Guia para Elaboração de Relatório de Avaliação de Laboratórios Analíticos
Guia para Elaboração de Relatório de Avaliação de Laboratórios Analíticos
Guia para Elaboração de Relatório de Avaliação de Laboratórios Analíticos
Laboratórios Analíticos
Guia nº 25/2019 – versão 2
2020
Guia para Elaboração de Relatório de Avaliação de
Laboratórios Analíticos
VIGENTE A PARTIR DE 15/03/2020
Este Guia expressa o entendimento da Anvisa sobre as melhores práticas com relação a
procedimentos, rotinas e métodos considerados adequados ao cumprimento de requisitos técnicos
ou administrativos exigidos pelos marcos legislativo e regulatório da Agência.1
As recomendações contidas neste Guia produzem efeitos a partir da data de sua publicação no Portal
da Anvisa.
1
Portaria nº 1.741, de 12 de dezembro de 2018, que dispõe sobre as diretrizes e os procedimentos para melhoria da qualidade
regulatória na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
2
Copyright©2018. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa. A reprodução parcial ou total deste
documento por qualquer meio é totalmente livre, desde que citada adequadamente a fonte. A
reprodução para qualquer finalidade comercial está proibida.
ABREVIATURAS E SIGLAS
3
SUMÁRIO
1. ESCOPO..................................................................................................................................... 5
2. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 5
3. RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO LABORATÓRIO ANALÍTICO (RAL) ............................................... 5
3.1. Finalidade da avaliação .......................................................................................................... 5
3.2. Informações gerais ................................................................................................................ 5
3.3. Sistema de gestão da qualidade............................................................................................. 5
3.4. Controle de documentação e registros .................................................................................. 6
3.5. Pessoal .................................................................................................................................. 6
3.6. Instalações............................................................................................................................. 6
3.7. Equipamento ......................................................................................................................... 6
3.8. Materiais ............................................................................................................................... 6
3.9. Subcontratação de testes ...................................................................................................... 7
3.10. Gerenciamento de amostras .............................................................................................. 7
3.11. Validação e verificação de métodos analíticos ................................................................... 7
3.12. Investigação de resultados fora de especificação ............................................................... 7
3.13. Testes microbiológicos (se realizados no laboratório) ........................................................ 7
3.14. Informações adicionais ...................................................................................................... 7
3.15. Avaliação da conformidade do laboratório às BPL .............................................................. 7
3.16. Cronograma de ações corretivas ........................................................................................ 7
3.17. Identificação dos responsáveis pelo relatório..................................................................... 7
3.18. Anexos necessários ao relatório de avaliação do laboratório ............................................. 8
4. ROTEIRO DE AVALIAÇÃO DO CUMPRIMENTO DAS BPL .............................................................. 8
5. ANEXOS .................................................................................................................................. 10
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................................ 10
4
1. ESCOPO
O Relatório de Avaliação dos Laboratórios Analíticos – RAL tem como principal objetivo sistematizar e
padronizar a coleta de informações relevantes sobre o perfil dos laboratórios analíticos e sobre o cumprimento
das Boas Práticas de Laboratório – BPL previstas na Resolução RDC nº 11, de 16 de fevereiro de 2012. Portanto,
este guia pode ser utilizado tanto pela autoridade sanitária em suas atividades de inspeção e fiscalização
sanitárias, quanto pelos próprios laboratórios analíticos como instrumento de autoavaliação, de qualificação de
fornecedores de serviços analíticos e em auditorias internas e externas.
Este guia não é aplicável aos ensaios analíticos que tenham finalidade exclusiva de pesquisa e
desenvolvimento, ou seja, para atividades pré-mercado, tais como bioequivalência, equivalência farmacêutica
e demais testes de eficácia.
2. INTRODUÇÃO
Este documento foi elaborado como parte das atividades de fortalecimento da fiscalização e do
monitoramento pós-mercado de produtos sujeitos à Vigilância Sanitária realizados pela Anvisa.
As principais referências adotadas na sua construção foram as normas nacionais de Boas Práticas de
Laboratórios e documentos publicados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Organização Pan-
Americana de Saúde (OPAS).
O Relatório de Avaliação dos Laboratórios Analíticos (RAL) é um documento que reúne informações
sobre o desempenho e as especificidades das operações dos laboratórios analíticos. Portanto, nele devem ser
descritas apenas as operações realizadas pelo próprio laboratório, como por exemplo, análises físico-químicas,
biológicas e microbiológicas.
Quando necessário, o laboratório deve elaborar um cronograma para adequação das não
conformidades identificadas e descritas no RAL. O cronograma deve ser factível e executado em tempo razoável,
de forma a assegurar a confiabilidade das análises realizadas pelo laboratório.
5
Procedimentos para auditoria interna, para implementação de ações corretivas e preventivas e para
tratamento de reclamações.
3.5. Pessoal
Quantidade de funcionários por atividade.
Procedimentos e registros de treinamento de funcionários, incluindo periodicidade.
3.6. Instalações
Descrição dos sistemas de ventilação, incluindo aqueles para áreas de testes microbiológicos, áreas de
armazenamento, etc. (referenciar os sistemas de aquecimento, ventilação e ar condicionado – AVAC,
incluindo informações sobre circulação de ar e controle da temperatura e da umidade relativa).
Descrição das áreas especiais para o manuseio e armazenamento de materiais perigosos, tais como
materiais altamente tóxicos (incluindo genotóxicos), venenosos e inflamáveis.
Programas de manutenção preventiva das instalações e do sistema de registro das atividades de
manutenção.
Procedimentos de limpeza de áreas e equipamentos.
Descrição das áreas de armazenamento (tamanho, localização), incluindo as medidas de
armazenamento de materiais e amostras de retenção.
3.7. Equipamento
Principais equipamentos utilizados no laboratório. Anexar uma lista de equipamentos em uso, indicando
o equipamento, seu modelo e marca e data de instalação.
Programas de manutenção preventiva de equipamentos e do sistema de registro das atividades de
manutenção.
Procedimentos e status das qualificações de equipamentos (qualificação de instalação – QI, qualificação
de operação – QO e qualificação de desempenho – QD), bem como calibração de equipamentos de
medição, incluindo a forma de registro dos dados gerados.
Procedimentos e status de calibração de rotina de equipamentos como balanças analíticas e pHmetros
e qual a frequência de aferição (diária, mensal, semestral).
Sistemas informatizados e sua validação e gestão da integridade dos dados, incluindo o acesso aos dados
e a frequência de back-up.
3.8. Materiais
Política geral para compra e manuseio de materiais (incluindo produtos químicos e reagentes e
disponibilidade de fichas de dados de segurança) e para manuseio de resíduos. Breve descrição do
procedimento de seleção e avaliação de fornecedores.
Descrição do sistema de água que abastece o laboratório, sua qualificação e procedimentos para a
amostragem e teste de água.
Descrição do sistema de compra, preparação, manuseio e armazenamento de substâncias de referência
e materiais de referência.
6
3.9. Subcontratação de testes
Lista de atividades contratadas de outros laboratórios, incluindo nomes e CNPJ de subcontratados.
1
O item 5 deste Guia apresenta recomendações sobre como determinar o status de cumprimento das BPL pelo laboratório.
7
3.18. Anexos necessários ao relatório de avaliação do laboratório
Anexar ao RAL minimamente os documentos listados na seção 18 do modelo de relatório (Anexo I).
Avaliação do
laboratório
Sim
Lab. descumpre
Sim
critério crítico?
O roteiro de avaliação não é exaustivo. Portanto, outros critérios avaliados podem ser incluídos como
“Outros critérios de avaliação” ao final do roteiro de avaliação. Para categorizar a relevância do critério
de avaliação não previsto no roteiro, recomenda-se aplicar a árvore de decisão prevista na Figura 2.
Todas as não conformidades identificadas, inclusive aquelas não previstas inicialmente no roteiro de
avaliação, devem ser somadas para fins de definição do status do laboratório.
8
Critério de avaliação não
previsto no roteiro
Trata-se de
adulteração intencional de Sim
documentos ou registros?
Não
Figura 2. Árvore de decisão para categorização de critérios de avaliação não previstos no roteiro de avaliação.
Quando o laboratório é classificado como “Em acompanhamento das ações corretivas”, recomenda-se
que o prazo máximo previsto no cronograma para adequação aos critérios de avaliação “maiores” não
exceda a 180 dias.
As ações corretivas devem ser acompanhadas individualmente e devem ser descritas evidências da
efetividade das medidas implementadas pelos laboratórios (vide exemplo de formulário de
acompanhamento no Anexo III).
As não conformidades não corrigidas nos prazos estabelecidos no cronograma ou recorrentes devem
sofrer majoração de categorização (ex. não conformidade relacionada a critério “maior” não corrigida
conforme cronograma, deve ser majorada para “crítico”).
Os prazos para conclusão das ações corretivas previstas no cronograma referente aos critérios menores
devem ser acordados entre as partes envolvidas e ficam sujeitas a avaliação e supervisão das
autoridades sanitárias competentes.
9
5. ANEXOS
Os documentos a seguir estão disponíveis como anexos neste arquivo eletrônico. Para preenchimento e edição
dos documentos, é necessário salvar uma cópia dos arquivos no computador. 2
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANVISA. Resolução RDC n° 11, de 16 de fevereiro de 2012. Dispõe sobre o funcionamento de laboratórios
analíticos que realizam análises em produtos sujeitos à Vigilância Sanitária e dá outras providências. Diário
Oficial da União, p. 1–12, 2012.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO/IEC 17025: Requisitos gerais para a competência de
laboratórios de ensaio e calibração, 2017.
MEDICAL DEVICE SINGLE AUDIT PROGRAM - MDSAP. Nonconformity Grading and Exchange Form, [s.d.].
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. WHO Guidelines for Preparing a Laboratory Information File. WHO
Technical Report Series, No 961, Annex 13, 2011.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Outline of the Content of an Annual Report on Activities of a Prequalified
Quality Control Laboratory (QCL), 2016.
ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE. Boas Práticas da OMS para Laboratórios de Controle de Qualidade
de Produtos Farmacêuticos e Documento de Auto-Avaliação de Boas Práticas de Laboratório (BPL). Rede PARF
Documento Técnico no 9, 2011.
2
Orientações para abrir e salvar anexos de documentos em PDF estão disponíveis no endereço:
https://helpx.adobe.com/br/acrobat/using/links-attachments-pdfs.html#open_save_or_delete_an_attachment
10
11