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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Inventário Florestal de Moçambique

Beira, Abril de 2023


Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Inventário Florestal de Moçambique

Leonora Domingos Xavier

No de Estudante: 70828906

Curso: Gestão Ambiental


Turma: B
Disciplina: Avaliação dos Recursos
Naturais
Ano de Frequência: 40 Ano

Docente: Dr. Carlos Pires


Beira, Abril de 2023
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Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação Subtota
do
máxima l
tutor
 Índice 0.5
 Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura  Discussão 0.5
organizacionais
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução  Descrição dos
1.0
objectivos
 Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
 Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.5
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
Referências  Rigor e coerência das
6ª edição em
Bibliográfica citações/referências 2.0
citações e
s bibliográficas
bibliografia
Folha para recomendações de melhoria:
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Índice

1. Introdução......................................................................................................................1

2. Análise e Discussão........................................................................................................2

2.1. Inventario Florestal.................................................................................................2

2.2. Inventário florestal de Moçambique.......................................................................3

2.2.1. Província de Maputo.........................................................................................3

2.2.2. Província de Inhambane...................................................................................3

2.2.3. Província de Gaza.............................................................................................4

2.2.4. Província de Sofala...........................................................................................4

2.2.5. Província de Manica.........................................................................................5

2.2.6. Província de Zambézia.....................................................................................6

2.2.7. Província de Tete..............................................................................................7

2.2.8. Província de Niassa..........................................................................................7

2.2.9. Província de Nampula......................................................................................8

2.2.10. Província de Cabo Delegado..........................................................................8

3. Conclusão.....................................................................................................................10

Referências Bibliográficas..................................................................................................11
Página |1

1. Introdução
Segundo Aboob (2010), cerca de 70% de país (54.8 milhões de hectares) é presentemente
coberta de florestas e outras formações lenhosas e a área florestal cobre cerca de 40.1 milhões de
hectares (51% do país), enquanto que outras formações lenhosas (arbustos, matagais e florestas
com agricultura itinerante) cobrem cerca de 14.7 milhões de hectares (19% do país) (Marzoli
2007).

Em termos conceituais, verificamos que o Inventário Florestal consiste no uso de


fundamentos da teoria de amostragem para a determinação ou estimativa das características
quantitativas ou qualitativas da floresta.

No presente estudo, temos como objectivo geral, apresentar as principais espécies


dominantes nas florestas de Moçambique, distribuídas em províncias, isto é, duas espécies de
cada província.

De modo a alcançar o objectivo geral, foi necessário em primeiro lugar, definir inventario
florestal, apresentar o conceito de floresta, identificar a importância do inventario florestar e
apresentar a lista das principais espécies existentes em Moçambique.

Para a materialização deste conteúdo, recorreu-se ao método documental como principal


instrumento de recolha de dados. Importa salientar que esta pesquisa classifica-se como
qualitativa quanto ao método de abordagem. Todas as obras consultadas estão devidamente
citadas ao longo do trabalho e nas referencias bibliográficas de acordo com as normas APA 6 a
edição.

O trabalho se encontra estruturado em três capítulos principais, dos quais importa


apresentar: introdução, onde encontramos a apresentação do tema, dos objectivos e da
metodologia usada; análise e discussão dos resultados; por fim as conclusões e as referencias
bibliográficas, como se pode observar nos parágrafos subsequentes.
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2. Análise e Discussão
2.1. Inventario Florestal

De acordo com o Ministerio da Terra e Ambiente, a floresta nativa no país ocupa uma área
de cerca de 32 milhões de hectares, correspondentes a cerca de 40% da área total do país. Destes,
17,2 milhões hectares são de floresta de elevado potencial para a extracção de madeira com valor
comercial; 14,5 milhões de hectares são de floresta não produtiva (floresta dentro das áreas de
conservação e de protecção).

1
O Inventário Florestal Nacional (IFN) de 2018 classifica as florestas de Moçambique de
acordo com o tipo de vegetação predominante:

 Floresta de Mopane com 3.178.546 de hectares, que se encontra principalmente


nas províncias de Gaza, Tete, Inhambane e Manica;
 Floresta de Mecrusse com 843.213 hectares, localizada nas províncias de Gaza e
Inhambane;
 Floresta Semi-Dicidua com 20.682.838 de hectares, cobrindo cerca de 2/3 (dois
terço) da superfície florestal total e
 Florestas Semi-Sempre Verde com 6.989.275 de hectares, que se encontram em
altitudes que variam entre 300 e 2.500 metros.

2
Para a avaliação dos recursos são feitos inventários florestais provinciais ou nacional com
base no método de estratificação e sobreposição dos resultados dos inventários anteriores, com
vista a minimizar a variação dentro do estrato e obter o menor erro possível e proporcionar uma
boa cobertura dos principais ecossistemas florestais do país, obtendo resultados significativos das
diferentes condições ecológicas.

O papel da avaliação dos recursos florestais é de estabelecer um sistema de


monitoramento florestal para o país com vista a apoiar a tomada de decisões sobre o maneio
florestal sustentável com evidências científicas, e o desenvolvimento duma política florestal
sustentável a nível nacional.

1
https://www.mta.gov.mz/florestal/avaliacao-de-recursos/.
2
https://www.mta.gov.mz/florestal/avaliacao-de-recursos/.
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2.2. Inventário florestal de Moçambique

2.2.1. Província de Maputo

Pterocarpus angolensis3 - árvore caducifólia de médio a grande porte. Casca cinza escura
a marrom, áspera e fissurada. Folhas imparipinadas com 5-9 pares de folíolos alternados a
subopostos; folíolos elíptico-lanceolados a obovados, 2,5-7 cm, verde escuro na parte superior,
mais claro na parte inferior, peludo quando jovem; ápice afinando para uma ponta semelhante a
uma cerda. Flores em grandes ramos ramificados, amarelo-alaranjados, aparecendo antes das
folhas. Fruto uma vagem circular muito distinta, coberta por longas cerdas sobre a casca da
semente e rodeada por uma grande asa membranosa.

Afzelia quanzensis - árvore caducifólia de médio a grande porte. Casca marrom-


acinzentada, descamando, deixando manchas pálidas. Estipulas presentes. Folhas paripinadas
com 4-6 pares de folíolos (sub)opostos. Folíolos oblongo-elípticos, 3-9 cm de comprimento,
verde-escuro na parte superior e mais claro na parte inferior, coriáceos; margem inteira com
borda amarela. Inflorescência com folha oposta, racemosa, 4-7 flores. Flores com uma única
pétala, vermelho-rosadas com veios amarelos. Fruto uma grande vagem achatada, densamente
lenhosa, 10-17 cm, dividindo-se para revelar sementes pretas grandes e brilhantes com um arilo
vermelho brilhante.

2.2.2. Província de Inhambane

Androstachys johnsonii (Simbirre) - pau-ferro é uma espécie arbórea afrotropical de


médio porte, sendo o único membro do gênero Androstachys na família Picrodendraceae.

3
https://www.mozambiqueflora.com/speciesdata/species.php?species_id=126760.
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2.2.3. Província de Gaza

Crysophyllum viridifolium - é uma árvore perene com uma copa densa; pode crescer até
20 metros de altura. A árvore é colhida na natureza para uso local de sua madeira.

Ziziphus mucronata - conhecida como espinho de búfalo, é uma espécie de árvore da


família Rhamnaceae, nativa do sul da África. É caducifólia e pode crescer até 17 metros de
altura.
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2.2.4. Província de Sofala

Lecythis lúrida - espécie importante para recomposição das florestas por fornecer
alimento para fauna e pode ser implantada em áreas abertas e terrenos bem drenados.

Cordia bicolor - Cordia bicolor é um arbusto ou árvore perene ou brevemente decídua


com uma copa arredondada crescendo de 10 a 20 metros de altura.

2.2.5. Província de Manica

Combretum zeyeri - Árvore de pequeno a médio porte. Folhas agrupadas perto das
extremidades dos ramos, elípticas a obovadas, geralmente de 7 a 10 cm, às vezes maiores, verde
amareladas, aveludadas quando jovens, perdendo a maioria dos pelos na maturidade, 7 a 10 pares
de nervuras laterais, tufos de domácia nas axilas na superfície inferior; margem inteira,
frequentemente ondulada. Flores esverdeadas a amarelo pálido com anteras alaranjadas, em
espigas axilares, surgindo antes das folhas novas, docemente perfumadas. Frutos grandes de até 8
× 8 cm, 4 asas, verde claro, secando a marrom claro.
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Combretum imperb - a magnífica madeira de chumbo é uma árvore semidecídua de


médio a grande porte, que cresce até 20 m de altura. Combretum imberbe é o mais alto de todos
os combretums sul-africanos. Tem um dossel que se espalha e é de crescimento extremamente
lento. A casca semelhante à pele de cobra é uma das principais características que facilitam a
identificação durante toda a temporada. Galhos e brotos mortos geralmente permanecem em uma
árvore madura. A cor do tronco é cinza pálido a branco. As folhas coriáceas estão dispostas
opostas umas às outras. As flores são de cor creme amarelada e têm uma fragrância doce.

2.2.6. Província de Zambézia

 Afzelia quanzensis - árvore africana, da família das Leguminosas, tem tronco reto, casca
lisa, copa com folhas caducas e flores perfumadas, de cor rosada ou avermelhada, sendo a sua
madeira usada em construção, carpintaria, etc.

Physocalymma scaberrimum - árvore sul-americana, da família das Litráceas, atinge


cerca de 10 metros de altura e tem flores lilás e madeira de qualidade, avermelhada, usada no
fabrico de mobiliário de luxo.
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2.2.7. Província de Tete

 Brachystegia - um género de árvore que inclui um grande número de espécies.


A floresta de miombo é classificada nos biomas: pastagens tropicais e subtropicais, savanas e
moitas (na designação do World Wildlife Fund).

Dalbergia melanoxylon - é uma angiosperma da família Fabaceae, nativa de regiões


sazonalmente secas da África, como Senegal, leste da Eritreia e sul do Transvaal, na África do
Sul. É uma pequena árvore, alcançando de 4 a 15m de altura, de casca cinza e espinhosa.
As folhas são caducifólias, com 6 a 22 cm de comprimento. As flores são brancas, geradas em
densos tuchos. O fruto é um leguminoso com 3 a 7 cm de comprimento, contendo uma ou
duas sementes.

2.2.8. Província de Niassa

Julbernardia - Árvore de folhas secas. Estípulas intrapeciolares, sempre conadas abaixo,


rapidamente caducas (no nosso). Folhas paripinadas; glândulas especializadas no pecíolo e raque
0. Folíolos opostos, em (2-)4-7(-8) pares, os do meio geralmente os maiores. Inflorescência
geralmente uma panícula terminal, muito ramificada. Bractéolas 2, bem desenvolvidas,
envolvendo completamente as flores em botão, persistentes, quilhadas no dorso. Perianto
claramente diferenciado em 5 pétalas óbvias e 5 sépalas. Sépalas 5, bem desenvolvidas, ciliadas.
Pétalas 5, uma um pouco maior que as outras. Estames 10. Vagem deiscente, plana, marrom-
tomentosa (no nosso), lenhosa. Sementes planas.
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Hyparhenia - é um género botânico pertencente à família Poaceae.

2.2.9. Província de Nampula

 Brachystegia - um género de árvore que inclui um grande número de espécies.


A floresta de miombo é classificada nos biomas: pastagens tropicais e subtropicais, savanas e
moitas (na designação do World Wildlife Fund).

Panicum - Planta perene, robusta, entouceirada. Colmos com cerosidade esbranquiçada, de


1 - 2 m de altura. Folhas longas, finas e estreitas.

2.2.10. Província de Cabo Delegado

Preudolachnostyilis - Árvore pequena. Folhas alternadas, amplamente ovais a


arredondadas; margem inteira. As folhas exibem cores brilhantes de outono de amarelo ou
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vermelho. Flores em cachos axilares de poucas flores, pequenas e discretas, verde pálido,
unissexuais em árvores separadas. Fruto ovóide a subesférico, ligeiramente estriado como se
prestes a se dividir em seis segmentos, amarelo quando maduro.

Maprouneifolia - Árvore pequena. Folhas alternadas, amplamente ovais a arredondadas;


margem inteira. As folhas exibem cores brilhantes de outono de amarelo ou vermelho. Flores em
cachos axilares de poucas flores, pequenas e discretas, verde pálido, unissexuais em árvores
separadas. Fruto ovóide a subesférico, ligeiramente estriado como se prestes a se dividir em seis
segmentos, amarelo quando maduro.
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3. Conclusão
Concluímos que o inventario florestal periodicamente deve recolher informações
completas, precisas e actualizadas sobre o estado das florestas.

Os objectivos do inventário florestal não são somente averiguar o volume dos recursos
florestais que são necessários para a formulação do plano florestal sustentável em Moçambique,
mas também calcular os factores de emissão que são necessários para a estimativa das emissões
de carbono e redução dos estoques de carbono.

Dentre as espécies nativas inventariadas, as mais importantes e abundantes em


Moçambique são: (Pau preto), Swartzia madagascariensis (Pau ferro), Combretum imberbe,
(Mondzo) Pterocarpus angolensis (Umbila), Millettia stuhlmannii (Panga-panga) e Afzelia
quanzensis (Chanfuta).

Por fim, concluímos que Moçambique é um dos poucos países da África Austral que
detém uma área considerável de florestas nativas, sendo os seus principais tipos: o Miombo, o
Mecrusse e o Mopane.
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Referências Bibliográficas
Aboo, M. E. (2010). Avaliação de crescimento de árvores de espécies nativas plantadas em
consociação com culturas agrícolas num projecto sequestro de carbono na
comunidadede Nhambita. Maputo: UEM.

Chandamela, M. (2021). COBERTURA FLORESTAL EM MOÇAMBIQUE. Maputo: OMR.

moribane, E. d. (2004). Artrides Batista Muhate. Maputo: UEM.

Sitoe, A. A. (2017). Governação Florestal em Niassa: o caso de Muembe, Sanga, Lago e


Cuamba. Niassa: ORAM.

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