Slides de Aula - Unidade I
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Epidemiologia
e Saúde Pública
Hipócrates:
Ainda hoje o sobrenatural e os miasmas são utilizados por leigos como explicações
para as doenças, levando a numerosas práticas místicas em que avultam as danças
e o uso de amuletos para afastar danos à saúde.
Fonte:
http://www.mexido
deideias.com.br
John Graunt – Estatística Vital (1620-1674)
Somente há cerca de três séculos alguns pioneiros iniciaram tal tipo de abordagem mediante
a utilização de dados de mortalidade (John Graunt é considerado o pai da demografia ou das
estatísticas vitais).
Fonte: https://www.azquotes.com/author/28099-
John_Graunt
Pierre Louis (1787–1872)
Entre as suas obras encontram-se estudos sobre a tuberculose e sobre a febre tifoide.
Sua maior contribuição foi haver introduzido e divulgado o método
estatístico, utilizando-o na investigação clínica das doenças.
Ao analisar as internações hospitalares em Paris
e a letalidade da pneumonia.
Associado ao tratamento por sangria, revelou que a conduta
era muito mais perigosa do que benéfica para os pacientes.
Alguns o consideram como o iniciador da Estatística Médica
e outros como o verdadeiro pai da Epidemiologia moderna.
Fonte:
https://www.historiadelamedicina
.org/louis.html
Louis Villermé (1782-1863), William Farr (1807-1883),
John Snow (1813-1858)
Louis Villermé (1782-1863) investigou a pobreza, as condições de trabalho e a repercussão
dessas circunstâncias sobre a saúde da população, realçando as estreitas relações entre
situação socioeconômica e mortalidade.
Considerado o pai da Bacteriologia, foi uma das figuras mais importantes da ciência
no século XIX.
Foi ele quem registrou as bases biológicas para o estudo das doenças infecciosas.
Pasteur foi a figura central da microbiologia, pois identificou e isolou numerosas bactérias,
além de fazer trabalhos pioneiros de imunologia.
Os trabalhos de Pasteur, seguidos pelos de Robert Koch criaram a impressão de que as
doenças poderiam ser explicadas por uma única causa, o agente etiológico, o que passou
para a história como a Teoria dos Germes.
As pesquisas em Epidemiologia passaram a ter um forte
componente laboratorial, pois parecia evidente que a busca
de agentes para explicar as doenças substituía,
com vantagens, a Teoria dos Miasmas.
Situação atual
Epidemiologia clínica:
É o retorno da Epidemiologia ao ambiente estritamente clínico, de modo a verificar
as circunstâncias que possibilitam o aparecimento da doença. Utiliza-se da Epidemiologia
e Estatística, de modo a trazer maior rigor científico à prática da Medicina.
Epidemiologia social:
Estudo da determinação social da doença. O seu intuito é o de procurar melhor entender
a situação de saúde da população, em especial nas regiões subdesenvolvidas –
ou dos segmentos desfavorecidos da população.
História natural da doença
Promoção Limitação
Proteção Diagnóstico precoce e Reabili-
de saúde da
específica tratamento imediato tação
invalidez
Prevenção
Prevenção primária Prevenção secundária
terciária
Incidência mostra a frequência com que surgem novos casos de uma doença
em um intervalo de tempo (outras medidas como as de mortalidade, letalidade
e sobrevida podem ser entendidas como variações do conceito de incidência).
Medidas de frequência de doença
Razão de sexo
30
Fonte: Adaptado de:
www.iesc.ufrj.br/cursos/epigrad/int. 25 15,0
../gabarito_Exerc_complem_2011_
20
final.pdf
10,0
15
10
5,0
5
0 0,0
1980 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99
Ano de diagnóstico
Amostragem
Amostragem probabilística:
cada pessoa tem uma probabilidade conhecida,
(não necessariamente igual) de ser selecionada.
Amostragem
População
Amostra
Tamanho da amostra
Fonte: Adaptado de: https://www.questionpro.com/blog/pt-br/amostragem-sistematica-simples-e-facil/
Relação entre incidência, prevalência e duração da doença
A relação entre incidência, prevalência e duração da doença, em uma situação estável, isto é,
quando nenhuma das variáveis muda muito ao longo do tempo, é estimada pela expressão:
Diminuem
Fonte: Adaptado de:
Aumentam
http://pt.slideshare.net/RicardoAlexandre3/aul Aumento da incidência; Diminuição da incidência;
a-4-medidas-de-frequencia-de-uma-doenca
Introdução de fatores que permitam
o aumento da proporção de curas
Aprimoramento das técnicas de uma nova doença. (Exemplo:
de diagnósticos; introdução de nova terapêutica
que permita a cura dos pacientes);
Fonte:
https://pt.pngtree.com/freepn
g/online-data_3480070.html
Indicadores de Saúde
Em geral, o termo “indicador” é utilizado para representar ou medir aspectos não sujeitos
à observação direta.
Os indicadores de saúde:
medem a saúde;
apresentam o risco de adoecer;
apresentam o risco de morrer;
mostram a gravidade ou fatalidade;
mostram os grupos mais atingidos.
Expressão dos resultados
Estrutura de um coeficiente:
Em que:
No numerador: os casos (de doença, incapacidade, óbito,
indivíduos com determinadas características etc.).
Mortalidade:
A morte é objetivamente definida, ao contrário da doença, e cada óbito tem de ser registrado.
Dados referentes à mortalidade infantil no ano de 2010, comparando o Brasil com outros
países, podem ser vistos na figura a seguir:
Principais indicadores de saúde
África 78,9
Ásia 39,3
Brasil 21,8
Oceania 21,6
América Latina e Caribe 20,3
Europa 7
América do Norte 5,6
Morbidade:
Permite inferir os riscos de adoecer a que as pessoas estão sujeitas.
Deve-se avaliar:
Tipo de agravo: há danos à saúde que evoluem com pior prognóstico do que outros.
sexo;
comportamento;
idade;
profissão;
padrões culturais e religiosos.
Fonte:
http://atividade
sparaeducaca
ofisica.com/ed
ucacao-fisica/
Interatividade
a) 2,52% e 4,88%
b) 32,34% e 20,47%
c) 28,01% e 51,35%
d) 39,54% e 51,35%
e) 20,47% e 4,88%
Resposta
a) 2,52% e 4,88%
b) 32,34% e 20,47%
c) 28,01% e 51,35%
d) 39,54% e 51,35%
e) 20,47% e 4,88%
Epidemiologia e Prevenção
Diagnóstico:
Um teste diagnóstico geralmente é concebido como um exame realizado em laboratório.
O clínico também precisa se familiarizar com alguns princípios básicos para a interpretação
dos testes diagnósticos.
Sensibilidade é definida como a proporção de indivíduos com a doença, que têm um teste
positivo para a doença.
Especificidade é a proporção dos indivíduos sem a doença, que têm um teste negativo.
Resultado Paciente Paciente
Total
do Teste Doente Sadio
145 15 160
Positivo
(a / VP) (b / FP) (a+b) ou (VP+FP)
05 135 140
Negativo
(c / FN) (d / VN) (c+d) ou (VN+FN)
150 300
150
total (b+d) ou (a+b+c+d) ou
(a+c) ou (VP+FN)
(VN+FP) (VP+VN+FP+FN)
Valor preditivo
05 135 140
Negativo
(c / FN) (d / VN) (c+d) ou (VN+FN)
150 300
150
total (b+d) ou (a+b+c+d) ou
(a+c) ou (VP+FN)
(VN+FP) (VP+VN+FP+FN)
Endemias e Epidemias
Uma determinada doença pode ser caracterizada como presente em nível endêmico,
epidêmico, com casos esporádicos ou inexistentes.
O fato de existir um número elevado de casos de uma doença não significa necessariamente
que uma epidemia esteja configurada.
Incidência máxima
Coef. incidência
Fonte:
http://professor.pucgoias.edu.br/SiteD
ocente/admin/arquivosUpload/18497/
epidêmico
material/Aula%2008.%20Epidemia%2
0e%20Endemia.pdf
Nível
Limiar epidêmico
endêmico
Nível
Tempo
Progressão Regressão
Egressão
Tipos de Epidemia
Fonte:
https://oilhavense.com/2018/10/10/ca
mpanha-de-vacinacao-contra-a-gripe/
Conceitos Importantes
Período de incubação:
Intervalo de tempo entre o momento em que ocorre a infecção (ou infestação)
e o aparecimento das primeiras manifestações de doença atribuíveis ao agente em causa.
Período prodrômico:
Intervalo de tempo durante o qual o paciente apresenta manifestações inespecíficas,
desde o aparecimento dos primeiros sintomas e sinais da doença.
Período de transmissibilidade:
Intervalo de tempo, em continuidade ou com intermitências,
durante o qual pode ocorrer eliminação do agente,
a partir da fonte de infecção.
Conceitos Importantes
Com base nas informações, pode ser elaborada uma classificação de fontes de infecção,
sejam elas representadas por homens ou por outros vertebrados, incluindo:
doentes: típicos ou atípicos (em período prodrômico e subclínicos ou ambulatoriais);
não doentes ou “portadores” (em incubação, convalescentes ou sãos).
Vias de eliminação:
São variadas as formas pelas quais pode ocorrer a saída de um agente da fonte de infecção,
podem ser divididas em:
Secreções naso-buco-faríngeas
Fezes
Urina
Sangue
Escarro
Exsudatos
Leite
Suor
Fonte: http://para-sita.blogspot.com/2010/10/vias-de-
eliminacao-dos-agentes.html
Conceitos Importantes
Vias de transmissão:
Portas de entrada:
Conhecendo o mecanismo de transmissão, é fácil
compreender que a penetração do agente infectante no novo
hospedeiro pode se dar por uma das seguintes vias:
respiratória; digestiva; através de mucosas; através da pele.
Prevenção
Níveis de prevenção:
Prevenção primária:
A prevenção primária impede que a doença ocorra por completo, removendo sua causa.
É efetuada com frequência fora do sistema de assistência à saúde, na comunidade.
A cloração e fluoração da rede de água e as leis que obrigam o uso do cinto de segurança
em automóveis e de capacetes em usuários de motocicletas são alguns exemplos.
Prevenção secundária:
A prevenção secundária detecta a doença precocemente
quando ela é assintomática e quando o tratamento precoce
pode impedi-la de progredir; exame citopatológico
de colo uterino, mamografia são exemplos.
Prevenção
Níveis de prevenção:
Rastreamento:
O rastreamento (triagem) é a identificação de uma doença ou fator de risco não reconhecido
por meio da história clínica (por exemplo, perguntar a um paciente se ele fuma), do exame
físico (como exame de próstata).
Prevenção terciária:
A prevenção terciária refere-se àquelas atividades clínicas que
previnem deterioração adicional ou reduzem as complicações
depois que uma doença já esteja manifesta. Um exemplo é o
uso de betabloqueadores para diminuir o risco de mortalidade
em pacientes que se recuperam de um infarto no miocárdio
(SCHAPPERT,1993).
Interatividade
Como são denominados os indivíduos que não têm a doença, não a tiveram e nem vão tê-la?
a) Portadores convalescentes.
b) Portadores em incubação.
c) Portadores sãos.
d) Doentes assintomáticos.
e) Doentes infectantes.
Fonte: http://pensamentojovem.comunidades.net/
Resposta
Como são denominados os indivíduos que não têm a doença, não a tiveram e nem vão tê-la?
a) Portadores convalescentes.
b) Portadores em incubação.
c) Portadores sãos.
d) Doentes assintomáticos.
e) Doentes infectantes.
Fonte: http://pensamentojovem.comunidades.net/
Vigilância epidemiológica
Fluxo de informação:
No Brasil, o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica foi instituído em 1975, através
da Lei Federal n. 6.259 (BRASIL, 1975), em que também foi criada a obrigatoriedade
da notificação compulsória de doenças.
Lista Nacional de Notificação Compulsória:
1. a) Acidente de trabalho com exposição a material biológico; b) Acidente de trabalho:
grave, fatal e em crianças e adolescentes.
2. Acidente por animal peçonhento.
3. Acidente por animal potencialmente transmissor da raiva.
4. Doenças infecciosas como: Cólera, Coqueluche, Difteria,
Dengue, Chagas, Esquistossomose, Febre Amarela, HIV,
Sarampo, Sífilis, entre outras.
5. a) Violência: doméstica e/ou outras violências.
b) Violência: sexual e tentativa de suicídio.
Vigilância epidemiológica
Unidades
ambulatórias Hospitais Outras fontes
de saúde
Secretaria municipal
do estado
Municipal
Regional de saúde
Estadual
Secretaria estadual
de saúde
Nacional
Ministério da saúde
Fonte: Livro-texto.
Estudos epidemiológicos
Estudo de casos:
O estudo de casos costuma ser a primeira abordagem de um tema. Ele é usado
para a avaliação inicial de problemas ainda mal conhecidos e cujas características
ou variações naturais não foram devidamente detalhadas.
Aspectos positivos do estudo de casos:
Em geral, o estudo de caso é relativamente fácil de ser realizado e de baixo custo. O relato
pode restringir-se a uma simples descrição ou ir mais além, de modo a sugerir explicações
sobre elementos pouco conhecidos.
Limitações do estudo de casos:
Restringe-se a situações incomuns de enfermos graves,
outras vezes, aos casos de evolução atípica, de reação
inusitada, há certa dose de subjetividade
na apreciação dos fatos.
Estudos epidemiológicos
Estudos descritivos:
Fonte:
https://asmetro.org.br/portalsn/2017/08/09/in
vestigacao-por-parte-do-ministerio-publico-
virou-terra-de-ninguem/
Estudos epidemiológicos
Estudos analíticos:
Tem o objetivo básico de avaliar (não apenas descrever) se a ocorrência de um determinado
evento é diferente entre indivíduos expostos e não expostos a um determinado fator
ou de acordo com as características das pessoas.
Fonte:
https://asmetro.org.br/portalsn/2017/08/09/in
vestigacao-por-parte-do-ministerio-publico-
virou-terra-de-ninguem/
Estudos randomizados
Grupo Sucesso
Controle
(Comparação) Insucesso
Fonte: Medicina (Ribeirão
Preto) 42 (1): 3-8
População
http://www.fmrp.usp.br/revista
Fonte:
https://asmetro.org.br/portalsn/2017/08/09/in
vestigacao-por-parte-do-ministerio-publico-
virou-terra-de-ninguem/
Estudos de coorte
O termo coorte é utilizado para nomear um grupo de indivíduos que têm em comum um
conjunto de características e que são observados durante um período de tempo com o intuito
de analisar a sua evolução (prospectivo).
Fonte:
Presente
https://asmetro.org. Doentes
br/portalsn/2017/08/ Não doentes
09/investigacao-por- Expostos Expostos
parte-do-ministerio-
publico-virou-terra-
de-ninguem/
a) Caso-Controle.
b) Ecológico.
c) Transversais.
d) Randomizados.
e) Coorte.
Fonte: http://pensamentojovem.comunidades.net/
Resposta
a) Caso-Controle.
b) Ecológico.
c) Transversais.
d) Randomizados.
e) Coorte.
Fonte: http://pensamentojovem.comunidades.net/
Referências bibliográficas
SCHAPPERT, S. M. National ambulatory medical care survey: 1991 summary. Advance data
from vital and health statistics. National Center for Health Statistics. Hyattsville – M.D., n. 230,
mar. 1993. Disponível em: http://www.cdc.gov/nchs/data/ad/ad230.pdf.
BRASIL. Lei n. 6.259 de 30 de outubro de 1975. Dispõe sobre a organização das ações de
vigilância epidemiológica, sobre o programa nacional de imunizações, estabelece normas
relativas à notificação compulsória de doenças, e dá outras providências. Brasília, 1975.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6259.htm.
ATÉ A PRÓXIMA!