Resumo: A Asma É Uma Patologia Bastante Freqüente Nos Dias Atuais, Sendo Caracterizada Por Crises de
Resumo: A Asma É Uma Patologia Bastante Freqüente Nos Dias Atuais, Sendo Caracterizada Por Crises de
Resumo: A Asma É Uma Patologia Bastante Freqüente Nos Dias Atuais, Sendo Caracterizada Por Crises de
Paula Stefania Mota de Souza¹, Ana Cristina Farias de Oliveira², Tamires Idalino
Pereira³, Janaina Rocha Niehues4, Patrícia Haas5, Robson Pacheco6
¹UFSC/Araranguá/ [email protected]
²UFSC/Araranguá/ [email protected]
³UFSC/Araranguá/ [email protected]
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UFSC/ Campus Araranguá/ [email protected]
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UFSC/ Campus Araranguá/ [email protected]
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UFSC/ Campus Araranguá/ [email protected]
Resumo: A asma é uma patologia bastante freqüente nos dias atuais, sendo caracterizada por crises de
broncoespasmos que leva o paciente a uma sobrecarga da musculatura respiratória. Associada a ela, a
doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) vem crescendo assustadoramente, devido, principalmente, a
quantidade de fumantes ativos e passivos em nossa sociedade. Como conseqüência destas patologias,
outras doenças oportunistas se apresentam nestes pacientes, como é o caso das pneumonias.
Por isso, a fisioterapia possui um grande papel na vida destes pacientes, pois através de técnicas e
manobras, consegue prevenir e reverter crises agudizadas associadas a outras patologias, dando a estes
indivíduos uma melhor qualidade de vida e abreviando sua internação hospitalar.
Este relato de caso descreve o tratamento fisioterapêutico realizado em um paciente de 47 anos de idade,
em crise asmática associada a pneumonia necrosante; durante três sessões de fisioterapia respiratória.
Os resultados mostram a real importância da fisioterapia motora neste tipo de paciente; demonstrando
assim a relevância do apoio de uma equipe multidisciplinar nestes casos.
1 INTRODUÇÃO
A asma é definida como uma doença inflamatória crônica das vias aéreas,
cujos principais sintomas são paroxismos de sibilância, dispnéia, desconforto torácico e
tosse. Esta entidade clínica caracteriza-se por hiper-reatividade da árvore
traqueobrônquica a uma variedade de estímulos e a sua manifestação fisiológica primária
é a limitação variável ao fluxo aéreo, que é geralmente reversível espontaneamente ou
pelo tratamento (AIDÉ, 2001; CARVALHO, 2001; IRWIN e TECKLIN, 1994; MAUAD et al,
2000).
Dentre os fatores que desencadeiam a crise, os mais comuns são: mudança de
temperatura, estresse, inalação de alérgenos (ácaros da poeira, pólens, fungos, barata,
alérgenos de gatos e cães), substâncias que irritam os brônquios (fumaça de cigarro,
poluentes do ar, odores), fadiga, drogas (antiinflamatórios não-hormonais, antagonistas
dos receptores beta) e exercícios. A crise asmática ocorre devida à diminuição
generalizada do calibre das vias aéreas, a qual resulta da contração da musculatura lisa
dos bronquíolos. Há aumento da resistência das vias aéreas devido ao edema da mucosa
inflamatória ( AIDË, 2001; BEHRMAN et al, 2002; IRWIN e TECKLIN, 1994).
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Fonte: WWW.UFL.BR - RJ
2 METODOLOGIA
Para a elaboração deste relato de caso, foram utilizados livros, revistas e sites
especializadas no assunto. Todo o material foi pesquisado e recolhido na biblioteca da
Universidade Federal de Santa Catariana – UFSC.
A avaliação do paciente foi realizada no dia 18 de maio do presente ano; onde
foram avaliados o quadro cardiopneumofuncional, força muscular e grau de dependência
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3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
O objeto do estudo é uma paciente do sexo feminino, cor branca, com idade de 47
anos, residente na cidade de Florianópolis.
A paciente foi internada no dia 09 de maio do presente ano, no Hospital de
guarnição do exército, situado em Florianópolis, devido a uma crise asmática, com
agravante de possuir doença pulmonar obstrutica crônica (DPOC).
No dia 17 de maio, a paciente foi transferida para a UTI geral do Hospital Regional,
devido a um agravante no quadro respiratório, causado por uma pneumonia necrosante
em lobo superior esquerdo.
No dia 18 de maio, foi realizada avaliação fisioterapêutica. Nesta avaliação foram
constatadas que a paciente era portadora de diabetes melitos e hipertensão arterial
sistêmica, não possuía qualquer tipo de vício, fazia utilização de musculatura acessória da
respiração, com padrão respiratório invertido toracoabdominal com predomínio torácico
em decúbito dorsal; apresentava sudorese intensa; tórax do tipo tonel; tosse eficaz
produtiva; e força da musculatura diafragmática regular. A paciente se apresentava em
oxigenioterapia (macronebulização) de 15 l/min; à ausculta pulmonar apresentava sons
respiratórios diminuídos em todo o tórax e abolido em ápice pulmonar esquerdo, com
roncos difusos e sibilos em bases pulmonares; FC: 125 – 130 bpm; FR: 18-20 irpm;
SaO2: 96 – 98% e PA: 130 x 83 mmHg. Por fim, foi realizado a ventilometria, mostrando
um volume minuto de 4180ml, FR: 15 e volume corrente de 278,66 ml.
Após realizada a avaliação, um plano de tratamento foi elaborado, sendo que as
sessões eram constituídas por alongamentos musculares, manobras e técnicas de
higiene brônquica, técnicas de estimulação da utilização do diafragma e exercícios
objetivando melhorar o quadro de hiperinsuflação.
É importante ressaltar que devido a outras comorbidades associadas (Hipertensão
arterial sistêmica e Diabetes Mellito) o quadro da paciente inspirava um maior cuidado e
restringia a utilização de outras técnicas e métodos fisioterapêuticos.
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Fonte: Os autores
fechando a passagem de ar, promovendo uma pressão positiva expiratória (em torno de 5
a 35 cmH2O), uma vibração oscilatória da parede brônquica (8 a 26 Hz), além de uma
aceleração intermitente do fluxo expiratório. Durante as sessões, a paciente realizava 3
séries de 4 repetições, sendo que a mesma já estava adaptada pois possuía um aparelho
em casa.
O EPAP consiste da auto aplicação de uma pressão positiva na expiração através
de uma máscara onde é acoplada uma válvula, na qual a resistência expiratória será
fixada (entre 5 a 20 cmH2O). Devido a pressão positiva expiratória, um maior volume de
ar chega as vias aéreas periféricas durante a inspiração, evitando o colapso e permitindo
a movimentação do ar por de trás dos tampões mucoso, pelo aumento da ventilação
colateral. O aumento da pressão desloca o muco em direção as vias aéreas centrais,
onde pode ser eliminado. Como o hospital não possui este equipamento, um EPAP
caseiro é elaborado com a utilização de um frasco de soro fisiológico de 500 ml e com
uma sonda de aspiração número 14 ou 16. A paciente realizava 3 séries de 3 repetições,
devido ao cansaço.
A tosse é uma ação reflexa de defesa do organismo e sua função é remover
substâncias estranhas e secreção acumulada na árvore brônquica. A tosse segundo
Scanlan et al (2000), é a parte mais importante da terapia de higiene brônquica, já que a
maioria das técnicas só ajudam a mover as secreções para as vias aéreas centrais.
Durante todas as sessões, a paciente apresentava tosse eficaz e produtiva, com
expectoração de grande quantidade de secreção mucopurulenta, às vezes se mostrando
em forma de rolhas.
Ao final das sessões, eram realizados exercícios de expiração até o volume
residual associado à freno labial. Segundo Costa(1999), este tipo de exercício auxilia a
desinsuflação, trazendo o ponto de igual pressão para vias aéreas mais proximais.
Nos pacientes portadores de asma, a respiração se torna alterada, exigindo a ação
contínua da musculatura acessória da respiração. Em conseqüência disso, esses
músculos adquirem uma hipertonicidade, encurtamento e perda da flexibilidade (COSTA,
1999).
Ensinar ao paciente a respiração adequada irá auxiliá-lo na diminuição dos gastos
energéticos e melhora na capacidade pulmonar.
Os exercícios de reeducação diafragmática envolvem o retreinamento de padrões
respiratórios adequados. Isso é importante para o bem estar geral do paciente, fazendo
com que o oxigênio chegue aos tecidos e elimine o gás carbônico de forma eficaz.
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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