Memorex TJDFT - Técnico Administrativo - Rodada 02

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Memorex TJDFT – Técnico Administrativo - Rodada 02

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Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos
TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua
aprovação.
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disponibilizadas na sua área de membros conforme o cronograma abaixo:

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Rodada 04 02/03

Rodada 05 07/03

Rodada 06 09/03

Convém mencionar que todos que adquirirem o material completo irão receber TODAS AS
RODADAS já disponíveis, independente da data de compra.

Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois,
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no
resultado final.

Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO.

Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada
uma das dicas.

Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas
para: [email protected]

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ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4


ÉTICA ....................................................................................................................................... 15
REGIMENTO INTERNO ................................................................................................... 20
LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA ...................................................................... 22
PROVIMENTO GERAL DA CORREGEDORIA APLICADO AOS JUÍZES E
OFÍCIOS JUDICIAIS ........................................................................................................ 24
PROVIMENTO JUDICIAL APLICADO AO PROCESSO JUDICIAL
ELETRÔNICO........................................................................................................................ 27
ADMINISTRAÇÃO DE RH E GESTÃO PÚBLICA .................................................. 29
DIREITO CONSTITUCIONAL ....................................................................................... 40
DIREITO ADMINISTRATIVO ....................................................................................... 48
LEI Nº 8.112/1990 .......................................................................................................... 51
DIREITO CIVIL ................................................................................................................... 54
PROCESSO CIVIL .............................................................................................................. 61
DIREITO PENAL ................................................................................................................. 71
DIREITO PROCESSUAL PENAL .................................................................................. 79

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LÍNGUA PORTUGUESA
DICA 01
SEMÂNTICA - INFINITIVO, GERÚNDIO E PARTICÍPIO
Infinitivo: dormir, correr, amar (ações potenciais). O infinitivo pode ser pessoal ou
impessoal:

INFINITIVO

PESSOAL IMPESSOAL

O infinitivo pessoal é flexionado, varia O infinitivo impessoal não se refere a


em número e pessoa. nenhuma pessoa, apenas manifesta a
ação e, por vezes, pode ter valor de
Ex.: Elas beberam muita cerveja.
substantivo.
Ouvi eles cochicharem baixinho.
Ex.: Comer é a melhor coisa da
vida.

Gerúndio: dormindo, correndo, amando (ações em curso).


Particípio: dormido, corrido, amado (ações passadas).
CUIDADO! Não confundir “gerúndio” com “gerundismo”. tem a função de indicar
uma ação prolongada no tempo. é vício de linguagem por falar constantemente no
gerúndio.
DICA 02
VERBO
O verbo é a classe de palavras que exprime ação, estado, mudança de estado,
fenômeno da natureza e tem várias flexões. Portanto, sua conjugação é feita por meio
de variações de pessoa, número, tempo, modo e voz.

ATENÇÃO!

Há verbos que são importantes e você precisa ficar atento em suas conjugações:

eu VALHO (valer); eu MEÇO (medir);

eu CAIBO (caber); eu RIO (rir);

eu PULO (polir/pular); eu COMPITO (competir);

eu SUO (suar); eu SOO (soar);

eu ADIRO (aderir); eu INTERMEDEIO (intermediar).

DICA 03
INFINITIVO

Infinitivo: dormir, correr, amar (ações potenciais). O infinitivo pode ser pessoal ou
impessoal:

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INFINITIVO PESSOAL INFINITIVO IMPESSOAL

O infinitivo pessoal é flexionado, varia O infinitivo impessoal não se refere a


em número e pessoa. nenhuma pessoa, apenas manifesta a
ação e, por vezes, pode ter valor de
Ex.: Elas comeram muito churrasco.
substantivo.
Ouvi eles cochicharem baixinho.
Ex.: Dormir é a melhor coisa da Vida.

DICA 04
GERÚNDIO E PARTICÍPIO
Gerúndio: dormindo, correndo, amando (ações em curso).
Particípio: dormido, corrido, amado (ações passadas). O particípio pode ser regular ou
irregular:

PARTICÍPIO REGULAR PARTICÍPIO IRREGULAR

Caracteriza-se pela terminação “ado” Pode exercer o papel de adjetivo.


e “ido”.
Ex.: Mari adora polentas fritas.
Ex.: João havia jantado no
Todo o presente é aceito com muito
restaurante.
amor.
Mari tinha sido batizada.

DICA 05
MORFOLOGIA - CONJUNÇÕES COORDENATIVAS

“CONJUNÇÃO” é um tema muito cobrado em prova.


Conjunções coordenativas: ligam termos que não têm dependência entre si. As
conjunções coordenativas podem ser:

ADVERSATIVA = relação de OPOSIÇÃO

Ex.: todavia, porém, entretanto, contudo, mas.


MACETE: TOME NO COPO

TOdavia

Mas

Entretanto

NO entanto

COntudo

POrém

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ADITIVA = relação de SOMA

Ex.: mas também, bem como, como também.

ALTERNATIVA = relação de ALTERNÂNCIA

Ex.: seja... seja, quer... quer.

EXPLICATIVA = relação de EXPLICAÇÃO

Ex.: porquanto, porque, pois (antes do verbo)

CONCLUSIVA = relação de CONCLUSÃO

Ex.: portanto, logo, pois (após o verbo)

QUESTÃO FGV, 2020.


Na frase “A natureza faz o homem feliz e bom, mas a sociedade o corrompe e torna-o
miserável”, a conjunção sublinhada pode ser adequadamente substituída por:
a) no entretanto;
b) embora;
c) visto que;
d) portanto;
e) contudo.
Gabarito: Alternativa E, pois há a ideia de oposição.

DICA 06
CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS

INTEGRANTES: introduzem orações substantivas. Ex.: se, como, que.


Adverbiais CAUSAIS: expressam causa. Ex.: visto que, uma vez que, como, já que.
Adverbiais CONSECUTIVAS: expressam consequência. Ex.: tal que, tão que, tanto
que, e.

Adverbiais FINAIS: expressam finalidade. Ex.: para que, a fim de que.


Adverbiais CONCESSIVAS: expressam contraste. Ex.: conquanto, embora, mesmo
que, se bem que, apesar de.

Adverbiais COMPARATIVAS: expressam comparação. Ex.: assim como, tanto como.


Adverbiais CONFORMATIVAS: expressam conformidade. Ex.: segundo, conforme,
consoante, de acordo com.

Adverbiais CONDICIONAIS: expressam condição. Ex.: caso, se, salvo se, conquanto
que.
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Adverbiais PROPORCIONAIS: expressam proporção. Ex.: à medida que, à proporção


que, ao passo que.
Adverbiais TEMPORAIS: expressam tempo. Ex.: quando, desde que, enquanto.
DICA 07
USO DO “POIS”
Quando o “pois” estiver entre vírgulas e possuir valor semântico de “portanto”, será
uma CONJUNÇÃO CONCLUSIVA.

Ex.: Lia e Maria foram aprovadas e podem, pois, comemorar a vitória! = portanto.
Quando vier uma vírgula ANTES de “pois” e ele tiver o mesmo sentido de “porque”,
será uma CONJUNÇÃO EXPLICATIVA.

Ex.: Foi ao mercado, pois precisava comprar frutas. = porque

“POIS” com valor de CONCLUSÃO: “POIS” com valor de EXPLICAÇÃO:

- Dá para substituir por “POR - Dá para substituir por “DADO


ISSO”, “DESSA FORMA”, “LOGO”... QUE”, “PORQUE”...

DICA 08
EU X MIM

EU

É pronome pessoal do caso RETO;


“EU” será sujeito. Jamais será complemento;

→ Veja a seguinte frase:


Daniela pediu para eu digitar o texto no computador.

→ Não é possível utilizar “mim” no lugar de “eu”, pois “mim” não


digita. Quem é que digita? EU.

MIM

É pronome pessoal OBLÍQUO;


“MIM” funciona como complemento;

→ Veja a seguinte frase:


Digitar o texto será fácil para mim.

→ “Mim” não está como sujeito na frase, mas como complemento.


OBS.: “MIM” NÃO CONJUGA VERBO!

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QUESTÃO FGV, 2018.


A frase em que se deveria usar a forma EU em lugar de MIM é:
a) Um desejo de minha avó fez de mim um artista;
b) Há muitas diferenças entre mim e a minha futura mulher;
c) Para mim, ver filmes antigos é a maior diversão;
d) Entre mim viajar ou descansar, prefiro o descanso;
e) Separamo-nos, mas sempre de mim se lembra.
Gabarito: Alternativa D, pois “mim” não conjuga verbo. “Mim” não viaja. Quem viaja
sou EU. EU viajo, TU viajas, ELE viaja...

DICA 09
PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS

Hibridismo: Nesse caso, os elementos que formam a palavra são de idiomas


diversos.

Ex.: televisão (tele= grego, visão=latim)


Redução/abreviação: Quando uma palavra é muito longa, há uma nova formação de
palavra reduzida.

Ex.: pneu (pneumático).

Neologismo: Geralmente, refere-se a palavras que tomamos de outra língua. Há


outras formas de neologismo.

Ex.: Mari comprou um cupcake de morango.


DICA 10
CONCORDÂNCIA NOMINAL
A concordância nominal faz com que substantivos concordem com pronomes, numerais e
adjetivos etc.

Regras:

ADJETIVO + SUBSTANTIVO: o adjetivo deverá concordar com substantivo em


gênero e número.

Ex.: Que homem elegante!

Dois ou + substantivos e um adjetivo:

Adjetivo concorda com o substantivo mais próximo.

Ex.: Que maravilhosa carne e frango!

Adjetivo vier DEPOIS do substantivo, concordará com o substantivo + próximo ou com


os todos.

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DICA 11
CONCORDÂNCIA NOMINAL

Regra geral: concordam em gênero e número com o substantivo a que se referem.

Ex.: Esta caneta velha. Veja que “esta” e “velha” concordam


com a “caneta”.
Estas canetas velhas. Veja que, neste caso, como “canetas”
está no plural, “estas” e “velhas” ficaram no plural também.

ATENÇÃO!

Quando há mais de um vocábulo determinado, o adjetivo pode concordar com


os dois substantivos ou o adjetivo pode concordar com o substantivo mais
próximo.

Ex.: O sapato e a bolsa novos.


O sapato e a bolsa nova.

Quando o substantivo é determinado por mais de um adjetivo, os adjetivos devem


concordar com o substantivo.

Ex.: A bolsa nova e confortável.


As bolsas novas e confortáveis.
DICA 12
CONCORDÂNCIA NOMINAL

ATENÇÃO!

No caso de “é bom, é necessário, é proibido” à Ficará no masculino se o sujeito


estiver com sentido genérico. Haverá variação se o sujeito vier precedido de
artigo ou outro determinante.

Ex.: Água é bom. / A água é boa.


É proibido entrada. / É proibida a entrada.
Persistência é necessário. / A persistência é necessária.

No caso de “meio, bastante, pouco, muito, caro, longe...”:

Quando advérbio: será invariável.

Ex.: Os atletas correm bastante.

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Quando adjetivo: será variável.

Ex.: Há bastantes motivos para ele ficar comigo.

Ex.: A entrada é cara. à Adjetivo, pois caracteriza a “entrada”.


A entrada custa caro. à Advérbio, pois modifica o verbo “custar”.

No caso de “incluso” e “anexo” à por serem adjetivos, irão concordar com o


substantivo a que se referem.

Ex.: Os cupons de desconto estão inclusos.


As passagens aéreas estão inclusas no pagamento.
As fotos do passeio estão anexas ao e-mail.
O material da aula vai anexo ao e-mail.
DICA 13
REGÊNCIA VERBAL
A regência é a relação entre o verbo e o nome e os termos os quais se ligam a eles.
Saber quando o verbo pede preposição (e qual preposição) é o que se estuda na
regência verbal. Abaixo, uma tabela com os verbos que são mais cobrados em prova:

CHEGAR (lugar)

Com esse verbo se usa a preposição “a” e não a preposição “em”.


Ex.: Mari chegou a São Paulo.

OBEDECER ou DESOBEDECER

Usa-se a preposição “a”.


Ex.: Os filhos de Marcos obedecem aos avós.

NAMORAR

Não se usa com preposição.


Ex.: Paula namora o Carlos.

PREFERIR

Usa-se dois complementos. Um é usado sem preposição, e o outro com a


preposição “a”.
Ex.: Prefiro estudar Português a estudar Matemática.
CUIDADO! É errado usar este verbo com as palavras: antes, mais...
Ex.: Prefiro mais estudar Português a estudar Matemática. (ERRADO)

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ESQUECER

Quando não forem pronominais → sem preposição.


Ex.: Mauro esqueceu o livro.

Quando forem pronominais → preposição “de”.


Ex.: Lembrei-me do nome livro de Machado de Assis.

DICA 14
REGÊNCIA VERBAL

Chegar/ ir: CUIDADO! à deve vir com a preposição A. NÃO é correto falar “chegar
em”.

Ex.: Cheguei a Porto Alegre/RS.

Namorar: NÃO se “namora com” alguém. Se “namora” alguém. Não se usa com
preposição.

Ex.: Lorena namora Alisson. (CERTO)


Lorena namora com Alisson. (ERRADO)

Morar/ residir: Alguém mora/reside EM algum lugar. É utilizada a preposição EM.

Ex.: Paula mora em Porto Seguro.

Laura reside em Floripa.


Simpatizar/ antipatizar: São verbos que precisam da preposição COM.

Ex.: Simpatizo com Ana.


Antipatizo com meu professor da academia.

Preferir: exige dois complementos. Portanto, um é usado SEM preposição e o outro


COM a preposição A.

Ex.: Prefiro caminhar a correr na praça.

Obedecer/desobedecer: Precisa da preposição A.

Ex.: Os filhos obedecem aos pais.


A aluna Maria desobedeceu ao professor de Geografia.
DICA 15
REGÊNCIA NOMINAL
Geralmente, a relação entre o nome (substantivo, adjetivo e advérbio) e o seu
complemento é estabelecida por preposição. Deve-se identificar a preposição correta
a cada caso.

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Exemplos de regência nominal: adepto de; alheio a; ansioso por/para; apto


a/para; ciente de; contente com/por/de; desprezo a/por; favorável a; impróprio
para; imune a/de; junto a/de; paralelo a; próximo a/de; referente a; relativo a;
simpatia a/por; união com/entre/a; etc.
DICA 16
REGÊNCIA NOMINAL

Geralmente, a relação entre o nome (substantivo, adjetivo e advérbio) e o seu


complemento é estabelecida por preposição. Deve-se identificar a preposição correta a
cada caso. Abaixo, algumas regências importantes:

Nomes que exigem o uso da preposição “a”:


Acessível, adaptado, agradável, alheio, alusão, apto, atento, atenção, benéfico, benefício,
caro, compreensível, contrário, desfavorável, equivalente, favorável, fiel, grato, horror,
imune, indiferente, inerente, junto, leal, necessário, obediente, ódio, posterior, preferível,
prejudicial, propenso, propício, próximo.

Nomes que exigem o uso da preposição “sobre”:


Opinião, discurso, dúvida, informação, preponderante.

Nomes que exigem o uso da preposição “de”:


Capaz, certo, descendente, desejoso, diferente, escasso, imbuído, impossível, incapaz,
indigno, isento, junto, livre, longe, medo, orgulhoso, passível, seguro, suspeito.

Nomes que exigem o uso da preposição “em”:


Atento, bacharel, constante, doutor, inconstante, indeciso, negligente, perito, sábio.

Nomes que exigem o uso da preposição “contra”:


Atentado, combate, declaração, luta, litígio, protesto, reclamação, representação.
DICA 17
COLOCAÇÃO PRONOMINAL - PRÓCLISE
É o uso do pronome oblíquo junto ao verbo.
Quando o pronome oblíquo é usado junto ao verbo, significa que ele está sendo usado
para SUBSTITUIR um substantivo.
Há regras para o uso do pronome oblíquo ANTES, NO MEIO ou DEPOIS do verbo. Isso
é colocação pronominal.

Próclise: Pronome ANTES DO VERBO.

A próclise é aplicada quando (alguns casos importantes):

O verbo estiver precedido de pronome relativo:

Ex.: Aquelas são as meninas que se jogaram na piscina.


OBS.: Veja que o “que” é um pronome relativo e está antes do verbo “jogar”.
Então, o “se” virá antes do verbo.
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O verbo estiver precedido de advérbios:

Ex.: Nunca te amarei.


OBS.: Veja que o advérbio “nunca” puxa o “te”, o qual virá antes do verbo “amar”.

O verbo estiver precedido de conjunções subordinativas:

Ex.: Ele não quis o casaco, embora lhe agradasse.


OBS.: Veja que “embora” é uma conjunção subordinativa e, portanto, puxa o “lhe”, o
qual virá antes do verbo “agradar”.
DICA 18
PRÓCLISE

Outros casos de próclise:

É utilizada a próclise com o gerúndio precedido da preposição “em”:

Ex.: Em se tratando de doenças, a Diabetes é uma das piores.


OBS.: Veja que estaria errado “Em tratando-se...”. É um erro muito comum.

É utilizada a próclise em orações iniciadas por palavras interrogativas:

Ex.: Quem te fez a encomenda?

É utilizada a próclise em orações iniciadas por palavras exclamativas:

Ex.: Quanto se ofendem por pouca coisa!

É utilizada a próclise com pronomes indefinidos e demonstrativos:

Ex.: Tudo me incomoda nessa casa.


OBS.: Veja que “tudo” é um pronome indefinido e puxa o “me”. Portanto, o “me” virá
antes do verbo “incomodar”.

Ex.: Isso me deixa contente.


OBS.: “Isso” é um pronome demonstrativo e, portanto, puxa o “me”, o qual Virá antes
do verbo “deixar”.
DICA 19
MESÓCLISE E ÊNCLISE

Mesóclise: Pronome no meio do verbo.

Casos de mesóclise:

→ Verbo flexionado no futuro do pretérito ou futuro do presente com o pronome


no meio do verbo.

Ex.: Far-lhe-ei uma ótima pergunta. (futuro do presente)

Ex.: Comemorar-se-ia a aprovação ao ar-livre se não chovesse. (futuro do pretérito)


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Ênclise: Pronome depois do verbo.

Casos de ênclise:

→ O verbo iniciar a oração.


Ex.: Falaram-me que o teste será difícil.

→ Verbo no infinitivo impessoal regido da preposição “a”.


Ex.: As meninas passaram a amar-se.

→ Verbo no gerúndio.
Ex.: Fiquei chocado, lembrando-me dos incríveis acontecimentos.

→ Vírgula ou pontuação antes do verbo.


Ex.: Se passar em um concurso em Canoas/RS, mudo-me imediatamente.
DICA 20
PROIBIÇÕES GERAIS

INICIAR ORAÇÃO COM Me dá um pedaço de bolo.


PRONOME OBLÍQUO. (ERRADO)

Dá-me um pouco de água, pois estou com


sede. (CERTO, há ênclise)

INSERIR PRONOME ÁTONO Darei-te uma boneca que fala. (ERRADO)


DEPOIS DE FUTURO E
PARTICÍPIO. Dar-te-ei uma boneca que fala. (CERTO, há
mesóclise)

Tinha emprestado-lhe um anel de ouro.


(ERRADO)

Tinha lhe emprestado um anel de ouro.


(CERTO, há próclise)

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ÉTICA
DICA 21
PRINCÍPIO DA URBANIDADE DOS SERVIDORES PÚBLICOS
A urbanidade é sinônimo de civilidade e cortesia, é um conceito ético que deve fazer parte
da vida de todas as pessoas. Os servidores públicos possuem o dever legal de tratar as
pessoas com urbanidade. O servidor que não é cortês ao lidar com público e com seus
colegas não está agindo em conformidade com o que ordenamento jurídico traz para os
servidores.

Em suma: O servidor que age com urbanidade para com o todos está prestando um
atendimento justo, eficaz e humano.
DICA 22
ÉTICA E FUNÇÃO PÚBLICA
A ética anda fortemente ligada à função pública, não dá para exercer a função pública sem
ser uma pessoa ética. Isto porque para que seja exercida desta função é preciso que que
se tenha em mente o dever de atender ao interesse público. Logo, é impossível falar deste
assunto sem falar dos princípios administrativos. Vamos ver:

L Legalidade

I Impessoalidade

M Moralidade

P Publicidade

E Eficiência

Todos estes são os princípios que regem a Administração Pública, quer seja ela direta ou
indireta. Veremos todos eles na dica posterior.
Cuidado: Quando falamos da moralidade, esta deve não apenas diferenciar o bem do
mal, entretanto também deve também levar em consideração o bem comum.
DICA 23
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Como já dito em uma dica anterior, os princípios da administração Pública são os
Princípios da Legalidade, da Moralidade, da Impessoalidade, da Publicidade e a da
Eficiência, representados pelo mnemônico LIMPE. Pois bem, vamos ver cada um deles:

Princípio da Legalidade: Este princípio tem como meta que a Administração Pública
só possa praticar as condutas que estejam normatizadas na lei, ou seja, a Administração
Pública somente poderá fazer o que esteja em lei. Se por exemplo, haja uma lei que
proíba a Administração Pública de fechar suas repartições nas sextas-feiras antes das
17:00 horas, a Administração não poderá fecha-las antes deste horário estipulado pela lei.

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Princípio da Impessoalidade: É um princípio que tem como meta evitar que hajam
situações de preconceito, discriminação ou até mesmo situações em que o lado pessoal
seja levado em consideração pelo servidor no exercício de suas atribuições. Exemplo: Um
servidor que em sua vida privada tenha uma rixa com uma pessoa, sendo que certo dia a
pessoa tem de ir até a repartição deste servidor, para pegar um documento. Este servidor
não poderá jamais deixar que está rixa entre em seus exercícios enquanto servidor
público, devendo, portanto, dar à pessoa o documento que ele foi buscar.
Importante: Um concurso de Analista do IRB/Esaf considerou o pagamento por precatório
uma derivação do princípio da impessoalidade.

Princípio da Moralidade: O Princípio da Moralidade é o princípio que visa que o


servidor seja honesto, probo. Inclusive, nossa CF/88 traz a possibilidade da propositura de
ação popular contra ato lesivo à moralidade administrativa. Vejamos:
Art. 5º, LXXIII da CF/88 : “qualquer cidadão é parte legítima para propor ação
popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado
participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e
cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da
sucumbência”.

ATENÇÃO!

São instrumentos para defesa da moralidade:


Ação Popular;
Ação Civil Pública de Improbidade Administrativa;
Controle externo exercido pelos Tribunais de Contas;

Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs).

Princípio da Publicidade: É a obrigação de divulgar oficial dos atos administrativos. A


CF/88 traz esta disposição:
Art. 5º, XXXIII da CF/88: “todos têm direito a receber dos órgãos públicos
informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão
prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo
seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado”

Princípio da Eficiência: Inserido pela Emenda n. 19/98, este princípio tem como meta
a economia, a redução de desperdícios e a celeridade.
DICA 24
BEM COMUM
O bem comum tem uma ligação extremamente forte com a ética. Para começar, é
necessário que você tenha conhecimento do chamado Princípio do bem comum. Sabendo
que todos nós vivemos atualmente em um Estado Democrático de Direito, o bem comum,
de todos, deve ser levado em consideração, acima dos interesses individuais, sendo assim
este o Princípio do bem comum.

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Imagine o exemplo hipotético de alguém que deseja destruir uma vila, por bel-prazer,
para construir uma propriedade privada para si, sem levar em consideração o fato de
desapropriar tantas pessoas. Tal atitude não está alinhada ao Princípio do Bem
Comum.

QUESTÃO FGV, 2019.


Leia o trecho a seguir.
Ética é o estudo dos princípios que orientam e disciplinam o comportamento humano,
refletindo a respeito às normas e aos valores vigentes em nossa sociedade e no
serviço público.
Assinale a afirmativa que não está de acordo com o texto acima.
a) Ética é o conjunto de regras a respeito dos valores morais de uma sociedade.
b) Os princípios éticos devem ser aplicados para gerar o bem de todos.
c) A conduta ética obriga a escolher entre o honesto e o desonesto.
d) Os princípios éticos nos liberam para agir segundo os nossos interesses.
a) e) A ética diz respeito aos valores que indicam o que é um bem coletivo.
Gabarito: Letra D
Comentário: Atente-se ao fato de que a questão deseja que você marque a
alternativa incorreta.

Dica extra: A prova pode tentar trazer este assunto ligando com alguma atualidade,
como por exemplo a questão da vacinação e dos movimentos antivacina. O ato de se
vacinar é um ato bastante evidente em prol do bem comum, dentro do que é considerado
ético. E mais: No caso particular da vacina contra o vírus corona (principalmente sendo
esta vacina voltada ao combate de uma doença pandêmica), trata-se de um bem comum
de caráter mundial.
DICA 25
O PAPEL DA CF/88 NO CAMPO ÉTICO E MORAL
É simplesmente impossível falar de ética sem falar da nossa CF/88, que trouxe de forma
democrática o Estado Social no qual vivemos. A nossa Constituição Federal, também
chamada de “Constituição Cidadã” trouxe o ideal de dar a todos os cidadãos, sem
distinção, o direito de ter um papel de escolha na Administração Pública, por meio do
voto. Ao votar, o povo, exercendo sua cidadania, escolhe seus representantes legais, quer
seja no Poder Legislativo, quer seja no Poder Executivo.
Lembrando sempre que a CF/88 traz disposição direta acerca do Princípio da Moralidade,
senão vejamos:
“Art. 37 A administração pública direta ou indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficácia [...].”

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DICA 26
O EXERCÍCIO DA CIDADANIA EM FORMA DE PROTESTO
A cidadania pode ser exercida de várias formas, e uma delas é o protesto. É muito claro
que exercer a cidadania não se limita apenas a momentos mais amistosos. Também faz
parte do exercício da cidadania discordar e até protestar por algo que se acredita. Como
vivemos em um Estado Democrático de Direito, nos é garantido protestar.
Mas mesmo em locais onde não há uma democracia, o ser humano sente a necessidade
de mostrar sua insatisfação com algo que esteja considerado longe do ideal visto por ele.
A moral neste caso reside na insatisfação das pessoas com sua situação (quer seja tal
situação política, econômica, de falta de liberdade, dentre outros), que é considerada
muito distante do que seria moral.

Tomemos como exemplo desta insatisfação popular o movimento Primavera Árabe. Na


imagem ao lado, egípcios protestam contra o regime de Mubarak, que já estava
desgastado por muitos problemas como o desemprego, foram às ruas, e este exercício
de cidadania foi o responsável por derrubar Mubarak do poder.
Saliente-se que o ex-presidente Hosni Mubarak era um ditador, no poder desde a
década de 80 e reagiu com violência aos protestantes, porém isto não os deteve.

DICA 27
ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO E A VIDA PRIVADA DO SERVIDOR
O servidor público é alguém que precisa ser ético e probo não apenas em sua vida
profissional, mas também na vida pessoal. Imagine o exemplo hipotético de um servidor
público que atua em uma repartição dedicada à proteção dos direitos das mulheres, mas
em sua vida privada ele pratique violência doméstica contra sua esposa. É um
comportamento antiético e imoral.

Em outras palavras: O servidor público deve agir sempre com ética, zelo, dignidade e
decoro não apenas na atribuição de suas funções, mas também em sua vida particular.
Deve ser um cidadão que não esteja envolvido em atividades antiéticas, e deve tratar a
todos com respeito.
DICA 28
PRINCÍPIOS E VALORES: COMO DIFERENCIA-LOS?
Princípios e valores são dois conceitos muito estudados dentro da temática da ética, que
frequentemente causam certa confusão. Os Princípios são verdades profundas, de cunho
universal, enquanto os valores tem um caráter mais individual.

Ex.: Um princípio de caráter universal é o fato de que matar uma pessoa é algo errado.
Mas é um valor de caráter pessoal ser vegano, por considerar que matar animais para
consumo alimentício é errado.
Ou seja, todas as pessoas consideram que matar alguém é uma conduta errado
(princípio), mas nem todas as pessoas são veganas (valor).

Veja como não confundir mais:

Ao falar em PRINCÍPIOS lembrar de ÉTICA/ÉTICOS;

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Ao falar em VALORES lembrar de MORAL/MORAIS.


DICA 29
DEMOCRACIA, ÉTICA E JUSTIÇA PARTICIPATIVA
A ideia basilar da justiça participativa é que o cidadão a exerça. Mas o que vem a ser a
justiça participativa? A justiça participativa desperta no cidadão o ideal do bem coletivo,
no bem comum, para que todas vivam de forma harmoniosa, deixando de lado interesses
puramente individuais. Este tipo de justiça tem um alinhamento muito forte com a
democracia, visto que traz o engajamento das pessoas em prol de um bem comum.

Em suma: A justiça participativa traz o engajamento social em favor de um bem


comum, o que é muito básico em uma sociedade democrática. Pode-se dizer que a justiça
participativa tira do Poder Judiciário o caráter elitista, trazendo uma justiça mais acessível
e humanizada.
Cidadão = Toda pessoa física, que seja brasileiro nato ou naturalizado, que esteja em
pleno exercício de seus direitos políticos.
DICA 30
O PAPEL DE UM CÓDIGO DE ÉTICA
A ideia desta dica é trazer a importância da existência de um código de ética regendo uma
organização ou até mesmo uma categoria profissional. Sabendo deste assunto, é de
extrema importância saber que o conceito base do código de ética é trazer um padrão de
conduta para um certo meio (ex: Um código de ética de uma repartição) ou para uma
categoria ( ex: Código de Ética Médica).
Importante: Um código de ética não pode ir contra a lei. Por exemplo: Um código de
ética não pode impor que todos os servidores de religião católica não poderão usar um
escapulário, visto que nossa legislação garante a liberdade de culto para todos.

Além disto, o código de ética deve ser aplicado para as pessoas ao qual se destinam.
Ex.: Não se pode querer aplicar o Código de Ética Médica para alguém da categoria dos
engenheiros.

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REGIMENTO INTERNO
DICA 31
CONSELHO DA MAGISTRATURA

Integrado: pelo Presidente do Tribunal,


pelo Primeiro Vice-Presidente,
pelo Segundo Vice-Presidente e
pelo Corregedor da Justiça.

Competência:

julgar representação contra magistrados por excesso injustificado de prazos


legais e regimentais;

regulamentar e atualizar a Tabela do Regimento de Custas das Serventias Judiciais e


dos Serviços Notariais e de Registro, observado o disposto no art. 72;

julgar o agravo interno interposto da decisão proferida pelo Presidente do Tribunal nos
casos do art. 266;

exercer as funções que lhe forem delegadas pelo Conselho Especial ou pelo Tribunal
Pleno.
DICA 32
CÂMARA DE UNIFORMIZAÇÃO:

Integrada: pelo desembargador mais antigo das Turmas Cíveis, que a presidirá, e
pelos 2 desembargadores mais antigos de cada uma delas.

Presidência: desembargador mais antigo;


Mandato: coincidirá com o ano judiciário;

Reunião: na presença de desembargadores em número equivalente, no mínimo, a 2/3


de seus membros.
DICA 33
CÂMARA DE UNIFORMIZAÇÃO:

Compete à Câmara de Uniformização processar e julgar:

o incidente de resolução de demanda repetitiva e a revisão da tese jurídica


firmada no seu julgamento;

o recurso, a remessa necessária ou o processo de competência originária de onde se


originou o incidente de resolução de demanda repetitiva;

o incidente de assunção de competência;

proposta de súmula em matéria cível e a revisão da tese jurídica firmada no seu


julgamento;

julgar a reclamação para preservar a sua competência e garantir a autoridade dos seus
julgados, nos termos do art. 988, IV, e § 1º, do Código de Processo Civil;

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a reclamação destinada a dirimir divergência entre acórdão de Turma Recursal e a


jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça sumulada ou consolidada em julgamento de
recurso repetitivo, incidente de assunção de competência e incidente de resolução de
demandas repetitivas.
DICA 34
CÂMARAS ESPECIALIZADAS:

Composição da 1ª e 2ª Câmara Cível: componentes das 8 Turmas Cíveis;


Composição da Câmara Criminal: componentes das 3 Turmas Criminais;

Presidência da Câmara: desembargador mais antigo no órgão, em rodízio anual;


Mandado: coincidirá com o ano judiciário.
DICA 35
TURMAS ESPECIALIZADAS:

Composição: 4 desembargadores;

Reunião: presença de, no mínimo, 3 julgadores;

Presidência da Turma: desembargador mais antigo no órgão, em rodízio anual;

Mandado: coincidirá com o ano judiciário.

MEMORIZE! Compete às Turmas Cíveis julgar:

apelação;

agravo de instrumento;

embargos de declaração de seus julgados;


recurso interposto contra decisão proferida por juiz de Vara da Infância e da Juventude,
observado o disposto no art. 198 do Estatuto da Criança e do Adolescente;
habeas corpus referente a prisão civil decretada por magistrado de primeiro grau;
a reclamação para preservar a sua competência e garantir a autoridade dos seus
julgados, nos termos do art. 988, I e II, e § 1º, do Código de Processo Civil.

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LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA


DICA 36
DAS ATRIBUIÇÕES DO PRIMEIRO E SEGUNDO VICE-PRESIDENTES.
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios possui 2 vice-presidentes.
O art. 11 da Lei 11697/08 define como atribuições do Primeiro e Segundo Vice-
Presidentes substituírem, sucessivamente, o Presidente em suas faltas e
impedimentos, bem como praticar todos os atos que lhe forem atribuídos no
Regimento Interno.
DICA 37
DAS ATRIBUIÇÕES DO CORREGEDOR.

São atribuições do Corregedor:

supervisionar e exercer o poder disciplinar, relativamente aos serviços


forenses, sem prejuízo do que é deferido às autoridades de menor hierarquia;

instaurar sindicância e processo administrativo disciplinar para apurar


infrações praticadas pelos notários, oficiais de registro e afins e seus prepostos,
aplicando as penas cabíveis, exceto a perda de delegação;

exercer a fiscalização dos atos notariais e de registro, zelando para que sejam
prestados com rapidez, qualidade satisfatória e de modo eficiente;

designar o Juiz Diretor do Fórum das circunscrições judiciárias do Distrito Federal e


fixar-lhe as atribuições;

designar o Juiz de Direito Substituto responsável pela distribuição da


Circunscrição Judiciária de Brasília;

indicar à nomeação os Diretores de Secretaria das Varas vagas, os


Depositários Públicos, os Contadores-Partidores e os Distribuidores;
regular a atividade do Depositário Público, dispondo especialmente sobre as
formas de controle dos bens em depósito, bem como as atividades dos Contadores-
Partidores e Distribuidores.
O Corregedor poderá delegar a juízes a realização de correição nas serventias
e a presidência de processos administrativos disciplinares, salvo para apurar a
prática de infração penal atribuída a juiz.
A correição geral dos Territórios será feita pessoalmente pelo Corregedor e
abrangerá, no mínimo, em cada ano, a metade das circunscrições neles
existentes, de forma que, no final do biênio, estejam todas inspecionadas.
O Corregedor será substituído em suas faltas e impedimentos na forma que dispuser o
Regimento Interno.
DICA 38
DO PROCEDIMENTO E JULGAMENTO DO TRIBUNAL
O Regimento Interno disciplinará o procedimento e o julgamento dos feitos pelo Tribunal,
obedecido o disposto na lei processual e na Lei 11.697/08.

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Após a distribuição e até a inclusão em pauta para julgamento, o relator presidirá o


processo, determinando a realização de diligências que entender necessárias.
Caso o relator verifique que a competência para a causa é de outro órgão, encaminhará os
autos por despacho à redistribuição.
Nas ações criminais de competência originária do Tribunal, o julgamento poderá ser
realizado em sessão secreta, atendendo ao interesse público, nos termos da Constituição
Federal.
DICA 39
DA COMPOSIÇÃO DO PRIMEIRO GRAU DE JURISDIÇÃO.
A Magistratura de Primeiro Grau do Distrito Federal compõe-se de Juízes de Direito e
Juízes de Direito Substitutos.
As especializações das Varas serão definidas pelo Regimento Interno,
obedecendo-se às competências dos Juízos definidas na Lei 11.697/08 e mediante estudo
técnico.
O Tribunal de Justiça poderá utilizar, como critério para criação de novas
Circunscrições Judiciárias, as Regiões Administrativas do Distrito Federal,
mediante Resolução.
O Tribunal de Justiça poderá remanejar Varas dentre as Circunscrições Judiciárias,
quando for conveniente e oportuno.
O Tribunal de Justiça poderá designar mais de uma das competências definidas na
Lei 11.697/08 para 1 só Vara, observada a conveniência e oportunidade.
DICA 40
DOS JUÍZES DE DIREITO E DOS JUÍZES DE DIREITO SUBSTITUTOS.
Aos Juízes de Direito cabe julgar os feitos de sua competência e também:
inspecionar os serviços cartorários, informando, semestralmente, ao Corregedor
o resultado das inspeções;
aplicar aos servidores que lhes sejam subordinados penalidades disciplinares
que não excedam a 30 dias de suspensão;
indicar servidores para substituição eventual de titulares;
indicar à nomeação o cargo e as funções comissionadas da respectiva Secretaria.
Aos Juízes de Direito Substitutos compete substituir e auxiliar os Juízes de
Direito.
O Juiz de Direito Substituto na substituição do juiz titular terá competência plena.
O Juiz de Direito Substituto designado para auxiliar Juiz de Direito terá competência
para funcionar em quaisquer processos em curso na Vara e, nessa qualidade,
perceberá vencimentos integrais, atribuídos ao Juiz de Direito do Distrito Federal,
observados, para todos os efeitos, os percentuais das diferenças de vencimentos entre
esses cargos e o de Desembargador, na forma da lei que fixa os respectivos valores de
retribuição.
O Vice-Presidente disporá sobre a designação de juízes auxiliares e definirá a forma
de substituição e auxílio.

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PROVIMENTO GERAL DA CORREGEDORIA APLICADO AOS JUÍZES E OFÍCIOS


JUDICIAIS
DICA 41
JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E DE FAZENDA PUBLICA

O processo terá início com a distribuição do pedido escrito elaborado:

pela própria parte,

por seu advogado ou

pelo serviço de redução a termo oferecido pelo Tribunal.


DICA 42
JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E DE FAZENDA PUBLICA

ATENÇÃO!

O benefício do atendimento preferencial para a redução a termo apenas se


aplica ao titular do direito de ação e não se estende a terceiros ou
acompanhantes.

MEMORIZE! A autuação dos processos de conhecimento somente será obrigatória


se for frustrada a conciliação.
DICA 43
JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E DE FAZENDA PUBLICA

SUPER DICA

As citações nos JECíveis serão efetuadas, preferencialmente, por via postal.

As intimações serão realizadas pela forma mais célere e menos onerosa,


priorizando-se a comunicação telefônica ou por e-mail
quando previamente indicado pela parte, lavrando-se certidão do ocorrido.

Nas intimações por telefone o servidor deverá identificar-se antes da


prática do ato e assegurar-se da identificação do interlocutor, mediante
solicitação de seu nome completo e do número do documento de identificação.

DICA 44
JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS

As intimações, nos Juizados Especiais Criminais, poderão ser realizadas na forma do


parágrafo único do art. 26:

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OBS: Art. 26, parágrafo único: Nas intimações por telefone o servidor deverá identificar-
se antes da prática do ato e assegurar-se da identificação do interlocutor, mediante
solicitação de seu nome completo e do número do documento de identificação.
DICA 45
SECRETARIAS DAS VARAS

Incumbências do diretor de secretaria que poderão ser delegadas aos demais


servidores da serventia (Art. 33, incisos IV, X, XII, XIV e XVII):

executar os atos processuais nos prazos estabelecidos em lei;

fornecer, quando requerido, atestado de comparecimento àqueles chamados a juízo;

afixar, em local visível e de fácil acesso, os editais encaminhados à publicação e outros


atos que reclamem publicidade;

certificar a não devolução dos autos no prazo legal e intimar o advogado para restituí-
los no prazo de três dias, sob pena de perda do direito de vista fora de cartório e de
multa correspondente à metade do salário mínimo, a ser aplicada pela seção local da
Ordem dos Advogados do Brasil;

prestar informações e expedir certidões referentes a atos ou termos de processos sob


sua guarda, observado o segredo de justiça disposto em lei, bem como autenticar
documentos.
DICA 46
EXPEDIENTE E ROTINAS EM GERAL
O horário de expediente forense é das 12h às 19h, à exceção do 1º Juizado Especial
Criminal de Brasília, o qual funcionará das 6h às 13h.
Os atos processuais serão praticados por servidor mediante registro no sistema
informatizado.
Os atos de mero expediente poderão ser praticados por estagiários, mediante registro
nos sistemas eletrônicos, sob a supervisão do diretor de secretaria ou de seu substituto
legal.
DICA 47
EXPEDIENTE E ROTINAS EM GERAL
SUPER DICA! O termo inicial e final dos prazos não constará dos andamentos
processuais disponibilizados às partes, aos advogados e ao público em geral no sistema
informatizado.
É vedada a adoção de qualquer rotina cartorária que retarde o lançamento do andamento
de conclusão no sistema informatizado.
DICA 48
EXPEDIENTE E ROTINAS EM GERAL
É vedado ao diretor de secretaria e aos servidores inserir dados no sistema informatizado
que não reflitam a exata situação dos processos em tramitação na vara respectiva, bem
como utilizarem códigos ou expedientes que possam comprometer a exatidão das
estatísticas.

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É vedada a repetição sequencial de andamentos processuais.


É vedada a retenção, na secretaria da vara, de autos conclusos, os quais devem ser
entregues ao Juiz na mesma data constante do termo de conclusão neles lançado.
É vedado ao servidor da vara prestar informação por telefone sobre andamento
processual, salvo ao oficial de justiça em cumprimento da ordem judicial. Se o processo
tramitar em segredo de justiça, o oficial de justiça somente poderá obter
informações, pessoalmente, na secretaria da vara.
DICA 49
COR DA CAPA DOS AUTOS

As capas dos autos obedecerão à padronização de cor quanto:

à competência da vara,

à natureza da ação,

do procedimento processual ou

do incidente.
DICA 50
COR DA CAPA DOS AUTOS - VARAS DE NATUREZA CÍVEL

VERDE Para ações de procedimento comum;

BRANCA Para carta precatória e carta arbitral;

Para processo cautelar, notificação, interpelação e


ROSA
embargos;

Para registros públicos, monitória, separação judicial e


PALHA
divórcio;

Para inventário, alvará, execução de alimentos e


AZUL
execução de título extrajudicial;

Para ações de procedimento sumário ainda em trâmite,


AMARELO-OURO
nos termos do art. 1.046, § 1º, do cpc;

Para as ações decorrentes da Lei de Alimentos,


CINZA
excetuadas as execuções;

Para ação civil pública, ação de busca e apreensão


fundada no Decreto-Lei nº 911, de 1 de outubro de
AMARELO
1969, ações possessórias e outras ações, incidentes e
procedimentos não previstos nos itens anteriores.

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PROVIMENTO JUDICIAL APLICADO AO PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO


DICA 51
DA DISPONIBILIDADE DO SISTEMA
O sistema PJe estará disponível 24 horas por dia, ininterruptamente, ressalvados os
períodos de manutenção do sistema.

NÃO caracterizam indisponibilidade do sistema:

as falhas de transmissão de dados entre as estações de trabalho do público externo e a


rede de comunicação pública;

a impossibilidade técnica decorrente de falhas nos equipamentos, sistemas ou


aplicativos dos usuários.
DICA 52
DA DISPONIBILIDADE DO SISTEMA
As partes poderão solicitar ao juiz da causa restituição de prazo eventualmente
perdido ou prejudicado em razão de alegada inacessibilidade ou indisponibilidade do PJe,
ainda quando não confirmadas pelos sistemas de auditoria.

Haverá prorrogação para o dia útil seguinte do prazo que se vencer no dia da
ocorrência da indisponibilidade, quando ela:

Ocorrer entre as 6h e as 23h, e for superior a 60 minutos, ininterruptos ou não;

Ocorrer entre as 23h e 24h.

ATENÇÃO!

NÃO haverá prorrogação do prazo se a indisponibilidade ocorrer entre as 0h e as 6h


nos dias de expediente e nos feriados e fins de semana, a qualquer hora.

A prorrogação de que trata o Art. 12 será feita automaticamente pelo sistema Pje.
DICA 53
DO PETICIONAMENTO ELETRÔNICO

Ordem das peças essenciais que serão inseridas pelo advogado ou procurador:

petição inicial ou intermediária;

procuração;

documentos pessoais e/ou atos constitutivos;

documentos necessários à instrução da causa e;

comprovante de recolhimento das custas e despesas processuais, se for o caso.


DICA 54
DO PETICIONAMENTO ELETRÔNICO

4 hipóteses em que os documentos serão apresentados à secretaria do juízo,

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no prazo de 10 dias,

contados do protocolo de petição eletrônica comunicando o fato:

Os documentos cuja digitalização ou conversão para o formato devido seja


tecnicamente inviável, devido ao grande volume,

por motivo de ilegibilidade (como papeis antigos ou escritos desgastados),

em razão do meio em que originalmente produzidos (como mídias, mapas, plantas,


radiografias e assemelhados)

ou por que devam ser entregues no original.


DICA 55
DO PETICIONAMENTO ELETRÔNICO

A suspensão de prazos processuais não impede o encaminhamento de petições e


a movimentação de processos eletrônicos.
Memorize! Será admitido peticionamento fora do PJe, pelas vias ordinárias, nas
seguintes hipóteses:

se o sistema PJe estiver indisponível, na forma do art. 10 e seguintes deste


Provimento, e o prazo para a prática do ato não for prorrogável ou, ainda, se essa
prorrogação puder causar perecimento do direito;

para a prática de ato urgente ou destinado a impedir perecimento de direito,


quando o usuário externo não possua, em razão de caso fortuito ou de força maior,
assinatura digital.

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ADMINISTRAÇÃO DE RH E GESTÃO PÚBLICA


DICA 56
PROCESSOS BÁSICOS DA GESTÃO DE PESSOAS
Segundo Chiavenato, os seis processos básicos da Gestão de Pessoas são os
seguintes:
Agregar pessoas: são os processos utilizados para incluir novas pessoas na empresa.
Podem ser denominados processos de provisão ou de suprimento de pessoas. Incluem
recrutamento e seleção de pessoas.
Aplicar pessoas: são os processos utilizados para desenhar as atividades que as
pessoas irão realizar na empresa, orientar e acompanhar seu desempenho. incluem
desenho organizacional e desenho de cargos, análise e descrição de cargos, orientação
das pessoas e avaliação do desempenho.
Recompensar pessoas: são os processos utilizados para incentivar as pessoas e
satisfazer suas necessidades individuais mais elevadas. incluem recompensas,
remuneração e benefícios e serviços sociais.
Desenvolver pessoas: são os processos utilizados para capacitar e incrementar o
desenvolvimento profissional e pessoal. incluem treinamento e desenvolvimento das
pessoas, programas de mudanças e desenvolvimento de carreiras e programas de
comunicação e consonância.
Manter pessoas: são os processos utilizados para criar condições ambientais e
psicológicas satisfatórias para as atividades das pessoas. incluem administração da
disciplina, higiene, segurança e qualidade de vida e manutenção de relações sindicais.
Monitorar pessoas: são os processos utilizados para acompanhar e controlar as
atividades das pessoas e verificar resultados. Incluem banco de dados e sistemas de
informações gerenciais.

Veja como foi cobrado em prova!

QUESTÃO FGV, 2014.


Chiavenato (1999) destaca seis processos básicos da Gestão de Pessoas: os Processos
de Agregar Pessoas (que são os processos de incluir novas pessoas), os Processos de
Aplicar Pessoas (que são os processos que modelam as atividades que os funcionários
irão realizar na organização, acompanhar e orientar seu desempenho), os Processos de
Recompensar Pessoas (que motivam e incentivam as pessoas a satisfazer suas
necessidades individuas), os Processos de Desenvolver Pessoas (usados para capacitar,
treinar e desenvolver pessoas), os Processos de Manter Pessoas e os Processos de
Monitorar Pessoas (usados para acompanhar e controlar o trabalho dos funcionários e
analisar os resultados).
O Treinamento e os Sistemas de Informações gerenciais fazem parte respectivamente
dos processos de
a) agregar pessoas e monitorar pessoas.
b) recompensar pessoas e desenvolver pessoas.
c) desenvolver pessoas e monitorar pessoas.
d) aplicar pessoas e desenvolver pessoas.
e) recompensar pessoas e monitorar pessoas.
Gabarito: Letra C

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DICA 57
MODELOS DE PLANEJAMENTO DE PESSOAL
Chiavenato destaca 5 tipos de modelos de planejamentos de pessoal:
Modelo baseado na procura estimada do produto: relaciona o número de pessoas
(colaboradores) com o volume de procura do produto (ou serviço) da organização. É
influenciada por variações na produtividade, tecnologia, disponibilidade interna e externa
de recursos financeiros e disponibilidade de pessoas na organização. Não considera
imprevistos relacionados aos concorrentes, clientes, colaboradores, matéria-prima etc.
Modelo baseado em segmentos de cargos: projeta os níveis futuros de mão de
obra para cada área funcional, correlacionando-os com o fator estratégico correspondente.
Suas limitações são similares ao modelo baseado na procura estimada do produto.
Modelo de substituição de postos-chave: projeta, de forma visual, as futuras
substituições nos cargos do quadro funcional da organização. Em suma, trata-se de uma
representação visual de quem substitui quem na eventualidade de alguma vaga futura
dentro da organização. A montagem do sistema requer um organograma com informações
fornecidas pelo sistema de informação gerencial. Cada retângulo do organograma
apresenta o nome do funcionário com algumas informações para tomada de decisão. Cada
funcionário é classificado em três alternativas de promovabilidade:
A: Funcionário pronto para promoção imediata;
B: Funcionário que requer maior experiência no cargo atual;
C: Funcionário com substituto já preparado.
Modelo baseado no fluxo do pessoal: baseado nas informações passadas de
pessoas que deixam a organização e que são promovidas, permitindo predizer quantas
pessoas deverão ser admitidas para manter a estabilidade. É muito útil na análise das
consequências do plano de carreiras, quando a organização adota uma política consistente
nesse sentido. O modelo é limitado por ser apenas quantitativo.
Modelo de planejamento integrado: leva em consideração o volume de produção
planejado, mudanças tecnológicas, condições de oferta e procura no mercado e
planejamento de carreiras. O modelo integrado é um modelo sistêmico e um pouco mais
abrangente, permitindo um diagnóstico razoável para auxiliar a tomada de decisões sobre
a composição do quadro de colaboradores da organização.
Veja como foi cobrado em prova!
QUESTÃO FGV, 2015.
Em uma metalúrgica, o planejamento de pessoal é feito por meio da análise histórica
do movimento de entradas, saídas, promoções e transferências internas do pessoal. A
diretora de recursos humanos quer implantar um modelo de planejamento integrado
para o planejamento de pessoal. Para isso, seria necessário considerar, como fatores
intervenientes no planejamento de pessoal, entre outros:
a) a substituição de postos-chave e as competências desejadas;
b) o plano de carreiras organizacional e o ranking de desempenho;
c) a projeção de demanda e as metas relativas à área de recursos humanos;
d) o volume de produção planejado e as mudanças nas tecnologias adotadas que
alterem a produtividade do pessoal;
e) os investimentos em treinamento e as transformações na cultura organizacional.
Gabarito: Letra D

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DICA 58
DESENHOS DE CARGOS
O desenho de cargos é a maneira que um cargo é criado e projetado e combinado com
outros cargos para a execução das tarefas. Esse desenho permite que a organização e os
colaboradores tenham um direcionamento claro sobre as atribuições de cada um, o que
proporciona que o funcionamento da empresa seja mais facilmente implantado e mantido.

DICA 59
MODELOS DE DESENHOS DE CARGOS

Enriquecimento = O enriquecimento do trabalho fornece ao funcionário mais tarefas


para fazer como parte de seu trabalho, bem como a responsabilidade e autoridade
necessárias para concluir essas tarefas adicionais.

Downsizing = O Downsizing, termo em inglês que significa “achatamento”, consiste


em um conceito de reestruturação administrativa, com o intuito de potencializar as
atividades de determinada organização, eliminando processos burocráticos e correntes
hierárquicas desnecessárias na empresa, por exemplo.

Job Rotation = É uma estratégia de aprimoramento profissional adotada por


organizações que desejam potencializar o aprendizado e o aproveitamento máximo de
seus funcionários dentro do ambiente de trabalho. Durante o processo, o colaborador é
submetido a diversos departamentos da empresa para que possa conhecer as atividades e
procedimentos específicos de cada setor. Assim, os novos integrantes da equipe podem
passar um período atuando em marketing, depois no financeiro, nas vendas, logística e
assim por diante, trilhando um caminho no qual se tornarão muito mais experientes no
final da experiência. Uma das consequências naturais do processo de job rotation é que os
funcionários passam a ter contato com membros de outras equipes, o que é fundamental
para tanto nos objetivos da empresa quanto no cotidiano do ambiente de trabalho, e isso
contribui também com a melhoria do clima organizacional,

Escalonamento = (Job ranking) O método de escalonamento, de acordo com


Carneiro (1970), é o mais antigo de que se tem registro na história da avaliação de
cargos. Devido a esse fator, pode-se considerá-lo o mais rudimentar e o mais singelo. Ele
resume a uma comparação simples entre os cargos. Para tanto, tem que os dispor em um
rol crescente em relação a algum critério de comparação.

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QUESTÃO FGV, 2021.


Uma empresa de telemarketing que presta assessoria de cobrança para instituições
financeiras, com a finalidade de se adaptar às novas mudanças do mercado,
estabelece um amplo programa de redesenho de cargos.
Nesse processo, ficou decidido que os cargos gerenciais receberiam novas
responsabilidades e maior autonomia, enquanto as tarefas menos complexas seriam
repassadas a cargos de nível inferior. Ressalta-se que, nesse redesenho, os
funcionários não teriam qualquer acréscimo salarial devido às mudanças, mas também
ficou acordado que tampouco haveria redução salarial.
Assinale a opção que indica o tipo de redesenho de cargos gerenciais realizado pela
empresa de telemarketing.
Alternativas:
a) Enriquecimento.
b) Downsizing.
c) Job Rotation.
d) Linearização.
e) Escalonamento.
Gabarito: Letra A

DICA 60
ANÁLISE DE CARGOS
A análise de cargos compara as atividades dos cargos com as responsabilidades
necessárias para que um colaborador seja capaz de desempenhar as funções exigidas.
A análise de cargos realiza uma investigação no cargo em aberto e explora fatores que
vão desde requisitos mentais, físicos, principais responsabilidades a serem desenvolvidas
até as condições de trabalho para efetuar a realização das tarefas exigidas pela função.

Está relacionada ao ocupante do cargo (PESSOA);

Diz respeito às capacidades, às habilidades e aos conhecimentos exigidos do


indivíduo;

O que ANA precisa ter para ocupar o cargo (Requisitos físicos e mentais)

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QUESTÃO FGV, 2021.


Após ter grande crescimento durante a pandemia, a empresa I-lanches, de delivery de
comida, decide aumentar sua presença na Região Nordeste e planeja o estabelecimento
de uma nova sede em Fortaleza e a contratação de novos funcionários. Tendo isso em
vista, a I-lanches realiza um processo no qual busca verificar os requisitos físicos e
mentais necessários aos ocupantes dos novos cargos. O processo realizado pela
empresa é conhecido como
Alternativas:
a) análise de cargos.
b) descrição de cargos.
c) resenha profissional.
d) revisão de função.
e) enriquecimento de cargos.
Gabarito: Letra A

DICA 61
DESCRIÇÃO DE CARGOS
A descrição de cargos e funções, é uma forma de documentar as posições ocupadas e
atribuições de cada funcionário dentro de uma empresa. Portanto, ela inclui experiência
profissional, competências, formação acadêmica, posição no organograma, entre outros
detalhes do cargo. Descrever os cargos é importante porque permite que a área de
recursos humanos tenha uma visão ampla sobre a estrutura da empresa e, dessa forma,
possa administrar melhor os colaboradores e suas respectivas funções e
responsabilidades.
DICA 62
MOTIVAÇÃO
A motivação envolve tudo aquilo que é capaz de mover o indivíduo, de levá-lo a agir para
atingir algo e de lhe produzir um comportamento orientado. A motivação é intrínseca
quando é baseada em fatores internos ao indivíduo. Mas a motivação também pode ser
extrínseca, pressupondo que o comportamento humano pode ser planejado, modelado ou
mudado.
Então, podemos chegar na conclusão de que: a motivação é um processo intrínseco
(fatores internos), mas que pode sofrer influência do meio externo.

Motivação Intrínseca Necessidades e motivos da pessoa

Motivação Extrínseca Processos de reforço e punições

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DICA 63
MOTIVAÇÃO – CICLO MOTIVACIONAL
O ciclo motivacional é o processo pelo qual as necessidades condicionam o
comportamento humano, levando-o a algum estado de resolução. Possui como marco
inicial a satisfação, a frustração ou a compensação da necessidade. A satisfação da
necessidade é uma saída da tensão e o retorno à situação de equilíbrio. O ciclo se
consuma, pois, o objetivo foi alcançado.
Já a frustração da necessidade ocorre quando algum problema obstrui a satisfação,
fazendo com que o indivíduo continue insatisfeito. A compensação da necessidade ocorre
quando, embora não satisfeita a necessidade inicial, uma forma diversa de recompensa é
adquirida.
DICA 64
TEORIAS MOTIVACIONAIS – TEORIAS DE CONTEÚDO
As teorias de conteúdo se concentram nas necessidades internas que motivam o
comportamento. Esses modelos também são chamados de estáticos, porque observam
apenas pontos no tempo e, assim, são orientados para o passado ou para o presente.
Embora essas teorias não possam prever necessariamente a motivação ou o
comportamento, elas podem oferecer uma compreensão básica sobre o que motiva os
indivíduos.

São exemplos de teorias de conteúdo:

Teoria da Hierarquia das Necessidades Humanas – Maslow;

Teoria das Necessidades Adquiridas – McClelland;

Teoria ERC - Alderfer;

Teoria dos Dois Fatores - Herzberg;

Teorias X e Y.

Teorias do conteúdo O que motiva o indivíduo

DICA 65
TEORIAS MOTIVACIONAIS – TEORIAS DE PROCESSO
As teorias de processo visam explicar o processo pelo qual se inicia, mantém e termina
a motivação. Elas trabalham com variáveis do processo e explicam a participação de cada
uma e a natureza da interação, e procuram analisar o processo motivacional e os fatores
que dirigem o comportamento. As teorias de processo foram desenvolvidas para explicar
inteiramente o processo de motivação em termos dos fatores que dirigem o
comportamento, ou seja, como os indivíduos são motivados.

São exemplos de teorias de processo:

Teoria da Expectativa - Vroom;

Teoria da Equidade - Adams;

Teoria do Reforço - Skinner;

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Teoria da Fixação de Metas - Locke e Latham.

Teorias de processo Como o indivíduo é motivado

DICA 66
TEORIAS MOTIVACIONAIS – TEORIAS AMBIENTAIS
As teorias ambientais visam a sustentação ou manutenção do comportamento ao longo
do tempo. Tratam a motivação como uma variável predominantemente independente,
considerando que uma necessidade ou meta específica é a causa de um desejo particular,
o qual resulta em certos tipos de comportamento.

São exemplos de teorias ambientais:

Teoria da Aprendizagem Social - Rotter e Bandura;

Teoria da Avaliação Cognitiva - Deci e Ryan;

Teoria de Campo – Lewin.


DICA 67
TEORIA DE MASLOW
Conhecida como Teoria da Hierarquia das Necessidades Humanas, e fazendo parte das
teorias de conteúdo, Maslow afirma que o indivíduo, ao satisfazer uma necessidade, essa
deixa de ser motivadora e, por isso, outras necessidades são requeridas.

Segundo essa teoria, temos 5 níveis de necessidades:

Atender as necessidades básicas, fisiológicas ou de sobrevivência;

Atender as necessidades de segurança;

Atender as necessidades sociais, de associação ou afetivas;

Atender as necessidades de status ou autoestima;

Atender as necessidades de autorrealização ou crescimento.

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QUESTÃO FGV, 2015.


As necessidades humanas listadas a seguir foram hierarquizadas por A. Maslow, à
exceção de uma. Assinale-a.
a) Necessidades fisiológicas
b) Necessidades de segurança
c) Necessidades sociais
d) Necessidades espirituais
e) Necessidades de autorrealização
Gabarito: Letra D

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DICA 68
A PIRÂMIDE DE MASLOW

Necessidades básicas, fisiológicas ou de sobrevivência: são aquelas que se


relacionam com o ser biológico, como a necessidade de manter-se vivo, respirar, comer,
descansar, beber, dormir, relações sexuais etc. Aplicadas à motivação no trabalho,
referem-se às necessidades de horários flexíveis, conforto físico, intervalos de trabalho.

As necessidades de segurança: são aquelas que estão vinculadas à ausência de


perigo, de se estar em ordem, com segurança. No trabalho, relacionam-se com
estabilidade no emprego, plano de saúde, seguro de vida.

As necessidades sociais, de associação ou afetivas: são necessidades de se


manter relações humanas com harmonia, ou seja, de sentir-se parte de um grupo, ser
membro de um clube, receber carinho e afeto dos familiares, amigos. No ambiente de
trabalho, vinculam-se às necessidades de conquistar amizades, manter boas relações, ter
superiores gentis.

As necessidades de status ou autoestima: envolvem o reconhecimento das nossas


capacidades por nós mesmos e pelos outros. Em geral, é a necessidade de se sentir digno,
respeitado por si e pelos outros, com prestígio e reconhecimento, poder, orgulho.
Aplicadas à motivação no trabalho, referem-se às necessidades de responsabilidade pelos
resultados, reconhecimento por todos, promoções ao longo da carreira, feedback.

As necessidades de autorrealização ou crescimento: incluem aproveitar todo o


potencial próprio, ser aquilo que se pode ser, fazer o que a pessoa gosta e é capaz de
conseguir. Relaciona-se com as necessidades de estima, de autonomia, de independência
e de autocontrole.

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DICA 69
TEORIA DOS DOIS FATORES

A Teoria dos Dois Fatores ou Bifatorial, de Herzberg, motivação e higiene, pressupõe os


seguintes aspectos:

A satisfação no cargo depende dos fatores motivacionais ou satisfacientes;

A insatisfação no cargo depende dos fatores higiênicos ou insatisfacientes.

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QUESTÃO FGV, 2015.


F. Herzberg formulou a Teoria dos Dois Fatores, na qual buscou explicar a capacidade
de influência destes na motivação do trabalhador e no seu comportamento, criando
satisfação ou insatisfação. A esse respeito, analise as afirmativas a seguir.
I – Fatores satisfacientes geram desmotivação quando retirados do ambiente de
trabalho.
II – Essa teoria trata os fatores capazes de conferir satisfação ou insatisfação como
elementos distintos.
III – Salário e reconhecimento são exemplos de fatores satisfacientes.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
Gabarito: Letra B

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DICA 70
TEORIA X E TEORIA Y
As Teorias X e Y, de McGregor, são correntes de pensamentos opostas que teorizam as
relações entre os colaboradores e o comportamento destes em uma organização.

A Teoria X da motivação é a concepção tradicional de administração e se baseia em


convicções incorretas sobre o comportamento humano. A Teoria X da motivação diz que
os funcionários possuem aversão ao trabalho e encaram como um mal necessário para
ganhar dinheiro.

A Teoria Y da motivação baseia-se numa concepção moderna do comportamento


humano sem preconceitos. As pessoas se sentem bem no trabalho, o qual é entendido
como uma fonte de satisfação e recompensa. A Teoria Y diz ainda que os funcionários
encaram o trabalho como algo natural, como se estivessem realizando uma atividade de
lazer.

Teoria X Teoria Y

As pessoas são preguiçosas e indolentes. As pessoas são esforçadas e gostam de


ter o que fazer

As pessoas evitam o trabalho O trabalho é uma atividade tão natural


como brincar ou descansar.

As pessoas evitam as responsabilidades, a As pessoas procuram e aceitam


fim de se sentirem mais seguras. responsabilidades e desafios.

As pessoas precisam ser controladas e As pessoas podem ser automotivadas e


dirigidas. autodirigidas.

As pessoas são ingênuas e sem iniciativa. As pessoas são criativas e competentes.

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QUESTÃO FGV, 2015.


Douglas McGregor foi um autor behaviorista que se preocupou em comparar dois estilos
distintos de administrar, aos quais deu o nome de Teoria X e Teoria Y, e que levavam
em consideração o comportamento humano nas organizações. Nesse sentido, analise as
afirmativas a seguir.
I – O ser humano da Teoria X é indolente e egocêntrico. Falta-lhe ambição e trabalha o
mínimo possível.
II – O ser humano da Teoria Y é naturalmente resistente às mudanças, mas tem
potencial para assumir desafios.
III – Em ambos os casos (Teoria X e Teoria Y) o desempenho do ser humano varia em
função dos incentivos financeiros. Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.

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b) se somente a afirmativa II estiver correta.


c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. e) se todas as afirmativas
estiverem corretas.
Gabarito: Letra A

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DIREITO CONSTITUCIONAL
DICA 71
LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO
Encontra-se positivada nos incisos:

XVII – é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter


paramilitar;

XVIII – a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de


autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;

XIX – as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas


atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito
em julgado;

XX – ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;

XXI – as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm


legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente.
DICA 72
DIREITO DE PETIÇÃO E DIREITO À OBTENÇÃO DE CERTIDÕES
Segundo dispõe o artigo 5º, inciso XXXIV, a todos (brasileiros, estrangeiros ou pessoas
jurídicas) são assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
O direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra
ilegalidade ou abuso de poder;
A obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e
esclarecimentos de situações de interesse pessoal.

ATENÇÃO!

Direito de petição: defesa de direitos e defesa contra ilegalidade ou abuso de


poder;
Direito à obtenção de certidões: defesa de direitos e o esclarecimento de
situações de interesse pessoal.

Diante da negativa da obtenção de certidão o remédio constitucional adequado


para combater a lesão é o MANDADO DE SEGURANÇA, e não o habeas data.

DICA 73
TRIBUNAL DO JÚRI (INCISO XXXVIII, DO ARTIGO 5º

Segundo o inciso em estudo, são princípios assegurado do tribunal do júri:


Plenitude de defesa;

Sigilo das votações;


Soberania dos veredictos;
Competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida.
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A competência do tribunal do júri para julgamento dos crimes dolosos contra a vida pode
ampliada pelo legislador ordinário.
Dá-se o nome de latrocínio ao crime de roubo qualificado pela morte da vítima. Em que
pese haver a morte da vítima, em realidade trata-se de crime contra o patrimônio e
não contra a vida.

ATENÇÃO!

Quando o agente que cometer o crime doloso contra a vida detiver foro especial por
prerrogativa de função previsto na Constituição Federal, a competência não
será do tribunal do júri.

DICA 74
CRIMES INAFIANÇÁVEIS E CRIMES IMPRESCRITÍVEIS
Na CF/88 existem “mandados de criminalização” onde o constituinte determina que o
legislador criminalize alguma conduta ensejadora de violação a algum bem jurídico.
Podemos encontrar mandados de criminalização nos seguintes incisos:

XLII – a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível;

XLIII – a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça, anistia e


indulto a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o
terrorismo e os crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores
e os que, podendo evita-los, se omitirem.

XLIV – constitui crime inafiançável e imprecritível a ação de grupos armado civis


ou militares, contra a ordem constitucional e o estado democrático.

ESQUEMATIZANDO:

CRIMES INAFIANÇÁVEIS E IMPRESCRITÍVEIS

Racismo

Ação de grupos armado civis ou militares, contra a ordem constitucional e o


estado democrático.

CRIMES INAFIANÇÁVEIS E INSUSCETÍVEIS DE GRAÇA, ANISTIA E INDULTO

Tortura

Tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins

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Terrorismo

Crimes hediondos
DICA 75
ESPÉCIES E INDIVIDUALIZAÇÃO DAS PENAS

O inciso XLVI, do artigo 5º, traz o princípio da individualização e espécies de penas,


vejamos o dispositivo em questão:
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:

privação ou restrição da liberdade;

perda de bens;

multa;
prestação social alternativa;

suspensão ou interdição de direitos;


O rol trazido por esse inciso é meramente exemplificativo, podendo a lei criar novos
tipos de penalidades.
Entretanto, alguns tipos de penas não podem ser criados por vedação expressa do inciso
XLVII, também do artigo 5º, vejamos quais são:
IMPORTANTE! De morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art.
84, XIX;

De caráter perpétuo;

De trabalhos forçados;

De banimento;

Cruéis.
DICA 76
EXTRADIÇÃO

Nenhum brasileiro será extraditado (vedação absoluta), salvo o naturalizado


nos seguintes casos:

Crime comum, cometido antes da naturalização;

Comprovado envolvimento em tráfico ilícito de drogas;


Não será concedida a extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião.
O brasileiro nato que vier a perder a nacionalidade brasileira pela aquisição voluntária
de outra nacionalidade, estará sujeito à extradição.

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DICA 77
PROVAS ILÍCITAS
Segundo o inciso LVI, do artigo 5º, são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas
por meios ilícitos.
Prova ilícita é aquela obtida em desacordo com o direito material.
A vedação à utilização da prova ilícita alcança tanto o processo judicial, quanto o
administrativo.
A presença da prova ilícita não contamina, tampouco enseja a nulidade do processo.
Devendo ser expurgada do bojo dos autos.
DICA 78
PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA
Ápice do garantismo penal, o princípio da presunção de inocência, segundo o inciso LVII,
do artigo 5º, preconiza que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado
da sentença penal condenatória.
Tem como objetivo evitar que o sujeito seja condenado precipitadamente.
Como consequência desse princípio, o acusado não tem obrigação de provar sua
inocência, mas sim o acusador tem o ônus de provar, inequivocamente, a culpabilidade do
indivíduo.
As prisões cautelares (flagrante, provisória e temporária) NÃO violam a presunção de
inocência.

ATENÇÃO!

A execução provisória da sentença penal condenatória revela-se frontalmente


incompatível com o direito fundamental do réu de ser presumido inocente até que
sobrevenha o trânsito em julgado de sua condenação criminal.

Viola o princípio da presunção de inocência a exclusão de certame público de candidato


que responda a inquérito policial ou ação penal sem trânsito em julgado da sentença
condenatória.
DICA 79
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS: HABEAS CORPUS

ATENÇÃO!

HABEAS CORPUS: sua principal finalidade é a proteção à liberdade de locomoção


contra abuso de poder e ilegalidades; ao passo que sua principal característica é a
informalidade.

Preventivo: não é necessária a efetiva lesão, mas apenas a ameaça à lesão ao


direito de locomoção do indivíduo.

Repressivo: já houve a lesão ao direito do indivíduo, logo a medida é utilizada para


reprimir a ofensa e cessá-la.

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Suspensivo: o pedido será um contramando da prisão, pois será cabível quando a


ordem de prisão tenha sido expedida, mas ainda não cumprida.

Não é cabível em caso de punições militares disciplinares, salvo para discutir a


legalidade da medida ou a competência da autoridade responsável pela expedição da
ordem.

DICA 80
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS: MANDADO DE SEGURANÇA E HABEAS DATA

MANDADO DE SEGURANÇA: tem por objetivo resguardar direito líquido e


certo contra abuso de poder ou ilegalidade praticado por autoridade pública ou
agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;

Caráter subsidiário, uma vez que será utilizado quando não couber impetração de
habeas corpus ou habeas data.

Direito líquido e certo é aquele que possui prova documental pré-constituída.

MS Coletivo: poderá ser impetrado por partido político com representação no


Congresso; entidade de classe, organização sindical ou associação constituída a mais
de 1 ano e com pertinência temática.

HABEAS DATA: será concedido habeas data com o objetivo de assegurar o


conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de
registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; ou
ainda para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo ou processo
sigiloso, judicial ou administrativo.

NÃO pode ser impetrada em favor de terceiro, apenas em prol do próprio impetrante.

Só pode ser impetrado após o esgotamento da via administrativa: a inicial deverá


ser proposta acompanhada da recusa ao acesso às informações ou do decurso de
mais de 10 dias sem decisão.

DICA 81
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS: MANDADO DE INJUNÇÃO E AÇÃO POPULAR

Mandado de injunção: cabível em caso de omissão total ou parcial de norma


regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania, ex. art. 37, VII, CF/88.

Ação popular: qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise
a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural.

Objetivo: tutela do patrimônio público ou entidade de que o Estado participe;


moralidade administrativa; o meio ambiente e o patrimônio histórico e cultural.

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Isenção de custas judiciais e sucumbenciais, salvo em caso de litigância de má-fé,


e é necessária assistência de advogado.

Não é necessário a ocorrência de efetivo dano patrimonial para que a ação seja
proposta; isto é; a lesão à moralidade não pressupõe a lesão material.
DICA 82
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS

REMÉDIO FINALIDADE GRATUIDADE ADVOGADO

HABEAS CORPUS Liberdade de locomoção. SIM NÃO

HABEAS DATA Direito de informação SIM SIM


pessoal e retificação.

MANDADO DE Proteger direito líquido e NÃO SIM


SEGURANÇA certo, não amparado por
HC ou HD.

MANDADO DE Sanar omissões legislativas NÃO SIM


INJUNÇÃO

AÇÃO POPULAR ANULAR ATO LESIVO SIM SIM

DICA 83
DIREITOS SOCIAIS
Os direitos sociais são consagrados na CF como princípios, os quais devem ser efetivados
pelos poderes públicos.
Esses direitos, conforme as dimensões dos direitos fundamentais, são os de 2ª
dimensão, ou seja, são direitos que o Estado deve garantir, com a finalidade de
promover a igualdade material.
Tendo em vista a finalidade de promover a igualdade material, a efetivação dos direitos
sociais é onerosa para os cofres públicos. Dessa forma, surge o que a doutrina denomina
de reserva do possível.
A reserva do possível consiste na relação entre a efetivação dos direitos sociais e
as limitações orçamentárias que o Estado possui.
Em face dessa limitação orçamentária, muitos casos envolvendo a efetivação de direitos
sociais são judicializados. O STF entende que não havendo comprovação objetiva da
incapacidade econômico-financeira da pessoa estatal, inexistirá empecilho jurídico
para que o Judiciário determine a inclusão de determinada política pública nos planos
orçamentários do ente político.

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DICA 84
DIREITOS SOCIAIS – DIREITOS DOS TRABALHADORES
Quanto aos direitos dos trabalhadores, não há questões doutrinárias sobre o assunto que
apresentem relevância para concursos públicos. A incidência de tal assunto baseia-se na
literalidade do art. 7º, da CF.
Destaco os direitos com mais incidências em provas (mas se recomenda a leitura do
artigo inteiro):
Relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos
termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros
direitos;
Seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
Fundo de garantia do tempo de serviço (FGTS);
Irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
Décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da
aposentadoria;
Remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
Participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e,
excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em Lei;
Duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante
acordo ou convenção coletiva de trabalho;
Jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de
revezamento, salvo negociação coletiva;
Remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em 50 % por à do
normal;
Gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, 1/3 a mais do que o salário
normal;
Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos
termos da lei;
Adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na
forma da lei;
Assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 anos de
idade em creches e pré-escolas;
Proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de
admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
Proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do
trabalhador portador de deficiência;
Proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os
profissionais respectivos;

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Proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 18 anos e


de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a
partir de quatorze anos;

ATENÇÃO!

Adolescente menor de 14 anos – nenhum trabalho é permitido;


Adolescente entre 14 e 16 anos – apenas na condição de aprendiz
Adolescentes entre 16 e 18 anos – pode trabalhar, exceto trabalho noturno,
perigoso e insalubre.

DICA 85
DIREITOS SOCIAIS: EMPREGADO DOMÉSTICO

Direitos sociais NÃO previstos para os empregados domésticos

Piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho

Participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e,


excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;

Jornada de 6 horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de


revezamento, salvo negociação coletiva;

Adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas,


na forma da lei;

Proteção em face da automação, a forma da lei

Proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os


profissionais respectivos;

Igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente


e o trabalhador avulso

Ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional
de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a
extinção do contrato de trabalho;

Proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos


termos da lei.

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DIREITO ADMINISTRATIVO
DICA 86
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA: DOS ÓRGÃOS – CLASSIFICAÇÃO - ÓRGÃOS
AUTÔNOMOS
Os órgãos autônomos são aqueles que estão na cúpula da administração.
Encontram-se localizados imediatamente abaixo dos órgãos independentes e estão
diretamente subordinados aos seus chefes.
Tem ampla autonomia administrativa e financeira.
Exercem funções de planejamento, supervisão, coordenação e controle das
atividades que estão dentro de sua esfera de competência.

Ex.: Ministérios e secretarias de Estado.


DICA 87
ÓRGÃOS SUPERIORES
Os órgãos superiores possuem poder de direção, controle, decisão e comando de
assuntos relacionados com a sua competência específica.
Estão sujeitos à subordinação e ao controle hierárquico de uma chefia mais elevada.
Não gozam de autonomia administrativa nem financeira.
Sua atuação funcional se restringe ao planejamento e soluções técnicas dentro da sua
área de competência.

Ex.: Gabinetes, Divisões, Coordenadorias e Departamentos.


DICA 88
DOS ÓRGÃOS SUBALTERNOS
Os órgãos subalternos são todos aqueles subordinados a órgãos mais elevados, com
reduzido poder de decisão e predominância de atribuições de execução.
São destinados à realização de serviços de rotina, tarefas de formalização de atos,
cumprimento de decisões, dentre outras atribuições.

Ex.: Delegacia.
DICA 89
DOS ÓRGÃOS - CLASSIFICAÇÃO
Quanto à posição estatal, os órgãos podem ser: simples ou compostos.

Quanto à posição - Simples


estatal, os órgãos
- Compostos
podem ser:

Simples: constituídos por apenas um centro de competência

Compostos: em sua estrutura, reúnem outros órgãos menores, com função idêntica ou
funções auxiliares.
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DICA 90
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA – CARACTERÍSTICAS DOS ÓRGÃOS

- Personalidade jurídica
Órgãos não possuem - Patrimônio próprio

- Capacidade processual

Os órgãos não possuem:

Personalidade jurídica: Quem terá capacidade jurídica para responder pelos atos
praticados pelos órgãos será a pessoa jurídica que realizou a desconcentração.

Patrimônio próprio: Todo o patrimônio utilizado pelo órgão é da pessoa jurídica a


qual ele pertence.

Capacidade processual: Como regra, os órgãos não possuem capacidade processual,


de modo que não podem figurar em qualquer dos polos (autor/réu) de uma demanda
processual. No entanto, os órgãos independentes e os autônomos têm capacidade
processual para tutelar as suas prerrogativas institucionais.
DICA 91
AGENTES PÚBLICOS
Agente público: todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra
forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função na
administração pública direta ou indireta;

Todo aquele que exerce, ainda que


transitoriamente ou sem remuneração, por
Agentes públicos
eleição, designação, contratação ou qualquer outra
forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo,
emprego ou função na administração pública

DICA 92
AGENTES PÚBLICOS - ESPÉCIES E CLASSIFICAÇÃO

Agente público: todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra
forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função na
administração pública direta ou indireta;

Os agentes públicos se classificam em:

Agentes políticos: titulares dos cargos estruturais à organização política do


Estado. São agentes políticos: Chefes dos Poderes executivos, Senadores, Deputados,
Vereadores, membros da Magistratura e do Ministério Público.

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Servidores públicos:

Em sentido amplo: pessoas físicas que prestam serviços ao Estado e às entidades


da Administração Indireta, com vínculo empregatício e mediante remuneração paga pelos
cofres públicos.

Estatutários ou servidor público em sentido estrito: titulares de cargo público


efetivo e em comissão, com regime jurídico estatutário, integrantes da Administração
Direta, autarquias e fundações públicas com personalidade jurídica de Direito Público.

Empregados públicos: regidos pela CLT, não ocupam cargo público e não
possuem estabilidade, mas submetem-se às normas constitucionais referentes a
requisitos do cargo, investidura, acumulação, vencimentos entre outros. Enquadram-se no
regime geral da previdência tais como comissionados e temporários. Com exceção das
funções de direção e de confiança das pessoas jurídicas da Administração Indireta, os
empregados públicos são admitidos mediante concurso público ou processo seletivo;

Temporários: exercem função sem vinculação a cargo ou emprego público e são


submetidos a regime jurídico especial a ser disciplinado em lei de cada unidade da
federação.

Militares: pessoas físicas que prestam serviços às Forças Armadas (Exército,


Marinha e Aeronáutica), e às Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares
dos Estados, Distrito Federal e Territórios, com vínculo estatutário sujeito a regime
jurídico próprio, mediante remuneração paga pelo Governo.

Particulares em colaboração com o poder público: exercem função pública,


entretanto, não deixam de ser particulares. São os requisitados, que exercem munus
público e são os recrutados para o serviço militar obrigatório; os jurados e os que
trabalham nos cartórios eleitorais; os concessionários e os permissionários de serviços
públicos;
DICA 93
AGENTES PÚBLICOS - ESPÉCIES E CLASSIFICAÇÃO

Uma segunda classificação pode ser encontrada, embora menos usual:

Agentes administrativos: aqueles que estão sujeitos a uma hierarquia constitucional,


independente de a administração pública ser direta ou indireta. Os servidores públicos e
empregados públicos em geral são exemplos de agentes administrativos;

Agentes delegados: recebem um encargo estatal com a finalidade de prestação de


prestação de determinado serviço. Como exemplo de agentes delegados temos os
leiloeiros e os concessionários;

Agentes honoríficos: aqueles requisitados para temporariamente


desempenharem uma função pública. Os mesários e os jurados são exemplos desse
tipo de agente;

Agentes credenciados: são os que recebem a incumbência da administração


para representá-la em determinado ato ou praticar certa atividade específica,
mediante remuneração do poder público credenciante. São exemplos de agentes
credenciados os professores substitutos e os médicos credenciados.

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DICA 94
LEI Nº 8.112/1990: REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS DA UNIÃO -
DEVERES
É dever do servidor cumprir as ordens de seus superiores e levar a eles irregularidades
observadas durante o exercício da função.
Quando a suspeita de irregularidade, ilegalidade, omissão ou abuso de poder, for
relacionado a seu superior, é dever informar e representar a outra autoridade
competente.
A não execução da ordem do superior, por suspeita de IRREGULARIDADE de tal
atividade, não acarretará prejuízo ao servidor.
Quando um servidor não observar algum dos deveres, será penalizado, em regra,
com penalidade de advertência.
DICA 95
LEI Nº 8.112/1990: REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS DA UNIÃO -
DAS PROIBIÇÕES
O art. 117 da lei discorre sobre interdições impostas ao servidor. Dependo da violação
cometida, o servidor poderá ser responsabilizado com advertência, suspensão ou
demissão.

É passível de suspensão:

Cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo em que ocupa, exceto em


situações de emergência ou transitórias.

Exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou


função e com o horário e trabalho.
DICA 96
LEI Nº 8.112/ 1990: REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS DA UNIÃO -
DA ACUMULAÇÃO
Considera-se acumulação proibida a percepção de vencimento de cargo ou emprego
público efetivo com proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que decorram
essas remunerações forem acumuláveis nas atividades.
Na aposentadoria, só pode cumular nas mesmas hipóteses em que poderia na
atividade.
DICA 97
LEI Nº 8.112/ 1990: REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS DA UNIÃO -
DA ACUMULAÇÃO
Lembre que há uma diferença sutil entre o ato de sindicância e o ato de processo
adminsitratvivo. Ambos são processos administrativos que visam a aplicação de
penalidades aos servidores.
Da sindicância poderá resultar a aplicação de penalidades mais leves como advertência ou
suspensão de até 30 dias. O prazo para conclusão não excederá 30 dias, podendo ser
prorrogado por igual período, a critério da autoridade superior.

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Já o processo administrativo disciplinar (PAD), sempre será necessário para aplicação de


penalidades mais graves. Entre elas, demissão, cassação de aposentadoria ou
disponibilidade, destituição de cargo em comissão ou função de confiança e suspensão
superior a 30 dias. O prazo para conclusão é de 60 (sessenta) dias prorrogável por mais
60.
DICA 98
LEI Nº 8.112/ 1990: REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS DA UNIÃO -
DAS RESPONSABILIDADES
O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas
funções.
A responsabilidade penal engloba os crimes e as contraversões penais.
A responsabilidade civil abrange atos comissivos ou omissivos e atos dolosos e
culposos.
Ao provocar danos a terceiros, a vítima poderá cobrar do estado, e o estado cobrar do
servidor AÇÃO REGRESSIVA.
O servidor que agir de forma dolosa, o estado poderá realizar confisco dos bens.
Ao não informar alguma irregularidade, ou executá-la tendo ciência da irregularidade, o
servidor responde por ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo juntamente com
o servidor em investigação.
DICA 99
PROCESSO ADMINISTRATIVO (lei n. 9.784/99): ÓRGÃO, ENTIDADE E
AUTORIDADE

Segundo a lei n. 9.784/99, consideram-se:

Órgão: a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da


estrutura da Administração indireta;

Entidade: a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica;

Autoridade: o servidor ou agente público dotado de poder de decisão.


DICA 100
DA COMPETÊNCIA
A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi
atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos.

Irrenunciável

Competência Se exerce pelos órgãos administrativos a


que foi atribuída como própria, salvo:
delegação e avocação

Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal,


delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe
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sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de


circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.
Fique atento!
Isso se aplica à delegação de competência dos órgãos colegiados aos respectivos
presidentes.
Tome nota!

SÚMULA IMPORTANTE

Súmula Vinculante 5 do STF: A falta de defesa técnica por advogado no processo


administrativo disciplinar não ofende a Constituição.

DICA BÔNUS
DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA

NÃO podem ser objeto de delegação (Isso cai demais nas provas):

A edição de atos de caráter normativo;

A decisão de recursos administrativos;

As matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.


Tome nota!
O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial.

O que deve constar no ato de delegação?


O ato de delegação especificará as matérias e poderes transferidos, os limites da
atuação do delegado, a duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível,
podendo conter ressalva de exercício da atribuição delegada.

O ato de delegação pode ser revogado?


O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante.

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DIREITO CIVIL
DICA 101
LINDB - VIGÊNCIA DA LEI

Art. 3°. Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece;
No Direito brasileiro não adota a perspectiva, em regra, de que é possível alegar
desconhecimento da lei para justificar determinada conduta. A lei é imperativa e deixar de
segui-la não é opção. Assim, a ignorância da lei não escusa ninguém de seu cumprimento;

Art. 4º. Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os
costumes e os princípios gerais de direito;
Somente quando a lei for omissa, o juiz pode decidir o caso de acordo com a analogia, os
costumes e os princípios gerais de direito, ou seja, a integração das normas só ocorre em
caso de lacuna normativa. Não havendo lacuna normativa, descabida a integração
normativa, falando se apenas em aplicação dos métodos de interpretação;

São métodos de integração trazidos pela LINDB:

a analogia;

os costumes e;

os princípios gerias do direito.


DICA 102
VIGÊNCIA DA LEI – ARTS. 5º AO 7º
Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências
do bem comum;

A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito
adquirido e a coisa julgada;
Considera-se o ato jurídico perfeito quando todos os seus elementos constitutivos já se
verificaram, ele não depende de mais nada, já tem eficácia plena, é ato consumado
segundo a lei vigente à época.
Direito adquirido é o que já se incorporou definitivamente ao patrimônio e à
personalidade de seu titular, seja por se ter realizado o termo estabelecido, seja por se ter
implementado a condição necessária.
Coisa julgada é a decisão judicial irrecorrível, de que já não caiba recurso, é imutável,
indiscutível.

A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim
da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.
Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos
impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração.
A lei brasileira será aplicada, ainda que os nubentes (noivos) sejam estrangeiros.

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DICA 103
VIGÊNCIA DA LEI

Art. 8º Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a


lei do país em que estiverem situados.
O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas ou
consulares do país de ambos os nubentes.
Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei
do 1º domicílio conjugal.

Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que
domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos
bens;
Deve ser observado à lei do país em que domiciliado o defunto ou o desaparecido,
qualquer que seja a natureza e a situação dos bens. A lei do domicílio do herdeiro ou
legatário regula a capacidade para sucede.
A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei brasileira
em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que
não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus, e que inclusive está disposta na
constituição federal de 1988.
DICA 104
VIGÊNCIA DA LEI

Art. 12. É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for o réu domiciliado
no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação;
Se o sujeito mora no Brasil, brasileiro ou alemão, e tem de entregar uma coisa a um
moçambicano, o juiz brasileiro é que tem competência para dar andamento ao caso.
Igualmente, compete à autoridade brasileira processar e julgar as ações relativas a
imóveis situados em território brasileiro;
Apenas à autoridade judiciária brasileira compete conhecer das ações relativas a imóveis
situados no Brasil;

Art. 17. As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de
vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a ordem
pública e os bons costumes;
Logo, uma sentença penal estrangeira a ser cumprida aqui, se tiver sido obtido por
tortura, não pode ser cumprida no Brasil;
DICA 105
VIGÊNCIA DA LEI

Art. 15. Será executada no Brasil a sentença proferida no estrangeiro, que reúna os
seguintes requisitos: haver sido proferida por juiz competente, terem sido os partes
citadas ou haver-se legalmente verificado à revelia, ter passado em julgado e estar
revestida das formalidades necessárias para a execução no lugar em que foi proferida,
estar traduzida por intérprete autorizado e ter sido homologada pelo Supremo Tribunal
Federal, já a CF/88 diz que é competência do Superior Tribunal de Justiça ( art.105, inc. I,
alínea “i”, da Constituição Federal).
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Art. 9º. Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se
constituírem.
Essa regra é válida para obrigações constituídas entre presentes, ou seja, ambas as
partes comparecem pessoalmente ao ato.

Art. 13. A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se pela lei que nele
vigorar, quanto ao ônus e aos meios de produzir-se, não admitindo os tribunais brasileiros
provas que a lei brasileira desconheça;

Art. 14. Não conhecendo a lei estrangeira, poderá o juiz exigir de quem a invoca prova
do texto e da vigência.
DICA 106
CAPACIDADE – PRÓDIGOS

PRÓDIGO = aquele indivíduo que gasta de forma desordenada todo o seu


patrimônio. O pródigo é portador de um defeito de personalidade, pois dissipa o seu
patrimônio, podendo reduzir-se à miséria.

TOME NOTA! O pródigo poderá praticar pessoalmente atos jurídicos válidos que não
impliquem a redução do seu patrimônio.
Este desvio geralmente está ligado à prática do jogo e ao alcoolismo.
O pródigo apenas passará à condição de relativamente incapaz após declarado isso em
sentença de interdição.

QUESTÃO FGV, 2015.


Sobre o regime jurídico das incapacidades atualmente vigente no Direito Civil, é correto
afirmar que:
a) o pródigo poderá praticar pessoalmente atos jurídicos válidos que não impliquem a
redução do seu patrimônio;
b) a pessoal natural, considerada relativamente incapaz, terá declarada a nulidade dos
atos que praticar sem representação;
c) o menor de dezesseis anos, que agir sem representação, terá declarada a
anulabilidade dos seus atos;
d) o maior de dezesseis e menor de dezoito anos, que agir sem assistência, poderá
sofrer a nulidade dos seus atos.
Gabarito: Alternativa A.

DICA 107
PRÓDIGOS

Quem pode promover a curatela do pródigo?

CÔNJUGE/COMPANHEIRO

PARENTE OU TUTOR

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REPRESENTANTE DA ENTIDADE EM QUE SE ENCONTRA ABRIGADO

MINISTÉRIO PÚBLICO
O Ministério Público possui legitimidade para promover a curatela do pródigo, pois é
defensor dos interesses dos incapazes.

O pródigo pode administrar seu patrimônio, mas ficará privado de exercer atos que
possam dissipá-lo.

Art. 1.782, CC: A interdição do pródigo só o privará de, sem curador, emprestar,
transigir, dar quitação, alienar, hipotecar, demandar ou ser demandado, e praticar, em
geral, os atos que não sejam de mera administração.

DICA 108
ASSISTÊNCIA E REPRESENTAÇÃO
Há apenas 1 situação de incapacidade absoluta: MENORES DE 16 ANOS. Desse modo,
ele deverá ser REPRESENTADO, tendo em vista que há restrições ao exercício da
capacidade de fato.
Aqueles que são relativamente incapazes devem ser assistidos, uma vez que há restrições
ao exercício da capacidade de fato.

REPRESENTAÇÃO: Os tutores, os pais e os curadores podem ser os representantes do


incapaz. O incapaz é substituído por uma pessoa capaz de praticar os atos da vida civil.

ASSISTÊNCIA: os atos são praticados de forma conjunta entre o assistente e o


incapaz, ou o assistente confirma um ato jurídico praticado pelo relativamente incapaz.
DICA 109
EXTINÇÃO DA PERSONALIDADE NATURAL
O artigo 6º do CC diz que: “A existência da pessoa natural termina com a morte;
presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de
sucessão definitiva.”

MORTE REAL = quando há um corpo.

MORTE PRESUMIDA = não há corpo, podendo existir ou não declaração de


ausência.

Artigo 9º, CC: Serão registrados em registro público:

os nascimentos, casamentos e óbitos;

a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz;

a interdição por incapacidade absoluta ou relativa;

a sentença declaratória de ausência e de morte presumida.

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DICA 110
EXTINÇÃO DA PERSONALIDADE NATURAL

O artigo 7º do CC diz que pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de
ausência:

se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;

se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado


até 2 anos após o término da guerra.
TOME NOTA! A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser
requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a
data provável do falecimento.

ATENÇÃO!

“Comoriência” é a presunção de morte simultânea.

DICA 111
MORTE REAL E PRESUMIDA: QUADRO-RESUMO

MORTE REAL MORTE PRESUMIDA

É a morte certa; COM declaração de ausência:


É atestada por: Quando um indivíduo está
ausente e, assim, a lei autoriza a
médico ou, na falta abertura da sucessão definitiva.
por 2 pessoas qualificados que
presenciaram ou verificaram a morte
SEM declaração de ausência
Se provável a morte de quem estava em
O enterro depende de certidão; perigo de vida;
Se alguém, desaparecido em
A cremação depende do atestado de 2 campanha ou feito prisioneiro, não for
médicos ou de legista. Se a morte for encontrado até 2 anos após o término
da guerra.
violenta → autorização judicial.

DICA 112
MORTE SIMULTÂNEA OU COMORIÊNCIA

Art. 8, CC: Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se


podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão
simultaneamente mortos.

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Ex.: Maria dirigia um automóvel acompanhada de seu cônjuge, João, quando colidiu
frontalmente com outro veículo. Ambos faleceram antes mesmo de chegar o auxílio
médico. Diante do falecimento em uma mesma ocasião, ocorre a comoriência.
Presume-se a comoriência se houver dúvida ou se não houver prova precisa (por meio
de laudo médico, por exemplo) que seja capaz de atestar que um indivíduo viveu mais
que o outro.
DICA 113
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE

ABSOLUTOS: os direitos da personalidade são oponíveis contra todos (erga


omnes).

INTRANSMISSÍVEIS: não cabe cessão dos direitos. Contudo, o exercício do direito


pode ser autorizado.

Ex.: Art. 20, CC - Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da


justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a
transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da
imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem
prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a
respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais.

IRRENUNCIÁVEIS: os direitos da personalidade continuam com o indivíduo.

ORIGINÁRIOS: são adquiridos quando o indivíduo nasce, independentemente da


sua vontade.

DICA 114
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE

NÃO PASSÍVEIS DE LIMITAÇÃO VOLUNTÁRIA

IMPRESCRITÍVEIS: os direitos da personalidade não estão sujeitos à usucapião.

INEXPROPRIÁVEIS: os direitos da personalidade não são passíveis de desapropriação.

IMPENHORÁVEIS: os direitos da personalidade não são passíveis de constrição judicial.

INALIENÁVEIS: os direitos da personalidade não têm um valor econômico imediato,


mas se forem violados, sim. Daí, nascerá uma indenização para compensar o direito
que foi violado.

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DICA 115
DIREITOS DA PERSONALIDADE
A banca FGV gosta de cobrar os artigos abaixo. Leia-os com atenção!

Artigo 13, CC:


Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando
importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes.
Parágrafo único: O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante,
na forma estabelecida em lei especial.

Art. 14, CC:


É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio
corpo, no todo ou em parte, para depois da morte.
Parágrafo único: O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo.

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PROCESSO CIVIL
DICA 116
DA AÇÃO - DA REPRESENTAÇÃO EM JUÍZO DAS PESSOAS JURÍDICAS E FORMAIS
As pessoas jurídicas e formais possuem capacidade de ser parte desde que devidamente
representadas, sejam elas sujeitos ativos ou passivos da ação.

O art. 75 do CPC traz essa representação:

A União: pela Advocacia Geral da União, diretamente ou mediante órgão vinculado.

Os Estados e o Distrito Federal: por seus Procuradores.


Conforme previsão do §4º do art. 75 do CPC, os Estados e o DF poderão ajustar
compromisso recíproco para a prática de atos de seus procuradores, desde que haja
um convênio para isso.

Os Municípios: por seu Prefeito ou pelos Procuradores.

As Autarquias e Fundações Públicas: por quem a lei do ente federado designar.

A Massa Falida: é representada pelo administrador judicial.

A Herança Jacente ou Vacante: pelo curador designado no processo.

O Espólio: pelo inventariante.

A Pessoa Jurídica: por quem os respectivos atos constitutivos designarem ou,


não havendo essa designação, por seus diretores.

A sociedade e a associação irregulares e outros entes organizados sem


personalidade jurídica: pela pessoa a quem couber a administração de seus bens.

A Pessoa Jurídica Estrangeira: pelo gerente, representante ou administrador


de sua filial, agência ou sucursal aberta ou instalada no Brasil.

O Condomínio: pelo administrador ou síndico.

DICA 117
CAPACIDADE POSTULATÓRIA
A capacidade postulatória é a capacidade de requerer (postular) em juízo, atribuída, em
regra, ao advogado.
Os estagiários, de acordo com o Estatuto da OAB, somente podem praticar atos
juntamente ao advogado e sob responsabilidade deste.
O art. 3º da Lei 8.906/94 prevê que o exercício da atividade de advocacia no território
brasileiro e a denominação de advogado são privativos dos inscritos na Ordem dos
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Advogados do Brasil (OAB).


§2º, O estagiário de advocacia, regulamente inscrito, pode praticar os atos previstos no
art. 1º, na forma do regimento geral, em conjunto com advogado e sob responsabilidade
deste.
Existem situações em que pessoas sem formação jurídica poderão postular, como por
exemplo nos juizados especiais ou no caso de habeas corpus.
DICA 118
PROCESSOS

Processo é o caminho a ser perseguido para que, por meio da ação, haja prestação da
tutela por quem detém a jurisdição;
O processo pode ser visto de dois modos: O processo constitui uma relação jurídica que se
estabelece entre o autor, o réu e o juiz e o processo também constituem um método
sequenciado de atos que são praticados pelos diversos sujeitos que atuam no processo;
As regras procedimentais estão fixadas no CPC. Entre tantas, existem algumas regras de
natureza processual que condicional a existência e a validade do procedimento. Essas
exigências são agrupadas sob o nome de pressupostos processuais;

Pressupostos de existência podem ser subjetivos → Juiz (investido de jurisdição) e a


Parte (capacidade de ser parte) e Objetivos → Existência da demanda;
Requisitos de validade podem ser subjetivos → Juiz (competência e imparcialidade)
Partes (capacidade processual, capacidade postulatória e legitimidade "ad causam") e
Objetivos → Intrínsecos (respeito ao formalismo);
DICA 119
DA COMPÊNCIA – CONFLITO DE COMPETÊNCIA
O conflito de competência envolve o fato de dois ou mais juízes se darem por
competentes (conflito positivo) ou incompetentes (conflito negativo) para o julgamento da
mesma causa ou de mais uma causa;
Importante destacar que não há conflito de competência se, entre os juízes, houver
diferença hierárquica;

Art. 66. Há conflito de competência quando:

2 (dois) ou mais juízes se declaram competentes;


2 (dois) ou mais juízes se consideram incompetentes, atribuindo um ao outro a
competência;

entre 2 (dois) ou mais juízes surge controvérsia acerca da reunião ou separação de


processos.
Parágrafo único. O juiz que não acolher a competência declinada deverá suscitar o
conflito, SALVO se a atribuir a outro juízo;
Importante registrar que o julgamento do conflito de competência se dá pela autoridade
judiciária superior aos dois ou mais juízes conflitantes e, pelas regras do CPC, será sempre
um tribunal;
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Ex.: Se o conflito for entre dois Juízes do mesmo estado → competência do TJ;
Se o conflito for entre dois Juízes Federais do mesmo TRF → competência do TRF;
Se o conflito for entre juízes estaduais de Estados distintos → competência do STJ;

Se o conflito for entre juízes federais de Estados distintos → competência do STJ;


Se for conflito entre juiz estadual e juiz federal → competência do STJ.
DICA 120
COOPERAÇÃO NACIONAL
A cooperação decorre da ausência de competência do juízo responsável pela causa.
Nesses casos a transposição dessa dificuldade pode requerer solicitação de auxílio ao juízo
que detém competência efetiva;
Prevê o CPC que os órgãos jurisdicionais devem atuar em cooperação recíproca na
condução da atividade jurisdicional, independentemente da instância ou se justiça
estadual ou federal;

Art. 67. Aos órgãos do Poder Judiciário, estadual ou federal, especializado ou comum,
em todas as instâncias e graus de jurisdição, inclusive aos tribunais superiores, incumbe o
dever de recíproca cooperação, por meio de seus magistrados e servidores;

Art. 68. Os juízos poderão formular entre si pedido de cooperação para prática de
qualquer ato processual;

Art. 69. O pedido de cooperação jurisdicional deve ser prontamente atendido,


prescinde de forma específica e pode ser executado como:
Auxílio direto;

Reunião ou apensamento de processos;


Prestação de informações;
Atos concertados entre os juízes cooperantes.
DICA 121
DOS SUJEITOS DO PROCESSO – DEVERES DAS PARTES E DOS PROCURADORES

Destaca o artigo 77 que além de outros previstos neste Código, são deveres das
partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do
processo:
I - Expor os fatos em juízo conforme a verdade;
II - Não formular pretensão ou de apresentar defesa quando cientes de que são
destituídas de fundamento;
III - Não produzir provas e não praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou à
defesa do direito.
IV - Cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e
não criar embaraços à sua efetivação;

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V - Declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o endereço residencial
ou profissional onde receberão intimações, atualizando essa informação sempre que
ocorrer qualquer modificação temporária ou definitiva;
VI - Não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso.
VII - Informar e manter atualizados seus dados cadastrais perante os órgãos do Poder
Judiciário e, no caso do § 6º do art. 246 deste Código, da Administração Tributária, para
recebimento de citações e intimações.
DICA 122
DEVERES DAS PARTES E DOS PROCURADORES
É dever das partes, dos procuradores e de todos aqueles que participem do processo
expor os fatos conforme a verdade. Aqui temos referência direta ao dever de
veracidade. Não basta, contudo, expor os fatos com veracidade, as partes não podem
omitir informações básicas e imprescindíveis para o julgamento da causa;
É dever das partes, dos procuradores e de todos aqueles que participem do processo não
formular pretensão destituída de fundamento, aqui veda-se que aqueles que
estiverem envolvidos com o processo formulem alegações sem qualquer respaldo jurídico;
É dever das partes, dos procuradores e de todos aqueles que participem do processo não
produzir provas e não praticar atos inúteis e desnecessários para declaração ou
defesa do direito, ou seja, é direito das partes produzir todas as provas admitidas em
direito, desde que úteis e necessárias ao deslinde do processo. Em decorrência da
efetividade, atos inúteis ou desnecessários devem ser repelidos, ainda que teoricamente
possam ser praticados. Trata-se de medida de racionalização do processo;
É dever das partes, dos procuradores e de todos aqueles que participem do processo
informar e manter atualizados os endereços para recebimento das notificações;
É dever das partes, dos procuradores e de todos aqueles que participem do processo
cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais e não criar embaraços à sua
efetivação;
É dever das partes, dos procuradores e de todos aqueles que participem do processo não
praticar inovação ilegal no estado de fato ou de bem ou direito litigioso;
É dever das partes manter os dados cadastrais perante os órgãos do Poder
Judiciário para recebimento de citações e intimações.
DICA 123
DEVERES DAS PARTES E DOS PROCURADORES
Na violação dos deveres acima, o juiz advertirá as partes que o não cumprimento das
decisões jurisdicionais, a criação de embaraços à efetivação do processo ou a inovação
ilegal no estado de fato ou de bem litigioso pode ser punido como ato atentatório à
dignidade da justiça;
Assim, de acordo com o explicitado no §2º doa Art.77, se, mesmo advertida, a parte
ainda violar os deveres acima, será multada em até 20% do valor da causa. Note que
essa multa poderá ser de até 20%, pelo que podemos ter uma multa de 5%, 10% e até
de 20% e não será admissível, como regra, multa que supere esse percentual;

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Por fim, é importante destacar que a multa por ato atentatório à dignidade da justiça não
é aplicável aos advogados, aos membros do Ministério Público e à Defensoria
Pública. Para esses cargos, temos a aplicação das respectivas regras disciplinares;
§ 6º Aos advogados públicos ou privados e aos membros da Defensoria Pública e do
Ministério Público não se aplica o disposto nos §§ 2º a 5º, devendo eventual
responsabilidade disciplinar ser apurada pelo respectivo órgão de classe ou corregedoria,
ao qual o juiz oficiará.
DICA 124
LITISCONSÓRCIO
O Litisconsórcio ocorre quando há no mesmo polo do processo uma pluralidade de
partes ligada por uma afinidade de interesses.

É mais fácil compreender o litisconsórcio a partir da ideia de cumulação de demandas.


Temos duas formas de somar demandas em um mesmo processo que são:
a) objetivo, com previsão no art. 327 do CPC. O objeto da demanda é o pedido. Assim, o
cúmulo objetivo refere-se ao acúmulo de pedidos;
b) subjetivo, que se refere à colocação na demanda de uma pluralidade de sujeitos e
remete ao litisconsórcio.

Litisconsórcio Ativo: O litisconsórcio será ativo quando houver mais de um autor;

Litisconsórcio Passivo: O litisconsórcio será passivo quando houver mais de um


réu;

Litisconsórcio Misto: O litisconsórcio será misto quando, concomitantemente, houver


mais de um autor E mais de um réu;

Litisconsórcio Simples: O litisconsórcio simples é aquele cujos efeitos da decisão


proferida no processo podem ser diferentes para cada um dos litisconsortes. Nesses
casos, os autores ou os réus em litisconsórcio não receberão, necessariamente, a mesma
sentença;

Litisconsórcio Unitário: para a configuração do litisconsórcio unitário devemos ter a


mesma sentença para todos os litisconsortes. Diferentemente do litisconsórcio simples,
a sentença será necessariamente igual para os autores ou para os réus em litisconsórcio;

Ex.: Se credores solidários ajuizarem conjuntamente ação contra um mesmo devedor,


para cobrança de dívida divisível, o litisconsórcio formado será simples.
DICA 125
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
Para compreender as intervenções de terceiros, devemos compreender que o processo
surge para produzir efeitos endoprocessuais. Vale dizer, a decisão é voltada para atingir e
alcançar exclusivamente as partes, contudo, devido à complexidade das relações jurídicas,
por vezes, temos situações nas quais os efeitos da sentença atingem pessoas que
estão fora da relação jurídica processual demandada. Se isso acontecer, temos a
intervenção de terceiros.
Assim, toda vez que o terceiro for atingido direta ou reflexamente pela decisão proferida
em processo alheio, ele se tornará parte legítima para ingressar no processo, trata-
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se, portanto, de um fato jurídico processual que implica a modificação de processo que já
existe;

A intervenção de terceiro típica é aquela que é prevista em lei como modalidade de


intervenção de terceiros. São elas: assistência, denunciação da lide, chamamento ao
processo, amicus curie e incidente de desconsideração da personalidade jurídica;

Para além dessas situações, temos as hipóteses atípicas de intervenção que, embora
não nominadas como tal, são efetivamente hipóteses de intervenção. Por exemplo, os
embargos de terceiro (previsto no art. 674 do CPC). Nesse caso, o terceiro que sofreu
constrição em seu bem, em razão de execução na qual não figura como parte, terá
interesse jurídico na ação.
DICA 126
ASSISTÊNCIA
A assistência é uma forma de intervenção de terceiro por intermédio da qual um terceiro
passa a atuar para auxiliar (assistir, ajudar) a parte no processo;
A assistência é modalidade de intervenção de terceiro ad coadjuvandum, pela qual um
terceiro ingressa em processo alheio para auxiliar uma das partes. Pode ocorrer a
qualquer tempo e grau de jurisdição, assumindo o terceiro o processo no estado em que
se encontre. A assistência é admissível em qualquer procedimento;

A assistência simples é a hipótese tradicional que estudamos acima. Envolve as


situações nas quais um terceiro ingressa em juízo para auxiliar uma das partes por possuir
interesse jurídico no deslinde da demanda;
O artigo 124, do CPC aduz que: Considera-se litisconsorte da parte principal o
assistente sempre que a sentença influir na relação jurídica entre ele e o adversário
do assistido;
A regra na assistência é que a relação jurídica processual se estabelece apenas entre a
parte assistida e o assistente. No caso que estudamos da sublocação, foi dito que o
assistente possui relação jurídica com o locatário, não tendo qualquer relação com o
locador.
DICA 127
DENUNCIAÇÃO DA LIDE
A denunciação da lide é uma forma de intervenção forçada de terceiro em um
processo já pendente que tem cabimento à vista da afirmação, pelo denunciante, da
existência de um dever legal ou contratual de garantia do denunciado de sua posição
jurídica. Com a litisdenunciação convoca-se o terceiro para participar do processo
auxiliando e denunciante ao mesmo tempo em que contra esse mesmo terceiro se propõe
uma demanda de regresso para a eventualidade de o denunciante sucumbir na causa;
A denunciação à lide é modalidade de intervenção de terceiros forçada, fundada em
direito de regresso, por meio da qual se gera cumulação de ações judiciais. Se o
denunciante for o réu, essa modalidade de intervenção deverá ser apresentada no prazo
para contestar.

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DICA 128
CHAMAMENTO AO PROCESSO
Chamamento ao processo é hipótese de intervenção forçada de terceiro que tem
por objetivo chamar ao processo todos os possíveis devedores de determinada obrigação
comum, a fim de que se forme título executivo que a todos apanhe;

O chamamento será requerido pelo réu em três hipóteses:

Admite-se o chamamento do afiançado quando o fiador for demandado;

Admite-se o chamamento ao processo dos demais fiadores quando a ação for proposta
apenas contra um deles;

Admite-se o chamamento ao processo dos demais devedores solidários quando o


credor ingressar apenas contra um deles.
DICA 129
INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
Atualmente, a desconsideração da personalidade jurídica é disciplinada no art. 50 (para as
relações civis) do CC, e no art. 28 do CDC (para as relações de consumo);
Com o CPC, pretende-se a desconsideração da personalidade jurídica mediante
garantia do prévio direito de defesa de quem poderá ser prejudicado pela
desconsideração;
Consiste na desconsideração da autonomia entre o patrimônio da pessoa jurídica e dos
seus sócios, de modo a permitir, em determinadas circunstâncias, que o patrimônio dos
sócios seja atingido mesmo quando a obrigação tenha sido assumida pela pessoa jurídica,
ou seja, objetiva evitar que a autonomia patrimonial da pessoa jurídica possa ser usada
como instrumento para fraudar a lei ou para o abuso de direito;
Importante deixar claro, ainda nessa abordagem inicial, que o mesmo procedimento
poderá ser utilizado para desconsideração da personalidade jurídica inversa, ou
seja, quando se desconsidera a personalidade jurídica da empresa pelo esvaziamento dos
bens do sócio com a transmissão espúria dos bens para a empresa.
DICA 130
DOS AUXILIARES DA JUSTIÇA
São auxiliares da justiça (14 – catorze), além de outros cujas atribuições sejam
determinadas pelas normas de organização judiciária:

Escrivão Chefe de secretaria Oficial de justiça Perito

Administrador Intérprete Tradutor Mediador

Partidor Distribuidor Contabilista Regulador de avarias

Depositário, Conciliador judicial

Contador judicial: É dado ao magistrado, a teor da norma do art. 139 do CPC/15, a


faculdade de socorrer ao contador do juízo, na qualidade de auxiliar da justiça, para
resolver questões relativas à controvérsia instaurada nos autos, inclusive para
definir cálculos quando haja divergência entre as partes.
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Os serventuários do juízo costumam ser divididos em duas categorias:


Permanentes: são os que atuam continuamente, prestando colaboração em todo e
qualquer processo que tramite pelo juízo, como o escrivão, o oficial de justiça e o
distribuidor. Sem esses auxiliares, nenhum processo pode ter andamento
Eventuais: NÃO integram habitualmente os quadros do juízo e só em alguns processos
são convocados para tarefas especiais, como o que se passa com o intérprete e o perito.
Esses são os auxiliares eventuais
DICA 131
DOS AUXILIARES DA JUSTIÇA
Em cada juízo: haverá um ou mais ofícios de justiça, cujas atribuições serão
determinadas pelas normas de organização judiciária.
Em cada comarca, seção ou subseção judiciária: haverá, no mínimo, tantos
oficiais de justiça quantos sejam os juízos.
OFÍCIO DE JUSTIÇA = ESCRIVÃO. O escrivão tem fé pública e sua função recebe do
Código o nome de Ofício de Justiça.
OFICIAL DE JUSTIÇA ≠ OFÍCIO DE JUSTIÇA. O oficial de justiça possui a
incumbência de realizar diligências (fazer pessoalmente citações, penhoras, arrestos etc.)
determinadas pelo juiz, através de mandado.
Cartório: é a repartição dirigida pelo escrivão, onde podem servir outros funcionários
subalternos, como os escreventes, cuja função se regula pelas normas de organização
judiciária.
DICA 132
DOS AUXILIARES DA JUSTIÇA
Incumbe ao escrivão ou ao chefe de secretaria:
Redigir, na forma legal, os ofícios, os mandados, as cartas precatórias e os demais
atos que pertençam ao seu ofício;
Efetivar as ordens judiciais, realizar citações e intimações, bem como praticar todos
os demais atos que lhe forem atribuídos pelas normas de organização judiciária;
Comparecer às audiências ou, não podendo fazê-lo, designar servidor para
substituí-lo;
Manter sob sua guarda e responsabilidade os autos, não permitindo que saiam
do cartório, exceto

Quando tenham de seguir à conclusão do juiz;

Com vista a procurador, à defensoria pública, ao ministério público ou à


fazenda pública;

Quando devam ser remetidos ao contabilista ou ao partidor;

Quando forem remetidos a outro juízo em razão da modificação da competência;


Fornecer certidão de qualquer ato ou termo do processo, independentemente de
despacho, observadas as disposições referentes ao segredo de justiça;
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Praticar, de ofício, os atos meramente ordinatórios.


No IMPEDIMENTO do escrivão ou chefe de secretaria, o juiz convocará
substituto e, NÃO o havendo, nomeará pessoa idônea para o ato.
DICA 133
DOS AUXILIARES DA JUSTIÇA
Princípio constitucional da isonomia e da publicidade:
O escrivão ou chefe de secretaria atenderá, preferencialmente, à ordem cronológica
de recebimento para publicação e efetivação dos pronunciamentos judiciais (art. 153,
modificado pela Lei nº 13.256/2016).
EXCEÇÃO: só se afastando de tal ordem quando ocorrer motivo adequadamente
justificável:
Os atos urgentes, assim reconhecidos pelo juiz no pronunciamento judicial a ser
efetivado;
As preferências legais.
Para conhecimento e controle das partes, deverá ser disponibilizada, de forma
permanente, para consulta pública, uma lista de processos recebidos (art. 153, § 1º).
DICA 134
MINISTÉRIO PÚBLICO
De acordo com o art. 176, do CPC, o Ministério Público atuará na defesa: da ordem
jurídica, do regime democrático e dos interesses e direitos sociais e individuais
indisponíveis;
O Ministério Público atua ora como parte, ora como fiscal da ordem jurídica;
A atuação do Ministério Público como fiscal da ordem jurídica será exercida, quando
estiver previsto na CF/88 ou na legislação, quando envolver interesse público ou social,
quando envolver interesse de incapaz ou quando se trata de litígio coletivo pela posse de
terra rural ou urbana;
Nesses casos de intervenção, como fiscal da ordem jurídica, o Ministério Público terá vista
dos autos após as partes, será intimado de todos os atos do processo, poderá produzir
provas, poderá requerer medidas processuais e poderá recorrer;

Ex.: João ajuizou ação de interdição e curatela contra seu pai, Francisco. Nesse caso, o
Ministério Público poderá produzir provas, e poderá impugnar as provas requeridas pelas
partes;
Como o Ministério Público possui uma grande carga de processos para atuar, prevê o art.
180, do CPC, que ele terá sempre prazo em dobro para se manifestar nos autos, a
contar da intimação pessoal, que poderá ocorrer por carga ou remessa dos autos e,
também, por meio eletrônico.
Esse prazo em dobro somente não será considerado quando a legislação previr prazo
específico para a manifestação do Ministério Público;

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DICA 135
ADVOCACIA PÚBLICA

Declara o CPC, em seu Art. 182:


Incumbe à Advocacia Pública, na forma da lei, defender e promover os interesses públicos
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, por meio da representação
judicial, em todos os âmbitos federativos, das pessoas jurídicas de direito público que
integram a administração direta e indireta;
A advocacia pública atua na defesa do interesse público da União, dos estados-
membros, do Distrito Federal e dos Municípios;
A advocacia pública goza de prazo em dobro para todas as manifestações processuais, a
não ser quando a lei previr prazo específico, contando-se o prazo da intimação pessoal
(carga, remessa ou meio eletrônico);
Os advogados públicos sujeitam-se à responsabilidade civil regressiva em caso de
atuação com dolo ou fraude.

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DIREITO PENAL
DICA 136
EFICÁCIA DA SENTENÇA ESTRANGEIRA

A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as


mesmas consequências, pode ser homologada (STJ) no Brasil para:
a) Obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos
civis

Depende de requerimento da parte interessada


b) Sujeitá-lo a medida de segurança

Não pode homologar a sentença estrangeira para imposição de pena.

MS: inimputabilidade por doença mental – (i) internação ou (ii) tratamento


ambulatorial.

Depende de tratado de extradição com o país que emanou a sentença OU requisição do


Ministro da Justiça.
DICA 137
CONTAGEM DE PRAZO

Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e


os anos pelo calendário comum.

Prazo penal: dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Prazos de prescrição e


decadência (apenas naquelas situações em que há a necessidade de atuação do ofendido
para tomar a iniciativa da ação penal).

Prazo processual: exclui o primeiro dia da contagem e começa a contagem a partir


do primeiro dia útil subsequente. Porém, a contagem do prazo no CPP é em dias corridos,
diferente do CPC.
DICA 138
FRAÇÕES NÃO COMPUTÁVEIS DA PENA

Art. 11 - Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as


frações de dia, e, na pena de multa, as frações de cruzeiro. [leia-se: real, desprezando-se
os centavos na liquidação da sanção patrimonial].

Não importa o horário em que o sujeito foi preso, ali será o primeiro dia.

Vale para qualquer prazo penal, como, por exemplo, na prescrição.

Às vezes essas regras se aplicam a questões processuais penais, como, por exemplo, o
prazo para o Delegado concluir o inquérito policial. Assim, quando o investigado estiver
preso a contagem observa os prazos do direito penal (pois envolve a privação da liberdade
do sujeito), ao passo que quando estiver solto a contagem observa o prazo do direito
processual.

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DICA 139
TEORIA GERAL DO CRIME
Conceito tripartido de crime:

O conceito de crime adotado no Brasil é dividido em três elementos:

Fato típico;

Ilicitude ou antijuridicidade;

Culpabilidade;

A teoria adotada é a finalista, pois a conduta do agente deve ser dirigida a um fim
(DOLO ou CULPA).

ATENÇÃO!

A punibilidade não integra o conceito de crime, pois é apenas pressuposto para


aplicação da pena.

DICA 140

FATO TÍPICO
O fato típico é composto por:
Conduta: ação ou omissão (dolosa ou culposa);
Resultado: jurídico ou naturalístico;
Nexo de causalidade: relação de causa + consequência entre ação/omissão e
resultado;
Tipicidade (adequação formal e material à lei).

C CONDUTA

R
RESULTADO
E

N NEXO CAUSAL

T
TIPICIDADE
I

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Excludentes do fato típico

Caso fortuito;

Coação física irresistível; (é diferente de coação moral irresistível, que é excludente de


culpabilidade);

Estado de inconsciência;

Erro de tipo inevitável (escusável ou desculpável);

Movimentos reflexos;

Princípio da Insignificância;

Consentimento do ofendido quando elementar do tipo penal o fato será atípico.


DICA 141
TIPO PENAL OBJETIVO. TIPO PENAL SUBJETIVO
Tipo objetivo:
O tipo objetivo tem como função descrever os elementos que devem ser constatados no
plano dos fatos capazes de identificar e delimitar o conteúdo da proibição penal.
Em resumo, é tudo aquilo que está previsto no tipo objetivo.
Os elementos que compõem o tipo objetivo são: autor da ação, uma ação ou uma
omissão, um resultado, nexo causal e imputação objetiva.
Tipo subjetivo:
O tipo subjetivo, por sua vez, reúne todas as características subjetivas direcionadas à
produção de um tipo penal objetivo.
Os elementos que formam o tipo subjetivo são: o dolo na condição de elemento geral e
os elementos acidentais.
DICA 142
DOLO
Conceito: Consiste na vontade de concretizar os elementos objetivos do tipo.
Considera-se o crime doloso, quando o agente quis o resultado (teoria da vontade -
dolo direto) ou assumiu o risco de produzi-lo (teoria do consentimento - dolo
eventual).
TEORIAS DO DOLO:
Teoria da representação ou possibilidade: dolo é o ato de prever o resultado.
Teoria do consentimento (assentimento): dolo é consentir com a produção do
resultado.
Teoria da vontade: dolo é querer o resultado.
DICA 143
ABRANGÊNCIA DO DOLO (DIRETO)
Agente quis o resultado pretendido (dolo de 1° grau).
Abrange os meios escolhidos (dolo de 1° grau).

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Ex.: veneno, arma, etc.


Consequências secundárias (dolo de 2° grau).
Ex.: sujeito atira no coração de irmãos grudados.
Ex.: Pablo Escobar quando colocou uma bomba no avião para matar um sujeito. Neste
caso, Escobar responderá por dolo direito.
Espécies de dolo:

Dolo direto:
Dolo de 1° grau: resultado pretendido e os meios escolhidos.
Dolo de 2° grau: consequências necessárias inerentes aos meios escolhidos.

Dolo indireto:
Eventual: agente assumiu o risco de produzir o resultado;
Alternativo: o agente prevê a pluralidade de resultados e dirige sua conduta na busca
de realizar qualquer um deles indistintamente.
Ex.: o agente quer praticar lesão corporal ou homicídio indistintamente. O agente tem a
mesma vontade de um ou de outro.
DICA 144
CULPA
Excepcionalidade do crime culposo:
Como regra, apenas se pune a conduta a título de dolo, salvo quando a lei
expressamente tipificar a forma culposa.
Conceito:
Imprudência, negligência ou imperícia (modalidades de culpa).
Imprudência: culpa que se manifesta de forma ativa, por meio de um ato
descuidado, distração.
Imprudência “vem a ser uma atitude positiva, um agir sem a cautela, a atenção
necessária, com precipitação, afoitamento ou inconsideração. É a conduta arriscada,
perigosa, impulsiva”.
Negligência: culpa que se manifesta de forma omissiva. Deixar de adotar alguma
cautela, medida de precaução. Desleixo, a desatenção ou a displicência.
Negligência como “a inatividade (forma omissiva), a inércia do agente que, podendo
agir para não causar ou evitar o resultado lesivo, não o faz por preguiça, desleixo,
desatenção ou displicência”.
Imperícia: culpa que se manifesta no desempenho de uma profissão.

Imprudência Negligência Imperícia

Atuação positiva – agir sem Forma omissiva – deixa Culpa - profissão


cautela de adotar alguma
cautela

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Tome nota:
É necessário no crime culposo, além do dever objetivo de cuidado (imprudência,
negligência e imperícia), os seguintes elementos:
Conduta voluntária;
Resultado Involuntário (mas previsível);
Nexo Causal e Tipicidade;
Previsibilidade objetiva (padrão mediano);
Ausência de Previsão;
Ausente esses elementos, o fato será atípico.
DICA 145
TEORIA DO CRIME - ILICITUDE OU ANTIJURIDICIDADE
A ilicitude é a contrariedade à lei, sendo as suas causas excludentes:
Legítima defesa: uso moderado dos meios necessários + INJUSTA agressão + ATUAL
ou IMINENTE;
Estado de necessidade: perigo ATUAL + não provocado pelo agente + sacrifício
inexigível;
Estrito cumprimento do dever legal: dever LEGAL + atuação nos LIMITES da lei +
em regra por agente público;
Exercício regular de direito: existência de um direito + atuação FACULTATIVA +
dentro dos LIMITES.

L LEGÍTIMA DEFESA

E ESTADO DE NECESSIDADE

E ESTRITO CUMPRIMENTO DE UM DEVER LEGAL

E EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO

Fique atento!

Animal agiu por instinto = estado de necessidade.

Animal agiu por provocação de pessoa = legítima defesa.

DICA 146
CULPABILIDADE
A culpabilidade é o juízo de reprovabilidade sobre a conduta do agente, composta
por:
Imputabilidade: capacidade mental do agente de entender o caráter ilícito da
conduta;
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Potencial consciência da ilicitude: possibilidade do agente conhecer a hipótese


criminosa;
Exigibilidade de conduta diversa: possibilidade que o agente tinha de agir de outra
forma e não praticar o fato.
São excludentes da culpabilidade:

Menoridade (imputabilidade): menos de 18 anos;

Embriaguez completa e acidental (imputabilidade);

Doença Mental (imputabilidade);

Erro de Proibição Inevitável (potencial consciência da ilicitude)

Coação Moral Irresistível (exigibilidade da conduta diversa)

Obediência Hierárquica (exigibilidade de conduta diversa)

DICA 147
EMBRIAGUEZ
A embriaguez é a intoxicação aguda e transitória provocada pelo álcool ou
substâncias de efeitos análogos.
Fique atento!
A embriaguez do art. 28 não se aplica a intoxicação decorrente do consumo de drogas
ilícitas, pois essa é tratada em lei própria (Art. 45 da Lei de Drogas).
Embriaguez completa: possui três níveis:

Excitação: primeiro estágio da embriaguez, quando sujeito fica mais alegre, falante.
(Embriaguez Incompleta);

Depressão: alteração emocional. (Embriaguez Completa);

Letargia: continuou inserindo o álcool (coma alcoólico, por exemplo) – completa.


Embriaguez Involuntária:

Caso fortuito;

Força maior;
Embriaguez Voluntária:

Se a embriaguez for voluntária será aplicada a teoria “actio libera in causa” (ação livre
na causa), tendo o sujeito de maneira voluntária ingerido a substância responde pelo
crime cometido.
A embriaguez voluntária se subdivide em:
Culposa: é o excesso imprudente no consumo.
Dolosa: sujeito quer se embriagar.

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Preordenada: se embriaga para cometer o crime (agravante – art. 61, II, l, CP).
É possível que em casos de embriaguez aplique-se medida de segurança?
É possível quando se tratar de embriaguez patológica, ou seja, quando o sujeito for
alcoólatra, pois configura doença mental, admitindo-se a aplicação do art. 26. Sendo
assim, caso necessário será possível à imposição de medida de segurança.
DICA 148
TEORIA GERAL DO CRIME
PEGADINHA DE PROVA
Muita atenção aos detalhes, pois o seu examinador vai se utilizar de mudanças sutis
para te induzir ao erro:
A coação física exclui a conduta e, portanto, o fato típico, mas a coação MORAL
irresistível afasta a culpabilidade;
O erro de tipo inevitável exclui a tipicidade, pois faz com o que o agente se
confunda quanto à situação de FATO, mas o erro de PROIBIÇÃO inevitável afasta a
culpabilidade;
O erro de proibição evitável ou inescusável não exclui a culpabilidade, mas pode
reduzir a pena de 1/6 a 1/3;
Na Legítima Defesa o perigo pode ser atual ou iminente, mas no Estado de
Necessidade deve ser somente atual;
A emoção e a paixão não afastam a responsabilidade penal.
DICA 149
DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA
A desistência voluntária quando o agente, depois de iniciar a execução do crime,
DESISTE e impede que o resultado se consuma;
A grande diferença entre a tentativa e a desistência voluntária é que a primeira
acontece por motivos ALHEIOS à vontade do agente e a segunda por sua decisão
voluntária;
Na tentativa eu QUERO continuar mas não POSSO;
Na desistência voluntária, eu POSSO continuar, mas não QUERO.
DICA 150
ARREPENDIMENTO EFICAZ
Agente que, voluntariamente, impede que o resultado se produza.
Agente iniciou a execução e exauriu a sua potencialidade lesiva (iniciou e encerrou a
execução).
Agente impede que o resultado ocorra.
Arrependimento eficaz também pode ser chamado de resipiscência.
Consequência: só responde pelos atos já praticados.
Ex.: não responde por tentativa de homicídio, mas lesão corporal.
Doutrina: considera esses institutos (desistência voluntária e arrependimento
posterior) como causas de atipicidade da conduta, pois desconsidera o dolo inicial e
apenas responde pelo que foi praticado até aquele momento.
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DICA BÔNUS
ARREPENDIMENTO POSTERIOR
Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou
restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do
agente, a pena será reduzida de um a dois terços.
Requisitos:
Deve ser sem violência ou grave ameaça à pessoa;
Deve reparar o dano ou restituir a coisa;
Deve ser até o recebimento da denúncia ou da queixa;
Deve ser ato voluntário do agente (não precisa ser espontâneo);
Consequência: redução de um a dois terços (= da tentativa).

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DIREITO PROCESSUAL PENAL


DICA 151
DURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL

PRAZO DE RÉU PRESO RÉU SOLTO


CONCLUSÃO

Regra do CPP Prazo de 10 dias, contados da data em Prazo de 30


que se executar a ordem de prisão (art. 10, dias, podendo ser
CPP) prorrogado.
O pacote anticrime passou a prever a
possibilidade de prorrogação, por uma
única vez, por mais 15 dias. (art. 3º-B,
CPP)

Lei de Drogas 30 dias (podendo ser duplicado) 90 dias


(podendo ser
duplicado)

ATENÇÃO!
Para complementar os estudos, vale a leitura do art. 155 do CPP!!
Para complementar as informações dessa dica, FAÇAM A LEITURA LITERAL de
três artigos:
artigo 10 do CPP;
art. 3º-B, §2º, do CPP;
art. 51 da Lei de Drogas (Lei 11.343/2006).

DICA 152
FORMAS DE INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL

INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL (ART. 5º, CPP)


Possibilidade de
Espécie de crimes Observação
instaurar
De ofício, pelo delegado A peça inaugural do inquérito será
uma portaria.
Mediante requerimento Se o requerimento de instauração
do ofendido for indeferido, cabe recurso ao
Nos crimes de ação Chefe de Polícia.
penal pública
INCONDICIONADA Por requisição da Prevalece que a autoridade
autoridade judiciária e do judiciária requisitar a instauração
Ver artigo 5º, CPP Ministério Público de inquérito policial ofende o
Sistema Acusatório.
Notícia de qualquer É o que chamamos de delatio
pessoa do povo criminis. Na prática, exercida
através do B.O.
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DICA 153

NOTITIA CRIMINIS E DELATIO CRIMINIS

Notitia criminis: é o conhecimento, por parte da autoridade policial, acerca de um


crime. A partir dela, o delegado dá início à investigação, apurando a sua verdadeira
ocorrência bem como descobrindo a sua autoria. Pode ser espontâneo (ex: delegado ao
andar na rua vê a prática de um crime) ou provocado (ex.: B.O., requisição do MP, etc)

Delatio criminis: é uma espécie de notitia criminis. Quando qualquer pessoa do


povo (e não a vítima/ofendido) comunica um fato criminoso à autoridade policial.

DICA 154

DENÚNCIA ANÔNIMA

Denúncia anônima: esse ponto é importante. A denúncia anônima é um importante


instrumento no combate à criminalidade. Porém, a CF veda expressamente o anonimato
(art. 5º, inciso IV).

É por isso que, diante de uma denúncia anônima, a autoridade policial não pode, de
pronto, instaurar um inquérito policial.

Pelo contrário, deverá verificar a procedência e a veracidade das informações veiculadas


pela denúncia anônima, através de um procedimento chamado de Verificação da
Procedência das Informações (VPI), previsto no art. 5º, §3º do CPP.

Portanto, a denúncia anônima, por si só, NÃO serve para fundamentar a instauração de
inquérito policial. Mas, a partir dela, pode a polícia realizar diligências preliminares para
apurar a veracidade das informações obtidas anonimamente e, a partir disso, instaurar o
inquérito.
DICA 155
REQUISIÇÕES DE INFORMAÇÕES (ARTS. 13-A E 13-B)

REQUISIÇÕES DOS ARTS. 13-A E 13-B

1. Possibilidade do MP e delegado requisitar


REQUISIÇÃO DE INFORMAÇÕES dados e informações cadastrais de órgãos
públicos ou empresas privadas.
(art. 13-A)
2. INDEPENDE de autorização judicial

1) Sequestro e cárcere privado; 2) Redução à


condição análoga à de escravo; 3) Tráfico de
pessoas; 4) Extorsão; 5) Extorsão mediante
sequestro; 6) Envio de criança ao exterior.

Qual o prazo para atendimento? 24 horas.

1. Possibilidade do MP e delegado requisitar


meios técnicos necessários que permitam a
localização da vítima às empresas de
telecomunicação.

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2. PRECISA de autorização judicial, mas se o


juiz não se manifestar em 12 horas, a
REQUISIÇÃO DE MEIOS
autoridade pode requisitar diretamente, com
TÉCNICOS ADEQUADOS
imediata comunicação ao juiz.
(ART. 13-B)
3. Previsto apenas para o crime de tráfico de
pessoas

4. Prazo máximo da diligência: 30 dias,


renovável por igual período

5. Nesses casos, o inquérito policial deve ser


instaurado em 72 horas, contado do registro da
ocorrência.

DICA 156
ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL
O pacote anticrime trouxe significativa alterações no que diz respeito à forma de
arquivamento do inquérito policial, com as modificações no art. 28 do CPP.
Por força do caráter indisponível do inquérito, a autoridade policial não pode mandar
arquivar os autos do inquérito. Além disso, o arquivamento também NÃO pode ser
determinado de ofício pelo juiz.
Na verdade, incumbe exclusivamente ao MP avaliar se os elementos de informação
colhidos são ou não suficientes para o oferecimento da denúncia.
O Pacote Anticrime implementou uma mudança na forma de arquivamento do inquérito
policial, implementando o que se chama de arquivamento no âmbito do Ministério
Público.
Agora, caso o MP entenda que é caso de arquivamento do inquérito, deverá realizar a
comunicação à vítima, ao investigado e à autoridade policial. Ainda, deverá
encaminhar os autos para a instância de Revisão Ministerial, para fins de
HOMOLOGAÇÃO.
PRESTEM BEM ATENÇÃO: quem homologa o arquivamento do inquérito é um
“órgão superior” do próprio Ministério Público, chamado de instância de Revisão
Ministerial.
Antes do pacote anticrime, o MP pedia o arquivamento do inquérito ao juiz, que deveria
homologar o arquivamento. No entanto, caso o juiz discordasse do MP e entendesse que
NÃO seria caso de arquivamento, deveria remeter os autos ao Procurador Geral de Justiça.
Veja, portanto, a novidade: agora o arquivamento não passa pelo crivo do juiz. O juiz
não decide mais se vai ou não arquivar. Se o MP entender que é caso de arquivamento,
faz as comunicações e submete à instância de Revisão Ministerial.
Portanto: se o MP entender que é caso de arquivamento, ele submete à homologação da
instância de Revisão Ministerial. NÃO É MAIS O JUIZ que homologa o arquivamento!!!
Por fim, se a vítima não concordar com o arquivamento do inquérito, poderá recorrer, no
prazo de 30 DIAS, submetendo a matéria à revisão de instância no âmbito do Ministério
Público.
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ATENÇÃO!

Por conta da concessão de liminar na ADI 6305/DF, pelo Ministro Luiz Fux, está
suspensa “sine die” a alteração constante da lei nº 13.964/2019, no que tange o
procedimento de arquivamento de inquérito policial. Portanto, até o momento,
prevalece a redação anterior desse artigo, ou seja, MP pede arquivamento e
encaminha para o Magistrado, tendo esse a competência de deferir ou não!

Note que aqui, é extremamente importante ter conhecimento a respeito da redação


anterior (ainda vigente) e a suspensão da redação nova, haja vista que a FGV pode
cobrar do candidato esse assunto, exigindo que esse tenha conhecimento a respeito da
ADI 6305/DF.
DICA 157
ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL: NATUREZA JURÍDICA E REQUISITOS
Natureza jurídica do acordo de não persecução penal:
Natureza de negócio jurídico processual que veicula política criminal do MP.
Requisitos:
Não ser caso de arquivamento;
Investigado ter confessado formal e circunstancialmente;
Infração sem violência ou grave ameaça;
Pena MÍNIMA INFERIOR a 4 anos;
Necessário e suficiente para reprovação do crime.

DICA 158
ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL: CONDIÇÕES
Condições:
→ reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, exceto na impossibilidade de fazê-lo;
→ renunciar voluntariamente a bens e direitos indicados pelo Ministério Público como
instrumentos, produto ou proveito do crime;
→ prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas por período correspondente à
pena mínima cominada ao delito diminuída de 1/3 a 2/3, em local a ser indicado
pelo juízo da execução, na forma do art. 46 do CP
→ pagar prestação pecuniária, a ser estipulada nos termos do art. 45 do CP, a entidade
pública ou de interesse social, a ser indicada pelo juízo da execução, que tenha,
preferencialmente, como função proteger bens jurídicos iguais ou semelhantes aos
aparentemente lesados pelo delito; ou
→ cumprir, por prazo determinado, outra condição indicada pelo Ministério Público, desde
que proporcional e compatível com a infração penal imputada.

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DICA 159
ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL: HIPÓTESES DE NÃO CABIMENTO
Hipóteses de não cabimento do ANPP:
→ se for cabível transação penal;
→ se o investigado for reincidente OU se houver elementos probatórios que indiquem
conduta criminal habitual, reiterada ou profissional, exceto se insignificantes as
infrações penais pretéritas;
→ se o agente tiver sido beneficiado nos últimos 5 anos com ANPP, transação penal
ou SURSIS processual.
→ se o crime tiver sido praticado na Maria da Penha ou por razão do sexo feminino.
DICA 160
AÇÃO PENAL

INCONDICIONADA

DE INICIATIVA
AÇÃO PENAL
PÚBLICA

CONDICIONADA

A ação penal pública incondicionada é titularizada pelo Ministério Público. O MP


inicia a ação penal com a denúncia.
A regra no sistema jurídico = a ação penal seja pública incondicionada.
DICA 161

AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA


A ação penal pública condicionada depende da representação do ofendido ou de
requisição do Ministro da Justiça. Nesses casos, o Ministério Público continua sendo o
titular da ação penal, mas não pode exercer o seu direito de ação de ofício, como nos
casos de ação penal pública incondicionada.

de requisição do
promovida por Ministro da Justiça,
denúncia do ou de representação
Crimes de ação
Ministério Público, do ofendido ou de
pública
dependerá, quando quem tiver
a lei o exigir, qualidade para
representá-lo.

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DICA 162

AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA


Caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o
direito de representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão (CADI –
deve ser por esta ordem).

Qualquer
crime

praticado em detrimento do
patrimônio ou interesse da
União, Estado e Município

a ação penal
será pública

OBS: Os crimes de lesão corporal leve ou culposa cometidos no contexto de


violência doméstica ou familiar contra a mulher, que se enquadram na Lei Maria da
Penha, são de ação penal pública incondicionada. Exceção: crime de ameaça em que
a ação penal pública é condicionada à representação.
DICA 163

AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA - REPRESENTAÇÃO


De acordo com o artigo 25 do Código de Processo Penal, a representação será irretratável,
depois de oferecida a denúncia.
Por outro lado, quando se tratar de violência doméstica e familiar (Lei Maria da Penha, só
será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente
designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério
Público.

Art. 15 do CPP Art. 16 da Lei Maria da Penha

Art. 25. A representação será Art. 16. Nas ações penais públicas
irretratável, depois de oferecida a condicionadas à representação da ofendida
denúncia. de que trata esta Lei, só será admitida a
renúncia à representação perante o juiz,
em audiência especialmente designada
com tal finalidade, antes do recebimento
da denúncia e ouvido o Ministério Público.

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DICA 164
PRINCÍPIOS DA AÇÃO PÚBLICA

Obrigatoriedade: Presentes a materialidade e indícios de autoria deve o MP oferecer


denúncia;

Divisibilidade: Havendo mais de um autor do crime, o MP pode ajuizar a ação


somente em face de um ou uns, deixando para ajuizar em face dos outros depois
(visando, por exemplo, reunir mais provas);

Indisponibilidade: O MP não pode desistir da ação - mas pode pedir o arquivamento


do IP - ou absolvição do réu;

Oficialidade: O MP é uma instituição pública e;

Intranscendência: A pena não poderá passar da pessoa do condenado.


DICA 165

AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PRIVADA

PROPRIAMENTE DITA

DE INICIATIVA PERSONALÍSSIMA
AÇÃO PENAL
PRIVADA

SUBSIDIÁRIA

A ação penal de iniciativa privada é titularizada pelo ofendido ou pelo seu


representante legal, promovida mediante a queixa-crime. Mesmo não sendo titular das
ações penais privadas, o Ministério Público deve atuar em todos os atos do processo.
DICA 166

AÇÃO PENAL PRIVADA PROPRIAMENTE DITA

A ação penal privada propriamente dita é a regra entre os crimes de ação penal
privada. O seu titular é o ofendido ou o seu representante legal. Para a promoção da
queixa-crime, o ofendido ou o seu representante legal possui o prazo decadencial de 6
meses, contados do conhecimento da autoria.
OBS.: caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão
judicial, o direito de representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou
irmão (CADI – deve ser por esta ordem).
Ex.: crime contra a honra de funcionário público.

O STF editou a Súmula 714 que dispõe: “É concorrente a legitimidade do ofendido,


mediante queixa, e do ministério público, condicionada à representação do ofendido, para
a ação penal por crime contra a honra de servidor público em razão do exercício de
suas funções”.

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DICA 167

AÇÃO PENAL PRIVADA: PEREMPÇÃO

Conceito: é a sanção judicialmente imposta pelo descaso da vítima na condução da


ação privada.

Hipóteses: elas estão previstas no art. 60 do CPP, ocasionando a extinção da


punibilidade.

Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á
perempta a ação penal:
I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do
processo durante 30 dias seguidos;
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não
comparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 dias,
qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36;
III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a
qualquer ato do processo a que deva estar presente, OU deixar de formular o
pedido de condenação nas alegações finais;
IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar
sucessor.

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