Aglomerantes - Cimento

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Aglomerantes

Profa. Ângela Azevedo - [email protected]


Aglomerantes
Aglomerantes

▪ Aglomerantes quimicamente inertes: seu endurecimento ocorre


devido à secagem do material. Ex.: argila

▪ Aglomerantes quimicamente ativos: seu endurecimento se dá por


meio de reações químicas. Ex.: cal e cimento
Aglomerantes Ativos

▪ Aglomerantes aéreos: são aqueles que processam seu


endurecimento na presença de ar. Ex.: gesso e cal

▪ Aglomerantes hidráulicos: são aqueles que processam seu


endurecimento na presença de água. Ex.: cimento
Cimento - Histórico

▪ Os monumentos do Egito antigo


utilizavam uma liga constituída por uma
mistura de gesso calcinado

Templo do Antigo Egito


Cimento - Histórico

▪ As grandes obras gregas e


romanas foram construídas com o
uso de solos de origem vulcânica,
que possuíam propriedades de
endurecimento sob a ação da
água
Cimento - Histórico

▪ Em 1756 o inglês Jonh Smeaton


consegue um produto de alta
resistência por meio da
calcinação de calcários moles e
argilosos. Com esse cimento foi
construído o Farol de Eddystone
Cimento - Histórico

▪ Em 1818, o francês Louis Vicat


obtém resultados semelhantes aos
de Smeaton, pela mistura de
componentes argilosos e
calcários.
Cimento - Histórico

▪ O construtor Joseph Aspdin em


1824 patenteou a descoberta,
feita pela calcinação do calcário
argiloso, batizando-a de “Cimento
Portland”, numa referência a
Portlandstone, tipo de pedra
arenosa muito usada em
construções na região de
Portland, na Inglaterra
Cimento Portland - Definição

É um material pulverulento, constituído de silicatos e aluminatos que,


ao serem misturados com a água, hidratam-se, resultando no
endurecimento da massa, que pode então oferecer elevada
resistência mecânica
Cimento Portland – Fases de Produção

• Extração das matérias-primas das minas;

• Britagem e mistura nas proporções corretas:


75-80% de calcário e 20-25% de argila;

• Moagem de matéria-prima;

• Cozimento em forno rotativo a cerca de 1450º C (clinquerização);

• A mistura cozida sofre uma série de reações químicas complexas deixando o forno com a
denominação de clínquer;

• Redução do clínquer a pó em um moinho juntamente com 3-4% de gesso;

• Adições finais (pozolanas, escórias,…)


Matérias-primas - Calcário
Matérias-primas - Argila
Matérias-primas – Minério de Ferro

O minério de ferro é adicionado


no forno como corretivo, para
diminuir o ponto de fusão das
matérias primas (hematita – Fe2O3)
Matérias-primas – Areia

A areia é utilizada como matéria-


prima corretiva quando ocorre
uma deficiência no teor de SiO2
Obtenção da farinha crua

Exemplo:

▪ 93,5% de calcário

▪ 5,5% de argila e areia

▪ 1% de minério de ferro

Moinho de bolas
Homogeneização e pré-aquecimento

▪ A farinha crua é enviada aos


silos de homogeneização

▪ Após a homogeneização é
lançada na torre de ciclones
onde ocorre uma troca de
calor com o ar quente
produzido pelo forno (pré-
aquecimento)

Torre de ciclones
Clinquerização

▪ Temperatura de
aproximadamente 1450 oC
Resfriador do clínquer

▪ O clínquer sofre um choque térmico no


resfriador, baixando a sua temperatura
para 120 oC, quando acontece a
cristalização, o que consolida as
reações químicas ocorridas no forno
Clínquer

▪ C3S

▪ C2S

▪ C3A

▪ C4AF
Clínquer

C3S: 50 a 70%
✓ fase que reage mais rapidamente com a água
✓ principal mineral que contribui para a resistência mecânica

C2S: 15 a 30%
✓ reage mais lentamente com a água
✓ após períodos maiores (aproximadamente um ano), atinge a mesma resistência mecânica que
o C3S
Clínquer

C3A: 5 a 10%
▪ reage muito rapidamente com a água, liberando muito calor, mas sem apresentar
grande resistência mecânica
▪ em combinação com os silicatos, o mesmo eleva a resistência inicial do cimento

C4AF: 5 a 15%
▪ contribui pouco para a resistência mecânica
▪ coloração acinzentada do cimento
Moagem final

▪ Gesso

▪ Filler calcário

Moinho de bolas
Gesso e Filler calcário - Finalidade

Gesso (sulfato de cálcio) Filler calcário


Armazenamento

Silo multicâmera
Expedição em saco

Paletizadora

Ensacadeira automática

Carregamento paletizado
Expedição a granel

Caminhões graneleiros com capacidade média de 27 toneladas


Armazenamento

▪ Corredor de acesso às pilhas com


largura de 1,20m

▪ Ordem de uso = ordem de


chegada

▪ Quantos meses armazenado????


Armazenamento
Composição Química

Clínquer

Existentes na matéria prima


Nomenclatura

▪ CPII-E-32
CPII-E sigla
32 classe

Cimento Portland Composto com escória


com resistência característica de 32MPa
Tipos de Cimento

▪ Cimento Portland comum ▪ Cimento Portland de alto-forno


✓ Sem adição
▪ Cimento Portland pozolânico
✓ Com adição

▪ Cimento Portland de alta resistência


▪ Cimento Portland composto inicial
✓ Com escória granulada de alto
forno ▪ Cimento Portland branco
✓ Com material carbonático ✓ Estrutural
✓ Com material pozolânico ✓ Não estrutural
Tipos de Cimento

Pontifícia Universidade Católica de Goiás


Professora Mayara Moraes
Moagem final

▪ Gesso

▪ Filler calcário

▪ Adições minerais

Moinho de bolas
Adições finais – Escória de Alto Forno

▪ Sub-produto da fabricação de ferro-


gusa

▪ Aparência semelhante a areia grossa

▪ Características de ligante hidráulico


(material cimentante)
Adições finais – Material Pozolânico

✓ Elevado teor de sílica (SiO2)

✓ Ligante hidráulico complementar ao


clínquer (reações pozolânicas)

✓ Atualmente: sub-produtos industriais


como cinzas volantes, provenientes
da queima de carvão mineral
Adições finais – Material Carbonático

✓ Composto basicamente de
carbonato de cálcio
(CaCO3), finamente
moído;

✓ Elemento de
preenchimento, capaz de
penetrar nos interstícios das
demais partículas e agir
como lubrificante,
tornando o produto mais
plástico
Norma Técnica
Propriedades físicas e mecânicas

▪ Finura

▪ Tempos de pega

▪ Expansibilidade

▪ Resistência mecânica

▪ Calor de hidratação
Propriedades físicas - Finura
Propriedades físicas - Finura

▪ Corresponde à área específica de contato dos grãos de cimento com a água


da mistura

▪ Tanto maior quanto mais eficiente for a moagem final

▪ Influência no comportamento do cimento


Velocidade de endurecimento;

▪ Determinação:
Finura: peneiramento (peneira nº 200)
Área específica: Permeabilímetro de Blaine
Propriedades físicas – Tempos de pega
Propriedades físicas – Tempos de pega

▪ Tempo para a solidificação da pasta plástica de cimento


✓ Início de pega: marca o ponto no tempo em que a pasta torna-se não
trabalhável
✓ Fim de pega: tempo necessário para que a pasta se torne totalmente
rígida

▪ Importância:
✓ Determina o período de tempo que o concreto pode ser trabalhado após
o seu lançamento
Propriedades físicas – Tempos de pega

Determinação: Aparelho de Vicat

✓ Início de pega: agulha penetra


39mm na pasta

✓ Fim de pega: Agulha faz uma


impressão na superfície da
pasta, sem penetrar
Propriedades físicas – Expansibilidade
Propriedades físicas – Expansibilidade

▪ Retrata a variação de volume do cimento após a pega, por conta de


hidratação lenta ou reação expansiva com algum composto presente
no cimento endurecido

▪ Determinação:
✓ Agulha de Le Chatelier
✓ Ensaios em auto clave
Calor de hidratação
Calor de hidratação

▪ Representa o calor gerado pela reação exotérmica (liberação de calor) de


hidratação do cimento.

▪ Importância:
✓ Execução de peças com grande volume de concreto (concreto massa) -
barragens, blocos de fundação...
✓ Fissuras térmicas

▪ Determinação:
✓ Garrafa de Langavant
Resistência Mecânica - Compressão

▪ Resistência à compressão
que atinge um corpo de
prova cilíndrico, 5x10cm

▪ Argamassa para o ensaio:


✓ Areia do Rio Tietê
✓ Água destilada
Resistência Mecânica - Compressão
Sindicato Nacional da Indústria do Cimento

http://snic.org.br/numeros-resultados-preliminares-ver.php?id=64

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