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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Faculdade de Ciências de Educação


Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia

TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA


Elementos da Comunicação

Luísa Momade Pedor: 91231147

Nangade, Março /2023


INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Faculdade de Ciências de Educação
Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia

TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA


Elementos da Comunicação

Trabalho de Campo a ser Submetido


na Coordenação do Curso de
Licenciatura em Ensino de Biologia.
Tutor: 

Luísa Momade Pedor: 91231147

Nangade, Março /2023


Índice
Introdução...................................................................................................................................4
Objectivos...................................................................................................................................4
Pesquisa Bibliográfica................................................................................................................4
Elementos essenciais do processo de comunicação....................................................................5
Algumas definições importantes.................................................................................................6
Esquem dos elementos de comunicação.....................................................................................7
Exemplos dos elementos da comunicação..................................................................................8
Conclusão....................................................................................................................................9
Referências................................................................................................................................10
Introdução
Este trabalho visa identificar e descrever os elementos da comunicação. A comunicação é
uma atividade imanente à prática do professor. Assim, o profissional de qualquer área do
conhecimento que tenha sido atraído a assumir o desafio de ensinar, de algum modo, já o fez
pelo fato de ser, naturalmente, um bom comunicador. Trata-se, portanto, de uma competência
inerente à atividade do professor e que é aprimorada ao longo de anos de experiência didática.

Reconhecer os elementos comuns da comunicação, suas funções e seus modos de


funcionamento pode ser proveitoso ao professor no sentido de poder incorporar esse
conhecimento à sua prática já constituída. O reconhecimento da sistematização de tais
elementos pode funcionar de modo a fazer com que o professor possa criar instrumentos
próprios de auto-avaliação e de aprimoramento de sua atividade, no sentido, inclusive, de uma
sua melhor organização e planejamento.
Objectivos
Objectivo Geral
 Apresentar os elementos da comunicação.
Objectivos Específicos
 Identificar os elementos da comunicação;
 Descrever os elementos da comunicação.
Pesquisa Bibliográfica
Na visão de Fonseca (2009:37), a pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de
referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios eletrônicos, como livros e artigos
científicos, páginas web sites. Qualquer trabalho cientifico inicia-se com uma pesquisa
bibliográfica, que permite ao pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto.
Elementos essenciais do processo de comunicação
O que é comunicar? Basicamente, significa interagir, estabelecer um contato que tem por
objetivo transmitir informações, buscar entendimento e compreensão. A comunicação, nesse
sentido, é, como já dito, constitutiva da atividade do professor. Este, contudo, pode dizer
verdades sem que estas tenham o efeito de verdades ou até não aparentem ser verdades. O
sucesso de sua comunicação dependerá do modo como trabalha os elementos que a
constituem.

A teoria tradicional da comunicação (VANOYE, 2007.) estabelece que esta deva se processar
a partir, basicamente, de sete elementos: a origem da mensagem é denominada de fonte; o
responsável pela transmissão da informação proveniente desta fonte, seja pela linguagem
verbal (oral ou escrita) ou por qualquer outro sistema de códigos, é entendido como sendo o
emissor; a informação a ser transmitida, que é veiculada pelo sistema de códigos manipulado
pelo emissor, é denominada de mensagem; o elemento a que se destina a mensagem (um
indivíduo, grupo ou auditório) é denominado genericamente como sendo o receptor; o campo
de circulação da mensagem deve ser entendido como sendo o canal de comunicação, este é o
responsável pelo deslocamento espacial e/ou temporal da mensagem; aquilo que veicula a
mensagem e que é trabalhado pelo emissor, o sistema de signos, é compreendido como sendo
um código, o qual pode ser verbal ou não verbal, o primeiro utiliza-se da palavra falada e/ou
escrita e o segundo pode ser constituído pelos mais variados meios e técnicas; o sistema de
comunicação se completa com o elemento ao qual a mensagem se refere, que pode
corresponder a objetos materiais ou a aspectos abstratos que compõem a situação ou o
contexto da comunicação, a esse elemento dá-se o nome de referente.

A recepção da mensagem não significa, necessariamente, a sua compreensão. Pode haver


falhas de comunicação em qualquer um dos níveis acima mencionados, por exemplo, a
mensagem pode ser recebida, mas não compreendida, quando o emissor e o receptor não
possuem signos em comum; ou quando a comunicação é restrita, pois poucos são os signos
em comum. A comunicação pode ser eficiente quando há uma completa compreensão dos
signos emitidos, contudo, não basta que o código seja comum para que se realize uma
comunicação satisfatória. Outras variáveis que incidam sobre os outros elementos da
comunicação podem atrapalhar o seu sucesso. Alguns problemas podem, por exemplo, ser
originados de interferências indesejáveis na transmissão da mensagem, a esse tipo de
problema dá-se o nome de ruído. A perturbação da comunicação originária de uma
desorganização da mensagem caracteriza aquilo que se entende por entropia, já a repetição
indevida de informações durante o processo de comunicação leva o nome de redundância.

Algumas definições importantes


O estabelecimento dos elementos essenciais da comunicação e de seu sistema é feito a partir
do entendimento pressuposto de alguns conceitos importantes. O primeiro deles é o de
linguagem. Esta pode ser entendida como sendo um código, já que este pode ser definido
como um conjunto de regras para um sistema de signos que permite a construção e a
compreensão de mensagens. A linguagem verbal é, pois, um dentre muitos outros códigos.
Trata-se, portanto, segundo o lingüista Émile Benveniste (cf. VANOYE, 2007.), de um
sistema de signos socializado. Isso significa dizer que a linguagem se constitui como um
conjunto de signos que se determinam em suas inter-relações, ou seja, um conjunto no qual os
seus termos integrantes não significam nada por eles próprios, mas todos significam em
função dos outros. Nesse caso, portanto, o sentido de um termo na linguagem é constituído
em função do contexto em que ele ocorre.

As línguas são, portanto, casos particulares de um fenômeno geral que é a linguagem e


constituem-se como o objeto primordial do interesse de um campo de estudos que se
denomina de lingüística geral, a qual trabalha, grosso modo, no sentido de descrever e
investigar tanto as características comuns quanto as variáveis das diferentes línguas.

Um dado importante sobre a linguagem verbal e que contribui para o entendimento de sua
especificidade é o fato de esta ser um tipo de código, dentre vários, que pode falar dos
próprios signos que constituem o seu sistema ou mesmo referir-se a outros signos. Esse
caráter meta-referencial da linguagem verbal possibilita, ainda, a criação de “jogos” com os
seus signos e suas significações. Daí o caráter de abertura inventiva que a linguagem verbal
permite.

Mas, se a linguagem é um “sistema de signos”, resta o entendimento do que seja o signo. Este
deve ser pensado a partir da compreensão da relação entre três termos: o significante, o
significado e o referente. O elemento “material” do signo (sonoro ou escrito), perceptível
sensorialmente, é o que se entende por significante. O elemento conceptual, não perceptível, a
idéia geral do que aquele dado material pode significar é entendido como sendo o significado.
Já o referente é o objeto real ao qual remete o signo numa determinada instância de
enunciação. Assim, como exemplifica Vanoye,
[...] no caso do signo mesa, diversos significantes (um som, ou melhor, uma combinação de
sons ou uma combinação gráfica, etc.) correspondem a um significado (o conceito de mesa)
que, por sua vez, designa uma classe de referentes (mesa de um só pé, mesa redonda, mesa
baixa, etc.). Em outros casos, um mesmo significante pode remeter a vários significados (por
exemplo, o significante folha remete aos significados ‘folha de árvore’ e ‘folha de papel’); é o
contexto que elimina a ambigüidade. (VANOYE, 2007.)

Este entendimento do signo permite a compreensão do seu caráter convencional e, portanto,


aponta para a arbitrariedade da linguagem. O signo é convencional já que entre o significante
o significado não há outra ligação senão o acordo (implícito ou explícito) que se estabelece
entre os usuários de uma mesma língua. A significação construída a partir desse acordo,
portanto, é o que garante a ligação entre o significante, o significado e o referente. Esse
processo de construção de significação pode ser entendido como pertinente a uma qualidade
mais abrangente entendida como sendo o processo simbólico. Ao usarmos uma determinada
palavra para nos referirmos a um determinado objeto (seja animado, inanimado ou abstrato)
designado por esse nome, não há nada no próprio objeto que se relacione com o signo verbal
que foi usado para designá-lo. É pelo uso que o processo de representação simbólica se
estabelece.

Esquem dos elementos de comunicação

Referente

Mensagem
Emisso Receptor
Canal

Código

Emissor: chamado também de locutor ou falante, o emissor é aquele que emite a mensagem
para o receptor.
Receptor: também denominado de interlocutor ou ouvinte, o receptor é quem recebe a
mensagem emitida pelo emissor.
Mensagem: é o conteúdo que será compartilhado entre emissor e receptor, o conjunto de
informações transmitidas pelo locutor (emissor).
Contexto: também chamado de referente, trata-se da situação comunicativa em que estão
inseridos o emissor e receptor. É o assunto do qual a mensagem trata.
Código: representa o conjunto de signos e de regras de combinação desses signos utilizado
para elaborar a mensagem: o emissor codifica aquilo que o receptor irá decodificar. Por
exemplo temos a Língua Portuguesa, a LIBRAS, o Braile, o código Morse, semáforos e
placas de trânsito, cores, sons, cifras musicais.

Canal de Comunicação: corresponde ao local (meio físico) no qual a mensagem será


transmitida, por exemplo, ar, papel, jornal, livro, revista, televisão, telefone, e-mail, dentre
outros.

Para que haja comunicação é necessário que haja todos esses elementos e que eles estejam em
sintonia.

Caso isso não ocorra, poderá haver um ruído na comunicação: ele ocorre quando a mensagem
não é decodificada de forma correta pelo interlocutor, por exemplo, o código utilizado pelo
locutor, desconhecido pelo interlocutor; barulho do local; voz baixa; dentre outros.

Exemplos dos elementos da comunicação


A direção do COPE Nexus envia um e-mail aos seus alunos e informa-os de que eles foram
aprovados em um importante vestibular.

Emissor: direção da escola.

Receptores: alunos da escola.

Mensagem: os alunos do COPE Nexus foram aprovados em um importante vestibular.

Canal: e-mail.

Código: língua portuguesa.

Contexto: escolar.
Conclusão
A linguagem, nesse sentido, extrapola certo entendimento primeiro de comunicação como
simples processo de transmissão de mensagens e passa a ser vista de acordo com a idéia de
um trabalho simbólico que institui e promove a mediação das relações sociais. Assim, a
linguagem suporta também aquilo que não é dito, aquilo que é sugerido, além de valores
éticos e morais que lhe são externos. Essa concepção nos abre as portas para podermos falar
sobre as relações entre linguagem e poder e sobre heterogeneidade lingüística.
Referências
BALDWIN, Timothy T.; RUBIN, Robert; BOMMER, William. Desenvolvimento de
habilidades gerenciais. Tradução de Arlete Simille Marques. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
REBOUL, Olivier Reboul. Introdução à retórica. Tradução Ivone Castilho Benedetti. São
Paulo: Martins Fontes, 2000. VANOYE, Francis. Usos da linguagem: problemas e técnicas na
produção oral e escrita. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

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