Slides Aula Trypanosoma

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Parasitologia Veterinária

Protozoários de interesse
Médico Veterinário

Ordem Kinetoplastida
• Filo Sarcomastigophora

• Subfilo Mastigophora

• Ordem Kinetoplastida
• Protozoários flagelados
• Cinetoplasto, mitocôndria única

• Família Trypanosomatidae:
• Único flagelo
• Flagelo livre presente ou ausente Fonte: Rubem Barreto

• Gêneros de maior interesse:


• Trypanosoma e Leishmania
• Formas evolutivas:
• Amastigota: circular, núcleo grande, cinetoplasto bem visível, ausência de flagelo.
Intracelular (tecido dos vertebrados)
• Promastigota: corpo celular longo e achatado, cinetoplasto próximo a extremidade
anterior (por onde sai o flagelo)
• Epimastigota: cinetoplasto próximo ao núcleo, bolso flagelar lateral, membrana
ondulante. Intestino dos hospedeiros invertebrados
• Tripomastigota: longo e achatado, cinetoplasto e o bolso flagelar deslocados para a
região entre o núcleo e a extremidade posterior. Sangue circulante, fezes de
invertebrados
Gênero Trypanosoma

• Insetos hematófagos

• Parasitas digenéticos
• Ciclo (hospedeiro invertebrado e vertebrado)

• Distribuição mundial

• ≠ hospedeiros
Vias de transmissão

• Oral: carcaças, alimentos contaminados (açaí, caldo de cana)


• Venérea: coito (Trypanosoma equiperdum)
• Acíclica: vetor mecânico (Trypanosoma evansi – Tabanus importunus)
• Cíclica: hospedeiro invertebrado (Trypanosoma cruzi – Triatomíneos)
• Transplantes de órgãos
• Transfusão de sangue
Doença de Chagas ou tripanossomíase americana
• Sul dos EUA até Argentina e Chile
• Agente etiológico: Trypanosoma cruzi
• Período de incubação: 1 a 3 semanas
• Fase aguda:
• Oligossintomática (febre, cefaleia, sinal de Romaña)
• Fase crônica:
• Cardiopatia chagásica, palpitações, insuficiência cardíaca
• Dilatações de órgãos cavitários (megaesôfago, megacólon e etc)
• Baço e fígado aumentados, sinais nervosos
Hospedeiros Invertebrados
• Hemípteros (família Reduviidae)
• Insetos grandes, de 1 a 4 cm de comprimento
Fonte: CBME USP

• Hematófagos
• 3 gêneros: Triatoma, Panstrongylus e Rhodnius
• Em MT a principal espécie é Triatoma infestans
• Hábitos noturnos, correm e voam bem
• Relação com ocupações de terra, paredes de barro, casebres de
palha
• Picada é indolor (até 20’)
• Após alimentação – defecação
Hospedeiros vertebrados:
• Roedores, antas, morcegos, primatas, tamanduás, carneiros, porcos
• Sinantrópicos: roedores, marsupiais – nos forros das casas
• Didelphis albiventris, Didelphis marsupialis e Didelphis aurita:
• Interior das glândulas anais
• Cães e gatos: adaptação ao ambiente doméstico
• Reservatórios
• Animais parasitados que vivem próximos das casas mantêm os focos –
peridomicílio
• Trabalhadores: ambiente silvestre, construtores de barragens, garimpeiros
O ambiente favorável:
• Mamíferos suscetíveis e sobre os quais se alimentam os barbeiros;
• Triatomíneos que vivem nos ninhos ou em locais frequentados pelo barbeiro
• Linhagem de T. cruzi adaptada aos hospedeiros (vertebrados e invertebrados)

Diagnóstico:
• Fase aguda (parasito circulante): exame direto, esfregaço sanguíneo, PCR
• Fase crônica: Hemoaglutinação Indireta, ELISA, RIFI

Tratamento:
• Não há tratamento específico preventivo ou curativo. Benzonidazol e nifurtimox
(sem garantia da eficácia e sem cura)
Controle e prevenção:
• Luta antivetorial, boas práticas na manipulação de alimentos, moradias
de tijolo/cimento
• Inseticidas de efeito residual nas paredes de currais, casas
• Prevenir sua transmissão através dos bancos de sangue

Prognóstico:
• A infecção não se cura. Fase aguda pode ser grave e fatal (mortalidade
de até 10%)
Doença do sono
• Trypanosoma gambiense: África Ocidental
• Trypanosoma rhodesiense: África Oriental (aguda e mais grave)
• Uganda: país com os dois tipos da doença
• Glossina morsitans e Glossina palpalis (pela saliva)
• Mal-estar, dores de cabeça, vertigens, perda de peso, prurido
• Dor muscular, linfadenopatia (parasitas nos linfonodos)
• Fase crônica: quadro neurológico, distúrbio do sono, alterações no
estão mental, alterações motoras e sensitivas
Trypanosoma equiperdum
• Durina, mal do coito, sífilis equina
• Infecção equina
• Asininos: reservatórios
• Transmissão: Coito
• Edemas (prepúcio, abdominal ventral), vaginite, secreções genitais, abortos, paralisia
• Emagrecimento progressivo, mortalidade de 50 a 70%
• Diagnóstico para transporte internacional é realizado pelo teste de fixação de
complemento
• Diagnóstico definitivo é feito pela identificação do parasita
• Profilaxia: isolamento de áreas contaminadas e reprodutores portadores
Gênero Leishmania
• Flagelo livre ausente
• Homem e animais
• Apenas duas formas evolutivas: Parasito bimórfico
• Amastigota – macrófagos (intracelular em tecidos de vertebrado)
• Promastigota – multiplicação - tubo digestivo (invertebrado)
• Muitas espécies:
• Morfologia parecida
• Clínica e epidemiologia bem diferentes – complexos
• Atacam o homem: organizadas em subgêneros
• Viannia e Leishmania
• Flebotomíneos - fêmeas (Phlebotomus e Lutzomyia)
Subgênero Viannia
• Complexo “Leishmania brasiliensis”
• Leishmaniose tegumentar americana, úlcera de Bauru
• Região Neotropical
• Sem tropismo por vísceras. Migram para SFM
• Alterações vasculares, edema, úlceras, lesões em mucosas
• Brasil: Leishmania brasiliensis, Leishmania guyanensis
• Lutzomia whitmani. L. migonei, L. pessoai, L. wellcomei
• Crepusculares, picada dolorosa
Subgênero Leishmania
• Complexo “Leishmania donovani”
• Calazar, leishmaniose visceral
• Sistema Fagocítico Mononuclear
• Invadem vísceras: sistema macrofágico do fígado, baço, medula
ósseas e órgãos linfóides
• Leishmania donovani,
• Leishmania infantum = Leishmania chagasi (calazar infantil)
• Lutzmyia longipalpis, Lutzomyia cruzi

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