#4 Cimento
#4 Cimento
#4 Cimento
CIMENTO PORTLAND
1 – DEFINIÇÃO
• AGLOMERANTE HIDRÁULICO
• PRINCIPAL AGLOMERANTE DA CONSTRUÇÃO CIVIL
• RESULTADO DA PULVERIZAÇÃO DO CLINQUER - É UM
MATERIAL CALCINADO ~1450 – 1550 °C
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2 – HISTÓRICO
• A origem do
cimento remonta cerca
de 4.500 anos.
Os imponentes
monumentos
construídos pelos
antigos egípcios já
utilizavam uma liga
constituída por uma
mistura de gesso
calcinado.
Histórico
• As grandes obras gregas e romanas, como o Panteão e
o Coliseu, foram construídas com o uso de terras de
origem vulcânica da ilha grega de Santorino ou da
cidade italiana de Pozzuoli, que possuem propriedades
de endurecimento sob a ação da água.
• Romanos: Liga de Cal + cinza (Coliseu, Panteão)
Histórico
• Os gregos e romanos usavam calcário
calcinado e aprenderam, posteriormente, a
misturar cal e água, areia e pedra fragmentada,
tijolos ou telhas em cacos. Foi o primeiro
concreto da história.
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Histórico
✓A sílica ativa e a alumina das cinzas vulcânicas reagia
com a cal produzindo o que hoje se conhece como
cimento pozolânico, devido ao nome da cidade de
Pozzuoli, próxima ao Vesúvio, onde as cinzas vulcânicas
foram encontradas pela primeira vez.
✓A fabricação de cimento era conhecida desde os
romanos 2000 anos atrás, mas esta arte foi perdida
durante o período negro da idade média, até ser
redescoberto industrialmente na virada do século
passado. O cimento era produzido inicialmente em fornos
verticais, e sua exploração industrial começou com a
invenção do forno rotativo e do moinho de tubo.
Histórico
• John Smeaton (1756)
O grande passo seguinte
no desenvolvimento do
cimento foi dado, em
1756, pelo inglês John
Smeaton, que consegue
um produto de alta
resistência por meio de
calcinação de calcários
moles e argilosos.
Histórico
• Parker (1796):
1º Cimento hidráulico comercial - cimento romano
✓Endurecimento: 10 a 20 minutos
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Histórico
• Em 1818, o francês Vicat obtém resultados
semelhantes aos de Smeaton, pela mistura de
componentes argilosos e calcários. Ele é
considerado o inventor do cimento artificial.
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Histórico
• Em 1824, o construtor inglês Joseph Aspdin queimou
juntamente pedras calcárias e argila, transformando-as num pó
fino. Percebeu que obtinha uma mistura que, após secar, tornava-se
tão dura quanto as pedras empregadas nas construções. A mistura
não se dissolvia em água e foi patenteada pelo construtor no
mesmo ano, com o nome de cimento Portland, que recebe esse
nome por apresentar cor e propriedades de durabilidade e solidez
semelhantes às rochas da ilha britânica de Portland.
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Histórico
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Histórico
• No Brasil, a primeira tentativa de fabricação
do cimento Portland aconteceu em 1888,
quando o comendador Antônio Proost
Rodovalho instalou em sua fazenda na cidade
de Santo Antônio, interior de São Paulo, uma
pequena indústria. A Usina Rodovalho, operou
de 1888 a 1904 e foi extinta definitivamente
em 1918.
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Histórico
• 1912 – 1924: Primeira iniciativa estatal –
Cachoeira do Itapemirim / ES
• 1926: 1ª Produção efetiva de cimento
brasileiro: Cia. Brasileira de Cimento Portland
Perus
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Produção por Grupo Industrial
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Mercado de Cimento
Aplicações do cimento
Infra-Estrutura
18,1%
Aplicação Edificação
100% 81,8%
Agropecuária
0,1%
FONTE: ABCP
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Matérias-primas
Minério de
Calcário Argila
ferro
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Adição de gesso para controle da
pega
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Clínquer
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Composição do Clínquer
Calcário CaO + CO2
+
Argila SiO2 + Al2O3 + Fe2O3 + H2O
1300-1500 °C
3CaO.SiO2 = C3S
2CaO.SiO2 = C2S Silicatos
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4 - Produção de Cimento Portland
~0,8 ~0,2
Calcário Argila
Adições
moagem
~0,04
Gipsita moagem
final
~0,96
clínquer
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Extração de calcário
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FÁBRICAS EM LOCAIS PRÓXIMOS ÀS JAZIDAS
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Britagem e transporte
BRITAGEM => DIMENSÕES ADEQUADOS
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Pilha de pre-homogenização
MOEDURA E MISTURA => APÓS A BRITAGEM A PRODUÇÃO PODE SEGUIR POR
DUAS VIAS:
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Pré-calcinador
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Forno rotativo
QUEIMA => HOMOGENEIZADO À TEMPERATURA DE 1450ºC
POR CERCA DE 3 A 4 HORAS - PRODUÇÃO DO CLÍNQUER
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Fornos com resfriadores
RESFRIAMENTO
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Moinho de Bolas
MOEDURA DO CLINQUER : MOINHOS DE BOLA CONJUGADOS
http://upload.wikimedia.org/wikipe
dia/en/4/43/LDFMBallMill.jpg
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Esquema de Fabricação
FONTE: ABCP
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Esquema de Fabricação
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Fases do Clínquer
• C3S - 3CaO.SiO2 - SILICATO TRICÁLCICO:
MAIOR RESPONSÁVEL PELA RESISTÊNCIA EM TODAS AS IDADES. SEGUNDO
IMPORTANTE NA LIBERAÇÃO DE CALOR. SEGUNDO IMPORTANTE NO TEMPO DE
PEGA
• C2S - 2CaO.SiO2 - SILICATO DICÁLCICO:
IMPORTANTE NO PROCESSO DE ENDURECIMENTO E NO GANHO DE RESISTÊNCIA A
PARTIR DE UM ANO. TEM BAIXO CALOR DE HIDRATAÇÃO.
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Fases do Clínquer
Análise por Microscópio Eletrônico. EDS
Clínquer
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Velocidade de hidratação
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Composição x Resistência
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Finura
• Entre as principais caraterísticas físicas do
cimento está a finura, que corresponde ao
tamanho dos grãos ou superfície específica do
cimento. Em resumo, a finura é uma propriedade
que influencia diretamente a velocidade da reação
de hidratação do cimento, pois a hidratação ocorre
em função do contato do cimento com a água.
• Quanto maior a finura, menor será o tamanho do
grão do cimento, maior será a superfície exposta e,
portanto, maior a velocidade de reação.
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Finura
• O aumento da finura do cimento
também contribui para o aumento da
resistência, da trabalhabilidade e da
coesão dos concretos e, em função da
menor quantidade de espaços vazios,
aumenta a impermeabilidade da
argamassa e do concreto, diminuindo o
fenômeno de exsudação.
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Exsudação
• Você já reparou que depois de algum tempo dentro
da fôrma o concreto fica com a superfície
brilhante?
• Isso ocorre porque o concreto é uma mistura de
cimento, agregados e água. Esses componentes
têm densidades diferentes e por mais que estejam
bem misturados existe uma tendência dos
materiais mais pesados descerem e os mais leves
subirem. Por essa razão, há no concreto uma
movimentação dos grãos de cimento para baixo e
afloramento do excesso de água expulso dos
espaços ocupados pelo cimento.
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Exsudação
• Esse fenômeno é chamado de exsudação ou
segregação e é extremamente prejudicial ao
concreto, pois ao se deslocar à superfície da
mistura a água percorre caminhos dentro da pasta
que aumentam a permeabilidade da mesma, o que
contribui para reduzir a resistência do concreto.
• Além disso, uma maior concentração de água na
superfície deixa a pasta mais diluída, o que
também prejudica a resistência. O fenômeno da
exsudação pode ser diminuído com o aumento da
finura do cimento, pois quanto mais fino é o
cimento, menor é o número de espaços vazios, o
que dificulta o caminho da água para a superfície
do concreto.
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Exsudação
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Exsudação
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Exsudação
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Calor de Hidratação
• Quando o cimento entra em contato com a
água começam as reações de hidratação que
liberam calor.
• Quando as reações diminuem de
intensidade, o calor da massa de concreto
também diminui e há uma tendência de
ocorrer uma contração do volume de
concreto, o que pode levar ao aparecimento
de trincas quando a variação de
temperatura for muito grande.
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Calor de Hidratação
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Adições
• Escória de alto forno: é um produto resultante da
fabricação de ferro gusa que se forma pela fusão das
impurezas contidas no minério de ferro dentro dos
altos-fornos, juntamente com a adição de fundentes
(calcário e dolomita) e as cinzas do coque
(combustível usado na fusão).
O resultado é um produto de natureza granular que
finamente moído adquire propriedades cimentantes e
quando adicionado ao cimento contribui na redução do
calor de hidratação, da exsudação e da segregação em
concretos.
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Adições
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Adições
• Pozolanas: são materiais que sozinhos não possuem
a propriedade de aglomerar outros materiais entre
si, mas quando misturados a outro aglomerante e na
presença de umidade reagem, formando compostos
com propriedades cimentantes. Como exemplos de
pozolanas, podemos citar as cinzas vulcânicas,
algumas rochas ígneas, argilas calcinadas, cinzas
volantes, entre outras.
O emprego das pozolanas como adição do cimento
melhora a trabalhabilidade e resistência do concreto,
além de aumentar a durabilidade e diminuir a
vulnerabilidade aos meios agressivos, como ambientes
marítimos e expostos a sulfatos.
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Adições
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Tipos de Cimento
• Na maioria dos casos o cimento é comercializado
em sacos de papel contendo 50 kg de material ou a
granel. De acordo com as adições e com a
resistência à compressão mínima que atinge em 28
dias, o cimento recebe uma nomenclatura
composta das seguintes partes:
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Nomenclatura
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ESTOQUE
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EXPEDIÇÃO => ENSACAMENTO - GRANEL
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Cimento Tipo II (CP II)
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Cimento Tipo III (CP III)
• Também chamado de Cimento Portland de alto-forno,
caracteriza-se por conter adição de escória em teores que
variam de 35% a 70%. Este tipo de cimento confere baixo
calor de hidratação, maior impermeabilidade, maior
durabilidade e maior resistência a sulfatos às misturas
onde é empregado. Recomendado para obras de grande
porte e sujeitas a condições de alta agressividade
(barragens, fundações, tubos para condução de líquidos
agressivos, esgotos e efluentes industriais, concretos com
agregados reativos, obras submersas, pavimentação de
estradas, pistas de aeroportos). Por ser recomendado para
obras de grande porte e onde haverá grande consumo é
frequentemente comercializado à granel (não em sacos) e
sob encomenda. A norma que trata deste cimento é a NBR
5735, a qual estabelece 3 classes de resistência para este
tipo de cimento: 25 Mpa, 32 Mpa e 40 Mpa.
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Cimento Tipo V (CP V - ARI)
• A norma que trata deste tipo de cimento é a NBR 5733, que
estabelece a resistência mínima para ensaios específicos
com este tipo de cimento, conforme tabela abaixo:
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Cimento Aluminoso
• Resulta do cozimento de uma mistura de bauxita e
calcário. Este tipo de cimento possui pega lenta,
porém, alcança altas resistências em pouco tempo
(31,5 Mpa em 2 dias; 40 Mpa em 28 dias). A reação
de hidratação é intensa e desenvolve grandes
quantidades de calor. Sua principal utilização é
como cimento refratário, resistindo a
temperaturas superiores a 1.200ºC, podendo
chegar a 1.400°C em misturas com agregados
convenientemente escolhidos. Não é fabricado no
Brasil.
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Obrigado
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