O documento discute os conceitos de cidadania e cultura ao longo da história. Apresenta diferentes concepções de cidadania como a liberal, republicana, deliberativa e intercultural. Também aborda como o conceito de cultura evoluiu de universal para plural, reconhecendo a diversidade cultural.
O documento discute os conceitos de cidadania e cultura ao longo da história. Apresenta diferentes concepções de cidadania como a liberal, republicana, deliberativa e intercultural. Também aborda como o conceito de cultura evoluiu de universal para plural, reconhecendo a diversidade cultural.
O documento discute os conceitos de cidadania e cultura ao longo da história. Apresenta diferentes concepções de cidadania como a liberal, republicana, deliberativa e intercultural. Também aborda como o conceito de cultura evoluiu de universal para plural, reconhecendo a diversidade cultural.
O documento discute os conceitos de cidadania e cultura ao longo da história. Apresenta diferentes concepções de cidadania como a liberal, republicana, deliberativa e intercultural. Também aborda como o conceito de cultura evoluiu de universal para plural, reconhecendo a diversidade cultural.
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Resumo Estudos sobre Cultura e Cidadania (EAD)
- Cidadania e Democracia
OBS: Ao longo deste esboço estarei pontuando os principais temas
acerca do assunto, mas não estarei colocando em muitos tópicos como os últimos resumos. Então vamos lá! Peço que leiam com atenção, pois, muitos temas para serem compreendidos é necessário o entendimento do tema anterior, o resumo é extenso, mas baseado nas apostilas 2 e 3.
Intro: O conceito de cidadania e cidadão modificou-se ao longo do
período histórico-cultural das civilizações. O termo tem origem grega e romana, sendo “polis” antecessor de política e “civitas” advindo do latim.
Cidadania e política são equivalentes e se completam!
Concepção de Cidadania Liberal: Origina-se do pensamento ético
e moral acerca do indivíduo, tendo início após as revoluções industrial e francesa. Essa concepção liberal garante ao sujeito direitos subjetivos individuais, isso é dado pelo Estado que por sua vez também é vista como liberal, mais precisamente possibilita ao indivíduo que cumpra suas necessidades privadas (pessoais), ou seja, política individualizada.
Concepção de Política Republicana: O estado de cidadão não é
caracterizado apenas pelo direito de escolha privada. Ser cidadão nesta vista é participar e ser ativo politicamente, exercendo a prática sendo isso comum a todos os indivíduos igualmente livres, detendo com isto o controle do Estado sobre a sociedade e os direitos civis. Esta concepção de cidadania visa o ampliamento tanto dos direitos individuais (formais) como os de cunho político (voto), garantindo assim organização social, acesso aos partidos políticos, além do direito de possíveis manifestações caso a sociedade se sinta prejudicada de alguma forma, fato evidente atualmente. Porém o sujeito nesta visão torna-se “menor”, pois, acaba por diluir-se na massa coletiva, ser cidadão é mais viável do que ser indivíduo.
- Século XX: Nova perspectiva contemporânea que visa construir a
cidadania a partir da experiência cotidiana, os bens, cultura e política. Cidadania Deliberativa: Cidadania vista a partir da possibilidade de comunicação, princípio que busca efetivamente o consenso dos cidadãos inseridos naquela cultura, podendo assim desenvolver a democracia. Ampliando ainda este conceito podemos citar que as leis e os direitos devem ser usados de modo concreto entre os cidadãos, e este mesmo também deve ser capaz de argumentar e comunicar-se nos entroncamentos cotidianos, posicionando-se de maneira clara e intervindo na sociedade, política e outros grupos sociais.
Importante entendermos a cidadania deliberativa, pois, ao contrário
dos conceitos anteriores essa política NÃO vê o cidadão somente sendo cidadão no coletivo refletindo o todo ou como indivíduos privados que agem de forma independente para obter seus bens.
*J. Habermas (1929), afirma e representa está ideia de sociedade,
considerando a comunicação a maneira mais objetiva e efetiva para todos. O cidadão é livre e constrói-se cidadão a partir de suas experiências, interferindo assim no coletivo público.
Cidadania Intercultural: Após pensarmos a cidadania como
deliberativa podemos entender a cidadania intercultural. Esse conceito mais precisamente é a ampliação da esfera anterior, o indivíduo aqui é entendido a partir de sua bagagem cultural, pessoal, advindo de suas experiências com o meio em que está inserido, ou seja, sua comunicação e diálogo crítico iram depender destes fatores. Importante vermos que este conceito não tira em hipótese alguma o anterior ou nem ao menos o anule de alguma forma, mas baseia-se no respeito recíproco entre todos os cidadãos, fundamentando assim a diferença e a justiça social.
- O Estado e a Sociedade (Estado a partir de 3 elementos):
O Estado é composto por um conjunto de instituições que têm
suas obrigatoriedades, onde a mais relevante é aquela instituição encarregada de suprir as outras e garantir sua permanência e consequentemente a do Estado.¹
As instituições devem ser distribuídas em um determinado espaço
geográfico e limitadas à ele. Podemos perceber que está distribuição implica em disputas e guerras como vemos atualmente, o maior exemplo disto é as freqüentes discórdias entre as fronteiras, tanto se pensarmos em distribuição geográfica, quanto em estrangeiros adentrando neste espaço de modo clandestino.²
O Estado é responsável pela criação e implantação de regras
dentro deste território, variando assim de cultura para cultura, partilhando isto com os cidadãos, político de acesso comum e legitimação destas regras.³
OBS: As diferentes formas de cidadania dependem da forma de
governo e estado, aderindo a alguma concepção estadista.
*Regime democrático: Democracia (o governo do povo), concepção
grega: (demo=povo) e (cracia=governo). Entende-se como que a influência de todos faz o regime, o poder está nas mãos da população, podendo até reivindicar este direito.
Temos então um impasse, como a sociedade civil pode exercer peso
na dinâmica do Estado? Basta-nos pensar a partir do diagrama fundamentado na teoria de Junger Habermas (1997):
------
O diagrama apresentado deixa claro a ideia de o indivíduo possuir
influência no Estado e no poder que exerce sobre ele – indivíduo - estando em esfera pública (organizações) ou em privada (família). Com isto, o Estado tende a assegurar uma comunicação objetiva e mútua, uma ação onde a linguagem seja compreendida por todos ou correrá o risco de lutar contra grupos e organizações que independem de seus interesses.
OBS: Supostamente o Estado deve passar uma mensagem clara à todos
A Dilma como presidenta deve transmitir isso, ou então sofrerá com grupos ativistas que a confrontem.
- Parte 2 Cultura e Identidade
O conceito de cultura é muito divergente em nossa sociedade,
muitos falam pelo senso-comum, onde fazem associações não reflexivas (medida imediatista) sobre o termo e de modo ignorante expondo-o como “falta de estudo ou formação”, algo como: O “Douglas” não tem cultura porque não sabe ler! Associando assim cultura a falta de estudo. Como se já não bastasse, ainda há quem faça comparações com formas artísticas (teatro, quadros, esculturas, e etc.) e ainda atribuindo à grupos étnicos, então para entendermos primeiros temos de afastar o senso-comum, o próprio senso-comum não deixa de ser cultura, mas a cultura não pode ser compreendida somente pelo senso-comum.
De onde vem este termo, qual a sua linha etmológica?
Para Marilena Chauí (1989) o termo cultura origina-se do cultivo
das plantas, do meio habitável, aquilo que torna agradável a vida humana. Já no séc. XVIII esse termo passou a relacionar-se com a noção de progresso e civilização, ou seja, o conhecimento obtido e acumulado, aquilo que promoveu o desenvolvimento de um povo.
*Neste mesmo século se propagava o racionalismo e o
evolucionismo no pensamento ocidental.
O fator de erro desta visão de cultura progressista e
evolucionista está na problemática do desenvolvimento, as sociedades humanas deveriam passar pelas mesmas fases do desenvolvimento se a cultura assim fosse estabelecida.
Esta tentativa de universalizar a cultura desencadeou o “homem-
universal”, sendo de grande importância para a esfera sócio-política da época, esse radicalismo progressista implica na seguinte ideia Todos devem passar por estágios evolutivos e as civilizações que não estiverem passando, certamente estarão atrasadas. Este pensamento atuou com extrema força dando oportunidade para a Colonização.
Mas como assim Colonização? Sim caro leitor, essa cultura
progressista que deu vazão para a escravidão em massa... Vejamos a seguir...
Seguindo está linha temos a colonização (escravidão) como
tentativa de levar cultura, progresso aos atrasados (civilizações menos desenvolvidas), além de alavancar o país colonizador, fato que tem seus traços até os dias atuais, onde os norte-americanos e os europeus são vistos como potências, enquanto os africanos como carentes. A colonização que sustentou as bases da evolução lucrativa dos séculos XVI em diante, baseou-se neste ideal cultural e exclusitivista, apoiado na deficiência de civilizações menores, podendo propagar de certa forma cultura e religião, dando “asas” ao catolicismo português por exemplo, que foi implantado nos índios brasileiros. Temos então a justificativa baseada nesse progresso louco que era transmitida as civilizações primitivas.
Isto ainda reflete nos dias atuais, os americanos fizeram o mundo
acreditar que em nome da liberdade e democracia, deveríamos libertar (colonizar) o Iraque do regime de Saddan Housseim (1937-2006).
- Séc, XX – Ampliação da concepção de Cultura.
Cultura vista como plural;
Cultura popular e de Massa. Multiculturalismo e seus grupos sociais.
A noção amplia-se, cultura agora é vista na pluralidade, isso quer
dizer que todos os grupos humanos constróem suas existências baseadas nos valores, regras, maneiras de agir, padrões, enfim produzindo e reproduzindo cultura e não mais sendo adepto de uma cultura forçada idealizada por outros de fora. Cada sociedade tem seus eventos histórico-culturais e não mais passam a tomar caráter universal e de estágios evolutivos. Civilizações mais precárias e primitivas não deixam de serem primitivas, mas têm a sua cultura estabelecida.
Cultura Popular e de Massa O popular pode ser compreendido
como a maior parte das culturas e movimentos nacionais, aquilo que provém do excluído, não tem bens, nem patrimônios reconhecidos. Tratamos erroneamente o popular como massa, o popular trata e retrata a vivencia de um determinado local a partir de suas manifestações, já a massa é hegemônica e aceita por uma vasta gama de pessoas em até mesmo diferentes lugares e culturas. Simples assim!
O popular é feito para diferenciar e mostrar específidades e
peculiaridades.
COM ISTO, TEMOS A IDEIA DO SER DIFERENTE, MAS O QUE É SER
DIFERENTE? O certo é que a identidade toma características de individualização, um estado que não se altera ou que distingue pessoas (ativo no mundo) e objetos (passivo no mundo). A identidade só é possível porque vivemos em sociedade e é dada pelo reconhecimento recíproco dos indivíduos e o respeito as diferenciações.
É possível pensarmos em identidade como identificação.
Atualmente temos diversos processos de identidade, assim como a identidade de gênero, o indivíduo aceitar-se ou não em sua identidade biológica, se pensarmos em identidade como identificação (Stuart Hall), podemos ter noção que o indivíduo é livre para identificar-se da maneira que achar correta, tendo sua bagagem cultura, seu repertório social, basta a garantia de seus direitos para isto, além do respeito e a condição de não ser passivo de ser acometido por questões de cunho preconceituoso e discriminatório em decorrer de intolerância.
Já a questão do multiculturalismo ajudou a entender a
problemática sobre identidade e o reconhecimento. A luta dos grupos sociais atualmente desenvolve-se nessa esfera (na pluralidade cultural), já que o cidadão tem direito sobre suas peculiaridades, os diversos grupos sociais buscam o reconhecimento desses direitos e a aceitação, garantindo assim autonomia individual e um ambiente cultural seguro.
Portanto esta luta é dada na perspectiva do reconhecimento
através dos recursos da cidadania, tratando de igual modo as diferenças de cultura, seja este indivíduo negro, homossexual, pobre, etc. Considerando não apenas valores morais, mas históricos que cada sujeito carrega consigo.
Nesta base surgem os movimentos emancipatórios que visam
essa autonomia individual, temos grupos emergentes tais como: Ecológico, Feminista, Homossexual e Indígena.
ATENÇÃO: Movimentos Emancipatórios pode cair na prova, por
isso deixo um resumo do que se trata cada um.
Movimento Ecológico (Resumo) Visa o ampliamento do
debate no que diz respeito a relação do homem com o meio e a natureza - tendo o próprio homem como parte dela. Movimento Feminista (Resumo) Abrange desde seus primórdios quando a luta era voltada ao direito do voto, seguindo para outra esfera onde almeja a igualdade dos sexos (principalmente igualdade monetária e trabalhista, além da proteção integral da mulher). Movimento Homossexual (Resumo) Inicia-se nas lutas identitárias e nos novos movimentos sociais (bissexualismo por exemplo). Buscando a liberdade das práticas sexuais, possibilidade de poder transitar sem ser alvo de discriminações, preconceitos, constrangimentos e intolerâncias; luta também pelo reconhecimento cível na esfera legislativa (casamento) e a liberdade de livre escolha e orientação sexual.
Movimento Indígena (Resumo) Onde somente o Brasil é
seu representante, esse grupo busca o reconhecimento étnico, cultural, ou seja, direito à terra e língua própria (não somente o idioma português) – A língua de sinais brasileira LIBRAS é reconhecida como outra língua, então porque é tão difícil e burocrático reconhecer o Tupi por exemplo?