO PARA O NOVO MODELO DE PARCERIAS?

Em regra geral, as parcerias existentes no momento da entrada em vigor do MROSC, conforme o Artigo
83 da Lei 13.019/2014, permanecero regidas pela legislao vigente ao tempo de sua celebrao,
sem prejuzo da aplicao subsidiria da Lei, naquilo em que for cabvel, desde que em benefcio do
alcance do objeto da parceria.

Isso significa que os convnios em vigor podero ser mantidos ou prorrogados de ofcio, ou seja,
prorrogado por igual perodo ou perodo inferior do atraso no repasse de recursos pela administrao
pblica, a critrio do gestor, observada a legislao especfica vigente.

Para os convnios com prazo de vigncia indeterminado ou prorrogveis por perodo superior ao
inicialmente estabelecido, o Municpio dever, at 1 de janeiro de 2018, substitu-los por Termos
de Fomento, Termos de Colaborao ou Acordo de Cooperao, caso seja assim, decidida pela
continuidade da parceria, sendo necessrio que a OSC apresente comprovante de cumprimento dos
Arts. 33, 34 e 39 da Lei; ou rescindir unilateralmente, devendo tomar as providncias cabveis para que
no haja interrupo da oferta do servio de carter continuado.

COMO FICA O CHAMAMENTO PBLICO PARA AS ENTIDADES DE ASSISTNCIA SOCIAL?

Para a seleo das entidades ou organizao de assistncia social na celebrao de parceria, o rgo
gestor da assistncia social dever observar o chamamento pblico como regra, exceto nas hipteses
de inexigibilidade e dispensa (art. 3 da Resoluo n 21 do CNAS, de 24 de novembro de 2016).
A dispensa de chamamento pblico dever ser justificada pelo gestor da assistncia social (art. 4 da
Resoluo n 21 do CNAS, de 24 de novembro de 2016).
Sob pena de nulidade do ato de formalizao de parcerias, o extrato da justificativa dever ser
publicado, na mesma data em que for efetivado, no stio oficial da administrao pblica e, a critrio
do administrador pblico, tambm no meio oficial de publicidade da administrao (art. 32 1 da
Lei 13.019).
 admitida a impugnao justificativa quando apresentada no prazo de cinco dias a contar de sua
publicao, devendo ser analisada pelo administrador at cinco dias da data do protocolo (art. 32
2 da Lei 13.019).

Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social SEDESE 15


A dispensa de chamamento pblico no afasta a aplicao dos demais dispositivos da Lei 13.109
e das demais resolues vigentes do SUAS (art. 4 2 da Resoluo n 21 do CNAS, de 24 de
novembro de 2016).
A Lei n 13.019, de 2014, em seu inciso II do 2, do Artigo 24, prev a possibilidade do
estabelecimento de clusula no chamamento pblico que delimite territrio ou abrangncia da
prestao de atividades ou da execuo de projetos, conforme estabelecido nas polticas setoriais.

IMPORTANTE
Conforme previsto na Resoluo n 21, de 24 de novembro de 2016, nos casos de ampliao
da capacidade de oferta, a realizao do chamamento pblico regra, mesmo para aquelas
entidades ou organizaes de assistncia social que possuam parcerias em vigor.

AO UTILIZAR A DISPENSA DO CHAMAMENTO PBLICO DEVO FICAR ATENTO A QUAIS


REQUISITOS?

A dispensa do chamamento pblico poder ser realizada no caso de atividades voltadas ou


vinculadas a servios de assistncia social, desde que executadas por organizaes da sociedade civil
previamente credenciadas pelo rgo gestor da respectiva poltica, conforme Art. 30 do Inciso VI da
Lei 13.019/2014.

A Resoluo CNAS n 21/2016 tratou por regulamentar os requisitos para a dispensa do chamamento
pblico, do art. 30, inciso VI da Lei 13.019/2014. Os requisitos estabelecidos pela Resoluo devem ser
cumpridos de forma cumulativa, sendo eles:

Se o objeto do plano de trabalho for a prestao de servios socioassistenciais regulamentados;


A descontinuidade da oferta pela entidade apresentar dano mais gravoso integridade do usurio,
que dever ser fundamentada em parecer tcnico exarado por profissionais de nvel superior das
categorias reconhecidas na Resoluo n 17 do CNAS, de 20 de junho de 2011;
Ser constituda em conformidade com o disposto no Art. 3 da Lei n 8.742, de 7 de dezembro de 1993;
Estar inscrita no respectivo conselho municipal de assistncia social ou no conselho de assistncia
social do Distrito Federal, na forma do Art. 9 da Lei n 8.742, de 7 de dezembro de 1993;
Estar cadastrada no Cadastro Nacional de Entidades de Assistncia Social CNEAS, de que trata
o Inciso XI do Art. 19 da Lei n 8.742, de 7 de dezembro de 1993, na forma estabelecida pelo
Ministrio do Desenvolvimento Social e Agrrio MDSA.

IMPORTANTE
A administrao pblica deve motivar todo ato por ela emanado e, portanto, a dispensa
de chamamento pblico dever ser justificada pelo gestor da assistncia social, esta motivada
nos princpios e diretrizes do SUAS, conforme exposto no Art. 4 da LOAS, pois a dispensa
passvel de impugnao e, como qualquer deciso administrativa, est sujeita reviso judicial
e poder responder aes nos rgos de controle. Contudo, ao fundamentar uma dispensa
o gestor deve subsidiar nas normativas vigentes atinentes ao SUAS.

16 Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social SEDESE


AS ENTIDADES DE ASSISTNCIA SOCIAL QUE FOREM DISPENSADAS OU INEXIGVEIS DO
CHAMAMENTO PBLICO DEVEM ATENDER AOS DEMAIS REQUISITOS DA LEI 13.019/2014?

Sim, mesmo que as entidades se enquadrem nas hipteses de dispensa ou inexigibilidade do


chamamento pblico, devero cumprir os requisitos documentais e estatutrios estabelecidos
nos arts. 33, 34 e 39 da Lei, para que seja plausvel a celebrao de parcerias com a administrao
pblica, entre eles:

REQUISITOS ESTATUTRIOS (ART. 33) REQUISITOS DOCUMENTAIS (ART.34)

Objetivos voltados promoo e s atividades de Certides de regularidade fiscal, previdenciria,


relevncia pblica; tributria, de contribuies e de dvida ativa,
de acordo com a legislao aplicvel de cada
A previso de que, em caso de dissoluo da entidade, ente federado;
o patrimnio seja transferido para outra pessoa jurdica
de igual natureza; Certido de existncia jurdica expedida pelo
cartrio de registro civil ou cpia do estatuto
Escriturao de acordo com os princpios fundamentais registrado e de eventuais alteraes ou, tratando-
de contabilidade e com as Normas Brasileiras de se de sociedade cooperativa, certido simplificada
Contabilidade; emitida por junta comercial;

Para os municpios: no mnimo um ano de existncia Cpia da ata de eleio do quadro dirigente atual;
com Cadastrto Nacional da Pessoa Jurdica CNPJ, ativo;
Relao nominal atualizada dos dirigentes da
Para os Estados: no mnimo dois anos de existncia com entidade, com endereo, nmero e rgo expedidor
Cadastro Nacional da Pessoa Jurdica CNPJ, ativo; da carteira de identidade e nmero de registro no
Cadastro de Pessoas Fsicas CPF da Secretaria da
Instalaes, condies materiais e capacidade tcnica e Receita Federal do Brasil RFB de cada um deles;
operacional;
Comprovao de que a organizao da sociedade
civil funciona no endereo por ela declarado.
Experincia prvia na realizao, com efetividade, do
objeto da parceria ou de natureza semelhante;

Instalaes, condies materiais e capacidade tcnica


e operacional para o desenvolvimento das atividades,
ou projetos previstos na parceria e o cumprimento das
metas estabelecidas;

Na celebrao de acordos de cooperao, somente ser


exigido o requisito previsto no inciso I;

Sero dispensadas do atendimento ao disposto nos


incisos I e III as organizaes religiosas;

As cooperativas devero atender s exigncias


previstas na legislao especfica e ao disposto no inciso
IV, estando dispensadas do atendimento aos requisitos
previstos nos incisos I e III;

Para fins de atendimento do previsto na alnea c


do inciso V, no ser necessria a demonstrao de
capacidade instalada prvia.

Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social SEDESE 17


COMO COMPROVAR A EXPERINCIA PRVIA DE UMA ENTIDADE?

A entidade ou organizao poder comprovar expertise em realizar aes compatveis natureza do


objeto descrito no Plano de Trabalho, por meio de:

experincia anterior na realizao de atividades ou projetos similares ao da parceria;


comprovantes que demostrem que ela j atuou em outros projetos, seja com o poder pblico, com
empresas, organismos internacionais ou outros parceiros;
apresentao de outros documentos para comprovar sua experincia, tais como relatrios de
prestaes de contas aprovadas, publicaes temticas, relatrios anuais de atividades, comprovao
de participao em algum conselho de poltica pblica, prmios recebidos etc.;
capacidade tcnica e operacional da organizao da sociedade civil;
demonstrao de condies para desenvolver as atividades e alcanar as metas estabelecidas na
parceria.

IMPORTANTE
Deve-se observar que as atividades anteriormente executadas pelas OSCs devem guardar
compatibilidade com o objeto da parceria ou ter natureza semelhante, evitando a realizao de
projetos ou atividades fora do escopo de atuao da OSC ou de sua possibilidade de implementao.

O QUE FICHA LIMPA PARA AS OSCs E SEUS DIRIGENTES?

A Lei Federal n 13.019/2014 veda, em seu Art. 39, a celebrao de parcerias com OSCs que tiveram
contas rejeitadas ou punidas com suspenso ou idoneidade para licitar, contratar ou celebrar parcerias
com a administrao pblica.

Inspirada na Lei de Ficha Limpa, o MROSC probe a execuo de parcerias com OSCs cujos dirigentes
tenham contas julgadas como irregulares, tenham sido acusados de atos de improbidade ou tenham
executado faltas graves e inabilitadas para o cargo ocupado.

A Lei tambm veda a celebrao de parcerias com OSCs que tenham como dirigente membro
de Poder ou do Ministrio Pblico, dirigente de rgo ou entidade da administrao pblica da
mesma esfera governamental na qual ser celebrado o termo de colaborao ou de fomento,
estendendo-se a vedao aos respectivos cnjuges ou companheiros, bem como parentes em
linha reta, colateral ou por afinidade, at o segundo grau.

Somente permitida a celebrao para OSCs que, pela sua prpria natureza, sejam constitudas
pelas autoridades supracitadas (por exemplo, associao de municpios ou associao de secretrios
municipais) sendo, todavia, vedado que a mesma pessoa figure no termo de colaborao, no termo de
fomento ou no acordo de cooperao simultaneamente como dirigente e administrador pblico.

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O QUE O MROSC INOVA QUANTO PRESTAO DE CONTAS?

A Lei 13.019/14 exige das entidades uma capacidade de organizao e entrega do produto final da
parceria. No preza apenas a prestao de contas financeira, mas traz em sua diretriz a preocupao
com a concepo dos resultados, boa utilizao do recurso e mais ainda no cumprimento das metas.

Assim, a grande inovao trazida pelo MROSC consiste no foco ao resultado, o que requer uma
elaborao sistemtica e bem definida do plano de trabalho, a fim de possibilitar a avaliao e o
monitoramento do objeto da parceria.

Para tanto, ser elaborado pela organizao da sociedade civil o Relatrio de Execuo do Objeto,
contendo as atividades ou projetos desenvolvidos e o comparativo de metas propostas com os
resultados alcanados.

Para alm, a administrao pblica dever emitir o relatrio tcnico de monitoramento e avaliao
da parceria que ser submetido comisso de monitoramento e avaliao designada, que o
homologar, independentemente da obrigatoriedade de apresentao da prestao de contas
devida pela organizao da sociedade civil, devendo ser o mesmo analisado para fins de prestao
de contas.

Verificando quaisquer irregularidades no cumprimento do objeto pactuado no Plano de Trabalho,


ou seja, na hiptese de descumprimento de metas e resultados, ser realizada a anlise das contas
por meio do Relatrio de Execuo Financeira com a descrio das despesas e receitas realizadas,
observando o nexo de causalidade.

Em ateno ao princpio da publicidade, a prestao de contas com a insero de toda a


documentao, bem como todos os atos que dela decorram, tais como a aprovao rejeio
ou rejeio com ressalvas, devero ser dadas por meio da plataforma eletrnica, permitindo a
visualizao por qualquer interessado. Ressalta-se que os municpios de at cem mil habitantes
sero autorizados a efetivar a prestao de contas e os atos dela decorrentes sem utilizao da
plataforma eletrnica (Art. 65 da Lei 13.019/2014).

IMPORTANTE
A Lei alerta em seu art. 68, pargrafo nico, que as OSCs devem manter em seu arquivo
os documentos originais durante o prazo de 10 (dez) anos, contado do dia til subsequente
ao da prestao de contas includos na plataforma eletrnica prevista no art.65.

SER EXIGIDA ALGUMA REGULAMENTAO DOS MUNICPOS?

Cada ente federado poder publicar decreto regulamentando a Lei 13.019/2014, tendo em vista as
especificidades dos municpios, e no ter subordinao entre os entes. Na falta de regulamentao
municipal, poder ser utilizado o Decreto Federal 8.726, de 27 de abril de 2016.

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ETAPAS DA PARCERIA

A relao de parceria entre um rgo da administrao pblica e uma organizao da sociedade civil
envolve cinco etapas principais. muito importante que toda a parceria seja pensada, executada e avaliada
a partir desta lgica processual, onde cada etapa est conectada s demais.

SELEO E MONITORAMENTO PRESTAO


PLANEJAMENTO EXECUO
CELEBRAO E AVALIAO DE CONTAS

1. PLANEJAMENTO

Desde a etapa de planejamento, poder ser desenhado o Plano de Trabalho, documento essencial que
servir de guia para a realizao da parceria e que dever conter as seguintes informaes:
a) Descrio da realidade que ser objeto da parceria, devendo ser demonstrado o nexo entre essa
realidade e as atividades ou projetos e metas a serem atingidas;
b) D
 escrio de metas a serem atingidas e das atividades a serem desenvolvidas;
c) Previso de receitas e de despesas a serem realizadas na execuo das atividades ou dos projetos;
d) Forma de execuo das atividades ou dos projetos e de cumprimento das metas a eles atreladas;
e) D
 efinio dos parmetros a serem utilizados para a aferio do cumprimento das metas;
f) A
 es que demandaro pagamento em espcie, quando for o caso.
A Lei 13.019/2014 bastante clara ao determinar que o administrador considere obrigatoriamente a
capacidade operacional do rgo para:
instituir processos seletivos;
avaliar as propostas de parceria com o rigor tcnico necessrio;
fiscalizar a execuo em tempo hbil e de modo eficaz;
apreciar as prestaes de contas na forma e nos prazos determinados.

ATRIBUIES DO RGO GESTOR

Entender o universo e a capacidade das OSCs


Planejar e qualificar a equipe necessria para as parcerias;
Prever oramento destinado s parcerias e divulgar;
Definir mecanismos de transparncia e de difuso de informaes;
Explicitar os indicadores que sero utilizados para aferir os resultados desejados;
Prever modalidades de interao prvia com as OSCs para capacit-las e inform-las sobre os
processos das parcerias.

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ATRIBUIES DAS OSCs

Atualizar e adequar seus estatutos e cadastros (endereo no CNPJ, CNEAS, CMAS);


Atuar na etapa de planejamento de modo abrangente, mobilizando as equipes tcnica e administrativa;
Dimensionar a equipe de trabalho desta fase para que, em conjunto, possam elaborar um bom Plano
de Trabalho;
Avaliar parcerias anteriores (ou experincias semelhantes) para melhor projetar o Plano de Trabalho;
Definir a metodologia que nortear o planejamento.

IMPORTANTE
O resultado deste processo o Plano de Trabalho: documento que deve ser bem construdo
e detalhado, pois servir de guia durante toda a parceria.

2. SELEO E CELEBRAO

Nesta etapa, so estabelecidas as regras e critrios de seleo das organizaes da sociedade


civil que estaro aptas a celebrar parcerias com a administrao pblica. de suma importncia
observar os critrios utilizados no Plano de Trabalho, elaborado na fase de planejamento.

A regra para a seleo das OSCs o chamamento pblico. Todavia, a lei previu hipteses em que
o chamamento pblico poder serdispensado, ou inexigvel, conforme se depreende do Art. 30,
inciso VI e Art. 31 da Lei 13.019/14, que estabelece a possibilidade de dispensa do chamamento
quando se tratar de atividades prestadas no mbito da assistncia social, sade e educao, e
quando houver inviabilidade de competio entre as OSCs respectivamente.

Neste ponto, no que tange dispensa de chamamento para OSCs que possuem atividades voltadas
ou vinculadas aos servios de assistncia social, a Resoluo n 21 do CNAS, de 24 de novembro
de 2016, regulamentou em seu Art. 3 os requisitos necessrios para regular a dispensa.

Tratando-se de atividades no parametrizadas pela legislao do SUAS, ou mesmo no caso de


ampliao da oferta, as entidades de assistncia social devero convocar chamamento pblico.
Neste caso, o edital o documento essencial e deve estabelecer todos os critrios e condies
para a escolha da entidade, de forma a tornar mais claros os objetivos pretendidos com a parceria.
O edital dever conter no mnimo (Art. 24 da Lei 13.019/14):
Programao oramentria que autoriza e viabiliza a celebrao da parceria;
Tipo de parceria a ser celebrada;
Objeto da parceria;
Datas, prazos, condies, local e forma de apresentao das propostas;
Datas e critrios de seleo e julgamento das propostas (nesta parte, dever ser apresentada
tambm a metodologia de pontuao e, se for o caso, os pesos a serem atribudos a cada um
dos critrios);

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Valor ou teto previsto para a realizao do objeto;
Condies para interposio de recurso administrativo;
Minutas dos instrumentos por meio do qual ser celebrada a parceria;
Medidas de acessibilidade para pessoas com deficincia ou mobilidade reduzida e idosos.

O edital dever ser amplamente divulgado no site do rgo pblico, com antecedncia mnima de
30 (trinta) dias.

A contrapartida financeira no poder ser exigida como requisito obrigatrio para a celebrao da
parceria. Todavia, poder ser exigida, caso o rgo deseje, uma contrapartida em bens e servios,
a qual dever ser identificada em expresso monetria.

Quem analisa as propostas enviadas por uma OSC a Comisso de Seleo. Essa comisso uma
instncia colegiada destinada a processar e julgar chamamentos pblicos constitudos por ato
publicado em meio oficial de comunicao.

3. EXECUO

A etapa da execuo de uma parceria o momento de realizao das atividades planejadas. O


objeto, para ser cumprido, precisa ter metas claras que depois serviro de parmetros para a
aferio dos resultados.

O QUE PERMITIDO PAGAR COM OS RECURSOS DA PARCERIA?

Podero ser pagas com recursos vinculados parceria todas as despesas previstas no plano de
trabalho, tendo a lei tratado de alguns pontos que antes no estavam to claros no ordenamento
jurdico, abrangendo equipe de trabalho, dirias e custos indiretos.

. IMPORTANTE
O pagamento da equipe contratada pela OSC de responsabilidade da organizao e no gera
nenhum vnculo trabalhista com o poder pblico. Da mesma forma, caso a OSC no cumpra suas
obrigaes trabalhistas, fiscais e comerciais, a administrao pblica no se torna responsvel por
seu pagamento.

O QUE NO PERMITIDO PAGAR COM OS RECURSOS DA PARCERIA?

Taxa de administrao, de gerncia ou similar (essa taxa no se confunde com os custos indiretos
nem com a remunerao de pessoal);
Gastos de finalidade diversa do objeto da parceria;
Servidor ou empregado pblico, salvo nas hipteses previstas em lei.

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COMO OCORRE A LIBERAO DO RECURSO DE PARCERIAS?

As parcelas de recursos sero liberadas pela administrao pblica de acordo com o cronograma
de desembolso aprovado. A lei recomenda que o repasse das parcelas seja acompanhado pela OSC,
atravs de plataforma eletrnica na internet, que dever ser disponibilizada pela administrao pblica.

A LIBERAO DAS PARCELAS PODER SER SUSPENSA?

Sim, em trs situaes:


Quando houver evidncias de irregularidade na aplicao de parcela anteriormente recebida;
Quando for constatado desvio de finalidade na aplicao dos recursos ou quando a organizao
estiver inadimplente em relao s obrigaes estabelecidas no Termo de Colaborao ou de
Fomento;
Quando a OSC deixar de adotar, sem justificativa suficiente, as medidas apontadas pela
administrao pblica ou pelos rgos de controle para resolver questes pendentes.

COMO SER A FORMA DE PAGAMENTO?

Os pagamentos devero ser realizados, em regra, mediante transferncia bancria, com


identificao do beneficirio final. Nos casos em que for necessrio realizar pagamentos
em dinheiro (por exemplo, nos projetos realizados em regies da Amaznia, que necessitam
do transporte de barqueiros, ou nas regies de povos e comunidades tradicionais onde os
beneficirios ou prestadores de servios no tm conta BANCRIA) devero ser emitidos
recibos como documento de comprovao e informados os dados do beneficirio da despesa na
plataforma eletrnica.

OS RECURSOS DO COFINANCIAMENTO ESTADUAL DOS SERVIOS SOCIOASSISTENCIAIS


PODEM SER UTILIZADOS PARA CUSTEAR OS SERVIOS OFERTADOS PELAS ENTIDADES
QUE CELEBRAREM PARCERIAS COM OS MUNICIPIOS?

Os recursos do cofinanciamento Estadual repassados atravs do Piso Mineiro de Assistncia


Social Fixo e Varivel e do Fundo Estadual para os Fundos Municipais de Assistncia Social
podem ser utilizados tambm para custear os servios ofertados por entidades socioassistenciais
que tenham firmado parceria com o poder pblico municipal.

A Tipificao Nacional dos Servios Socioassistenciais (TNSS) define as provises necessrias


para garantir as aquisies e as seguranas dos usurios, que envolvem ambiente fsico, recursos
materiais, recursos humanos e o trabalho social essencial ao servio.

Alm disso, destaca-se que a Lei 13.019/2014 no traz nenhum impedimento em relao
utilizao, pelas entidades, de recursos transferidos por meio da celebrao de termo de
colaborao ou fomento para despesas de custeio ou de investimento. Assim, ressalta-se que o
uso dos recursos do Piso Mineiro Fixo e ou Varivel repassados pelos municpios para entidades
podem, da mesma forma, incluir despesas de custeio e ou de investimento na lgica das provises
definidas na TNSS, exigindo-se apenas que seja feita essa previso no Plano de Trabalho da
parceria a ser firmada.

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Assim, a utilizao dos recursos pode ser feita em tudo o que se refere manuteno da
atividade cotidiana do servio, despesas de custeio, contratos, pagamento de pessoal e tambm
em despesas voltadas melhoria na infraestrutura, com a aquisio de equipamentos e material
permanente, reformas e viabilizao da acessibilidade para o atendimento 3.

4. MONITORAMENTO E AVALIAO

A Comisso de Monitoramento e Avaliao CMA a Instncia colegiada responsvel pelo


monitoramento do conjunto de parcerias, pela proposta de aprimoramento dos procedimentos,
padronizao de objetos, custos e indicadores e homologao do Relatrio Tcnico de
Monitoramento e Avaliao. Ter a participao de pelo menos um servidor efetivo ou empregado
permanente da administrao pblica.

AES E PROCEDIMENTOS

Acompanhamento e monitoramento realizado pelo gestor da parceria com carter preventivo e


saneador, com registro na plataforma eletrnica. Podero ser utilizadas ferramentas tecnolgicas
(redes sociais, aplicativos e outros mecanismos de TI), visitas in loco e pesquisa de satisfao para a
verificao do controle de metas e resultados, alm de acompanhamento dos registros no sistema.

VISITA TCNICA IN LOCO

Deve ser comunicada com trs dias teis de antecedncia e no se confunde com as aes de
fiscalizao e auditoria.

PESQUISA DE SATISFAO

Sempre que possvel, em parcerias com mais de um ano, a administrao pblica poder realizar
pesquisa de satisfao buscando captar elementos dos usurios para o monitoramento e avaliao
na perspectiva do controle de resultados. Tal pesquisa de satisfao poder ser realizada em
parceria. As OSCs podero opinar sobre o contedo do questionrio. O resultado ser sempre
sistematizado e enviado OSC para conhecimento, esclarecimentos e eventuais providncias.

O QUE DEVE CONSTAR NO RELATRIO TCNICO DE MONITORAMENTO E AVALIAO?

Descrio sumria das atividades e metas estabelecidas;


Anlise das atividades realizadas, do cumprimento das metas e do impacto do benefcio social
obtido em razo da execuo do objeto at o perodo, com base nos indicadores estabelecidos
e aprovados no plano de trabalho;
Valores efetivamente transferidos pela administrao pblica; e,
Anlise dos documentos comprobatrios das despesas apresentados pela organizao da
sociedade civil na prestao de contas, quando no for comprovado o alcance das metas e
resultados estabelecidos no respectivo termo de colaborao ou de fomento.

3 Legislao disponvel em: http://www.almg.gov.br/consulte/legislacao/completa/completa.html?tipo=DEC&num=46873&comp=&ano=2015 Caderno disponvel em:


http://www.social.mg.gov.br/images/documentos/piso_mineiro/cartilha_amm2016.pdf

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QUAIS SO AS COMPETNCIAS DOS GESTORES?

na fase de MONITORAMENTO E AVALIAO que os gestores pblicos devem:


acompanhar e fiscalizar a parceria;
informar ao seu superior hierrquico algum acontecimento que comprometa as atividades ou
metas da parceria;
informar ao seu superior hierrquico qualquer indcio de irregularidade na gesto dos recursos
e apontar as providncias a serem adotadas;
emitir parecer de anlise da prestao de contas final, com base no relatrio tcnico de
monitoramento e avaliao e em outros relatrios;

disponibilizar materiais e equipamentos tecnolgicos necessrios s atividades de
monitoramento e avaliao.

IMPORTANTE
A fase de monitoramento e avaliao de uma parceria constante e deve focar nos resultados
alcanados pela OSC. Leia mais na Lei 13.019/2014: Arts. 58 a 62.

PRESTAO DE CONTAS

A Lei traz um novo olhar sobre a prestao de contas, compartilhando a responsabilidade desta
etapa entre as OSCs e a administrao pblica, com foco nos resultados. A OSC dever apresentar
elementos que permitam administrao pblica avaliar se houve o cumprimento das metas
e objetivos e o alcance da finalidade por meio da prestao de contas. Nas parcerias em que
no for comprovado o cumprimento de metas e do objeto pactuado, as OSCs sero solicitadas a
apresentar documentos complementares de comprovao de despesas.
A prestao de contas:
Prioriza o controle de resultados e incentiva o uso de recursos de tecnologia de informao e
conciliao bancria para o controle de meios;
Anlise dos documentos previstos no plano de trabalho (Art. 66 da Lei 13.019/2014);
Se a durao da parceria exceder um ano, a organizao da sociedade civil dever apresentar
prestao de contas ao fim de cada exerccio, para fins de monitoramento do cumprimento das
metas do objeto (Art. 67 2 da Lei 13.019/2014);
Prestao de contas e atos que dela decorram deve ser realizada em plataforma eletrnica,
permitindo a visualizao por qualquer interessado (Art. 65 da Lei 13.019/2014).

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IMPORTANTE
A administrao pblica divulgar, na forma de regulamento, nos meios pblicos de comunicao
por radiodifuso de sons e de sons e imagens, campanhas publicitrias e programaes
desenvolvidas por organizaes da sociedade civil, no mbito das parcerias previstas nesta
lei, mediante o emprego de recursos tecnolgicos e de linguagem adequados garantia de
acessibilidade por pessoas com deficincia (Art. 14 da Lei 13.019/2014).

COMO FICARO OS PRAZOS DAS PRESTAES DE CONTAS?

O Art. 49 da Lei prev que, para as parcerias cuja durao superior a um ano, obrigatria a
prestao de contas anual.

Alm disso, conforme Art. 69, a OSC ter que fazer a prestao de contas final no prazo mximo
de 90 dias contados a partir da data de trmino da parceria, podendo ser prorrogado por at 30
dias com justificativa.

A administrao pblica ter um prazo de at 150 dias, prorrogados justificadamente por mais
150 dias, para apreciar a prestao de contas.

QUAIS SO AS PENALIDADES E RESPONSABILIDADES PREVISTAS?

A administrao pblica poder aplicar sanes OSC quando verificar que a execuo da parceria
ocorreu de forma diferente da prevista no plano de trabalho.

Somente Ministros e Secretrios Estaduais ou Municipais podem aplicar as sanes previstas na Lei.

! Advertncia

X Suspenso de at 2 anos de participao em Chamamento Pblico e de celebrao de parceria

O Declarao de inidoneidade (o que impede a OSC de celebrar parceria ou contrato com a Unio, os
Estados, o Distrito Federal e os Municpios at o ressarcimento do prejuzo e por no mnimo 2 anos)

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Alm disso, a Lei Federal n 13.019/2014 reforou a responsabilidade dos servidores pblicos ao
alterar a Lei Federal n 8.429/1992, conhecida como Lei de Improbidade Administrativa. Foram
includos como atos de improbidade administrativa: frustrar a licitude de processo seletivo para
celebrao de parcerias com entidades sem fins lucrativos, agir negligentemente na celebrao,
fiscalizao e anlise das prestaes de contas de parcerias firmadas pela administrao pblica
com entidades privadas, descumprir as normas relativas celebrao, fiscalizao e aprovao de
contas de parcerias firmadas pela administrao pblica com entidades privadas, entre outros.

OBSERVAO
H um prazo de prescrio das sanes administrativas de cinco anos, contados a partir da
apresentao da prestao de contas.

O QUE DEVE CONTER NO PARECER TCNICO?

O gestor pblico responsvel emitir um parecer tcnico contendo a anlise de prestao de


contas da parceria. Este documento dever mencionar:
resultados alcanados e seus benefcios;
impactos econmicos ou sociais;
grau de satisfao do pblico beneficirio;
possibilidade de sustentabilidade das aes aps o trmino da parceria.

LEMBRE-SE
A prestao de contas deve demonstrar o alcance das metas e resultados previstos na
parceria. A priorizao do controle de resultados est presente em toda a lgica da nova
lei, que busca a satisfao do objeto. Leia mais na Lei 13.019/2014: Arts. 63 a 72.

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BIBLIOGRAFIA

BRASIL. Resoluo CNAS n 21, de 24 de novembro de 2016. Estabelece requisitos para celebrao de parcerias,
conforme a Lei n 13.019, de 31 de julho de 2014, entre o rgo gestor da assistncia social e as entidades ou
organizaes de assistncia social no mbito do Sistema nico de Assistncia Social SUAS. Braslia: Ministrio
do Desenvolvimento Social e Agrrio MDSA, 2016.

BRASIL. Decreto Federal 8.726, de 27 de abril de 2016. Regulamenta a Lei no 13.019, de 31 de julho de 2014,
para dispor sobre regras e procedimentos do regime jurdico das parcerias celebradas entre a administrao
pblica federal e as organizaes da sociedade civil. Braslia: Casa Civil, 2016.

BRASIL. Resoluo CNAS n 14, de 15 de maio de 2014. Define os parmetros nacionais para a inscrio das
entidades ou organizaes de Assistncia Social, bem como dos servios, programas, projetos e benefcios
socioassistenciais nos Conselhos de Assistncia Social. Braslia: Ministrio do Desenvolvimento Social e
Combate Fome MDS, 2014.

BRASIL. Resoluo CNAS n 33, de 12 de Dezembro de 2012. Aprova a Norma Operacional Bsica do SUAS
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BRASIL. Tipificao Nacional dos Servios Socioassistenciais, aprovada pela Resoluo n 109, 11 de novembro
de 2009, do CNAS. Aprova a Tipificao Nacional de Servios Socioassistenciais. Braslia: Ministrio do
Desenvolvimento Social e Combate Fome MDS, 2009.

BRASIL. Lei n 12.101, de 27 de novembro de 2009. Dispe sobre a certificao das entidades beneficentes
de assistncia social; regula os procedimentos de iseno de contribuies para a seguridade social; altera a
Lei no8.742, de 7 de dezembro de 1993; revoga dispositivos das Leis no 8.212, de 24 de julho de 1991, 9.429,
de 26 de dezembro de 1996, 9.732, de 11 de dezembro de 1998, 10.684, de 30 de maio de 2003, e da Medida
Provisria no2.187-13, de 24 de agosto de 2001; e d outras providncias. Braslia: Casa Civil, 2009.

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BIBLIOGRAFIA

BRASIL. Decreto n 6.308, de 14 de Dezembro de 2007. Dispe sobre as entidades e organizaes de assistncia
social de que trata o art. 3oda Lei no8.742, de 7 de dezembro de 1993, e d outras providncias. Braslia: Casa
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BRASIL. Norma Operacional Bsica de Recursos Humanos do SUAS, aprovada pela Resoluo n 01, de 25 de
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promovidas pela Lei n 12.435, de 6 de julho de 2011. Dispe sobre a organizao da Assistncia Social e d
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BRASIL. Norma Operacional Bsica: NOB/SUAS construindo as bases para a implantao do Sistema nico
da Assistncia Social. Braslia: Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome MDS/SUAS, 2005.
Disponvel em <http://www.assistenciasocial.al.gov.br/sala-de-imprensa/arquivos/NOB-SUAS.pdf>. Acesso
em: 06 fev. 2015.

MINAS GERAIS. Cartilha MROSC. Belo Horizonte: Secretaria de Estado de Governo SEGOV, 2016.
Disponvel em: <http://portal.convenios.gov.br/images/docs/MROSC/Publicacoes_SG_PR/LIVRETO_
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