Slides de Aula - Unidade II

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 44

UNIDADE II

Epidemiologia
e Saúde Pública

Prof. Flávio Buratti


Histórico das conferências e declarações em políticas de saúde

Conferências e declarações internacionais:

 O objetivo principal dessas conferências é promover o suporte das ideias e medidas


necessárias para as ações em saúde.

 O resultado da discussão aberta e organizada em cada conferência é expresso por meio


da elaboração final de um documento em defesa da promoção da saúde, salientando
o bem-estar de todos os povos como requisito essencial para o desenvolvimento dos países.
Histórico das conferências e declarações em políticas de saúde

 A 30ª Assembleia Mundial de Saúde, realizada pela OMS (1977), lançou o movimento Saúde
para Todos, no ano de 2000.

 Em setembro de 1978, foi organizada, pela OMS e pela Unicef, a Primeira Conferência
Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde, na cidade de Alma-Ata, no Cazaquistão.
Resultou na elaboração da Declaração de Alma-Ata, um documento que reafirmou
o significado de saúde como um direito humano fundamental.
Alma-Ata

 Ações no sentido de limitar a desigualdade social deveriam ser estimuladas e adotadas por
todos os países. Isso deveria ocorrer para que a meta de saúde universal fosse atingida,
diminuindo a lacuna existente entre os países em desenvolvimento e os desenvolvidos.

 Para tanto, o investimento em atenção primária seria a chave para uma promoção da saúde
equânime e abrangente, por meio de medidas de prevenção e educação em saúde.

 Importância dos relatos das missões enviadas à China


em 1973 e 1974, referindo um conjunto de atividades
para a melhoria da saúde, predominantemente realizadas
em ambiente rural, desenvolvidas desde 1965.
Alma-Ata

 Organização da comunidade local.


 Atenção aos anciãos, além da assistência do Estado.
 Promoção do desenvolvimento de indústrias caseiras.
 Ajuda às escolas e serviços em geral.
 Organização do povo para cuidar da saúde ambiental.
 Realização de cuidados preventivos e tratamentos,
incluindo o uso de ervas medicinais.
 Apoio ao desenvolvimento da manutenção da ordem social no tráfego, policiamento
e nos incêndios.
 Promoção de campanhas de saúde em todos os níveis.
Alma-Ata

Destacamos, a seguir, alguns pontos principais da Declaração de Alma-Ata que demonstram


sua clareza:

I. A conquista do mais alto grau de saúde exige a intervenção de muitos outros setores
sociais e econômicos, além do setor de saúde.

II. A promoção e a proteção da saúde da população são indispensáveis para o


desenvolvimento econômico e social sustentado, e contribuem para melhorar
a qualidade de vida e alcançar a paz mundial.

III. A população tem o direito e o dever de participar, individual


e coletivamente, na planificação e na aplicação das ações
de saúde.
Alma-Ata

IV. A atenção primária de saúde é, ao mesmo tempo, um reflexo e uma consequência


das condições econômicas e das características socioculturais e políticas do país
e de suas comunidades.

V. Compreende, pelo menos, as seguintes áreas: a educação


sobre os principais problemas de saúde e sobre os métodos
de prevenção e de luta correspondentes; a promoção
de alimentos e de uma nutrição apropriada; um
abastecimento adequado de água potável e o saneamento
básico; a assistência materno-infantil, com inclusão
da planificação familiar; a imunização contra as principais
enfermidades infecciosas; a prevenção e a luta contra as
enfermidades endêmicas locais; o tratamento apropriado
das enfermidades e traumatismos comuns;
e a disponibilidade de medicamentos essenciais.
Alma-Ata

VI. Inclui a participação, ademais do setor da saúde, de todos os setores e campos de


atividades conexas do desenvolvimento nacional e comunitário, em particular o
agropecuário, a alimentação, a indústria, a educação, a habitação, as obras públicas, as
comunicações etc., exigindo os esforços coordenados de todos estes setores.

VII. Exige e fomenta, em grau máximo, a autorresponsabilidade e a participação


da comunidade e do indivíduo na planificação, na organização, no funcionamento
e no controle da atenção primária de saúde (BRASIL, 2001).

 A declaração reafirma a responsabilidade de todos


os governos pela promoção de saúde.
Interatividade

A Primeira Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde aconteceu na cidade


de Alma-Ata, reunindo mais de 700 participantes no ano de:

a) 1965.
b) 1978.
c) 1986.
d) 1990.
e) 2000.

Fonte: http://pensamentojovem.comunidades.net/
Resposta

A Primeira Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde aconteceu na cidade


de Alma-Ata, reunindo mais de 700 participantes no ano de:

a) 1965.
b) 1978.
c) 1986.
d) 1990.
e) 2000.

Fonte: http://pensamentojovem.comunidades.net/
Primeira Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde (Ottawa, 1986)

 A temática principal dessa conferência era a promoção da saúde nos países industrializados.
 Essa conferência deixa clara a inter-relação existente entre os conceitos de atenção primária
de saúde, promoção da saúde e cidades saudáveis.
 A Carta de Ottawa foi um documento apresentado na Primeira Conferência Internacional
sobre Promoção da Saúde.
 Um dos pontos mais relevantes desse documento
é a promoção da saúde, que é definida como uma maneira
de proporcionar às populações as formas e os meios
necessários para que seja efetivado o processo de melhora de
sua saúde, além de conferir ao indivíduo o poder de exercer
maior controle sobre ela.
Primeira Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde (Ottawa, 1986)

 A saúde plena também poderá ser alcançada, desde que o indivíduo tenha condições
de assumir o controle de tudo e de todas as suas atividades. Se isso, de fato, não for
possível, algumas questões podem prejudicar e impactar o seu estado de saúde.

 Para que tais processos sejam efetivados, não há diferença de gêneros, aplicando-se
igualmente a homens e mulheres.

Dessa forma, o comprometimento dos participantes


da conferência fica restrito a uma série de ações
que resultarão no planejamento da promoção
da saúde e, assim, eles se comprometem a:
Primeira Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde (Ottawa, 1986)

 Exigir, do ponto de vista político, que o compromisso firmado entre a gestão e a comunidade
seja efetivo e coerente, principalmente no que concerne à saúde e à equidade em todos os
setores.

 Lutar por situações que se afastam dos maus produtos, meios e condições de vida
insalubres, má nutrição e destruição dos recursos naturais, comprometendo-se, ainda,
a focar sua atenção em questões de saúde pública, que recaem em aspectos de impactos
ambientais, sociais e de trabalho, tais como: a contaminação, os riscos profissionais, a
invasão e o crescimento desordenado de áreas não povoadas.
Primeira Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde (Ottawa, 1986)

 Proporcionar para que não haja diferenças entre as diversas sociedades e entre os
indivíduos que fazem parte delas, bem como tomar medidas contra as desigualdades.

 Saber e reconhecer, na prática, que os indivíduos são a principal fonte de saúde. Com isso,
permitir que as ações, de uma forma geral, possam apoiá-los e capacitá-los.

 Basear a promoção da saúde na redefinição, reorganização e reorientação dos serviços,


sobretudo os sanitários, promovendo a intersetorialidade, a multi e a interdisciplinaridade
entre os profissionais e com a própria população e a comunidade.
Histórico das conferências no Brasil

 A Lei n. 8.142 diz respeito à obrigatoriedade da realização de conferências para a saúde


no Brasil.

 A missão delas é justamente avaliar e propor diretrizes para a formulação da política


de saúde nos níveis municipais, estaduais e nacional, com representantes dos vários
segmentos sociais.

 Periodicidade: 4 anos.

 A cada conferência vem sendo observado um aumento


significativo na participação do cidadão comum, o que garante
uma participação democrática da população na definição
de políticas de saúde, sua implantação e efetivação de ações
que compõem o SUS.
Histórico das conferências no Brasil

 Os indivíduos podem ser convocados pelo Poder Executivo ou, de forma extraordinária,
pelos Conselhos de Saúde. E o fato de serem importantes instrumentos de participação da
sociedade nas questões que implicam organização, deliberações e definições de diretrizes,
faz com que sirvam, por meio dos seus documentos, de base para a elaboração, construção
e execução de planos de saúde em cada uma das instâncias governamentais, definindo
ações que são prioritárias e específicas nos âmbitos municipais, estaduais e federal.
Interatividade

Analise as afirmações decorrentes da Conferência de Ottawa e aponte aquela


que está incorreta:

a) Saber e reconhecer na prática que os indivíduos são a principal fonte de saúde.


b) Proporcionar para que não haja diferenças entre as diversas sociedades,
salvo os grupos indígenas.
c) Exigir, do ponto de vista político, que o compromisso firmado entre a gestão e a
comunidade seja efetivo e coerente.
d) Não deve haver diferença de gêneros, aplicando-se
as questões de saúde igualmente a homens e mulheres.
e) Basear a promoção da saúde na redefinição, na
reorganização e na reorientação dos serviços.
Resposta

Analise as afirmações decorrentes da Conferência de Ottawa e aponte aquela


que está incorreta:

a) Saber e reconhecer na prática que os indivíduos são a principal fonte de saúde.


b) Proporcionar para que não haja diferenças entre as diversas sociedades,
salvo os grupos indígenas.
c) Exigir, do ponto de vista político, que o compromisso firmado entre a gestão e a
comunidade seja efetivo e coerente.
d) Não deve haver diferença de gêneros, aplicando-se
as questões de saúde igualmente a homens e mulheres.
e) Basear a promoção da saúde na redefinição, na
reorganização e na reorientação dos serviços.
O desenvolvimento das políticas públicas de saúde no Brasil

De 1500 até o Primeiro Reinado:

 Em nosso processo de colonização, não havia qualquer modelo de saúde e isso não foi
sequer cogitado pelo governo de Portugal.

 Desse modo, a atenção à saúde limitava-se aos próprios recursos da terra (plantas, ervas)
e àqueles que, por conhecimentos empíricos (curandeiros), desenvolviam as suas
habilidades na arte de curar.

 A vinda da família real ao Brasil criou a necessidade


da organização de uma estrutura sanitária mínima, capaz
de dar suporte ao poder que se instalava na cidade
do Rio de Janeiro.
O desenvolvimento das políticas públicas de saúde no Brasil

De 1500 até o Primeiro Reinado:

 A carência de médicos no Brasil Colônia e no Brasil Império era enorme. No Rio de Janeiro,
em 1789, só havia quatro médicos exercendo a profissão. Em outros estados brasileiros,
eram mesmo inexistentes.
 A inexistência de uma assistência médica estruturada fez com que proliferassem pelo país
os boticários (farmacêuticos). Aos boticários cabiam a manipulação das fórmulas prescritas
pelos médicos, mas a verdade é que eles próprios tomavam a iniciativa de indicá-los.
 Em 1808, Dom João VI fundou o Colégio Médico-Cirúrgico
no Real Hospital Militar, na cidade de Salvador. No mês
de novembro do mesmo ano, foi criada a Escola de Cirurgia
do Rio de Janeiro.
O desenvolvimento das políticas públicas de saúde no Brasil

Início da República (1889) até 1930:

 Após a Proclamação da República, estabeleceu-se uma nova forma de organização


jurídico-política, típica do estado capitalista.
 O coronelismo predominava no cenário político. Então, os grandes proprietários de terras
(latifundiários) impunham normas de exercício de poder e representavam os interesses
capitalistas dominantemente agrários.
 No início do século XX, principalmente no Rio de Janeiro,
por conta da situação sanitária existente na cidade, os navios
estrangeiros não queriam mais atracar no porto carioca,
pela presença de diversas doenças graves que acometiam
a população, como a varíola, a malária, a febre amarela
e, posteriormente, a peste.
O desenvolvimento das políticas públicas de saúde no Brasil

 Nesse momento, o presidente do Brasil em exercício, Rodrigues Alves, nomeou Oswaldo


Cruz como o diretor do Departamento Federal de Saúde Pública.

 Oswaldo Cruz se propôs a erradicar a epidemia de febre amarela na cidade carioca, criando
um verdadeiro exército para tal empreitada, o que assustou muita gente naquela ocasião.
Cerca de 1.500 “recrutas” passaram a exercer atividades de desinfecção no combate ao
mosquito causador dessa doença. A falta de esclarecimentos e as arbitrariedades cometidas
pelos “guardas-sanitários” causaram revolta na população, e esse modelo de intervenção
ficou conhecido como campanhista.
O desenvolvimento das políticas públicas de saúde no Brasil

 Revolta da Vacina: o que promoveu tal movimento foi outra medida imposta por Oswaldo
Cruz, a criação da Lei Federal n. 1.261, de 31 de outubro de 1904, que instituiu a vacinação
antivaríola, obrigatória para todo o território nacional – apesar das arbitrariedades e dos
abusos cometidos, obteve importantes vitórias no controle das doenças epidêmicas.
Oswaldo Cruz

 Oswaldo Cruz foi pioneiro em ações de saúde


pública. Ele introduziu o registro demográfico,
que permitiu conhecer a composição e os fatos
de vitais importância para a população, criou
o laboratório como auxiliar do diagnóstico
etiológico e propôs a fabricação organizada
de produtos profiláticos para uso em massa.

Fonte:
https://saude.estadao.com.br/not
icias/geral,cenario-prefeito-de-
petropolis-oswaldo-cruz-
idealizou-grande-plano-de-
urbanizacao,70001671157
Carlos Chagas

 Inovou o modelo campanhista, tornando-o menos policial


e fiscalizador.

 Introduziu a propaganda e a educação sanitária


na técnica rotineira de ação, que são as primeiras
ações de educação em saúde na história da saúde
pública brasileira.

Fonte:
http://www.ebc.com.br/infantil/voce-
sabia/2015/11/cientistas-brasileiros-
sabe-quem-foi-carlos-chagas
O regime militar e as consequências para a saúde pública do Brasil

 O regime autoritário do golpe militar de 1964 trouxe como consequência imediata, para as
políticas de saúde no Brasil, um total esvaziamento da participação da sociedade nos rumos
da Previdência.
 Por outro lado, também provocou uma centralização crescente da autoridade decisória,
marcada pela criação do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), em 1966.
 No auge das lutas por políticas mais universalistas e do processo de abertura política em fins
dos anos 1970, amplia-se o movimento dos profissionais de saúde e de intelectuais da área
de saúde coletiva por mudanças no modelo em vigor.
 A ditadura, no Brasil, foi um retrocesso em todos os sentidos.
Foi um período marcado por epidemias que culminaram
em muitos óbitos, como a da meningite, que assolou o país
no início da década de 1970 e que durou até meados
de 1977/1978.
Interatividade

O que motivou a Revolta da Vacina?

a) A obrigatoriedade para a população de se vacinar contra a febre amarela.


b) A obrigatoriedade, associada à truculência dos guardas-sanitários, na vacinação
contra a varíola.
c) O fato das pessoas não saberem a que estavam sendo submetidas.
d) A vacinação ser aplicada somente na população negra.
e) A vacinação ser ofertada somente à população de classe intelectual e da alta sociedade,
desfavorecendo as minorias.
Resposta

O que motivou a Revolta da Vacina?

a) A obrigatoriedade para a população de se vacinar contra a febre amarela.


b) A obrigatoriedade, associada à truculência dos guardas-sanitários, na vacinação
contra a varíola.
c) O fato das pessoas não saberem a que estavam sendo submetidas.
d) A vacinação ser aplicada somente na população negra.
e) A vacinação ser ofertada somente à população de classe intelectual e da alta sociedade,
desfavorecendo as minorias.
Construção do SUS, seus princípios doutrinários e organizacionais

 A criação do SUS é um marco para a saúde pública do Brasil e serviu de referência


para uma série de países que também consideraram o nosso conceito para definir saúde
e estabelecer os serviços de saúde pública.

No artigo 196, tem-se que:

 A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo,


mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução
do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal
e igualitário às ações e serviços para a sua promoção,
proteção e recuperação (BRASIL, 1988).
Construção do SUS, seus princípios doutrinários e organizacionais

Na mesma lei, o SUS é definido da seguinte forma:

As ações e os serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada,


e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:

 Descentralização, com direção única em cada esfera de governo.


 Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo
dos serviços assistenciais.
 Apesar de o SUS ter sido definido, concebido e descrito
pela Constituição de 1988, somente foi regulamentado
em 19 de setembro de 1990 – por meio da Lei n. 8.080.
 Esta lei define o modus operandi do SUS, propondo
a sua forma de organização e de funcionamento.
Construção do SUS, seus princípios doutrinários e organizacionais

Os princípios doutrinários do SUS foram concebidos; assim, ficou estabelecido o seguinte:

 Universalidade – o acesso às ações e aos serviços deve ser garantido a todas as pessoas,
independentemente de sexo, raça, renda, ocupação, ou outras características sociais
ou pessoais.
 Equidade – é um princípio de justiça social que garante a igualdade da assistência à saúde,
sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie. A rede de serviços deve estar atenta
às necessidades reais da população a ser atendida.
 Integralidade – significa considerar a pessoa como um todo,
devendo, as ações de saúde, procurar atender a todas às suas
necessidades (BRASIL, 1988).
Construção do SUS, seus princípios doutrinários e organizacionais

Alguns princípios organizativos derivam desses preceitos apresentados:

 Hierarquização – entendida como um conjunto articulado e contínuo das ações e serviços


preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis
de complexidade do sistema; referência e contrarreferência.
 Participação popular – pode ser definida como a democratização dos processos decisórios
consolidados na participação dos usuários dos serviços de saúde nos chamados Conselhos
Municipais de Saúde.
 Descentralização político-administrativa – consolidada com
a municipalização das ações de saúde, tornando o município
gestor administrativo e financeiro do SUS (BRASIL, 1988).
Construção do SUS, seus princípios doutrinários e organizacionais

Alguns objetivos e atribuições do SUS:

 Identificar e divulgar os fatores condicionantes e determinantes da saúde;


 Formular as políticas de saúde;
 Executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica;
 Realizar atividades de vigilância nutricional e de orientação alimentar; formular políticas
referentes a medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros insumos de interesse
para a saúde e a participação na sua produção;
 Controlar e fiscalizar os serviços, os produtos e as substâncias de interesse para a saúde.
Assistência em saúde no Brasil após a implantação do SUS

 Antes do início do SUS, havia uma assistência de característica excludente, mercantil,


dicotômica e pouco resolutiva. Esses modelos assistenciais estabelecidos no Brasil
se constituíram num desafio para a implantação do SUS pelo fato deste apontar para uma
lógica totalmente oposta, de universalidade, integralidade e promoção de saúde.

 Uma proposta relevante de modelo assistencial que vem sendo desenvolvida


é a do Programa Saúde da Família e dos Agentes Comunitários de Saúde (PSF/Pacs)
(RONCALLI, 2003).
PSF e Pacs

 O PSF foi introduzido no Brasil pelo Ministério da Saúde, em 1994, e teve como antecedente
o Pacs, lançado em 1991, o qual já trabalhava com a família.

 A partir de então, o PSF apresentou um notável crescimento e, atualmente, o programa


foi determinado como sendo a forma de reorganizar, ou melhor, reordenar e fortalecer
a Atenção Básica.
Estratégias Saúde da Família (ESF)

Um ponto importante é o estabelecimento de uma equipe multiprofissional.


É composta por, no mínimo:

I. Médico generalista ou especialista em saúde da família, ou médico de família


e comunidade.
II. Enfermeiro generalista ou especialista em saúde da família.
III. Auxiliar ou técnico de enfermagem.
IV. Agentes comunitários de saúde. Podem ser acrescentados
a essa composição os profissionais de saúde bucal:
cirurgião-dentista generalista ou especialista em saúde
da família, auxiliar e/ou técnico em saúde bucal.
(BRASIL, 2000)
Papel dos agentes comunitários de saúde (ACS)

 Muitos autores consideram esses profissionais como os grandes atores da realidade


e da lógica de assistência que ocorre quando as ESF estão configuradas.

 Vale ressaltar que esse profissional, obrigatoriamente, precisa fazer parte da comunidade,
ou seja, ele é um sujeito que deverá residir no território de abrangência da UBS,
já que é por meio dele que a equipe pode conhecer as particularidades de cada
localidade e as interferências sociais que deixam a comunidade vulnerável, incidindo
nas questões do processo saúde-doença.

 Os agentes comunitários de saúde (ACS) representam


o elo formado entre a equipe da ESF e a comunidade.
Programas de saúde no Brasil

 Dados atuais do Ministério da Saúde indicam que há grupos que estão mais expostos
a riscos na sua saúde, por exemplo, crianças com menos de 1 ano, gestantes, idosos,
trabalhadores urbanos e rurais etc.

A seguir, serão descritos os principais programas de saúde do Brasil e as principais ações


voltadas, uma vez que são implantados:

 Academia da Saúde: lançado em abril de 2011, estimula a criação de espaços públicos


adequados para a prática de atividade física e de lazer.
Programas de saúde no Brasil

 Mais Médicos: faz parte de um amplo pacto de melhorias no atendimento aos usuários
do SUS. Com a convocação de profissionais para atuar na atenção básica de municípios
com maior vulnerabilidade social e doenças, o Governo Federal garante mais saúde
para o brasileiro.

 Farmácia Popular: criado para ampliar o acesso da população a medicamentos essenciais,


que são vendidos a preços mais baixos que os praticados no mercado. São remédios contra
diabetes e hipertensão, entre outros.

 Cartão Nacional de Saúde: é um instrumento que possibilita


a vinculação dos procedimentos executados no âmbito
do SUS ao usuário, ao profissional que os realizou
e também à unidade de saúde onde foram efetuados.
Programas de saúde no Brasil

 Unidade de Pronto Atendimento (UPA): as UPAs 24 h são estruturas de complexidade


intermediária entre as UBS e as portas de urgência hospitalares e, em conjunto com estas,
compõem uma rede organizada de atenção às urgências.

 PNAN: A Política Nacional de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde tem o propósito


de garantir a qualidade dos alimentos disponíveis para o consumo no país.

 SAMU: o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência


tem a finalidade de prestar socorro à população em casos
de urgência. A assistência é feita depois de uma chamada
para o telefone 192; a ligação é gratuita.
Interatividade

Qual é o princípio doutrinário do SUS?

a) Equidade.
b) Descentralização.
c) Hierarquização.
d) Participação popular.
e) Fiscalização contínua do atendimento.
Resposta

Qual é o princípio doutrinário do SUS?

a) Equidade.
b) Descentralização.
c) Hierarquização.
d) Participação popular.
e) Fiscalização contínua do atendimento.
Referência bibliográfica

 RONCALLI, A. G. O desenvolvimento das políticas públicas de saúde no Brasil e a


construção do Sistema Único de Saúde. In: PEREIRA, A. C. (Org.). Odontologia em saúde
coletiva: planejando ações e promovendo saúde. Porto Alegre: Artmed, 2003. p. 2849.
ATÉ A PRÓXIMA!

Você também pode gostar