Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul Escola de Engenharia Departamento de Materiais
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Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul Escola de Engenharia Departamento de Materiais
ESCOLA DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE MATERIAIS
Dezembro de 2008
AGRADECIMENTOS
Fundição em moldes de areia é uma das mais antigas e conhecidas técnicas para
obtenção de peças de ferro fundido cinzento, porém a suscetibilidade do processo à
variação das condições do mesmo pode gerar inúmeros defeitos originados de diferentes
causas raiz, o que exige um estudo mais aprofundado de cada defeito, para que então se
atue na correta causa das falhas.
É apresentado um caso de análise morfológica de defeitos de dois componentes de
ferro fundido cinzento. Os componentes são obtidos pelo processo de fundição em molde
de areia verde. Utilizando-se da correlação das características morfológicas dos defeitos
observados com a literatura e classificando-os seguindo o Atlas Internacional de Defeitos
de Fundição, normalização criada pelo International Committee of Foundry Technical
Association, foi possível levantar possíveis causas dos mesmos e suas possíveis soluções.
Apresenta-se ainda a simulação computacional de solidificação de um dos
componentes. A simulação teve o intuito de identificar possíveis zonas de porosidade
devido à contração natural que o ferro fundido cinzento apresenta durante seu resfriamento
e solidificação.
As evidências observadas avaliando-se a morfologia dos defeitos apontaram maior
relação com os seguintes defeitos descritos na literatura: Inclusão de Areia e Inclusão de
Escória, Gota Fria e Rechupes Dispersos. A simulação computacional de solidificação não
apontou potenciais pontos de rechupe na peça.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 5
2. OBJETIVOS ............................................................................................................................................. 5
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................................................ 6
3.1 FERROS FUNDIDOS .........................................................................................................................................................................6
3.2 FERRO FUNDIDO CINZENTO ........................................................................................................................................................7
3.3 PROCESSO DE FUNDIÇÃO EM MOLDE DE AREIA VERDE ...................................................................................................8
3.4 SOLIDIFICAÇÃO DE FERROS FUNDIDOS..................................................................................................................................9
3.5 FORMAS DE ALIMENTAÇÃO E SUA INFLUÊNCIA NA SOLIDIFICAÇÃO ....................................................................... 10
3.5.1 Formas de alimentação .............................................................................................................. 10
3.5.2 Influência do massalote .............................................................................................................. 11
3.6 INOCULAÇÃO ................................................................................................................................................................................ 16
3.7 DEFEITOS EM FERROS FUNDIDOS CINZENTOS .................................................................................................................. 17
3.7.1 Rechupes ..................................................................................................................................... 18
2. Objetivos
5
3. Revisão Bibliográfica
O ferro fundido é uma liga essencialmente ternária constituída pelos elementos Fe- C-
Si em que o teor de carbono toma valores superiores a 2%. Estas percentagens do carbono
são superiores à que pode ser retida em solução sólida na austenita, de modo que por
solidificação do FoFo resulta carbono parcialmente livre na forma corrente de veios ou de
lamelas de grafite. O FoFo é um material versátil e de aplicação bastante generalizada, que
pode ser produzido com uma estrutura frágil, ou com uma estrutura dúctil de menor dureza.
[1]. Na figura 3.1, visualiza-se o diagrama de fases Fe-C.
6
Ferro fundido mesclado
Ferro fundido maleável
Ferro fundido nodular (esferoidal)
Ferro fundido nodular (austemperado)
Designa-se por ferro fundido cinzento uma liga ferro-carbono que solidifica no
sistema estável, isto é, em que o carbono eutético precipita sob a forma de grafita; a sua
estrutura é basicamente constituída por grafita inserida numa matriz perlitica/ferrítica, com
possibilidade de aparecer ferrita e cementita (indesejável), cujo aspecto característico se
apresenta na figura seguinte. [2]
A composição química geral do FoFo cinzento pode ser conferida na tabela 3.3 abaixo.
7
normalmente caracterizadas por uma microestrutura de flocos de grafita numa matriz de
ferro. Os ferros cinzentos são na sua essência Fe-C-Si, contendo pequenas quantidades de
outros elementos. Como classe eles variam significativamente nas suas propriedades
físicas, mecânicas e tecnológicas. A metalurgia de ferros cinzentos é extremamente
complexa devido a uma grande variedade de fatores que influenciam em sua solidificação e
também nas transformações no estado sólido. [2]
Fig. 3.4 – Processo normal de obtenção de peças de fundição em moldes de areia verde.
8
3.4 Solidificação de Ferros fundidos
Os ferros fundidos com grafita são ligas do sistema Fe-Si-C que se solidificam
através de uma reação eutética, caracterizando-se pela formação de duas fases: austenita e
grafita. Dentro dessa família de ligas, os ferros fundidos cinzentos são uma das mais
comuns. [4]
Os ferros fundidos têm uma característica bastante peculiar durante sua
solidificação: ocorre um aumento do volume do líquido devido à precipitação da grafita.
Tal fenômeno é denominado “expansão grafítica”. Esta expansão pode tanto favorecer a
alimentação de uma peça, compensando a contração líquida e de solidificação como
também promover o deslocamento das paredes do molde alterando o volume do mesmo,
favorecendo a formação de rechupes e porosidades (também chamados pseudo-rechupes).
Geralmente, os ferros fundidos cinzentos têm composições químicas que vão da eutética à
hipoeutética, conforme aumentam as propriedades mecânicas requeridas (Ce <= 4,3%).
Quanto mais hipoeutéticas são as composições, maiores são as quantidades de austenita
(dendritas) que se formam antes do eutético. O eutético dos ferros fundidos cinzentos é do
tipo cooperativo, formando-se simultaneamente a grafita e a austenita com o decorrer da
solidificação. [4]
Os ferros fundidos cinzentos apresentam um pequeno intervalo de solidificação nas
composições químicas comerciais. Entretanto, essa liga não tende se solidificar com a
formação de uma “casca sólida”, que avança em direção aos centros térmicos, devido à
nucleação independente na frente da interface, caracterizando-se por uma solidificação
“pastosa”. [4]
O crescimento de uma célula eutética (austenita + grafita) é bastante independente, e
no final da solidificação restam porções de líquido intercelular em finos canais. A
movimentação do líquido pelos canais intercelulares é difícil, e essa dificuldade aumenta
com o aumento do número de células eutéticas. [4]
Como visto anteriormente, a maior parte da grafita forma-se diretamente do líquido,
e sendo essa fase de baixa densidade, sua precipitação provoca um aumento de volume e de
pressão de líquido. Essa precipitação é a principal responsável pelo fenômeno de
inchamento de peças quando são usados moldes não rígidos (pressão interna do líquido no
molde elevado) e pelo fenômeno de refluxo em canais de descida quando são usados
moldes rígidos. [4]
Acompanhando-se a solidificação de ferros fundidos cinzentos nota-se uma contração
9
primária correspondente à contração líquida do metal e no caso de ligas hipoeutéticas, a
contração de solidificação da fase pró-eutética. Nota-se também uma contração secundária
correspondente à solidificação das regiões intercelulares. As contrações são responsáveis
pela formação de rechupes. [4]
As pressões do metal líquido são baixas para módulos de resfriamento <= 1 cm,
onde as velocidades de resfriamento são grandes, aumentando a tendência de formação de
uma “casca” (solidificação menos pastosa). Na “casca sólida” a contração secundária reduz
as pressões exercidas sobre o molde, geradas pela expansão do metal (expansão grafítica).
Para módulos maiores, a tendência da formação da “casca” diminui, aumentando as porções
em solidificação no período de expansão. [4]
Tecnologicamente, a expansão grafítica pode auxiliar na alimentação das peças, ou
seja, os aumentos da pressão obtidos com a expansão podem reduzir ou eliminar os efeitos
de baixa pressão provocados pelas contrações líquidas, primárias e secundárias. Para isso,
durante o período de expansão, o líquido deve ser confinado no molde e, por sua vez, o
molde não deve sofrer deformação definitiva, de modo a não aliviar a pressão. O
confinamento do líquido no molde é garantido com a solidificação dos canais de
enchimento e uso de massalotes cegos. A deformação do molde pode ser evitada com o
emprego de moldes rígidos (em resina ou silicato de Sódio/CO 2) ou, no caso de areia à
verde, com o emprego de máquinas de moldar de alta pressão. [4]
Os massalotes abertos são os mais usados em fundição por facilitarem a saída dos
gases da cavidade do molde durante o vazamento. Suas principais desvantagens são a
12
grande perda de calor por radiação através da superfície superior e a dificuldade de
controlar a sua altura durante o vazamento. [6]
O uso de pós de cobertura ou pós exotérmicos é muito comum para reduzir as
perdas por radiação e para manter a superfície líquida, aumentando assim a pressão
exercida pelo massalote (pressão metalostática + pressão atmosférica). [6]
Massalotes fechados ou cegos apresentam maior eficiência térmica, mas por serem
de menor alturas exercem menor pressão sobre a peça. Essa limitação é particularmente
crítica em ligas que solidificam com um pequeno intervalo de solidificação, tendendo à
formação de uma casca solidificada em torno do massalote, que impede a ação da pressão
atmosférica. Nesses casos, a utilização de machos pressurizados ou apenas a criação de um
ponto quente na parte superior desses massalotes é geralmente suficiente para evitar a
solidificação da casca superior, permitindo a ação favorável da pressão atmosférica. [6]
A pressão atmosférica é equivalente à pressão metalostática de 1,30m de aço, 1,15m
de cobre ou 4,34m de alumínio. Dessa forma, auxiliado pela pressão atmosférica, um
massalote poderia teoricamente alimentar uma região de altura muitas vezes superior à
própria altura. [6]
Na prática os machos pressurizados também são usados em massalotes abertos,
além do emprego de pós exotérmicos. [6]
A utilização de respiros na parte superior dos massalotes cegos é uma técnica
recomendada, facilitando a extração dos gases da sua cavidade durante o preenchimento.
[6]
14
aumentar a pressão interior. Se houver refluxo de metal pelos canais ou para o massalote,
ou ainda, dilatação considerável da cavidade do molde (comum em areia verde), o efeito da
expansão será perdido. Mesmo nos casos em que se consiga aproveitar essa expansão
devida à solidificação do eutético, há que compensar por outros meios a contração líquida,
que pode ser reduzida com a utilização de baixas temperaturas de vazamento. [6]
O sucesso da utilização da expansão da grafita para compensar a contração depende,
portanto:
a) emprego de moldes rígidos ou mesmo de moldes de areia a verde produzidos em
máquinas de alta pressão, garantindo mínima expansão do molde;
b) utilização de baixas temperaturas de vazamento, reduzindo a contração líquida
(no caso decomposições eutéticas e hipereutéticas);
c) garantir a solidificação dos canais após a compensação da contração líquida e a
contração de solidificação da fase pró-eutética, garantindo que ocorra a solidificação da
ligação massalote/peça antes do início da reação eutética. [6]
A alimentação dessas ligas pode ainda ser feita pelo processo tradicional, sem
considerar-se a expansão da grafita. Nesse caso, a solidificação se processa por células de
interface lisa, mas que, devido à nucleação independente à frente da interface, intensificada
pelo uso de inoculastes, dificultam o fluxo de metal líquido intercelular nos últimos
estágios da solidificação. [6]
O emprego de grandes gradientes de temperatura para redução da extensão da zona
“pastosa” é um expediente perigoso nessas ligas podendo provocar a precipitação do
carbono na forma metaestável de carbonetos. [6]
3.6 Inoculação
16
elaboração de ferros fundidos cinzentos, quaisquer que sejam os seus tipos de grafita, modo
de elaboração ou processo de fundição. [7]
Existem diversos modos de inoculação, com modificação no tipo de liga,
granulometria empregada, forma, momento e teor de adição. [7]
A inoculação consiste na adição tão tardia quanto possível, de uma pequena
quantidade de um produto “ativo” ao banho, normalmente à base de grafite ou um ferro
silício, que ao incorporar-se promove a formação de núcleos heterogêneos, necessários à
precipitação da grafita. Dado que parte dos núcleos tendem a dissolver ou separam por
diferença de densidade (fenômeno chamado fading), a sua efetividade diminui com a
passagem do tempo. O crescimento deste tipo de fases não metálicas, no seio de banhos
metálicos, necessita que haja homogeneidade na dispersão do inoculante pelo banho,
proporcionando simultaneamente campos de elevada atividade de carbono e com boa
quantidade e qualidade de núcleos.[7]
Segue uma breve descrição dos defeitos mais comuns encontrados em ferros
fundidos cinzentos:
3.7.1 Rechupes
19
aumento do volume da cavidade tornando os massalotes insuficientes para compensar este
novo volume, formando assim, rechupes na peça. Esta alteração no volume da cavidade do
molde é facilmente evidenciada nas dimensões e peso da peça, assim, ao menor sinal de
variação de dimensões e peso das peças, deve-se verificar a sanidade interna do fundido.[6]
Temperaturas de vazamento muito elevadas também aumentam a contração do metal
líquido promovendo maior formação de rechupes. Também ocorre que a areia do molde não
é estável, e com o aumento da temperatura do metal há a movimentação das paredes do
molde devido à expansão dos grãos de areia (a parte que influi sobre o rechupe é devida à
pressão metalostática e à pressão de formação da grafita). Mas se a temperatura de
vazamento for baixa, poderá gerar outros defeitos do tipo cavidade devido a bolhas, junta
fria, formação de carbonetos, etc. A temperatura ideal para o vazamento deve ser
estabelecida de acordo com as características de cada peça.[6]
Este tipo de defeito tem a forma de pequenas cavidades esféricas com diâmetros
inferiores a três mm. Finos filmes de grafita são geralmente encontrados no interior destas
cavidades, podendo também ser encontradas camadas de óxidos, caso as peças sejam
tratadas termicamente.[8]
Inclusões não metálicas não estão presentes nestes vazios, mas algumas podem ser
encontradas se o metal contém tais inclusões. Pinholes são defeitos tipicamente
subcutâneos, isto é, localizados abaixo da superfície da peça, e só podem ser observados
após usinagem ou um forte jateamento. As partes finas da peça estão mais susceptíveis à
formação deste defeito do que as seções mais espessas, que estão mais afastadas da região
dos canais de ataque. Um número variado de fatores, ligados às condições do molde e do
metal, estão ligados à formação de pinholes de hidrogênio, e provavelmente combinam
durante esta formação. No ferro fundido, teores em alumínio abaixo de 0,005% já
encorajam a dissociação do vapor d´água gerado no molde aumentando o teor de
hidrogênio no metal. [8]
20
As principais fontes de alumínio são os ferros ligas, usados nos tratamentos do
metal líquido e as sucatas. Umidade excessiva do molde e a presença de aditivos
hidrocarbonáceos, também são causas de pinholes. O tamanho do grão de areia e a
permeabilidade do molde não afetam a formação deste tipo de defeito. O refratário úmido
da panela de vazamento, longos canais de distribuição que aumentam o tempo de contato
do metal com molde e a turbulência são outros fatores que contribuem para a formação de
pinholes. [8]
21
Figura 3.8 Blowholes
Estes vazios tendem a apresentar uma coloração clara e brilhante, podendo algumas
vezes ter um filme de grafita. Em peças tratadas termicamente um filme de óxidos também
pode estar presente. Grafitas vermiculares são, algumas vezes, encontradas ao longo do
perímetro do defeito. A quantidade de nitrogênio necessária para induzir a formação do
defeito varia. Em seções finas, teores de nitrogênio até a faixa de 130 ppm não afetam a
formação do defeito. Em peças de espessuras maiores, teores de nitrogênio na faixa de 80
ppm já provocam a formação do defeito. As ligas de ferros fundido elaboradas com uma
grande quantidade de sucata de aço na carga (50% ou mais), são mais susceptíveis à
formação de tal problema. Materiais recarburantes (carbonáceos) podem conter teores
elevados de nitrogênio devido à presença de compostos nitrogenados. Também moldes e
machos confeccionados com resinas do tipo furânicas e fenólicas uretânicas podem
apresentar elevado teor de nitrogênio. Tintas para machos, normalmente contêm
componentes carbonáceos e resinas, que são fontes de nitrogênio. O efeito do nitrogênio
pode ser neutralizado com a adição de 0,02 a 0,03% de Ti. Níveis aceitáveis de nitrogênio
podem se tornar perigosos caso haja hidrogênio presente no metal. [8]
3.7.4 Inclusões
Inclusão de areia é um dos tipos de defeitos de fundição que ocorre com maior
freqüência. Muitas vezes este defeito é de difícil diagnóstico, pois as inclusões ocorrem de
forma aleatória e por isso são de difícil correlação. Partículas de areia do molde
22
freqüentemente são arrastadas pela corrente do metal líquido e sobrenadam, pois não se
deixam ‘molhar’ pelo mesmo. [9]
Muitas vezes as inclusões de areia ocorrem junto com bolhas de CO e partículas de escória.
Inclusões de areia, em combinação com óxidos metálicos e escória, também podem ficar
presas abaixo da superfície metálica, e só aparecer por ocasião da usinagem. Se de alguma
parte do molde parte da areia solta é “lavada”, o resultado é o aparecimento de uma
saliência metálica neste local. [9]
Uma visão a respeito do equilíbrio carbono-oxigênio, figura 3.9, no ferro fundido
sugere que o oxigênio dissolvido no banho não causa problemas devido ao alto teor de
carbono. Portanto, inclusões de óxidos não deveriam ocorrer em ferros fundidos cinzentos.
Entretanto, a presença do silício também aumenta a tendência à formação de inclusões
devido à relação de equilíbrio entre carbono-silício-oxigênio. [10]
Mau aspecto superficial não é o único e nem o mais importante efeito de erosão do
molde pelo fluxo de metal líquido. Em alguns casos, a rugosidade superficial decorrente de
erosão mal pode ser percebida. No entanto, os grãos de areia arrancados de diversos pontos
do molde, particularmente do sistema de canais, tendem a ficar no interior da peça, em
geral sub-superficialmente, agrupados em determinadas regiões. [10]
Essas inclusões de areia, mais que o mau aspecto superficial, é que são, em geral, a
causa de rejeição. [10]
Desde que o fenômeno de erosão é conseqüência da ação mecânica do fluxo de
metal líquido, é óbvio que as características do escoamento do metal nos canais e na
cavidade são de importância fundamental. [10]
24
choque puro, onde o metal ao entrar na cavidade do molde sofre uma queda, esta
queda é chamada de efeito cachoeira.
tipo de argila usada: argilas que adsorvem água com maior facilidade são, para as
mesmas condições de mistura, menos sensíveis à perda de água por secagem ao ar;
a velocidade de secagem ao ar aumenta com o aumento da permeabilidade da areia;
a friabilidade tende a ser menor em areias finas do que em areias grossas e em areias
de distribuição concentrada do que em areias com distribuições espalhadas e;
o emprego de amidos e dextrinas possibilita a retenção da plasticidade da areia
numa faixa mais ampla de teor de umidade, o que vale dizer, areias contendo esses
aditivos são menos sensíveis à secagem ao ar e apresentam menor friabilidade. [10]
25
3.7.6 Bolhas de gás
FeO + C = Fe + CO
26
As bolhas podem ser reconhecidas na superfície das peças, mas parcialmente elas
também só aparecem por ocasião da usinagem.[9]
3.7.8 Explosão
Sob certas condições, pode ocorrer uma grande vaporização da água contida no
molde e um grande desprendimento de gases, que pela sua rapidez e volume pode adquirir
um aspecto de explosão, podendo promover a expulsão de metal líquido para fora do molde
pelas aberturas do mesmo, como massalotes, respiros e canais, ou mesmo provocando a
abertura do molde. Associam-se a este defeito a rugosidade superficial e penetração
metálica. O metal líquido ao entrar em contato com a parede do molde promove uma rápida
e elevada produção de gases, os quais misturados ao metal são violentamente arremessados
de encontro às outras superfícies do molde, ocorrendo nestas áreas forte penetração
metálica. [8]
27
3.7.9 Defeitos devidos à alimentação
28
quando um cristal (sólido) cresce às custas de um líquido seja compensada diretamente pelo
líquido adjacente; a contração volumétrica total devida ao sólido já formado manifesta-se
pelo abaixamento do nível do líquido no seu ponto mais elevado (ou de outro modo, sujeito
à maior pressão) que deve ser o massalote. Duas condições estão implícitas nesse
mecanismo:
- deve existir um gradiente de temperatura positivo em direção ao massalote.
- volume do massalote deve ser suficiente para que ele forneça o líquido necessário
à compensação de todas as contrações. [6]
Além disso, a pressão interna do líquido (soma das pressões metalostática e
atmosférica) deve não apenas garantir contínuo contato líquido-sólido, como suplantar a
pressão atmosférica que tende a deformar a camada solidificada (formando depressões
superficiais). [6]
Essas condições são tanto mais críticas quanto maior o intervalo de solidificação e
quanto mais “pastosa” a solidificação de uma liga. Nesses casos, a possibilidade de se obter
uma peça de alta densidade dependerá da forma dos cristais em crescimento e, em casos
extremos, pode-se até abandonar esse objetivo e procurar distribuir uniformemente as
microporosidades resultantes das contrações volumétricas que ocorrem no final da
solidificação. [6]
A função dos massalotes é essencialmente a compensação das contrações líquida e
de solidificação de uma peça fundida, garantindo sua sanidade. [6]
No projeto de alimentação, além do aspecto de sanidade da peça, os custos
envolvidos também devem ser considerados. Dessa maneira, o projeto de massalotes visa
basicamente:
- obter uma eficiente alimentação da peça fundida;
- obter a peça fundida com o máximo rendimento metálico;
- facilitar a operação de limpeza da peça. [6]
A maioria das fundições utilizam nomes tradicionais para identificar os defeitos que
ocorrem no seu dia-a-dia. Dentre os vários nomes utilizados podemos citar: rabo de rato,
escama, pele de jacaré, junta fria, casca de laranja, broca, chupada, etc., porém estes nomes
quando usados por diferentes empresas nem sempre identificam os mesmos tipos de
29
defeitos.
O International Committee of Foundry Technical Association criou uma
normalização para identificação e nomenclatura dos defeitos em peças fundidas. Sete
categorias básicas de defeito são estabelecidas, cada uma identificada por uma letra [11]:
A – Excrescências Metálicas;
B – Cavidades ou vazios;
C – Descontinuidades do material;
D – Defeitos Superficiais;
E – Fundição Incompleta;
F – Dimensões e Formas Incorretas;
G – Inclusões ou Anomalias Estruturais.
Este sistema, que será utilizado aqui para a classificação dos defeitos, é baseado na
descrição física do mesmo. Pretende-se permitir uma identificação pela direta
observação do defeito e por uma descrição detalhada, considerando-se somente os
critérios de forma, aparência, localização e dimensões.
4. Procedimento experimental
30
.
No setor de usinagem trabalha-se com como carcaças de transmissão de tratores,
discos de freio e demais peças de ferro fundido, as quais, posteriormente, são enviadas para
as linhas de montagem da empresa. Devido à solicitação mecânica sofrida por estas peças
durante o funcionamento do produto final, não são admitidos defeitos em superfícies chave,
exigência essa que leva à geração de índices de refugo que impactam no processo de
usinagem, visto que na maioria das vezes estes defeitos são detectados somente após a
usinagem. Perdem-se as peças e todo o trabalho executado, representando desgaste de
ferramentas, maior tempo de processo, menor produtividade e, conseqüentemente, aumento
de custo para a empresa.
Partindo-se desta metodologia de análise de dados de refugo, fez-se um pareto das
peças usinadas na empresa considerando-se os rejeitos acumulados das mesmas, desde
novembro de 2007 até agosto de 2008. Obteve-se o resultado apresentado no gráfico 4.1,
expresso em PPM (partes por milhão).
180000 250
160000
140000 200
120000 163
Quantidade Rejeitada
126 150
100000
PPM
80000
100
88235
60000
40357
40000 50
20000
0 0
A B C 7000 D E F G 5000 H
Peça
Gráfico 4.1 Pareto das dez peças que apresentaram maior índice de rejeito, avaliado em PPM.
31
As amostras foram escolhidas baseando-se neste pareto, no critério de ocorrência de
defeito no mês em que as peças foram coletadas e na geometria similar das peças.
As peças escolhidas, então, são dos discos de freio de diferentes dimensões e diferentes
fornecedores. Ambos de ferro fundido cinzento, fundidos em areia verde. Nos gráficos 4.2
e 4.3 evidencia-se o índice de rejeito destas peças. E nas figuras 4.4 e 4.5 visualizam-se as
peças, que foram chamadas “peça 7000” e “peça 5000” respectivamente. Na tabela 4.6
estão mostradas as principais dimensões das peças e na tabela 4.7 a composição química do
material, dado fornecido pelo fornecedor. As composições químicas que seguem melhor se
enquadram nas composições de FoFo das ligas GG25 e GG15, segundo norma DIN 1691,
respectivamente para a peça 5000 e 7000.
100000 94162
90000
79208
80000
71038
70000
58735
60000
PPM
50000 44444
40752 39906
40000
0
nov/07 dez/07 jan/08 fev/08 mar/08 abr/08 mai/08 jun/08 jul/08 ago/08 set/08 out/08
PPM Acumulado
Gráfico 4.2. Rejeitos mensais da peça 5000, expresso em partes por milhão.
32
300000
276596
258065
250000
200000
P PM
150000
115385
102273 100629
100000
47872
50000 34884 34247
19108 23952
17241
0
0
nov/07 dez/07 jan/08 fev/08 mar/08 abr/08 mai/08 jun/08 jul/08 ago/08 set/08 out/08
PPM Acumulado
Gráfico 4.3. Rejeitos mensais da peça 7000, expresso em partes por milhão.
33
Tabela 4.7. Composição química do material.
Peça 5000
Elemento Quantidade (%)
C 3,20 a 3,30
Si 1,90 a 2,10
P 0,10 MÁXIMO
Mn 0,40 A 0,50
S 0,06 a 0,10
Cr 0,15 MÁXIMO
Cu 0,40 a 0,50
Sn 0,05 a 0,06
Peça 7000
Elemento Quantidade (%)
C 3,31
Si 2,12
P 0,028%
Mn 0,33
S 0,016
Mg 0,0002
Para a peça 5000, foram registradas, no mês de setembro, 17 peças rejeitadas devido
a defeitos na superfície usinada, das quais, nove peças representativa destes defeitos foram
escolhidas para análise dos mesmos. Como pode ser visto no gráfico 4.2, esta peça atingiu
um índice de rejeito de 39906 PPM no mês de setembro.
Para a peça 7000, foram registradas, no mês de setembro, quatro peças rejeitadas
devido a defeitos na superfície usinada, e todas foram utilizadas para análise dos mesmos
Como pode-se constatar no gráfico 4.3, esta peça atingiu um índice de rejeito de 23952
PPM no mês de setembro.
Uma amostra do material de cada uma das peças foi caracterizada através de análise
da microestrutura e dureza.
34
4.2.1 Microestrutura
Uma amostra de cada peça foi lixada (lixas 200, 400, 600, 1100) e polida em manta
de diamante até atingir-se a superfície ideal para análise da microestrutura. Após, as
amostras foram quimicamente atacadas com solução de Nital 2%.
A microestrutura foi observada e analisada através de um microscópio com lente
objetiva, nos aumentos 100 e 200 vezes.
4.2.2 Dureza
Para a dureza (Brinell) das amostras foi utilizado penetrador de esfera de diâmetro
2,5mm e carga de 187,5 kg/f.
O ideal é utilizar esfera de diâmetro 10mm com carga de 3000kg/f, porém neste
trabalho a dureza é apenas indicativa e é útil somente para caracterização e comparativo.
35
4.4 Simulação computacional da solidificação
36
Este passo consiste na divisão do modelo em pequenos elementos para permitir o cálculo
das transferências de calor envolvidas no processo de solidificação. O SOLIDCast usa o
Método das Diferenças Finitas neste cálculo. Uma vez definidos os parâmetros de rede, este
processo é automático.
4 – Simulação;
5 – Análise dos resultados. [12]
5. Resultados e Discussões
37
apresentando grafita disposta em lamelas Tipo A, característica de FoFo de composição
hipoeutetóide.
Figura 5.1 Microestrutura peça 5000. Ataque Nital 2%. Aumento 100 X.
Figura 5.2 Microestrutura peça 5000. Ataque Nital 2%. Aumento 200 X.
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5.1.2 Peça 7000
Figura 5.3 Microestrutura peça 7000. Ataque Nital 2%. Aumento 100 X.
Figura 5.4 Microestrutura peça 7000. Ataque Nital 2%. Aumento 200 X.
39
5.1.3 Dureza
A tabela 5.5 contém a dureza das amostras, dureza está que está de acordo com os
valores apresentados pelos FoFo’s GG25 (peça 5000) e GG15 (peça 7000).
Tabela 5.5 Valores de Dureza Brinell das amostras de material das duas peças analisadas.
Amostra (HB) Dureza (HB) Média (HB)
5000 173,20 174,52 175,62 174,45
7000 179,56 176,51 171,52 175,86
5.2.1.1 Defeito 5A
40
1.A) Evidências observadas
Causas possíveis
Linha de moldagem
41
- Quebras (ou trincas) de partes do molde por ocasião da extração, colocação de
machos, fechamento do molde ou transporte e deposição do molde.
- Compactação não-homogênea de moldes, parcialmente também compactação
excessiva.
Soluções
Linha de moldagem
- Controlar os moldes quanto a áreas de pressão e eventualmente colocar réguas de
pressão.
- Limpar os moldes cuidadosamente com ar comprimido.
- Melhorar as placas de modelos, aumentar as saídas dos modelos e os raios.
Aquecer as placas de modelos e usar separadores.
42
- Verificar se a extração dos moldes está uniforme e fazer a manutenção da
instalação de moldagem, se necessário.
- Automatizar a colocação de machos. Antes da produção em série, verificar as
marcações dos machos e modificá-las, se necessário.
- Homogeneizar a compactação dos moldes. Evitar super-compactação.
3.A) Conclusão
43
presença de bolha de CO (Figura 5.7) e possivelmente de inclusões de escória (Defeito 5C),
conforme descrito na análise bibliográfica.
Assim, as evidencias levam à grande probabilidade do defeito ser devido à inclusão
de areia.
5.2.1.2 Defeito 5B
44
Figura 5.9 Defeito 5B. Inclusão metálica de formato esférico. Aumento 10 X.
A Gota Fria (G 112 Cold Shot, International Atlas of Casting Defects [11]), se
manifesta na forma de inclusão metálica de forma esferoidal, localizada geralmente na
parte inferior da peça. Esta inclusão tem a mesma composição química da peça e apresenta-
se geralmente oxidada.
A Gota Fria é causada pela projeção de metal sólido para dentro da cavidade do
molde. Estas partículas do metal não mais conseguem se fundir em meio ao metal líquido
que entra pela cavidade.
45
Figura 5.11 Defeito Gota Fria segundo ICFTA.
Causas possíveis
Soluções
3.B) Conclusão
46
5.2.1.3 Defeito 5C
47
através de ensaio radiográfico. É comum a partir destas inclusões a formação de bolhas de
gás.
A origem destas inclusões pode ser tanto a partir das escórias geradas no forno de fusão
como a partir das escórias geradas nos tratamentos da liga em panelas (como escórias
geradas no tratamento de dessulfuração).
Causas possíveis
Soluções
3.C) Conclusão
48
Deve-se dispor de uma análise química da superfície do defeito para verificar que
elementos estão presentes.
5.2.1.4 Defeito 5D
49
Os Rechupes Dispersos (B 124 Dispersed Shrinkage, International Atlas of
Casting Defects [11]), também conhecidos na literatura como Vírgula (Comma), segundo
o ICFTA, é um defeito que se apresenta, na maioria dos casos, como poros estreitos na
forma de trincas, que aparecem na superfície das peças e na maioria das vezes são
perpendiculares à mesma. A largura dos defeitos pode ser de alguns milímetros.
Os poros em forma de trincas de até 2 mm de profundidade, na maioria dos casos
perpendiculares à superfície das peças, muitas vezes apresentam estruturas dendríticas na
superfície. Os defeitos podem aparecer na superfície ou nos cantos dos moldes, mas
também na superfície de machos. Os poros na forma de trincas se formam em razão da
separação de gases (nitrogênio) durante a solidificação. Uma separação simultânea de
hidrogênio pode acentuar ainda mais este defeito. [9]
Quando o teor de nitrogênio é extremamente alto, os poros se tornam arredondados
e sua superfície lisa. Não são encontradas inclusões dentro dos defeitos devidos a
nitrogênio.[9]
Defeitos devidos ao nitrogênio distribuídos em uma superfície maior da peça podem
aparecer como bolhas de hidrogênio.[9]
A figura 5.14 é extraída do Atlas Internacional de Defeitos de Fundição (ICFTA) e
caracteriza a forma de aparecimento do defeito tipo Vírgula.
50
Figura 5.15 Foto livro Handbuch der Gussfehler. Defeito tipo Vírgula.[9]
Figura 5.16 Foto livro Handbuch der Gussfehler. Defeito tipo Vírgula.[8]
Causas possíveis
Metalurgia
- Teor muito elevado de nitrogênio no metal líquido.
- Teor de titânio muito baixo, comparado com o teor de nitrogênio elevado demais.
- Carbono equivalente muito baixo para teor de nitrogênio relativamente muito alto.[9]
51
Areias de moldagem ligadas com resinas
- Teor muito elevado de nitrogênio dos ligantes ou excesso de ligantes na areia.
- Excesso de desenvolvimento de gases e baixa permeabilidade dos machos.[9]
Soluções
Metalurgia
- Limitar o uso de sucata de aço na carga. Limitar o teor de nitrogênio no metal líquido em
100 ppm.
- Ligar o nitrogênio através do acréscimo de titânio.
- Aumentar o carbono equivalente.[9]
52
Sistemas de alimentação
- Encurtar os canais de alimentação para diminuir a absorção de gases.
- Aumentar a temperatura de vazamento e a velocidade de alimentação.[9]
3.B) Conclusão
5.2.2.1 Defeito 7A
53
Figura 5.17 Defeito 7A.
54
2.A) Análise Bibliográfica segundo o ICFTA
3.A) Conclusão
5.2.2.1 Defeito 7B
55
1.B) Evidências observadas
56
3.B) Conclusão
5.2.2.1 Defeito 7C
57
Apresenta superfície irregular;
Tamanho de cerca de 3 a 4 mm;
Manifestou-se em 50% das peças analisadas;
Morfologia semelhante à “Inclusão de Areia/ Escória”.
3.C) Conclusão
58
5.3 Simulação computacional da solidificação
Através de informações cedidas pelo fornecedor da peça, foi possível uma dedução
do ferramental. Os parâmetros utilizados também foram fornecidos pelo fabricante da peça.
59
5.3.2 Acima da Temperatura de Vazamento
60
5.3.3 Abaixo da Temperatura de Vazamento
61
6. Conclusão
62
9. A simulação computacional de solidificação da peça 5000 não indetificou zonas de
densidade de material menor que 99% após a solidificação, ou seja, a análise do
software SolidCast aponta que não há zonas potenciais de rechupe segundo projeto
de alimentação da peça.
4. Avaliar a eficácia das ações avaliando-se a evolução dos índices de refugo das
peças analisadas.
63
8. Bibliografia
2. COSTA, J.D. Ferros Fundidos, Composição Química, Estrutura e Propriedades. Lisboa: Instituto
Nacional de Investigação Industrial. [entre 1959 e 1979]
3. SANTOS, H. Sebenta [Apostila] da disciplina de Ligas Ferrosas. Porto, Pt: FEUP/ Universidade do
Porto, [Ca.2000].
4. MARIOTTO, C.L.; ALBERTIN, E.; FUOCO, R. Defeitos devido à alimentação. In: SEMINÁRIO
DEFEITOS DE FUNDIÇÃO, [entre 1970 e 1990], [S.l.]. Anais...[S.l.]: Revista Fundição e
Serviços.[entre 1970 e 1990], p.32-54.(Texto Parcial do Curso “Alimentação e enchimento de peças
fundidas – ABM).
7. Metals Handbook, American Society for Metals, v.9, USA,1979, 629 – 645p.
8. SENAI. DR. MG. Defeitos de fundição. 2.ed. Belo Horizonte, DFP/DAT, 1987. 134p. il. (Publicação
Técnica Fundição, 14).
9. Handbuch der Gussfehler, Alemanha, S&B Industrial Minerals GmbH, 2005, p.40- 96.
10. MARIOTTO, C.L. Defeitos devidos aos moldes em areia verde. In: SEMINÁRIO DEFEITOS DE
FUNDIÇÃO. [entre 1970 e 1990], [S.l.]. Anais...[S.l.]: Revista Fundição e Serviços.[entre 1970 e 1990],
p.1-31.(Texto Parcial da Apostila Areias de Moldagem Aglomeradas com Argila)
11. International Atlas of Casting Defects. CIATF.Des Plaines, 1974. 337p. il.
12. DURÃO, L.M.P. SOLIDCast: Manual prático de utilização, 2007 v1. Disponível em :
<http://www.dem.isep.ipp.pt/docentes/lmd/Manual_pratico_SOLIDCast_2007_v1.pdf>.
Acesso em 22 de novembro,2008
.
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