Cimento e Suas Analises
Cimento e Suas Analises
Cimento e Suas Analises
INTRODUO
O objetivo desta apostila fornecer conhecimentos bsicos sobre as atividades desenvolvidas nos laboratrios de controle de qualidade das fbricas de cimento, incluindo processos de amostragem, preparao de amostras e testes fsico-qumicos da rotina de fabricao. Para um melhor aproveitamento deste mdulo, faremos uma breve discusso sobre o processo de fabricao de cimento, sua evoluo, matrias-primas, caractersticas e conceitos de relevncia envolvidos.
2. DEFINIO
O Cimento normalmente definido como sendo um aglomerante hidrulico constitudo basicamente de xidos de clcio, silcio, alumnio e ferro, que quando misturado com gua (em certas propores), endurece, tanto exposto ao ar como submerso em gua. Em relao a outros aglomerantes hidrulicos, o cimento se distingue por apresentar uma resistncia mecnica compresso mais elevada. (Nas normas internacionais, nunca inferior a 250 N/mm2). O cimento como produto final para uso apresentado sob forma de diversas misturas que constituem os diversos tipos, cada um com caractersticas especficas de aplicao. O componente principal dos diferentes tipos de cimento assim obtidos o clinquer portland. da composio qumica e cristalina do clinquer, que derivam as propriedades aglomerantes e hidrulicas dos diferentes tipos de cimento. O segundo componente essencial dos diferentes tipos de cimento, o sulfato de clcio, que comercialmente pode ser encontrado sob diversas formas no gesso natural e artificial. A adio do gesso necessria para regular o processo de endurecimento do cimento. Um outro grupo de componentes, como por exemplo, calcrio puro, escria de alto forno, cinzas volante, puzolanas naturais ou artificiais, podem estar presentes nos cimentos, formando os diversos tipos de cimento definidos por norma, tendo cada um suas caractersticas prprias. Estes componentes contribuem em geral para melhorar algumas propriedades especficas do respectivo cimento. Existem atualmente os seguintes tipos de cimento definidos pelas normas brasileiras: Clinquer + Sulfato de Clcio 100 99 - 95 94 - 56 94 - 76 94 - 90 65 - 25 85 - 55 100 - 95 35 - 70 15 -40 6 - 34 6 - 14 Escria Granul. de Alto Forno Material Pozolnico Material Carbontico
TIPO
SIGLA
CLASSES 25 32 40 25 32 40 25 32 40 25 32 40 25 32 40 25 32 40 25 32
CP-I CP-I-S
Cimento Portland Composto Cimento Portland de Alto Forno Cimento Portland Pozolnico Cimento Portland de Alta Res. Inicial
So considerados cimentos resistentes a sulfatos: Cimento Portland Resistente a Sulfatos Cimentos CP-I e CP-II cujo teor de C3A no clinquer 8,0%. Cimento CP-III com teor de escria > 60,0%. Cimento CP-IV com teor de pozolana 25.0% Cimentos que comprovadamente indicam resistncia a Sulfatos sero designados pela sigla original de seu tipo, acrescida de "RS". Ex. CP-I-S-32-RS, CP-III-32-RS
3. HISTRIA DO CIMENTO
Na antiguidade, os Egpcios usavam gesso impuro calcinado como material aglomerante. J os gregos e romanos usavam calcrio calcinado. Uma evoluo na utilizao do calcrio foi a incluso de cal, areia, pedra moda e gua, o que deu como resultado a utilizao do primeiro concreto. O concreto de cal usado na antiguidade no endurecia embaixo de gua. Mais tarde, porm, descobriu-se que misturando-se cinza vulcnica cal, havia o desenvolvimento da propriedade de endurecimento em submerso, dando como resultado o desenvolvimento do cimento pozolnico. Na idade mdia houve um retrocesso geral na qualidade e usos do cimento. No sculo XVIII ocorreu algum desenvolvimento no campo do cimento, atravs da utilizao de pedras e argilas calcinadas pelos romanos. Em 1824, Josef Aspdin, mediante a queima de uma mistura de argila e rocha calcria moda at que todo o CO2 se desprendesse, obteve um produto que pulverizado tinha a propriedade de enrijecer muito mais rpido e com resistncia muito mais alta que a cal hidrulica. Estava ento estabelecida a base para o que hoje conhecemos como Cimento Portland. A origem do nome Portland devido semelhana da cor e qualidade do cimento endurecido com a pedra Portland, uma pedra calcria oriunda da Inglaterra.
Alm do calcrio, a argila tambm extrada em alguns setores da mina e britada em moinhos de rolos a fim de desaglomerar as partculas. Aps britada, passa assim como o calcrio por uma pr-homogeneizao, em conjunto com o calcrio ou em uma pilha independente. O minrio de ferro e demais matrias-primas so adquiridos de terceiros e no sofrem nenhum tratamento preliminar a nvel de minerao, sendo alimentado diretamente ao moinho de cru.
Moagem de Cru - Consiste na preparao da mistura crua (farinha), atravs do tratamento da matria-prima nos moinhos de bolas e moinhos verticais, para que seja reduzida sua granulometria at cerca de 0,050mm (50microns). A granulometria do cru tem uma papel muito importante na cintica das reaes de clinquerizao. No se pode precisar a granulometria ideal, pois ela varia de material para material, dependendo de suas caractersticas mineralgicas e estruturais. Verificou-se porm que um calcrio compacto de granulao fina reage menos que um calcrio menos compacto e poroso e de granulao fina. Observou-se que para calcrios compactos e quartzo cristalizado, o limite de granulao de 100 microns. Heilmann admite at 5% de partculas calcrias maiores que 150mcrons sem que ocorram problemas de fabricao. As argilas no apresentam problemas de granulao devido ao seu dimetro inferior que 2 mcrons. Ao mesmo tempo que o material submetido moagem, d-se sua mistura e secagem. Clinquerizao - Consiste na etapa que se passa nos fornos rotativos e onde se d a transformao qumica dos minerais naturais (farinha) em minerais sintticos (clnquer). O clnquer pode ser definido como um produto granulado, obtido por tratamento trmico de uma mistura adequada de calcrio e argila at fuso parcial e posterior reao qumica entre os xidos de slica, clcio, ferro e alumnio. um produto constitudo na sua maior parte por silicatos (75%) e em propores menores de aluminatos e ferro-aluminatos clcicos. Os componentes principais do clquer so o C3S (3CaO.SiO2) , C2S (2CaO.SiO2), C3A (3CaO.Al2O3) e C4AF (4CaO.Al2O3.Fe2O3), sendo o C3S o principal destes, j que o maior responsvel pelo desenvolvimento das propriedades de resistncia do clnquer. Sendo assim, podemos caracterizar a clinquerizao como um processo de fabricao de C3S, onde deve-se garantir que este produto esteja presente na quantidade e qualidade adequadas. As reaes que ocorrem para a produo do clnquer so de difuso inica entre slidos. Esta difuso acelerada com o aparecimento de uma fase lquida, localizada na interface dos gros e que comea a se formar temperatura prxima de 1300C. A velocidade de difuso e a capacidade de clinquerizao esto relacionadas quantidade e viscosidade desta fase lquida. O clnquer sai do forno a uma temperatura aproximada de 1200C e sofre um resfriamento para reduzir a sua temperatura para cerca de 100c. Diversos so os tipos de resfriadores existentes. Os mais utilizados so os resfriadores satlites e os de grelhas, sendo estes ltimos os mais eficientes. Moagem de Cimento - O clnquer produzido modo juntamente com outros materiais aditivos (gesso, calcrio, escria, pozolanas). Nesta etapa o cimento produzido segundo as normas de definio e regulamentao do produto. Finalmente, o cimento ensacado e expedido, podendo tambm ser vendido a granel.
Separador
Moinho de Cru
Torre Arrefecimento
P/ moagem de carvo
Eletrofiltro
Depsito de Clnquer
Forno de Clnquer
Torre de Ciclones
Resfriador
Filtro
Filtro
P/ silos de cimento
6.
a-) CALCRIO
Rocha sedimentar que consiste essencialmente do mineral calcita (carbonato de clcio), contendo tambm algumas impurezas em proporo varivel como argilas, slica ou ferro. Existem vrias formas de calcrio, variando a sua composio, cor, estrutura, cristalinidade, etc. As mais comuns so as silicosas, magnesianas, arenosas, etc.
b-) ARGILA
So sedimentos compostos, produzidos pela decomposio dos silicatos alumnicos das rochas eruptivas e metamrficas. As argilas se apresentam de diversas formas, variando sua colorao, dureza, plasticidade, etc. Na fabricao do cimento pode-se utilizar uma ou mais variedades combinadas de tal forma que se cumpram determinados parmetros de composio qumica.
Podemos ento concluir que o teor mnimo aceitvel de 75% de CaCO3, para uma mistura crua conveniente. A composio tpica do calcrio a seguinte: CaO = SiO2 = SO3 = Al2O3 = 48,0 3,0 0,05 1,0 K2O = 0,30 Fe2O3 = 0,8 Na2O = 0,05 MgO = 1,5
ARGILA
Este componente fornece basicamente os constituintes abaixo: Si02 Al2O3 Fe2O3 Na prtica, costumamos classificar os tipos de argilas em funo dos teores dos elementos acima, por exemplo: Argila Silcicas Argila Alumnicas Argila Ferrosa 60% < SiO2 < 70% 19% < Al2O3 < 23% 15% < Fe2O3 < 20%
MATERIAIS CORRETIVOS
Conforme j definimos, so materiais que devem conter em grande concentrao o elemento faltante na mistura crua. Os materiais mais empregados so: Minrio de Ferro Quartzo 60 a 90% 70 a 80% Fe2O3 SiO2
PROPRIEDADES FSICAS
Grau de Finura = mximo de 10% retido na peneira 170# Umidade = 0,50 a 1,0% de gua.
7.
FSC =
Queima difcil da farinha grande contedo de CaO; Tende a causar expansibilidade do cimento tendncia a maior quantidade de CaO livre no clnquer; Aumenta o contedo de C3S maior disponibilidade de CaO; Reduz o contedo de C2S por efeito contrrio ao anterior;
MS =
Um alto valor de MS tm como consequncia: Elevada carga trmica do forno Devido maior presena de materiais no fundentes na farinha, torna-se necessrio queimar uma quantidade maior de combustvel no forno para obter a quantidade de fase lquida desejada; Reduz a quantidade de fase lquida Para uma mesma quantidade de combustvel queimado, a % de fase lquida no forno ser menor, j que a farinha possui menos fundentes; Resulta em clnquer pulverulento Devido menor quantidade de fase lquida; Alto consumo de combustvel e queima difcil; Tende a causar expansibilidade Sendo a queima mais difcil, h maior probabilidade de ocorrnciade CaO livre; Dificulta a formao de colagens Menor quantidade de fundentes;
Um baixo MS:
Deteriora o revestimento refratrio Devido possibilidade de formao de uma colagem de baixo ponto de fuso e que facilmente se desfaz; Favorece a formao de bolas de clnquer de alta dureza;
MA =
Um alto MA resulta:
Al2O3 Fe2O3
Queima mais difcil e maior consumo de combustvel devido a uma fase lquida mais viscosa; Aumenta a proporo de C3A e reduz C4AF maior disponibilidade de Al2O3;
Aumenta a viscosidade da fase lquida a uma temperatura constante maior proporo de xido de alumnio; Alto calor de hidratao devido a presena de C3A; Tendncia a pega rpida do cimento e altas resistncias a pequenas idades Presena de C3A; Um baixo MA, ao contrrio: Resulta em fase lquida mais fluida; Um baixo calor de hidratao;
A 1400C 2,95 Al2O3 + 2.2 Fe2O3 + MgO +Na2O +K2O A 1450C 3,0 Al2O3 + 2.25 Fe2O3 +MgO +K2O OBS: Como o MgO tem uma solubilidade limitada na fase lquida, o percentual do mesmo nas frmulas acima de 2%. Em geral se considera como fase lquida efetiva aquela que se forma a 1450C. A viscosidade da fase lquida se reduz de forma exponencial com o aumento da temperatura. A 1400C pode ser reduzida pela presena adicional de MgO, Fe2O3, MnO. Por outro lado, quando se aumenta o teor de SiO2, aumenta-se a viscosidade da fase lquida, o mesmo ocorrendo em menor grau quando se aumenta o teor de Al2O3. Normalmente o valor de fase lquida deve estar em torno de 25%.
E de mais dois outros componentes secundrios: Oxido de clcio livre Oxido de magnsio livre Cal livre Periclsio
triclcico denominado preferencialmente de alita. Sua formao no forno rotativo ocorre por volta de 1450 C e, durante o seu posterior resfriamento, poder sofrer uma parcial decomposio em CaO e C 2S(belita) reao esta favorecida por um processo de resfriamento lento, especialmente quando se encontram presentes ions Fe2+ decorrentes de condies de queima redutora.
O C3S apresenta um grande nmero de formas polimrficas. Estas formas apresentam pouca variao estrutural. As transformaes so do tipo deslocativas, estando em jogo diferenas de energias to fracas que no modificam sensivelmente as ligares qumicas, resultando que todas as formas polimrficas possuem reatividades comparveis.
FORMA CRISTALINA
Rombodrica (R)
1050C
Monoclnica II (MII)
990C
Monoclnica I (MI)
980C
Triclnica III (TIII)
920C
Triclnica II (TII)
600C
Triclnica I (TI) As variaes no grau de reatividade so mais sensveis desordens estruturais nos cristais de C3S provocadas pela substituio e adio de elementos menores.
Composio Qumica dos Silicatos de Clcio Alita 69.34 -73.30 0.60 - 1.14 0.63 - 1.52 24.20 - 26.64 0.02 - 0.25 0.10 - 0.34 0.46 - 2.05 0.05 - 0.17
Belita 59.70 - 64.20 0.96 - 1.92 0.93 - 1.74 30.90 - 35.20 0.06 - 0.35 0.53 - 2.86 0.23 - 1.10 0.07 - 0.27
7 400 -
Resistncia em Kg/cm2 28 90 180 500 600 700 50 370 520 10% 62% 74%
Com parativo Alita X Belita 800 Resistncia (kg/cm2) 600 400 200 0 7 28 90 180 360
Alita
Belita
Os silicatos de clcio (Alita e Belita) so compostos relativamente instveis. Dependendo das condies trmicas em que foram obtidos e da presena de elementos minoritrios, suas estruturas cristalinas podem ter formas diferentes, o que chamamos de polimorfismo. As molculas cristalinas podem tambm absorver elementos minoritrios que substituem em pequena extenso elementos principais, fenmeno que conhecemos como isomorfismo. Estes fenmenos tem uma influncia direta sobre as propriedades hidrulicas dos silicatos de clcio e portanto, sobre a qualidade do clinquer. Observa-se na prtica que a presena de xidos secundrios, em particular Fe2O3 e MgO, contribuem para a formao de fase lquida menos viscosa, o que um ambiente favorvel para a formao de Alita mais estvel e mais reativa. Um fenmeno particularmente importante a chamada "converso beta-gama" da Belita em temperatura ambiente o que provoca na prtica uma desintegrao das bolas de clinquer, por ser um processo acompanhado de uma expanso volumtrica da ordem de 10%. Abaixo podemos visualizar as formas polimrficas da belita.
Esta reao igualmente rpida na presena de hidrxido de clcio Ca(OH)2, substncia resultante da hidratao da Alita e da Belita. 3CaO.Al2O3 + Ca(OH)2+12H2O ---> 4CaO.Al2O3.13H2O (2)
As duas reaes acima causariam uma pega excessivamente rpida de uma pasta de cimento e, por este motivo, adiciona-se durante o processo de moagem, sulfato de clcio na forma de gesso (natural ou artificial), o qual age como um retardador da pega. A reao de hidratao na presena de sulfatos se realiza segundo a expresso abaixo:
3CaO.Al2O3 + 3(CaSO4.2H2O) + 26H2O ---> 3CaO.Al2O3.3CaSO4.32H2O (Aluminato). +........ (gesso) .......+ .(gua) ---> ....(etringita/trisulfato) 1 volume .......................................................................2 volumes
(3)
No caso das reaes (1) e (2), forma-se rapidamente um aluminato de clcio hidratado cuja forma tubular entrelaada, adquire logo uma certa consistncia o que corresponde ao incio da pega da pasta de cimento. Por outro lado, na reao 3 (hidratao do aluminato na presena de sulfatos), produz-se inicialmente etringita na forma de cristais muito finos que iro recobrindo as demais partculas de cimento durante as primeiras horas de hidratao, no impedindo, no entanto, que estas possam deslizar umas contra as outras de forma que a pasta de cimento permanece plstica. Somente aps este tempo inicial que a etringita forma cristais maiores e agulhados, os quais entrelaam as demais partculas, ocasio em que se inicia a pega. O contedo de sulfato do cimento deve ser necessrio e suficiente para ser consumido totalmente na reao 3, durante as primeiras 24 horas aps a mistura do cimento com gua. Um excesso de sulfato pode causar um fenmeno de expanso na argamassa ou no concreto endurecidos. Por esta razo, todas as normas sobre cimento, fixam limites mximos de SO3 nos cimentos. Na prtica o teor de SO3 total ideal no cimento costuma ficar prximo de 0,3x%C3A. Outra caracterstica de muita importncia que o C3A o componente do clnquer que apresenta o maior calor de hidratao (207cal/g).
Um teor de cal livre acima de 2,5% indesejvel, uma vez que pode causar expansibilidade na argamassa ou no concreto.
fases do clinquer. A maioria das normas internacionais admite como limite mximo de 5% de MgO no clinquer, o que corresponde portanto a uma aceitao de aproximadamente 5 - 2,5 = 2,5% de Periclsio. As normas brasileiras aceitam at 6,5 - 2,5 = 4% de Periclsio. A presena de um teor elevado de periclsio pode causar pela hidratao do mesmo, uma expansibilidade indesejvel na argamassa e no concreto endurecidos.
Tanto a expansibilidade decorrente da cal livre, como a provocada pelo Periclsio, decorrem de reaes de hidratao. CaO + H2O ---> Ca(OH)2 MgO + H2O ---> Mg(OH)2 Apesar do tipo destas reaes ser idntico, a velocidade das mesmas consideravelmente diferente. A expansibilidade da cal livre hidratada se manifesta atravs de fenmenos observveis aps poucos dias de preparo da argamassa ou do concreto, ao passo que os inconvenientes da expansibilidade do Periclsio hidratado podero se manifestar somente aps alguns anos. As reais consequncias prticas deste fenmeno so por este motivo bastante discutidas.
A empresa LECO possui outro tipo de instrumento para anlise de carbono que no usa luz infravermelha mas uma clula condutora de calor. FLUORESCNCIA DE RAIOS X Utilizada na determinao qualitativa e quantitativa de elementos qumicos com nmero atmico superior a 9. A amostra (em forma de pastilha fundida ou prensada) irradiada com radiao de um tubo de raios X. tomos e ons de vrios elementos na amostra so excitados e emitem suas prprias radiaes caractersticas.
Alita
Fase Lquida
Belita
TESTE DE CHOQUE TRMICO DE REFRATRIOS Amostras (35x35x200mm) so cortadas dos tijolos refratrios, secadas e posteriormente aquecidas 1350C em uma mufla por um perodo superior a 15 minutos. Logo em seguida, estas amostras so colocadas em gua fria, onde ficam por 10 minutos. Aps este procedimento, as amostras so investigadas para avaliar se ocorreu algum tipo de trinca ou quebra. Esta amostra ento submetida a um ciclo de 20 aquecimentos e resfriamentos no devendo apresentar problemas de quebra ou trinca. Este teste executado em novos refratrios entregues fbrica em casos onde haja dvidas a cerca de sua qualidade. ANLISE TERMO-DIFERENCIAL (DTA) Consiste na determinao quantitativa das mudanas energticas devidas reaes endo e exotrmicas de materiais submetidos aquecimento (temperatura mxima de 1500C). Uma amostra de aproximadamente 100mg pesada em uma cadinho de platina e colocada no forno do DTA. Um segundo cadinho com Al2O3 usado como referncia. Tanto a amostra quanto a referncia so aquecidas no mesmo queimador de acordo com um gradiente de temperatura definido. As temperaturas da amostra e da referncia so medidas continuamente e a diferena registrada.
A fim de relacionar a diferena de temperatura com a troca de energia necessrio realizar uma calibrao preliminar do sistema no intervalo de temperatura de interesse.
Descarbonatao
Avaliao das transformaes endo e exotrmicas na fabricao de cimento ANLISE TERMO-GRAVIMTRICA (TGA) Consiste na determinao quantitativa da perda ou ganho de massa de uma amostra submetida a um aquecimento de no mximo 1000C. Uma amostra de 1g pesada em um cadinho de platina que contm um filamento do TGA. A amostra aquecida uma taxa definida. O peso da amostra determinado e registrado continuamente, ou em valor absoluto ou percentagem do valor inicial. Este mtodo muito utilizado na investigao da decomposio, desidratao e oxidao de substncias, por exemplo: Determinao do grau de hidratao e carbonatao do clnquer ou cimento hidratado; determinao de gua de hidratao de gesso, etc. ANLISE TERMO-DIFERENCIAL DE VARREDURA (DSC) Utilizada para a determinao qualitativa e quantitativa de mudanas de energia em materiais submetidas a um aquecimento, isotrmico ou no isotrmico (temp. mxima de 600C). Cerca de 10 a 100mg de amostra pesada em um cadinho de Al ou Pt e colocada numa fornalha juntamente com um cadinho vazio de referncia. Ambos cadinhos so submetidos mesma variao de temperatura em iguais condies atmosfricas. As diferenas de temperatura entre a amostra e a referncia (devido a mudanas energticas) so compensadas pelo fornecimento de calor via um resistor. O calor de reao determinado pela determinao da energia total fornecida ao sistema.
clnquer e o gesso; por outro lado, serve como dado necessrio para o clculo da finura pelo mtodo da permeabilidade ao ar Blaine. Sendo a massa especfica a quantidade de massa contida em uma unidade de volume, preciso que se faa duas medies: primeiro a determinao de uma quantidade de cimento por intermdio de uma balana; a seguir, medir o volume absoluto desta quantidade, ou seja, o volume ocupado pelos seus gros, excluindo os vazios entre eles e os formados pelas trincas, pequenas bolhas de ar, vesculas, etc, existentes em cada uma das partculas. A primeira medio - massa- uma operao simples de se executar numa balana analtica. Para a segunda medio o volume - existem dois procedimentos principais: o ensaio com picnmetro e ensaio com o volumenmetro de Le Chatelier (comumente denominado frasco de Le Chatelier). A tcnica do picnmetro permite alcanar uma preciso de at 0,001 cm3 em um laboratrio suficientemente equipado, mas um trabalho delicado e demorado. Para ensaios de rotina usado o frasco de Le Chatelier, cuja determinao, simples e rpida, permite atingir uma posio de 0,01 cm3. A norma brasileira MB-346 especifica que a determinao da massa especfica seja feita pelo uso do frasco volumtrico de Le Chatelier (figura abaixo), no qual a determinao do volume de um corpo medido atravs do deslocamento de um lquido, sendo que o aumento do volume lido diretamente na escala do frasco. O volume de lquido deslocado o prprio volume do corpo imerso. No frasco de Le Chatelier, o deslocamento de volume que, lido na escala graduada, varia de 17 a 24 cm3 . A massa especfica da maior parte dos cimentos brasileiros est compreendida no intervalo de 2.90 a 3.20 g/cm3. Portando os limites de massa que podem ser introduzidos no frasco varia de 49 a 77 g. No caso especfico da ABCP. sempre utilizado no ensaio 6O g de cimento.
50 mm
11,3 mm
90mm
b) c)
Frasco volumtrico de Le Chatelier - de 250mm de altura com ampola de cerca de 250cm 3 de capacidade at zero da escala. Banho termorregulador - recipiente capaz de manter a temperatura da gua nele contida com uma variao inferior a o 0,1o C durante o ensaio. d) Lquido de medio - deve ser um liquido que no reaja com o cimento e que no seja multo voltil. Normalmente so utilizados o xilol ou querosene isentos de gua. e) Acessrios
Frasco de vidro de aproximadamente 250 cm3 do capacidade, com tampa, para conter a amostra. Funil de vidro com haste longa para introduzir o lquido no frasco. Funil de vidro com haste curta para introduzir amostra de cimento. Barra de vidro ou metal de 2 a 3mm de dimetro para forar a passagem do cimento pelo funil. Pincel pequeno para limpeza do p nos acessrios. Placa de borracha com aproximadamente 20 x 40 cm. Termmetro de preciso, com graduao de 0,10 C. Escova cilndrica de cerdas com aproximadamente l5mm de dimetro.
10.2.3. Procedimento
Limpar com auxilio da escova cilndrica, o tubo graduado do frasco de Le Chatelier, secando-o, em seguida em estufa. Aps a secagem, com o frasco temperatura ambiente, introduzir, com auxlio do funil de haste longa. uma quantidade suficiente de lquido de medio, de maneira que o nvel fique compreendido entre as marcas 0 e 1 cm 3. Tampar o frasco com a rolha de vidro. Submergir o frasco no banho termorregulador durante o tempo necessrio para que ocorra o equilbrio trmico, que de aproximadamente 20 minutos. Fazer a leitura inicial Vi do nvel na parte inferior do menisco do lquido, com preciso de 0,05 cm3 registrando-a na ficha de ensaio. Agitar energicamente durante 10 segundos o frasco contendo a amostra e pesar uma massa de aproximadamente 60g de cimento(massa M) com preciso de 0.001g. Introduzir o cimento no frasco, com auxlio do funil de haste curta e da barra de vidro ou metal, tomando cuidado para que no haja perda do material, ou que partculas fiquem aderidas aos acessrios, que devem ser limpos com o pincel.
6 10 mm mm
72 mm
Em seguida, tampar o frasco e retirar o ar que ficou aprisionado na camada de cimento, girando o frasco, ligeiramente inclinado, alternadamente numa e noutra direo sobre a placa de borracha. Colocar novamente o frasco no banho termorregulador at que ocorra o equilbrio trmico. Fazer a leitura final V f do nvel do lquido na parte inferior do menisco registrando-a na ficha com preciso de 0.05cm 3. A diferena entre as temperaturas do banho termorregulador na ocasio das determinaes de Vi e Vf, no deve ser maior que 0,1o C.
e Vf 200
corr
= = = =
massa especfica (g/cm3) massa do cimento (6Og) volume final corrigido (cm3) volume inicial corrigido (cm3)
10.5. Erros na execuo do ensaio 10.5.1. Erros causados pelos equipamentos e lquido de medio a)
Frasco de Le Chatelier - A grande maioria dos erros sistemticos na determinao da massa especifica do cimento provem das caractersticas do frasco. O colo do frasco pode apresentar erros de at 0,4 cm3 da escala graduada. Portanto devem ser aferidos em um laboratrio de metrologia.
b)
Liquido de medio - A escolha do liquido de medio deve atender aos seguintes requisitos: viscosidade no muito alta para facilitar a eliminao do ar e o escoamento rpido pelas paredes de vidro, volatilidade baixa para evitar perdas entre os instantes das leituras inicial e final e ausncia de gua para evitar reaes qumicas com o cimento. Os lquidos que melhor satisfazem a estas condies so o xilol (densidade 0,86), querosene (densidade de 0,74 a 0,78) e essncia de terebentina (densidade 0,88).
Aps cada ensaio o lquido com cimento pode ser filtrado em papel filtro ou algodo e recuperado para o uso. No caso em que esteja contaminado com gua a desidratao pode ser feita colocando-se alguns flocos de cloreto de clcio anidro no fundo do recipiente filtrando o lquido, aps a absoro da gua.
c)
Banho termorregulador - A funo do banho tornar iguais as temperaturas do lquido de medio com intuito de que as leituras iniciais e finais sejam feitas a mesma temperatura, para evitar mudanas no volume pela dilatao ou contrao do lquido em que est colocado o cimento. Se o volume da gua no banho muito pequeno, a temperatura vai variar facilmente com as mudanas de temperaturas ambiente, portanto, preciso que o banho tenha uma capacidade mnima e esteja convenientemente isolado. Para determinaes precisas e conveniente equipar o banho com um sistema termostato com refrigerao e aquecimento que permita manter permanentemente uma temperatura constante. Um banho adequado deve ter um volume de pelo menos 10 litros de gua por cada frasco Le Chatelier e o frasco deve ficar apoiado sobre uma grade ou suporte intermedirio. O banho deve ficar num local onde no existam correntes de ar, aquecedores ou aparelhos que irradiam calor ou que haja possibilidade dos raios de sol ating-lo. No caso das mudanas de temperatura do banho serem superiores a 0,1o C dentro do perodo de uma hora e prefervel utilizar um banho termosttico com preciso de 1/100C munido de sistema de agitao da gua.
b)
d)
e)
f)
g)
M = -----V ----
= -------- + -------M V
V = Vf Vi V = Vf +Vi = 0,05 Vf = Vi = 0,025 0,001 0,05 dr = ------ = -------- + ------- = 0,0025 60 20 = 0,01 11. DETERMINAAO DA FINURA
a
11.1. Introduo
Na fabricao do cimento portland, as matrias primas basicamente, argila e calcrio, so submetidas a operaes de cominuio (moagem) para atingirem uma determinada finura, ou seja, necessrio que suas partculas tenham um dimetro suficientemente pequeno para que seja possvel a ocorrncia das reaes qumicas no forno, dando como produto, um clnquer de boa qualidade. Uma vez obtido o clnquer, este ser tambm submetido a operaes de cominuio, juntamente com as adies (gesso, pozolana, escria, etc), at que seja obtido um material finamente dividido. Novamente a finura ter um papel importante. agora ligado dos fenmenos da pega e do endurecimento do cimento. Pelo exposto, torna-se importante o conhecimento da finura do material, o que materializado mediante a determinao da curva da distribuio granulomtrica (figura abaixo). Essa no entanto requer ensaios complexos e algumas vezes demorados, como por exemplo o ensaio de sedimentao. Entretanto possvel uma avaliao da finura de um conjunto de gros atravs do conhecimento de algumas caractersticas dos ramos inferior e superior desta.
P (%) Peneiramento
Superfcie Especfica
Existem dois ensaios, peneiramento atravs da peneira ABNT 0,O75mm e rea especifica, que cumprem os requisitos de praticidade, rapidez e baixo custo, e que caracterizam respectivamente, os ramos superior e inferior da curva granulomtricatrica. importante que os resultados dos ensaios mencionados sejam examinados em conjunto, por exemplo: um cimento portland com pequenas adies de substncias moles, ou seja, de alta moabilidade. Estas adies iro produzir uma grande quantidade de gros ultra finos, e se analisar-se somente sua superfcie especifica que fortemente afetada pelas partculas ultra finas, corre-se o risco de concluir erroneamente sobre a finura do cimento como um todo. Por exemplo: um teor de 0.1% de partculas de tamanho 0,1 m num cimento corresponde a uma rea especfica de 200 cm2/g e um teor de 0,1% de gros de tamanho 0.01 m apresentam uma rea especfica de 2000 cm2/g. Superfcie
Especfica
(volume) = 1 x 1 x 1 = 1 cm 3
Se o cubo for cortado pela metade segundo trs planos ortogonais sua massa no ir alterar-se, mas a rea superficial aumentara para 12 cm2. Repetindo o processo com cada um dos novos cubos obtidos, como mostra o quadro a seguir, pode-se notar que a rea superficial aumenta em progresso geomtrica de razo 2, permanecendo constantes as demais caractersticas do material.
Diviso n0
Lado dos cubos (cm) 1 0,5 0,25 0,125 0,0625 0,03125 0,015625 0,0078125 0,0039062 0,0019531 0.0009765 0,0004882
Nmero de cubos
Superfcie total (cm 2) 6 12 24 48 96 192 384 768 1.536 3.072 6.144 12.287
Superfcie especfica (cm 2/g) 1,90 3,81 7,62 15,24 30,48 61,95 121,90 243,81 487,62 998,09 1.950,48 3.900,63
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
13
0,0002441
68.194.476.736
24.574
7.801,40
Em termos tericos o quadro acima pode ser interpretado no sentido de que para os cimentos portland usuais com superfcie especfica compreendida entre 2.500 a 4.000 cm2/g, se todas as partculas fossem cubos iguais em tamanho, 1 grama de cimento estaria formada por: aproximadamente 3 bilhes de gros (cubos de cerca de 4m) at aproximadamente 600 milhes de partculas (considerando cubos de ao redor de 8 mm). O exemplo dado um modelo simplificado do processo de moagem do clnquer indicando o aumento da superfcie especfica quando o material subdividido sucessivamente em partculas mais finas. Na prtica, a maior parte dos cimentos nacionais apresentam superfcies especficas desde 3000 cm2/g at 4500 cm2/g podendo tambm serem encontrados valores fora desta faixa. Logicamente, as partculas destes cimentos no se apresentam como cubos idnticos de igual tamanho, como no exemplo, mas tem formas irregulares ligeiramente arredondadas e com dimenses que normalmente se estendem entre 0,1m at 100m. Um dos processos de medio da superfcie especfica dos cimentos mediante a tcnica da permeabilidade ao ar, sendo que um dos ensaios que operam com base neste princpio o idealizado por Robert L. Blaine cuja aparelhagem muito simples e fcil de operar e seu uso no Brasil especificado pela norma ABNT MB-348.
Tubo Manomtrico A 12 13 1 7 A 2
70 110 B
mbolo 20*
13*
Clula G
ESPESSURA de 1 a 1,5
F =J-H
3 A 5 K 6
4
J L H
E 16*
NMERO 1 2 3 9 4 5 6 10 7 8, 9, 10, 11 9 12 13 14 15
DESIGNAO
MEDIDAS RECOMENDADAS
MBOLO A 50 CHANFRO CLULA B = 135 25 CAMADA DO MATERIAL COMPACT DISCO DE PAPEL FILTRO C = 275 25 DISCO PERFURADO TUBO MANOMTRICO D = 23 1 3 MARCAS 6 ACOPLAMENTO DA CLULA CORTE=AA 15 J 50 11 REGISTRO 14 MANGUEIRA DE SECO K = 0,8 0,2 PERA DE ASPIRAO L = 0,9 0,1 C
15
G.01
15
O ensaio de peneiramento consiste simplesmente na separao da amostra em duas pores, tendo uma delas todas as partculas maiores que uma certa dimenso e a outra poro as partculas menores. A dimenso mencionada nada mais do que os espaamentos entre os fios que formam a malha da peneira. Na especificao EB-22 encontra-se a srie normal de peneiras, com aberturas que variam desde 108mm at 0,037mm, sendo que apenas aberturas normais menores que 0,150mm apresentam interesse para anlise de cimentos. O ensaio de peneiramento de cimento especificado pelas normas brasileiras realizado na peneira ABNT 0. A adoo desta peneira reside no fato que, do ponto de vista prtico as partculas maiores que 0,060mm no contribuem significativamente na resistncia aos 28 dias de idade.
d)
e)
Fluido manomtrico: o manmetro deve estar preenchido at a marca inferior com um fluido de baixa viscosidade no voltil ou higroscpio. O lquido normalmente fornecido com o aparelho o ftalato de dibutila C6H4 (COO . CH C9)2 com corante para facilitar a leitura no menisco. Funil de vidro ou plstico rgido: deve ter entre 60 a 80mm de dimetro na boca e haste com 4 a 6mm de dimetro interno, com comprimento mximo de 2cm. Esptula: tipo meia cana.
f) g)
h) i) j)
Termmetro: com preciso de 0,50 C. Pincel: de cerdas macias e com dimetro de 10mm aproximadamente. Base: para manter em posio vertical a cpsula de permeabilidade durante o enchimento. Consiste em um bloco de madeira com base quadrada de 6 a 8 cm de aresta, 3 a 4 cm de altura e um furo na face superior de dimetro e profundidade suficientes para dar lugar conexo macho da cpsula. Vidro-relgio: de dimetro entre 40 a 60mm. Frasco de vidro: o frasco de vidro com tampa deve ter aproximadamente 250ml de capacidade.
k) l)
11.2.3. Procedimento
a) Massa do cimento - A massa do cimento utilizada no ensaio calculada segundo a expresso:
M = . V cam
onde: M
(1 - e)
= Massa do cimento em gramas, = Massa especfica do cimento, em g/cm3, determinada segundo ABNT MB-346, = Porosidade da camada que depende da finura e do tipo de cimento e deve ser escolhida de maneira que a camada seja facilmente compactada. Pode-se tomar o valor 0,500 como ponto de partida.
cam
= Volume da camada do material (o valor de V cam determinado por aferio e consta na etiqueta de identificao afixada no aparelho).
b) Colocar sobre o disco perfurado, depositado no fundo da cpsula, um disco de papel filtro, pressionando-o levemente sobre o primeiro com um basto de madeira na extremidade plana. c) Lanar a amostra, cuja massa foi determinada de acordo com a, com auxlio do funil, no interior da clula, golpeando-a suavemente de encontro a uma superfcie de madeira at que a parte superior do cimento nela contida fique com uma superfcie aproximadamente plana, cobrindo-a a seguir com outro disco de papel filtro. Introduzir o mbolo de compactao na clula, pressionando-o suave e continuamente at que o rebordo encoste na borda superior da cIula. Quando isto no for possvel, repetir o procedimento a partir do item a, mas fixando uma porosidade e maior que a primeira. Caso o mbolo desa praticamente pela ao de seu prprio peso at encostar na clula, deve ser repetido o procedimento a partir do item a, fixando uma porosidade menor que a anterior. Uma vez obtida a compactao adequada, retirar o mbolo lentamente e sem movimentos giratrios. Conectar a clula ao tubo manomtrico. Para garantir a vedao perfeita da juno macho-fmea, recobrir a superfcie inferior externa da clula com uma pelcula de vaselina.
d)
e)
f)
Mediante aspirao com a mangueira, mantendo-se a vlvula do ramo lateral aberta, deslocar o lquido manomtrico da sua posio de equilbrio at atingir a marca superior do tubo manomtrico. Fechar a vlvula. Com a sub-presso formada no tubo, abaixo da clula, o ar forado a fluir atravs da camada porosa de cimento, o fluido manomtrico vai levemente retornando sua posio de equilbrio. O cronmetro deve ser acionado quando o nvel do fluido passar pela segunda marca e desligado quando atingir a terceira marca (tempo t). Anotar a temperatura T nas proximidades do aparelho.
11.2.4. Clculos
O clculo da superfcie especfica dado pela expresso:
Sm
K6 . V e 3 . V t = --------------------------- . (1 e) . V
onde: Sm e t K6 = Superfcie especfica de massa em cm2/g = Porosidade da camada =Tempo em segundos = Massa especfica do material em g/cm3 = Viscosidade dinmica do ar em poises = Constante de calibrao do aparelho, em poises1/2 . cm-1 . s-1/2
b)
Manmetro - Antes do aparelho ser calibrado preciso lav-lo com um solvente orgnico, depois, com detergente e gua. Uma vez seco, preench-lo com soluo sulfo-crnica deixando-o por oito horas para finalmente lav-lo com gua destilada e seca-lo em estufa. Esta operao deve ser executada por um qumico experimentado. A limpeza interna do tubo fundamental para o escoamento uniforme do lquido manomtrico pelas paredes. A conexo esmerilhada com a clula e a vlvula devem ser vedadas com lubrificantes de
consistncia adequada: se for muito fluida a vedao vai ser inadequada e haver o perigo do seu escoamento at o lquido manomtrico. Se for muito rgida vai dificultar girar a vlvula e encostar a clula. Pode-se usar vaselina ou uma graxa silicone de consistncia simlar. Cada vez que o lubrificante entrar em contato com o lquido manomtrico deve-se esvaziar e submeter o manmetro a nova limpeza. c) Liquido manomtrico - O lquido manomtrico deve preencher o tubo de vidro exatamente at a marca inferior e importante que esse nvel seja mantido igual. Imediatamente aps um ensaio o nvel fica sempre um pouco mais baixo que a marca, entretanto, alguns minutos aps o menisco deve coincidir com ela. Pode acontecer que por um aumento de temperatura o nvel do lquido ultrapasse a marca mas neste caso no deve ser retirada nenhuma quantidade de lquido, basta comprovar que temperatura normal o nvel esteja certo. De preferncia usar o tipo de lquido especificado na norma (dibutilflalato), pois outros podem ter viscosidades diferentes e serem higroscpios ou volteis. A viscosidade no deve mudar sensivelmente com a temperatura.
O aparelho deve ficar bem apoiado sobre a mesa e em posio vertical para que possa ler corretamente a passagem do menisco pela marca do manmetro.
b)
d)
b) c) d) e) f)
Peneira - A peneira com abertura da malha de 0,075mm deve cumprir os requisitos indicados na norma ABNT EB-22; a tranagem da malha deve ser do tipo unida e deve estar provida de tampa e fundo. Pincel - Com haste de madeira de 25cm de comprimento para limpar a peneira e com dimetro de aproximadamente 20 a 30 mm. Vidro relgio O vidro relgio com 80 a 180mm de dimetro Frasco - Frasco de vidro com tampa com aproximadamente 250ml de capacidade. Pano - Pano de algodo para limpeza.
11.3.2.2. Execuo
Determinar uma massa de 50g de cimento com preciso de 0,01g, transferindo-a para a peneira que deve estar limpa e seca, munida de fundo. Procede-se ao peneiramento que consta de trs etapas. a) b) Eliminao da maior parte de finos - Este o peneiramento inicial e o operador deve imprimir ao conjunto, sem tampa, um movimento alternativo horizontal, com os pulsos, durante o tempo necessrio para que a maior parte dos finos passe ao fundo. O tempo deste peneiramento variam de 3 a 5 minutos. A peneira acoplada a um sistema de vcuo que ir facilitar a suco das partculas finas e tornar o ensaio mais rpido e eficiente.
11.3.2.3. Clculo
Calcula-se a finura do cimento, por peneiramento na peneira n0 200 (0,075mm), mediante a frmula:
R (100 . C) F = ------------------50
onde:
F = finura do cimento pelo resduo retido na peneira em porcentagem R = resduo retido na peneira, em gramas com preciso de 0,01g C = fator de correo da respectiva peneira
a perda de material durante o peneiramento. No ato da compra convm selecionar as peas que apresentam o melhor ajuste. Nenhum dos elementos metlicos deve ter furos ou trincas e todas as superfcies devem ser lisas. A tela a parte mais importante do conjunto e deve cumprir com as exigncias da norma EB-22 para as aberturas e dimetros dos fios e deve estar esticada e afixada ao caixilho mediante solda contnua em todo o bordo. Os fios da malha devem ser perpendiculares entre si e o percurso de um fio entre os dois pontos de fixao ao caixilho deve ser reto e sua tranagem deve ser do tipo unida. A teIa deve ser examinada antes de cada uso para a percepo de furos ou trincas eventualmente provocados pelo ensaio anterior.
ARMADURA UNIDA
ARMADURA CRUZADA
As peneiras utilizadas em ensaios devem ser aferidas. As telas so normalmente constitudas em lato, bronze, ao inoxidvel ou nylon e a lavagem das peneiras novas feita com benzeno, gasolina ou tetracloreto de carbono para eliminar a poeira, graxa ou gordura. O lcool no deve ser utilizado pois dissolve o verniz de proteo dos caixilhos de lato. Durante a lavagem, a tela deve ser tocada s com o pincel. Pelo uso, as aberturas podem ficar entupidas com gros de cimento e difceis de serem removidos com o pincel sem danificar a tela. Neste caso, a lavagem pode ser feita com uma soluo de cido clordrico 1:10 e logo aps com quantidade suficiente de gua destilada e seca em estufa a 105 110C Os fios do pincel devem ser suficientemente rgidos que permitam limpar a peneira mas sem danificar a tela e a presso exercida com ele sobre a tela no deve flexion-la.
Determinao da massa - A massa lquida de cimento para o ensaio deve ser exatamente de 50,00 gramas. Tarar cuidadosamente o recipiente e evitar perdas durante a transferncia para a peneira.
pasta de cimento com ndice de consistncia normal, que nada mais do que a mistura padronizada do cimento e gua que apresenta propriedade reolgica constante, utilizada para a verificao de duas importantes caractersticas do cimento portland: tempo de pega e instabilidade de volume devido cal livre. Para que a execuo dos ensaios seja uniforme para todos os cimentos, de maneira que os resultados sejam comparveis, necessrio que as pastas de cimento apresentem as mesmas caractersticas. Como se trata de pastas, se forem igualadas as viscosidades, que uma de suas principais propriedades, ter-se- todos os ensaios nas mesmas condies. Esta viscosidade padro denominada como consistncia normal e seu valor foi fixado de forma que as condies de ensaio, como por exemplo enchimento dos moldes, fossem as melhores possveis.
Para a determinao das caractersticas reolgicas existem diversos meios, corno por exemplo, os viscosmetros de cilindros coaxiais, cones de escoamento, penetrmetros, etc. A opo do uso de um destes ensaios depende principalmente do nvel de viscosidade da pasta, e no caso das de cimento portland utiliza-se o ensaio de penetrao com a sonda de Tetmajer pela simplicidade e rapidez. Estas viscosidades da pasta, mais conhecida como consistncia e seu valor padro, a denominada Consistncia Normal, funo de diversos parmetros, corno a quantidade de gua, finura do material composio mineralgica tipos e teores de adies, etc. Portanto, necessrio que a determinao da Consistncia Normal para cada cimento seja feita por tentativas. O trabalho pode ser simplificado levando em conta que a penetrao da sonda varia quase linearmente com a quantidade de gua de amassamento, permitindo assim o clculo da quantidade de gua que fornea a Consistncia Normal, porm, esse valor necessita ser confirmado experimentalmente.
c)
d) e)
Cronmetro: com preciso de 1 segundo. Forma: deve ser de material no absorvente e no corrosivo. Seu formato tronco cnico, com dimetro superior de 70mm, inferior de 80mm. Altura de 40mm e espessura de paredes maior ou igual a 5mm. Deve ser apoiado sobre uma placa de vidro com 6mm de espessura. Aparelho de Vicat: consta basicamente de duas partes, o suporte do molde e a haste. Nesta, em uma extremidade est localizada a sonda de Tetmajer e na outra a agulha de Vicat (utilizada no ensaio de pega).
f)
Observao: importante que se faa revises freqentes na aparelhagem: aferies, limpeza e lubrificao da haste em contato com o suporte. Esta lubrificao deve ser feita com uma leve camada de leo de viscosidade muito baixa para evitar alterao na velocidade de queda da haste durante o ensaio. O aparelho deve estar sempre isento de ferrugem. As extremidades da haste - sonda e agulha - devem ficar isentas durante o ensaio. O peso do conjunto mvel do aparelho deve ser controlado para que cumpram com as especificaes da norma. Os dimetros da agulha e sonda devem ser verificados com micrmetro em vrios pontos do seu comprimento. Tanto a agulha como a sonda devem ter comprimento maior que a altura do molde, serem rigorosamente retos e terem as suas superfcies planas e perpendiculares ao eixo. A haste deve ser mantida limpa e lubrificada com uma pequena camada de leo fino na zona de contacto com o suporte, devendo deslizar livremente pelas guias.
280
90
34
20
200
110
2 110 12 0,5
210 45
Recipiente e Esptula
Aparelho de Vicat
12.2.3. Condies ambientes
O ensaio deve ser realizado em ambiente com temperatura na faixa de 23 20C e umidade relativa superior a 50%. importante tambm que a gua e o cimento estejam com a mesma temperatura da sala de ensaios.
c)
Amassamento da pasta - Coloca-se as 400g de cimento em forma de coroa no tacho. No centro deste adiciona-se gua cuja massa conhecida, e aciona-se o cronmetro para marcar os tempos abaixo relacionados: Durante o primeiro minuto, com a ajuda da esptula, mistura-se bem o cimento com a gua lentamente. Nos prximos 5 minutos, com o auxlio da esptula, provoque um amassamento enrgico na mistura da seguinte maneira: concentra-se toda mistura em uma poro sob a forma de um arco de circunferncia, no fundo do tacho, de modo que este arco tenha uma flexa com aproximadamente 5 cm devendo ficar a poro diametralmente oposta ao operador. O amassamento vai ocorrer pelo deslocamento enrgico com a esptula de sucessivas pores pequenas desde a posiao inicial para a posio diarnetralmente oposta (esta operao ser considerada como sendo um ciclo), em cada deslocamento a poro de pasta deve ser apertada contra a parede do tacho. Toda poro deve ser passada de uma posio para a outra, em partes aproximadamente iguais em 20 at 30 ciclos. Terminada de passar toda poro da um
Fig. 6
lado para outro, gira o tacho em 180o e repete-se a operao descrita acima. Estas operaes sero repetidas durante 5 minutos de tal forma que, durante cada minuto, se tenha realizado 160 a 180 ciclos.
d)
Enchimento da forma - Deve ser feito com auxlio da esptula. importante notar que a pasta deve ser introduzida no molde sem produzir um adensamento, mas sim dever ser bem distribuda no molde. Raspa-se o topo deixando-o uniforme. Em seguida, coloca-se a forma com a pasta na base do aparelho de Vicat fazendo com que a sonda de Tetmajer fique no centro do molde. Ponha a sonda em contato com a superfcie da pasta e prenda a sonda com o parafuso de fixao da haste. O tempo necessrio para esta operao dever ser de 30 segundos. Passando este tempo, solte o parafuso de fixao da sonda de maneira que ele penetre na pasta por ao do seu peso prprio. Aps 30 segundos, faz-se a leitura. A consistncia da pasta dita normal quando a leitura na escala for 6 1mm.
No caso de ocorrer leituras maiores ou menores que 6 1mm, deve ser mudada a quantidade de gua. No permitido o reaproveitamento ou a execuo de duas medidas de consistencia de uma mesma pasta, em hiptese alguma.
12.3.4.
Apresentao do resultado
Existem dois pontos bastantes caractersticos (t1 e t2) onde ocorrem mudanas bruscas na reologia da pasta. No primeiro d-se o incio do crescimento brusco da viscosidade e geralmente no ocorre antes de uma hora aps a adio da gua. A este tempo t1, convencionou-se chamar por tempo de incio de pega. No segundo ponto (t2), ocorre a passagem da pasta do estado plstico para o estado slido, convencionou-se cham-lo por tempo de fim de pega. A importncia prtica do ensaio verificar se as adies de gesso esto nos teores pr-estabelecidos, urna vez que este que controla o fenmeno de pega no cimento. No caso de concretagens, o concreto precisa ser lanado no estado plstico, portanto, tendo-se o conhecimento do incio de pega do cimento, pode-se associ-lo ao concreto, estimando o tempo mximo possvel para seu lanamento.
a)
b) c)
Preparar uma pasta, com consistncia normal, cujo teor de gua foi determinado de acordo com o tem anterior. O procedimento de amassamento o mesmo do referido captulo. O zeramento da escala e o posicionamento inicial da agulha igual ao procedimento descrito para a operao com a sonda de Tetmajer. Aps certo intervalo de tempo, fazer a penetrao com a agulha de Vicat, que deve descer suavemente com velocidade constante e lenta, ao contrrio do que feito no ensaio de consistncia normal. Define-se como incio de pega quando a agulha estacionar a 1 mm do fundo do molde. Os intervalos entre cada penetrao, at que ocorra a pega depende de cada cimento. Como valor de referncia executar penetrao de 15 em I5 minutos.
A reao qumica entre o cimento e a gua produz inicialmente um enrijecimento da pasta (estgio plstico) e a seguir um endurecimento (estgio slido). Nos cimentos considerados normais estas reaes qumicas provocam ligeiras mudanas no volume da pasta de cimento, ou seja, a soma do volume absoluto do cimento mais o volume da gua adicionada quando misturados inicialmente no rigorosamente o mesmo quele que a pasta apresenta aps um certo tempo de hidratao (o volume final pode ser at 6% menor que o inicial, dependendo das condies sob as quais se desenvolve a hidratao). Nos cimentos que podem ser denominandos anormais, alm da reduo de volume descrita pode existir simultaneamente um aumento considervel do volume da pasta ao longo do tempo devido reaes
qumicas de alguns compostos com gua de amassamento. Este aumento de volume no apenas anula a contrao mais pode dar origem a um volume final ainda maior que a do volume inicial com a consequente induo de tenses internas de frao que podem gerar desde trincas superficiais at um desagregamento completo da massa de pasta. As substncias que podem provocar estas instabilidades de volume indesejveis so principalmente: a cal livre (xido de clcio no combinado), o sulfato de clcio em dosagens muito acima do necessrio para regularizar o tempo de pega e o xido de magnsio em forma cristalizada (periclsio) que ao reagirem com a gua, formam compostos hidratados que ocupam um volume que pode ser vrias vezes maior que o das mesmas substncias em forma anidra, aumento este que tende a expandir o resto da massa. Esta expansibilidade medida mediante o ensaio da pasta com consistncia normal no aparelho denominado agulha de Le Chatelier em duas modalidades: em gua fria ou em gua em ebulio.
O ensaio a frio destina-se a determinar se h um excesso de gipsita ou anidrita e o ensaio a quente se h quantidades ou estruturas de cal livre que possam provocar instabilidades de volumes acentuadas, se bem que o ensaio a frio tambm pode revelar parcialmente esta condio. A expanso causada pela hidratao do periclsio no praticamente acusada pelo ensaio a quente dentro das condies experimentais. O aumento de volume da pasta, e que medido pelo ensaio de expansibilidade, serve de idia do aumento de volume que se dar nos concretos da obra, feitos com o mesmo cimento. Dependendo do aumento do volume, que ir ocorrer no concreto, ser prejudicial pea concretada dando problemas na estrutura.
Agulhas de Le Chatelier - A agulha de Le Chatelier, empregada na medida da expansibilidade da pasta de cimento, costituda de um cilindro, com 3Omm de dimetro e 3Omm de altura em chapa de lato de 0,5mm de espessura, fundido segundo uma geratriz e ao qual, de cada lado de fenda, deve ser moldada uma haste do mesmo material com 15Omrn de comprimento e extremidade em bisel. Estas hastes so soldadas na metade da altura do cilindro devendo ficar uma encostada na outra.
165
chapa de vidro 30
Agulha de Le Chatelier
Nota: Com o tempo as agulhas vo perdendo suas propriedades elsticas, e mesmo algumas so fabricadas fora das especificaes. Devido a isso cada agulha deve ser aferida, sendo que esta consiste em se prender umas das hastes a uma pina fixa, to prximo quanto possvel de sua ligao com o cilindro, de modo que a outra haste fique aproximadamente em poso horizontal, e, pendurando-se um peso de 300g no lugar em que esta haste se destaca do molde a extremidade dessa deve afastar-se de 15 a 30mm de sua posio inicial. a) Bandeja - deve ter altura suficiente para que a parte cilndrica da agulha fique submersa quando a bandeja estiver cheia de gua.
b)
b)
Enchimento das agulhas - A quantidade de pasta obtida suficiente para a moldagem de 6 agulhas de Le Chatelier sendo que 3 delas iro para o ensaio a quente, e as outras 3 para o ensaio a frio (quando necessrio). Coloca-se a agulha pela base do cilindro sobre uma chapa de vidro lubrificada com leo mineral fina (para evitar a aderncia da pasta no vidro), e com a ajuda de uma cpsula fina preenche-se as mesmas com a pasta de consistncia normal. Depois de preenchida, acertado o topo, coloca-se em seguida outra chapa de vidro, tambm lubrificada, em cima, colocando-se sobre esta um peso suficiente para que o cilindro no tombe devido ao peso das hastes. Cura inicial - Terminadas as operaes descritas em b, mede-se a abertura de 3 agulhas (medida feita na ponta das hastes da agulha), que servir para o ensaio a frio. Logo aps, o conjunto todo (Agulha, corpo de prova, chapas e contra - peso) imerso na badeja com gua potvel, a uma temperatura de 23C 2C. Pelo menos doze horas aps a moldagem, retira-se, com cuidado, as chapas de vidro e procede-se separadamente ao ensaio a quente e a frio.
c)
Nota: Todos os corpos de prova executados devem ser examinados antes e aps a retirada das chapas de vidro, com o objetivo de verificar se nesta operao houve descolamento do corpo de prova da forma. Havendo descolamento, o corpo de prova deve ser eliminado. d) Medida da expansibilidade da pasta de cimento portland. d.1) Ensaio a frio Emerge-se em um tanque com gua potvel com temperatura de 23 0C 2C durante sete dias consecutivos, as 3 agulhas que se mediu a abertura logo aps a moldagem. Completado os sete dias, mede-se o afastamento das extremidades das agulhas em milmetros, e por diferena com medida feita aps a moldagem ter-se a expansibilidade a frio da pasta dada pela mdia das trs determinaes. d.2) Ensaio a quente - Aps a retirada das chapas de vidro, mede-se o afastamento das extremidades das extremidades das trs agulhas (primeira medida) e coloca-se as mesmas em uma bandeja com gua que ir progressivamente a ebulio, a qual dever comear depois de 15 e antes de 30 minutos. Aps 3 horas de ebulio, faz-se a segunda medida. Duas horas depois faz-se a terceira medida, e se no coincidir com as segunda, deve-se continuar fazendo medidas de 2 em 2 horas at que, entre duas medidas consecutivas no haja mais expanso (ltima medida). A diferena entre a ltima medida e a primeira fornece expansibilidade que dada pela mdia de trs determinaes. Nota: A agulha de Le Chatelier deve ficar em posio vertical e com suas extremidades fora da gua, para facilitar as medidas.
Imagine ento dois corpos, conforme Figura 15a e 15b, um de 50cm2 e outro de 25cm2 de rea.
100 kgf A A
A 1 = 50 cm 2
100 kgf B B
A 2 = 25 cm 2
Se aplicarmos uma fora de compresso de 100 kgf em ambos, no provocando suas rupturas, teremos: Figura 1a:
ento,
Figura 1b:
= 100 = 25 cm 2
kgf
ento,
Agora se formos aumentando a fora de compresso em ambos os corpos, e ao atingirmos 300 kgf para o corpo da Figura 1a, e 400 kgf para corpo da Figura 1b, ocorrero suas rupturas, teremos determinado a mxima carga que os corpos podem suportar e por conseguinte, suas tenses de ruptura a compresso. Teremos ento:
Figura 1a:
300 kgf Tenso de ruptura compresso = --------- = 6 kgf/cm 2 50 cm 2 400 kgf Tenso de ruptura compresso = ---------- =16 kgf/cm 2 25 cm 2
Figura 1b:
Esta ltima define o que se chamaria corretamente de Resistncia Tenso de compresso, que j se tornou comum dizer resistncia compresso. Ento resistncia compresso a tenso que o corpo supota at o instante de quebra, e se diz tambm, tenso de ruptura do corpo. Quando se solicita um corpo com uma tenso de compresso menor que a de ruptura, o corpo no quebra (no rompe) resistindo solicitao, por outro lado, quando se solicita com uma tenso de compresso maior que a de ruptura o corpo quebra (rompe) , no resistindo a solicitao.
15.2.1.3 . Recipiente e esptula para mistura manual Recipiente e esptula para mistura manual
O recipiente e a esptula para a mistura manual da argamassa possuem dimenses padronizadas, devendo ser de material no absorvente e resistente ao ataque de pastas de cimento.
15.2.1.5. Acessrios diversos 15.2.1.5.1. Placa de vidro: quadrada de 7 a 10cm de lado e, pelo menos 5 mm de espessura.
15.2.1.5.2. Esptula metlica: esptula de ao inoxidvel, de 20 x 20cm de lmina, com cabo de madeira. 15.2.1.5.3. Escova: com fios grossos de ao. 15.2.1.5.4 .A Mquina de ensaio compresso (prensa) deve ser capaz de aplicar cargas de maneira contnua, sem
choques e com velocidade constante durante o ensaio. A escala do dinammetro utilizado deve ser tal que a carga de ruptura prevista seja maior que 10% e menor que 90% da capacidade nominal da escala.
A mquina de ensaio compresso deve ser verificada segundo o mtodo ABNT MB 882/80 Verificao de Mquinas de Ensaios de Trao e Compresso, pelo menos, a cada 5000 aplicaes de carga ou uma vez por ano, e deve apresentar erros de exatido e repetibilidade com as seguintes tolerncias mximas relativa a carga real aplicada: a) b) 1) 2) erro mximo de exatido: erro mximo de repetibilidade: 1% da carga real aplicada 1% da carga real aplicada
Erro de exatido a diferena entre mdia das cargas indicadas correspondentes a repetidas aplicaes da carga real, e esta carga real, diferena esta expressa em porcentagem da carga real. Erro de repetibilidade a diferena mxima entre as cargas, quando a mquina submetida a repetidas aplicaes de uma mesma carga real, sempre sob mesmas condies, diferena esta expressa em porcentagem da carga real. O s erros de exatido e de repetibilidade devem ser determinados na faixa de 10% a 90% da capacidade nominal da escala.
3)
15.2.3.2. Materiais
15.2.3.2.1. gua
A gua usada na mistura da argamassa deve ser potvel e estar temperatura de 230 20 C.
15.3.2.2. Areia
A areia normal brasileira, proveniente do Rio Tite em So Paulo produzida e fornecida pelo Instituto de Pesquisas Tecnolgicas do Estado de So Paulo e deve satisfazer norma ABNT EB-1133/79. A areia normal se divide em quatro fraes granulomtricas que se encontram especificadas na Tabela 1, sendo que a mistura de partes iguais, em peso, das fraes deve satisfazer as condies especifica na Tabela 2.
Tabela 1 Fraes granulomtricas Material retido entre as peneiras de abertura nominal de 2,4 mm e 1,2 mm 1,2 mm e 0,6 mm 0,6 mm e 0,15 mm 0,3 mm e 0,15 mm Tabela 2 Granulometria Peneiras ABNT N0 8 10 16 30 50 100 Abertua nominal em mm 2,4 2,0 1,2 0,6 0,3 0,15 Porcentagem retida Acumulada, em massa 0 5 5 25 5 50 5 75 5 97 3 Denominao
aconselhvel, quando do recebimento da areia normal, sec-la em estufa a (110 5) O C, de modo a remover toda a umidade que porventura ela ainda possua, garantindo-se a cura uniforme dos diversos lotes de material utilizado.
Tabela 3 - Quantidades de materiais Material Cimento gua Areia normal; frao: Massa, em g, para mistura mecnica 624 0,4 300 0,2
O procedimento o seguinte: Executar a mistura mecnica colocando inicialmente na cuba toda a quantidade de gua e ajuntar o cimento. A mistura desses materiais deve ser feita com o misturador na velocidade baixa durante 30s. Aps este tempo, e sem paralisar a operao de mistura, inicia-se a colocao da areia (quatro fraes de 468 3g de areia normal, previamente misturadas), com o cuidado de que toda esta areia seja colocada gradualmente durante o tempo de 30s. Imediatamente aps o trmino da colocao da areia, muda-se para a velocidade alta, misturando-se os materiais nesta velocidade durante 30s. Aps este tempo, desliga-se o misturador durante 1 min e 30s. Durante os primeiros l5s retira-se, com o auxflio de uma esptula, a argamassa que ficou aderida s paredes da cuba e a p e que no foi sufcientemente misturada, colocando-a no interior da cuba, Durante o tempo restante (1min e 15 s) a argamassa fica em repouso na cuba, tampada com um pano limpo e mido. Imediatamente aps este intervalo, liga-se o misturador na velocidalo alta, misturando-se os materiais durante 1 min. Deve-ser registrar a hora em que o cimento posto em contato com a gua de mistura.
A gua do tanque deve ser saturada em cal e estar temperatura de 230 C 20 C; no deve ser corrente e ter de ser renovada frequentemente. importante que os corpos de prova permaneam protegidos, desde o instante que so retirados da cmara mida at o instante do ensaio, de maneira que toda a superfcie exterior permanea mida. Para tanto, pode-se utilizar estopas ou panos midos.
A idade de cada corpo de prova contada a partir do instante em que o cimento posto em contato com a gua de mistura. As idades especificadas para a ruptura dos seis corpos de prova de cada tipo de cimento so relacionadas abaixo: a) b) c) Cimento portland comum: ruptura aos 3, 7 e 28 dias. Cimento portland de alto-forno e pozolnico: ruptura aos 3, 7 e 28 dias, sendo optativo a ruptura a 90 dias, que constituir um dado de grande valia. Cimento portland de alta resistncia inicial: ruptura s 24 horas, 3 e 7 dias de idade.
sua distncia s extremidades da p seja uniforme. Caso existam afastamentos entre p e cuba superiores ao especificado, parte da argamassa em preparao ficar colada s paredes da cuba, sem participar da homogeneizao do resto da massa. b) Velocidades do misturador diferentes daquelas descritas, tambm podem originar uma mistura inadequada e heterognea. c) Deve-se evitar o derramamento de leo na argamassa quando da sua mistura de modo a no alterar a hidratao do cimento e posterior desenvolvimento de resistncia.
15.3.1.2. Procedimento
a) b) No retirar convenientemente toda a sujeira, p ou mesmo a deposio de argamassa da cuba e da p antes da mistura.
No respeitar a ordem de colocao dos materiais no tacho ou cuba para mistura. A inverso pode originar uma mistura de consistncia diferente. c) A no homogeneidade da areia usada nos ensaios pode levar a resultados diferentes. Por esse motivo que se tem normatizado a areia para este ensaio, que deve ter sempre a mesma caracterstica. Tambm importante manter a proporo de 1:3, em massa, de cimento e areia, respeitando na pesagem dos materiais as quantidades especificadas. d) Perda de material no intervalo entre a pesagem e a colocao no tacho ou cuba, pode falsear os resultados se a pesagem dos materiais estivesse errada, gerando argamassas inadequadas.
c)
15. 3. 2. 2. Procedimento
a) Aps o trmino da mistura da argamassa, a moldagem dos corpos de prova deve ser feita com a mxima rapidez, pois no caso de alguma demora, haver evaporao da gua de amassamento, o que prejudicar o ensaio pelo fato da alterao do fator a/c da mistura.
b)
Deve-se adensar os corpos de prova respeitando-se o n0 de camadas, n0 de golpes por camada e energia de socamento, que deve ser a mesma para as 4 camadas para no incluir variaes nos resultados do ensaio. Como a energia de adensamento depende do operador, no se deve troc-lo durante o ensaio, mantendo o mesmo moldador para toda a srie, como tambm para todas as idades da amostra em ensaio.
c)
No se deve untar as partes internas do molde com grossas camadas de leo, para se evitar uma contaminao da argamassa que ser introduzida no molde, evitando tambm a deposio no fundo da forma devido ao escoamento do leo. Terminada a moldagem, os corpos de prova devem ser imediatamente levados a cmara mida a temperatura de 230 C 20 C e pelo menos 95% de umidade relativa, para cumprimento do perodo inicial de cura. A permanncia dos corpos de prova em ambiente seco, faz com que ocorra evaporao da gua de amassamento. importante dizer que a temperatura da cmara mida e sua umidade relativa devem cumprir exatamente as especificaes.
d)
e)
Se o remate a ser usado for com pasta de cimento, quando se escovar a superfcie superior do corpo de prova, aps 6 a 15 horas do incio da moldagem, no se pode aprofundar muito esta superfcie, pois se estar retirando uma grande quantidade de argamassa. Aps a aplicao da pasta de cimento, que deve j se encontrar preparada de 2 a 4 horas antes da aplicao e ser bem consistente, e necessrio que o remate final, utilizando a chapa plana de vidro seja realizado configurando uma superfcie lisa e plana, sem reentrncias ou salincias, que viriam trazer a no uniformidade na aplicao de carga.
f)
Temperaturas maiores que 250 C ou menores que 210 C alteram o endurecimento do corpo de prova, provocando resistncias mais altas ou mais baixas que as obtidas guando a cura realizada dentro do intervalo de 21 a 250 C especificado. No tomar cuidado na desforma do corpo de prova tambm pode causar falhas no ensaio. s vezes a dificuldade de tirar o corpo de prova da forma pode levar o operador a dar golpes para poder tir-lo. Quando isto ocorre e prefer(vel desprezar o corpo de prova porque pode ocasionar pequenas fissuras de difcil percepo, bem como a quebra e/ou trinca das bordas vivas dos corpos de prova o que dificultaria o capeamento, levando a uma aplicao desuniforme da carga. Durante o perodo em que os corpos de prova sao retirados para o capeamento ou ensaio de ruptura, no se deve deix-los descobertos, para que no ocorra evaporao da gua e secagem do corpo de prova. Os corpos de prova devem ser mantidos cobertos com um pano grosso e mido, ou mesmo imersos em gua retirada da cmara mida e colocada em uma bandeja.
g)
h)
b)
15.4.2. Procedimento
a) b) As idades de ruptura dos corpos de prova no podem ser ultrapassadas, devendo ser respeitadas as tolerncias especificadas para cada tem. A utlilizao de escalas, cujas leituras das cargas de ruptura, ocorram abaixo dos 10% ou acima dos 90% da escala utilizada, levar a erros nos resultados do ensaio, devido a impreciso das leituras nestas reas. Assim em uma escala de 20.000 kgf, no se deve usar o intervalo de 0 a 2.000 kgf e o intervalo de 18.000 a 20.000 kgf, portanto necessrio que a prensa tenha vrias escalas e que sejam usadas convenientemente. c) A velocidade de carregamento do corpo de prova na prensa deve ser respeitada, porque sua mudana leva a uma diferente solicitao do corpo de prova, alterando a carga final.
d) e)
A excentricidade entre os eixos do corpo de prova e do prato articulado da mquina de ensaio bem como o desalinhamento entre os dois pratos, leva a resultados adulterados de resistncia a compresso. As dimenses dos pratos e da articulao tambm exercem influncias significativas nos resultados de resistncia compresso. As dimenses destes elementos devem ser proporcionais ao tamanho do corpo de prova e no se deve ensaiar diretamente corpos de prova de argamassa normal entre pratos destinados a ensaiar corpos de prova de concreto. A funo da articulao suprir eventuais deficincias no paralelismo das fases dos corpos de prova, para tornar a distribuio da carga uniforme em toda a rea das superfcies de apoio. Quanto maior forem as dimenses dos pratos e consequentemente, da articulao, maior ser a probabilidade de erros na centragem dos corpos de prova. A ABCP desenvolveu um prtico auxiliar de ruptura para realizao do ensaio a compresso cuja dimenso dos pratos de carga de 55mm, 5mm apenas maior que o corpo de prova, de modo a facilitar a centragem dos mesmos e distribuir melhor a carga aplicada.
15.4.3. Resultados
O resultado da resistncia compresso, em kgf/cm2, de cada corpo de prova, obtido, dividindo a carga de ruptura pela rea de seco transversal, arredondando o valor ao inteiro mais prximo. Aps a obteno dos resultados individuais, calcula-se a mdia em kgf/cm2, de 3 ou 6 corpos de prova ensaiados na mesma idade. O resultado deve ser arredondado ao inteiro mais prximo. importante calcular o desvio mximo da srie dos resultados. O clculo feito dividindo o valor absoluto da diferena entre a resistncia mdia e a resistncia individual que mais se afaste desta mdia, para mais ou para menos, pela resistncia mdia e multiplicar este quociente por 100. A porcentagem obtida deve, ser arredondada ao dcimo mais prximo. A srie de corpos de prova de uma idade deve ser inteiramente abandonada, quando o desvio relativo mximo for superior a 8%. O ensaio (3 ou 6 corpos de prova) dever, ento, ser repetido, na mesma idade, at que se obtenha desvio relativo mximo menor ou igual a 8%. O resultado final, em cada idade, a resistncia mdia sendo que os limites mnimos da resistncia compresso, fixados pelas especificaes da ABNT em cada idade, referem-se a esta resistncia mdia calculada.
C. p. n0 1 2 3 4 5 6
Como para o clculo da resistncia compresso necessrio dividir a carga de ruptura pela rea do corpo de prova, determina-se a rea do corpo de prova que estar sujeita a aplicao da carga. Sabemos que o dimetro do corpo de prova 5 cm. Temos ento:
. D2
3,1416 . (5)
cp n 0
2-
8500 kgf ------------------- = 432,8 kgf/cm 2 e indicaremos 433 kgf/cm 2 19,64 cm 2 8550 kgf ------------------- = 435,3 kgf/cm 2 e indicaremos 435 kgf/cm 2 19,64 cm 2
cp n 0
3-
8400 kgf cp n 0s 4 e 5- -------------------- = 427,7 kgf/cm 2 e indicaremos 426 kgf/cm 2 19,64 cm 2 cp n 0 8375 kgf 6- ------------------- = 426,4 kgf/cm 2 19,64 cm 2 e indicaremos 426 kgf/cm 2
438 + 433 + 435 + 428 + 428 + 426 Res. Mdia = ----------------------------------------------- = 431,3 kgf/cm2, que arredondada dar 6 431 kgf/cm2.
Para calcular o desvio relativo mximo da srie de 6 resultados obtjidos, que servir de controle, divide-se o valor absoluto da diferena entre a resistncia mdia e resistncia individual que mais se afaste da mdia, para mais ou para menos, pela resistncia mdia e multiplica-se o quociente por 100, arredondando a porcentagem obtida ao dcimo mais prximo, como a seguir: Resistencia individual que mais seafasta damdia = 438 Resistncia mdia em kgf/cm2 Diferena em kgf/cm2 7 Desvio relativo rnximo = --------- x 100 = 1,6% 432 Estando o desvio dentro do estabelecido, assume-se que o teste est dentro dos critrios de aceitao. = 431 = 7
16. Produo de RX
16.1. Introduo
De acordo com o modelo atmico de Rutherfor e Bohr, o tomo composto por eltrons que giram ao redor de um ncleo que possui cargas positivas. Devido carga negativa dos eltrons, os mesmos so atrados pelo ncleo, mantendo-se a certa distncia do mesmo e em movimento contnuo ao redor deste. Exemplo de distribuio eletrnica.
. .. .
. . . . . . .
+ + + + + + ++ + + K + + +
= nveis de energia
Quando o tomo bombardeado por raios-X, alguns de seus eltrons so excitados para nveis superiores de energia. Estes eltrons, ao retornarem seus nveis originais, liberam raio-X secundrio, que caracterstico de cada elemento e que permite identific-lo. A energia liberada neste raio-X proporcional quantidade de tomos presentes em uma amostra, o que permite determinar a concentrao deste elemento qumico.
Rx .p
rim r io
ve m
do
tu b
RX - do Tubo
20 ntrons 20 eltrons
Fe: Ferro
RX do Tubo = RX do Ferro
Si: Silcio
= RX do Silcio
RX do Tubo
ESPECTRMETRO DE RAIOS - X
Amostra (Pastilha)
Tubo de Rx
- Radiao secundria - Contm as radiaes de todos os elementos qumicos da amostra.
Colimador
Filamento Contagens
Janela
VCUO
Os seguintes fatores devem ser considerados na escolha dos cristais analisadores para um espectrmetro: satisfazer as condies de Bragg do cristal analisador limite angular de 2d do espectrmetro eficincia de disperso de reflexo do cristal estabilidade trmica e no vcuo
Os melhores cristais analisadores esto adequados para os comprimentos de onda curtos (radiaes dos elementos pesados ). Para a disperso das radiaes de comprimentos de onda longos ( elementos leves )no se dispem de muitos tipos de cristais, embora alguns novos cristais com maior eficincia de disperso estejam sendo desenvolvidos. O espectrmetro de raios-x da ABCP vem acompanhado de 5 cristais analisadores, cujas caractersticas so apresentadas abaixo:
Cristal
Frmula Qmica
2d (A 0)
Plano de reflexo
Pb HC 8 H 4 04 NH 4 H 2 PO 4 C 6 H 14 N 2 0 6 Ge Lif
Segundo Jenkins, o cristal RAP prefervel ao KAP para as anlises de F, Na e Mg, pois produz menos fluorescncia e tem relao pico: background alta. Apresenta alta refletividade e emisso secundria de Rb KL. O cristal de ADP tem sido preferencialmente utilizado por muitos analistas na determinao de magnsio. Pode apresentar background alto devido a emisso secundria de PK e quando utilizado na anlise de Al e Si, as intensidades so bem menores que quando se utilizam os cristais de EDDT e PE. Apresenta baixa refletividade. O cristal de EDDT utilizado preferencialmente para anlise de Al e Si, em qualquer matriz e para P, S, Cl e K com matrizes de nmero atmico intermedirio e alto. O cristal PET apresenta melhores refletividade e eficincia, porm constitui um cristal mais sensvel as variaes trmicas e de umidade. O cristal de Ge utilizado comumente na determinao de P e S. Em determinaes de elementos de nmeros atmicos baixo a intermedirio, as interferncias espectrais de 2 ordem so eliminadas quando a emisso secundria de Ge K e minimizada pelo discriminador de altura de pulsos. Apresenta alta refletividade e resoluo. O cristal LiF tem ampla faixa de aplicao. utilizado desde os elementos mais pesados at o potssio (K). Apresenta refletividade e resoluo muito altas e emisso secundria de FK.
Elemento Silcio Alumnio Ferro Clcio Magnsio Enxofre Fsforo Crmio Mangans Molibdnio Nquel Fluor (*)
Limite de deteco 0,04 % 0,05 % 10 ppm 50 ppm 0,2 % 0,01 % 0,02 % 30 ppm 50 ppm 10 ppm 10 ppm 0,2 %
Para entender o princpio do mtodo, faz-se necessrio estabelecer algumas consirderaes sobre a teoria atmica. Segundo o modelo atmico de BOHR, eltrons de cada tomo esto dispostos ao redor do ncleo, distribudos em diferentes nveis energticos denominados por K,L,M. Cada um desses nveis energticos contm um nmero caracterstico de eltrons. Ao se aplicar uma energia ou radiao, ocorre a emisso de um eltron mais interno. A sada desse eltron compensada por outro eltron, proveniente do nvel imediatamente exterior e assim por diante. O tomo excitado volta para seu estado normal, aps sucessivas emisses de ftons. O comprimento de onda dos ftons emitidos determinado pela diferena entre os nveis energticos. Assim, se um eltron expulsar do nvel K substitudo por outro do nvel L, originar-se-a uma radiao do tipo K , Se a substituio se realiza por eltron do nvel M, a radiao emitida ser do tipo K e assim analogamente. Portanto, a excitao de um tomo pode ser realizada pelo bombardeio de eltrons provenientes de um campo eltrico. Na prtica esse processo se realiza atravs de um tubo de raios-x ,porm necessrio que o eltron projetado apresente uma energia superior a do eltron de ligao. Em outras palavras significa que o eltron projetado seja produzido por uma voltagem e amperagem adequadas. Por outro lado a excitao pode ser produzida tambm por absoro de um fton de raios-x, que por sua vez deve possuir urna energia superior de ligao do eltron, sendo que a freqncia deve ser tambm superior chamada freqncia crtica de excitao. Para essa freqncia crtica, o coeficiente de absoro do elemento apresenta uma certa descontinuidade, conhecida por canto de absoro. Convm salientar que esse processo de excitao por absoro de fton o nico empregado na prtica, pois o processo por bombardeio de eltrons, utilizados pelos primeiros investigadores, revelou- se desvantajoso, lento e problemtico, por uma srie de razes. Em suma, as medidas dos comprimentos de onda e intensidade de raios -x fluorescentes emitidos pela amostra permitem, respectivamente, a realizao de anlise qualitativa e quantitativa. Essas medidas so feitas atravs de uma radiao do tubo de raios -x que incide sobre a amostra e a excita por fluorescncia. Cada elemento emite radiaes caractersticas em todas as direes, das quais o equipamento se utiliza somente das que atravessam um colimador e ao incidir sobre um cristal analisador se dispersam por difrao, de acordo com a Lei de Bragg: n = 2d sen . Na equao de Bragg, d representa a distncia interplanar da estrutura cristalina, o comprimento de onda da radiao fluorescente, o ngulo que o feixe de radiao forma com o plano do cristal e n o nmero de ordem de reflexo.
Sendo a distncia d fixa para o cristal, variando-se o ngulo da radiao, ter-se-ao diferentes comprimentos de onda, possibilitando a realizao da anlise espectromtrica de raios -x.
16.3.1. Mtodo do p
A tcnica de anlise do material in natura constitui a base do desenvolvimento de toda a metodologia atualmente. Os estudos espectromtricos eram feitos, no incio do desenvolvimento da tcnica, a partir do material no compactado. Posteriormente, desenvolveu-se a moagem com compactao e por ltimo, a fuso, com a confeco de prolas. No estudo da espectrometria pelo mtodo de p, alguns fatores podem afetar a qualidade e confiabilidade dos resultados e por esse motivo so discutidos sucintamente a seguir. Os principais fatores a serem destacados so os chamados efeitos matriz que podem ser subdivididos em: a) b) c) dimenso das partculas efeitos de mineralogia efeitos interelementares
3 IAIK 2 2 1
min
mx Faixa de transio
0,1
10
20
Esse efeito pode ser atenuado pela reduo da dimenso das partculas em toda a amostra para um valor menor que a profundidade efetiva de penetrao da radiao. Segundo Jenkins, a profundidade efetiva de penetraao para elementos de nmero atmico baixo, tais como magnsio silcio e alumnio, em materiais como por exemplo, escria, de 5-50. e esse intervalo difcil de ser obtido. Wheeler verificou o efeito da granulometria em cimento Portland, observando que as intensidades de fluorescncia variam, ora aumentando ora decrescendo, segundo o elemento. No grfico abaixo, observa-se que para os elementos Fe, S e K a reduo da dimenso das partculas acarreta o decrscimo da intensidade de fluorescncia, ao passo que para os elementos Ca e Si, fenmeno contrrio ocorre, com aumento da intensidade de fluorescncia.
Ca
Si
Fe
Cimento portland S K
0,1
10
De modo geral recomendvel obter a maior finura possvel, com uma granulometria menor que 50, porm o valor ideal seria, menor que 10. A influncia da granulometria maior nos elementos leves . Segundo Beitz et all a moagem ultrafina permite obter resultados comparveis ao prprio mtodo de fuso.
A proporo amostra:fundente varia segundo diversos autores, a mais comumente mencionada seja de 1:4. As temperaturas de fuso normalmente utilizadas variam de 1.000 a 1.300C, sendo a temperatura de 1.100 C, a mais usual. Como esquema de trabalho, pode-se adotar a seguinte metodologia para obter prolas sem necessidade de posterior moagem: pesar 1 g de amostra ( 0,2 mg ) com PF =0 pesar 4 g de fundente ( 1 mg ) com PF =0 homogenizao durante 5 minutos fuso em cadinho Pt - Au (5%) durante 15 minutos a 1100 C agitando-se o material 3 vezes durante esse tempo. verter o material sobre uma lingoteira de Pt - Au aquecida previamente resfriamento, colocando-se simplesmente a lingoteira sobre uma placa metlica.
Alm do anteriormente exposto, devem-se acrescentar algumas justificativas e sugestes aos tens mencionados: O fundente mais utilizado o tetraborato de ltio, devido ao baixssimo coeficiente de absoro, pois constitudo por elementos de nmeros atmicos baixos. O brax apresenta o incoveniente de tornar as pastilhas mais frgeis mecanicamente. A proporo amostra:fundente pode variar desde 1:1 at 1:5. As propores 1:4 so as mais utilizadas por possibilitarem maior diluio e, conseqentemente, atenuarem o efeito interelementar. A adio de fluoreto de ltio possibilita um abaixamento da temperatura de fuso, menor viscosidade e, conseqentemente, melhor homogenizao. O cadinho de Pt- Au prefervel ao de Pt pois reduz a possibilidade de aderncia do material fundido as sua paredes. A lingoteira deve ter um dimetro inferior conveniente, de modo que, ao se retirar o material resfriado, esteja apto a ser utilizado no porta amostra. Alguns autores mencionam a utilizao de cadinho e lingoteira de grafite, mas estes possuem aparentemente menor vida til quando comparado com os de Pt - Au.
16.4.1. Mtodo do p
As principais caractersticas desse mtodo so as seguintes: Vantagens grande rapidez; simplicidade; baixo custo por anlise; possibilidade de anlise de elementos secundrios ou traos;
Desvatagens
A principal desvantagem a maior impreciso devida aos efeitos de matriz. Esse fato se torna mais acentuado para determinadas amostras tais como farinhas e matrias primas para cimento, que apresentam diversificao mineralgica e/ou variaes granulomtricas mais significativas, conforme sua procedncia.
Desvantagem
tempo de preparao da amostra mais longo. tempo de anlise mais longo, para compensar os efeitos de diluio da amostra com o fundente. insolubilidade completa ou parcial de certos corpos nos boratos:metais, xidos ferrosos e alguns minerais. maior custo por anlise. interferncia humana nos processos de passagem. impossibilidade de anlise de elementos traos ou de freqncia baixa (K, Na e eventualmente Mg), devida diluio de amostra com o fundente. volatizao possveis durante a fuso de lcalis, sulfatos, sulfetos e haletos. Devitrificaes. eventuais segregaes, devidas s migraes inicas que podem ocorrer quando do resfriamento das pastilhas. efeito granulomtrico quando a pastilhagem feita atravs da moagem de prolas. A simples constatao das vantagens e desvantagens oferecidas pela fuso tornam o mtodo pouco atrativo. Isto no entanto no ocorre , pois alguns fatores devem ser ponderados na avaliao das potencialidades dos mtodos. Uma das principais restries que se faz ao mtodo da fuso o tempo despendido na preparao da prola. A preparao das prolas podem ser aceleradas com a automatizao de certos dispositivos desenvolvidos para esse fim (embora com encarecimento no custo de preparao de amostra). Outra possibilidade, j bastante difundida na Frana, e, tambm bastante atraente, a possibilidade de estabelecer uma nica curva padro, a partir de compostos qumicos puros misturados convenientemente de modo a cobrir uma ampla faixa de anlise qumica e atravs da qual, pode-se analisar determinado elemento, independente de seu teor ou de sua forma mineralgica de ocorrncia (calcrios, arglas, farinhas, clnqueres ,etc.)Neste aspecto, cabe salientar que, embora no mencionada como problema, a anlise de distintos materiais pelo mtodo do p requer urna curva de calibrao distinta para cada material, mesmo que os teores de determinados elementos sejam prximos. Deve-se considerar como fato favorvel ao mtodo da fuso, que o custo mais alto por anlise relativo, pois a platina adquirida reaproveitavel e sua crescente valorizao impede a depreciao do custo do material . A justificativa principal para a escolha do mtodo da fuso reside na maior preciso e na dificuldade e, s vezes, impossibilidade de se analisar materiais mineralogicamente mais complexos; tais como calcrios e farinhas de origens variadas, utilizando-se o mtodo do p. Deve-se ter em mente, no entanto, que o mtodo do p indispensvel na anlise de certos elementos secundrios e traos, e bastante aplicado na anlise rotineira dos outros elementos maiores. Concluindo, deve-se observar que, independente do mtodo utilizado, certas correes matemticas so teis e, s vezes, necessrias, para melhorar a qualidade dos resultados analticos. Essas correes so executadas considerandose os efeitos interelementares, levando-se em considerao o coeficiente de absoro da matriz e a concentrao dos vrios elementos. 16.5. Exemplo de marcha analtica 16.5.1. Preparao de Amostras A ABCP , atravs do Departamento de Fsico-Qumica, utilizou at o momento o mtodo do p no estudo espectromtrico. Este fato se justifica pelas caractersticas dos materiais ensaiados (essencialmente cimento, cuja minerologia no complexa ), pela maior potencialidade de uso do mtodo e, principalmente, porque constitui a base para o desenvolvimento da tcnica de fluorescncia. As anlises foram desenvolvidas essencialmente com cimento comum, cimentos do alto forno e os cimentos comuns apresentam composies mineralgicas bastante similares e composies qumicas relativamente prximas, de modo que dispensam grandes atenes aos efeitos mineralgicos ou interelementares e, portanto, favorecem o emprego do mtodo do p. Desenvolveu-se metodologia de anlise base to somente de moagem ultrafina, de modo a compensar, parcialmente os efeitos de granulometria e eventuais efeitos mineralgicos.
A moagem foi feita num moinho de discos marca HERZOG, que constitui o melhor tipo de moinho para a finalidade a que se destina. Optou-se pelo tempo de moagem de 4 minutos por constituir o tempo mais empregado segundo os trabalhos bibliogrficos consultados. Da mesma forma, visando incrementar a finura, utilizou-se a adio de trietanolamina na proporo de 2 gotas para aproximadamente 15 20 g de amostra. A trietanolamina volatiza-se facilmente no moinho evitando a aderncia da amostra nas paredes do mesmo e, portanto, aumentando a eficincia de moagem, alm de facilitar a limpeza do corpo moedor e, conseqentemente, possibilitar uma ligeira reduo no tempo de confeco das pastilhas. A moagem fina com adio de acetona utilizada nas anlises espectromtricas pelo grupo espanhol ASLAND. Esse mtodo possui a vantagem de permitir uma melhor homogeizao, porm apresenta o inconveniente de aumentar o tempo de preparao das pastilhas. Quanto a finura final obtida por esse mtodo, acredita-se que seja menor que a obtida com a trietanolamina, embora no tenham sido comparados os dois mtodos. No quadro seguinte, encontram-se os resultados das determinaes de finura Blaine realizadas no Departamento de Cimento da ABCP, a partir de trs amostras de cimento ( Cimento Portland comum, Cimento Portland do alto forno e Cimento Portland Pozolmco ) modas com e sem adio de trietanolamina, em diferentes intervalos de tempo.
TIPO DE CIMENTO
FINURA DE BLAINE (em cm 2/g) Moagem com TRIETANOLAMINA Moagem sem TRIETANOLAMINA 3.300 5.590 6.260 3.980 5.680 6.610 4.030 6.270 6.900 -
Comum Comum Comum Comum Comum Comum Comum Alto Forno Alto forno Alto forno Alto forno Alto forno Alto forno Alto forno Pozolmico Pozolmico Pozolmico Pozolmico Pozolmico Pozolmico Pozolmico
O 1 2 3 4 5 6 0 1 2 3 4 5 6 0 1 2 3 4 5 6
3.300 7.040 9.270 9.310 9.550 9.650 9.940 3.980 6.070 7.340 8.020 8.750 8.640 8.880 4.030 6.790 8.310 9.560 9.920 10.220 10.390
A fase seguinte constitui na prensagem das pastilhas. Utilizando-se uma prensa Herzog, os materiais foram compactados durante 20 s sob uma presso de 25 t . Utilizou-se um material de base constitudo cido brico, de modo a permitir aglutinao da pastilha. Deve-se tomar cuidado apenas com a espessura da camada do material a ser analisado.
Essa espessura deve ser da ordem de 2 a 3 mm, de modo a impedir que a radiao atinja a camada aglomerante. A utilizao de cadinhos de alumnio de modo a possibilitar a conservao da pastilha por um tempo mais prolongado tambm foi aplicada, revelando-se apropriada.
Condies Utilizadas Para Anlise Raio-X Elemento Voltagem (em Kv) 40 40 40 40 40 40 40 Amperagem (em mA) 40 40 40 40 40 40 40 Tempo de contagem 20 40 40 40 80 40 40 s s s s s s s Cristal Analisador LiF EDDT EDDT LiF ADP EDDT Ge contador Reao
K K K K K K K
Os tempos de contagem foram selecionados em parte experimentalmente, de modo que os erros de contagem fossem atenuados ao mximo possvel e de modo que houvesse, ainda, uma otimizao no tempo de anlise. As radiaes normalmente selecionadas foram do tipo K por constiturem as mais intensas, fornecendo o maior nmero de contagens e, tambm pelo fato de os elementos mais comuns em cimento serem leves e que por s s j apresentam baixo rendimento de excitao. A nica exceo refere-se ao emprego da radiao K para anlise do clcio. A radiao CaK, apresenta um nmero de contagens mais alto, mas seu comprimento de onda muito prximo ao canto de absoro do potssio e, portanto, sua radiao parcialmente absorvida pelo potssio. Com a utilizao da radiao CaK , esse problema atenuado, devido ao maior afastamento entre o comprimento de cada radiao e o canto de absoro de potssio. Considerando-se que em amostras de cimento o teor de clcio alto e como o prprio rendimento de excitao desse elemento maior, o nmero de contagens que se obtm com a radiao CaK suficientemente alto para no ser afetado significativamente por erros de estatstica de contagem. Para cada amostra, procede-se trs contagens por elementos e se utiliza a mdia dos resultados obtidos. Esse procedimento atenua os efeitos de variao de contagem, mas apresenta o inconveniente de aumentar o tempo de anlise, o que muitas vezes no desejvel ou possvel. Nessa caso, somente um nmero de contagens mais alto pode atenuar esse problema.
De posse das amostras e com as anlises qumicas realizadas no Departamento de Qumica da ABCP, estabeleceu-se a primeira curva padro tendo-se procedido escolha da amostra de referncia, aleatoriamente. A partir dessa curva padro, foram analisadas vrias outras amostras e seus resultados foram comparados aos da anlise qumica.
Os desvios instrumentais podem ser estabelecidos analisando-se uma mesma pastilha vrias vezes e verificando as variaes ocorridas. Neste clculo, incluem-se inevitavelmente os erros devidos estatstica de contagem. Tendo-se selecionado as condies operatrias e estabelecido uma curva padro com controle de desvios fundamentais, procedeu-se a anlise de 80 amostras de Cimento Portland comum. A partir desses resultados, selecionaram-se para obteno de nova curva padro, as seis amostras que possuiam as melhores correlaes com as anlises qumicas e que, paralelamente, apresentam os teores mais variveis possveis, de modo que o intervalo entre os teores mnimos e mximos para cada elemento, fosse o mais amplo possvel. Embora, os padres da ABCP utilizados tenham sido em nmero de 6, cabe salientar que tal nmero pode variar de 3 a 20, aumentando-se a representatividade estatstica, quanto maior o nmero de amostras. Deve-se discutir alguns aspectos interessantes no tocante seleao das amostras ou que compem a curva padro. As providncias e variaes qumicas de amostras que chegam ABCP so amplas. Assim, so freqentes amostras de cimentos portland comuns contendo teores de CaO total variando de 50 a 65 % ou amostras, onde os teores de MgO variam de 0,5% a 7 %, devendo-se esse fato as variaes de matria prima, de dosagem, etc. Quando se trabalha com amostras de urna s fbrica, estas apresentam um padro mais restrito de variao de composio, ocorrendo esporadicamente variaes mais significativas. Essa menor variao facilita sobremaneira o estabelecimento das vrias curvas padres, particularmente quando se utiliza o mtodo do p. Deste modo, pode-se reduzir o nmero de amostras experimentais necessrias para o estabelecimento da curva padro e que serviro para verificao da qualidade da anlise. Como compensao, pode-se aumentar eventualmente o nmero de amostras padres para traar a curva, o que aumenta a confiabilidade da curva. Um outro cuidado que se deve tomar com relao elaborao da curva padro, refere-se a escolha da amostra padro e referncia, cujos teores devem ser, na medida do possvel, intermedirios entre extremos da curva. Exemplificando, se o teor em CaO na curva variar de 61 a 65%, a amostra de referncia deve ter um teor aproximado de 63%.
Ei (xi x) 2 S=
----------M 1
onde: xi x N S = = = = resultado da an4lise i mdia das an~1ioes mdia das anlises nmero das anlises desvio padro das anlises
Preciso dos resultados de fluorescncia de raios-x COMPONENTES SiO 2 AI 2O 3 Fe 2O 3 CaO MgO SO 3 K 2O S (%) 0.04 0.02 0.01 0.09 0.02 0.01 0.01 N 10 10 10 10 10 10 10
Comparando esses resultados com os do quadro n10, que engloba resultados de preciso dos diferentes mtodos qumicos obtidos por diferente autores, pode-se verificar que os resultados de espectrometria de raios-x situam-se dentro da preciso dos mtodos qumicos. Estatisticamente, 95% dos pares de amostras retiradas aleatoriamente de uma populao normal apresentam urna diferena entre si menor que t, onde t o valor do parmetro proposto por Student para um nmero relevante de graus de liberdade e S desvio padro para um nmero infinito de amostras. O quadro a seguir apresenta as variaes mximas que podem ocorrer entre 2 resultados individuais e aleatrios de urna anlise de espectrometria de raios-x, com uma probabilidade de 95%. So apresentados os resultados obtidos pelo ABCP e por outros autores. Variao dos resultados a um nvel de confiana de 95% ( t
2 . S )
FIFIELD E OUTROS 0.25 0.03 0.06 0.36 nd 0.08 nd nd nd E ORRESTER E OUTROS 0.18 0.38 0.03 0.30 nd 0.03 nd nd nd ABCP (RAIOS-X) 0.13 0.06 0.03 0.29 0.06 0.03 nd nd nd
ASTMC114-69 0.16 0.20 0.10 0.20 0.16 0.10 0.03 0.03 0.03
NETORIDIS 0.17 0.08 0.07 0.15 0.09 0.09 0.03 0.04 0.01
A composio entre os diversos resultados dos vrios autores mostra que os resultados de espectrometria de raios-x da ABCP situam-se dentro dos limites de preciso obtidos por outros autores.
Produtividade e consumo trmico do forno; Uniformidade de marcha; Consumo de refratrio; Qualidade potencial do clinquer; Moabilidade do clinquer; Consumo especifico de energia para o cimento kWh/t/ MPa;
Entre os fatores que determinam a composio adequada e a uniformidade de uma farinha podemos citar:
Fatores de Processo
As modernas tcnicas do processo de fabricao do cimento demonstram uma ntida preocupao em assegurar a composio qumica e sua homogeinidade, desde a estratgia de lavra da mina at a moagem da farinha. Estas tcnicas tm tambm fortes razes econmicas decorrentes da utilizao racional dos recursos minerais. Ao contrrio de processos, onde a opo por uma melhor qualidade poder gerar custos adicionais, na produo da farinha, uma qualidade otimizada poder, em muitos casos, representar uma otimizao de custo tambm. No que diz respeito ao processo de fabricao, a qualidade da farinha comea a ser desenhada na mina. As diversas opes de instalaes de Pr-homogenizao hoje disponveis tm em comum um fator muito importante. O seu funcionamento adequado, em termos de fator de homogeinizao, depende da estratgia do seu enchimento. O efeito de homogenizao de uma pilha normalmente expresso em termos do nmero de camadas N. A eficincia de homogenizao depende no entanto de uma srie maior de variveis:
( sada ) =
(entrada ) N
Variao da qualidade de entrada; Variao da qualidade da sada; Capacidade da pilha em ton; N de camadas N; Quantidade de material por camada; Quantidade crtica de armazenagem; Sequncia de entrada do material.
Estas consideraes partem de teorias estatsticas que consideram N como sendo o nmero de camadas estatisticamente independentes em termos de composio qumica do material empilhado, o que na prtica quase nada tem a haver com o simples vai e vem da mquina empilhadeira de uma Pr-homo. Alm disto, para um bom acompanhamento da estratgia de empilhamento e uma adequada orientao Mina, necessrio um sistema de amostragem que permita identificar as caractersticas do material que entra na pilha. Na prtica recomenda-se retirar do fluxo principal um percentual de 0.2 a 2% (para calcrio britado 5% < 25mm) para que a amostra seja representativa. Esta amostragem deve ser contnua e requer instalaes apropriadas uma vez que uma reduo gradativa da quantidade de amostra deve ser acompanhada por uma reduo paralela do tamanho das partculas que a compem, sem o que a representatividade final ficar comprometida. Finalmente para suprir ao forno uma alimentao de composio qumica e granulomtrica constante, dispe o processo da etapa de homogenizao da farinha que se realiza em silos, sendo adotados diversos sistemas. O efeito de homogenizao H calculado relacionando-se o desvio padro de determinado parmetro qumico (CaCO3, FSC etc) na alimentao do silo (Sa) e o desvio padro no mesmo parmetro na descarga do silo (Sd).
H=
Sa Sd
Estes desvios padres se referem especificamente variao do material, devendo por isto ser descontada a variabilidade da anlise.
S ( H ) = S 2 (total ) S 2 (anlise)
Da mesma forma que ocorre na Pr-homo, o funcionamento adequado da homogeinizao de farinha depende de diversos fatores bastante similares, podendo ser mencionados:
Fatores de Controle
O controle qumico feito pelo laboratrio sobre a produo de farinha pode ser classificado em duas categorias bsicas. Na primeira, realiza-se apenas uma verificao e acompanhamento da composio qumica. Numa segunda, mais completa, resultam aes de controle, bem definidas atravs de algortmos de otimizao. Nestes algortmos leva-se em considerao diversos aspectos do processo, como por exemplo:
Tempo de residncia no moinho; Relao sinal/resposta do sistema; Limites das balanas; Limites possveis de correo; Variaes naturais das matrias primas; Tempo de transporte e preparo da amostra; Monitorao e correo dos desvios acumulados dos parmetros qumicos em relao aos valores desejados.
Sistemas de Controle
Os sistemas para o controle qumico da farinha so constitudos basicamente das seguintes etapas:
Na situao normal da maioria das fbricas, onde predomina a operao manual do controle, o transporte e o preparo da amostra representam as etapas que mais consomem tempo e mo de obra. A amostragem de farinha realizada por amostradores contnuos; a anlise de Raio-X j se realiza num nvel de automatizao elevado, ficando por conta de um operador apenas a introduo e retirada da amostra. As tarefas de calibrao do equipamento, diagnsticos de defeitos, clculos das concentraes segundo diversos modelos de complexidade, o arquivamento de resultados e o tratamento estatstico de todas as informaes obtidas e arquivadas no sistema, so realizados via Software integrado ao sistema do Raio-X. A ao de controle se limita a uma deciso pessoal do operador que em funo dos desvios observados decide por uma mudana nos ajustes das balanas baseado quase sempre na sua experincia e sentimento pessoal. FLS e Polysius oferecem pacotes de automatizao do sistema de controle qumico da farinha. Conforme o interesse e a necessidade do cliente diversos nveis de automatizao podem ser escolhidos, conforme as diferentes etapas acima citadas. Por no serem de sua linha de fabricao, os equipamentos de Raio-X que integram estes pacotes so os mesmos que se encontram hoje nas fbricas. O hardware e software destes pacotes so no entanto especificamente preparados pelos seus fornecedores para executar as tarefas inerentes filosofa de funcionamento por eles prevista. Nestas tarefas se incluem o gerenciamento total do Raio-X (calibrao, anlise, estatstica, etc.) a execuo e superviso da ao de controle segundo tcnicas relativamente complexas de automatizao. A integrao destes pacotes em fbricas novas, que j dispem de um elevado nvel de automatizao, inclusive sistema de superviso de processo, parece ser mais fcil do que sua instalao em fbricas mais antigas, cujo grau de automatizao ainda limitado. Em ambos os casos porm, acreditamos que deva ser sempre feita uma anlise de custo X benefcio, alm de estabelecer uma ordem de prioridades para a automatizao das diferentes tarefas. Dentro desta proposta pode-se fazer as seguintes consideraes: a.) Amostragem, Transporte e Preparo da Amostra Entre as opes existentes temos a possibilidade de uma automatizao integrada das trs etapas ou somente das etapas de amostragem e transporte. Os benefcios diretos seriam a reduo de mo de obra e a diminuio do tempo morto entre a amostragem e a ao de controle. Realizadas manualmente, estas tarefas ocupam na maioria dos casos de 20 a
30 minutos. Considerando que uma amostra coletada de hora em hora, temos pelo procedimento manual, 30 minutos de atraso na ao de controle sobre a produo de cada hora, o que representa perda de controle sobre 50% da produo. Uma automatizao somente do transporte, reduz esta etapa para dois minutos, que acrescidos ao tempo de preparo, reduziro o tempo total acima para 10 minutos. Uma automatizao integral de transporte e preparo reduziria mais 2 minutos neste tempo, aumentando porm a complexidade de funcionamento da instalao e com ela a manuteno de mecanismos "mecatrnicos". A reduo de mo de obra adicional, por conta da automatizao do preparo, tambm discutvel pois neste caso, a utilizao poder ser marginal a outras tarefas de preparo. b.) Anlise Uma automatizao maior do Raio-X em relao existente faria sentido somente numa automatizao integrada com as etapas de transporte e preparo, uma vez que os atuais sistemas j realizam todas as demais tarefas. Seu beneficio adicional difcil de ser identificado. Neste nvel se poder eventualmente eliminar um operador que no requer muita instruo, passando no entanto a depender de pessoal especializado na manuteno destes sistemas. c.) Ao de Controle Inicialmente necessrio dizer que sob este nome est compreendido um conjunto de tarefas que podem ser realizadas por um microcomputador e um software adequado. Este sistema pode trabalhar on lne ou off line com a moagem de cru e Raio-X. No sistema on line as leituras das balanas de alimentao do moinho so feitas automaticamente quando a coleta de amostra ativada. O sistema realiza a associao das quantidades de matrias primas com os resultados da anlise da amostra coletada, em tempo real, calcula as correes necessrias e ajusta as balanas dosadoras para novos valores. No sistema off line as leituras das balanas e , aps a anlise e clculo das correes, o ajuste das mesmas so feitos pelo operador. Neste caso o processamento tambm no feito em tempo real, dependendo a conjugao do momento de amostragem com a leitura das balanas, do operador. Ambos os casos tm no entanto em comum o mesmo software bsico para processamento do clculo das correes. O processo off line pode no entanto ser consideravelmente racionalizado se colocarmos ao acesso direto do operador do Raio-X, os totalizadores das balanas, os potencimetros de ajuste das porcentagens e um sinal de aviso de ativao do amostrador. Neste caso, o sistema de controle off line perde muito pouco para a soluo on line. Entre as diferenas dos dois sistemas, deve ainda ser considerado, que do ponto de vista da qualidade da farinha, ambos obtm o mesmo resultado. O sistema on line, pelas suas caractersticas, integra controle de Raio-X e ao d controle em um nico conjunto Hardware/Software que passaria a substituir as funes do atual X4O da Philips. Por trabalhar ao mesmo tempo interfaciado com o Raio-X e as balanas dosadoras da moagem, torna-se um sistema especialista com os respectivos custos agregados. O sistema off line aproveita o conjunto Hardware/Software do Raio-X podendo rodar num 21 micro o Software responsvel pelas aes de controle. Por no trabalhar interraciado este ultimo pode ser montado a partir de sistemas no especiais tornando a soluo mais econmica e mais aberta ao usurio. O sistema off line exige a presena de um operador, e no poderia por isto fazer parte de uma soluo de automatizao total de todas as atividades de laboratrio, mas esta alternativa talvez no seja adotada to rapidamente. Dentro da filosofia off line um sistema pode ser desenvolvido com ajuda de recursos de software comerciais como por exemplo Planilha Excel. Estas planilhas, alm de possibilitarem um armazenamento adequado de informaes, dispem atualmente de recursos sofisticados de clculos de otimizao. Possuindo ainda recursos avanados de macro, e de consolidao de informaes entre diversas planilhas, possibilitam com alguma ajuda de programaes auxiliares a elaborao de sistemas bastante amigveis ao usurio.
OBJETIVOS Grandes quantidades de materiais podem ser amostradas para uma mera determinao de suas caractersticas ou com a finalidade de controlar o processo. a-) Caracterizao dos materiais rea da mina a ser detonada; Insumos utilizados na fbrica; Alimentao do forno; Cimento expedido. O regime de amostragem deve estar adaptado variabilidade do material e a preciso requerida na medio. b-) Controle de Processo Controle do moinho de cimento e de cru; Controle de qualidade do clnquer; O regime de amostragem, em particular a frequncia de amostragem, deve estar adaptada ao objetivo de variabilidade do material e dinmica do processo, isto , quo rpido as correes devem ser feitas e quo rpido elas podem ser observadas.
Heterogeneidade do material;
Para uma primeira aproximao, a seguinte regra se aplica: O tamanho mnimo de uma amostra pode ser relacionado com o tamanho mximo dos gros do material. A norma DIN define que o peso mnimo de uma amostra deve ser no mnimo 10 vezes o peso do maior gro. Essa correlao pode ser melhor visualizada atravs do seguinte grfico:
100 80 60 40 20 0 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Este grfico se aplica principalmente para matrias primas de maior granulometria. Para materiais finos e homogneos tais como farinha e cimento, a quantidade a ser amostrada recomendada de 100g a 1kg. Para materiais granulados e mais homogneos (clnquer), 1 a 3 kg de amostra so suficientes. O nmero de amostras tm influncia direta na preciso dos resultados da amostragem, j que a varincia da mdia de n amostras n vezes menor que a de uma nica amostra. A figura seguinte ilustra uma frequencia razovel de amostras, bem como frequencia sub e super dimensionada.
Amostragem Adequada
Amostragem Excessiva
Amostragem Insuficiente
Um mtodo de se determinar o tamanho e o nmero timo de amostras a serem coletadas baseado em um experimento no qual um suficiente nmero de pares simultneos de amostras de tamanhos diferentes so coletados. Uma observao criteriosa da figura abaixo pode indicar se uma maior preciso obtida aumentando o tamanho de amostra.
Os erros aleatrios no podem ser eliminados porm podem ser reduzidos atravs: Repetio: extrao de uma maior nmero de amostras, repetio dos ensaios, etc; Aplicao de procedimentos e equipamentos mais precisos nas anlises e preparao de amostras;
ERROS GROSSEIROS: Se devem execuo errada dos procedimentos de anlise, leitura incorreta de escala, compilao dos dados, clculos, etc. Estes erros influenciam consideravelmente as avaliaes estatsticas.
Em certos intervalos de tempo, todo o material em transferncia retirado do fluxo normal e levado at o coletor de amostras Amostragem longitudinal: Consiste na retirada contnua de uma parte do material que est sendo transportado, o qual desviado do fluxo principal. Se todos os tamanhos de partculas estiverem representados naquela parte de material amostrado, este tipo de amostragem poder representar corretamente o lote. Contudo, na realidade, a fora da gravidade causa uma segregao dos diversos tamanhos de partculas o que impossibilita a obteno das condies relatadas aci
Em certos momentos, parte do material recolhido atravs de uma fenda na correia transportadora Pelo que pode ser observado, a amostragem transversa o nico tipo de amostragem que garante que todas as partculas do lote tenham a mesma chance de serem coletadas, sendo portanto o mais indicado processo de coleta. Porm, na realidade, as partculas no se movimentam de forma homognea e constante. Alm disso, existem algumas consideraes que devem ser feitas para garantir que a amostragem executada seja a mais representativa possvel. Entre elas podemos citar: As partculas no se movimentam de forma homognea, mas em fluxos mais ou menos compactos. Isto tm influncia direta na quantidade de material coletado em cada intervalo de amostragem; As partculas se chocam com uma parede defletora mvel que pode provocar a perda de alguma partcula no momento do impacto; A parede defletora pode sofrer deformaes durante sua operao e assim provocar algum tipo de tendncia de amostragem, prejudicando a mesma; As partculas podem se quebrar durante a amostragem o que resultaria em erros no caso de uma avaliao granulomtrica. 18.7. Preparao de amostras Antes da amostra coletada ser submetida anlise, ela deve passar por uma srie de tratamentos para que esteja pronta para ser examinada. A sequncia usual a seguinte: Pesagem e registro da amostra recebida; Secagem; Quarteamento da amostra para obter uma frao menor e representativa; Britagem das partculas de maior granulometria; Novo quarteamento em fraes ainda menores; Moagem; Peneiramento com uma sequncia de peneiras; Moagem fina; Homogeneizao da amostra; Identificao da amostra.
Estes procedimentos tambm so de suma importncia para garantir resultados confiveis nas avaliaes fsicoqumicas.