Banana Verde

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Brazilian Journal of Health Review 2868

ISSN: 2525-8761

Desenvolvimento e caracterização de biofilmes à base de biomassa de


banana verde

Development and characterization of biofilms based on green banana


biomass

DOI:10.34119/bjhrv4n1-230

Recebimento dos originais: 11/01/2020


Aceitação para publicação: 11/02/2021

Luana Volkmann Siqueira


Mestranda em Ciências Farmacêuticas
Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste
Endereço: R. Universitária, 1619 - Universitário, Cascavel - PR
E-mail: [email protected]

Maira Gabriela Paetzold


Mestranda em Ciências Farmacêuticas
Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste
Endereço: R. Universitária, 1619 - Universitário, Cascavel - PR
E-mail: [email protected]

Luciana Oliveira de Fariña


Doutora em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela Universidade Federal de Viçosa
Docente Associada C na Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste
Endereço: R. Universitária, 1619 - Universitário, Cascavel - PR
E-mail: [email protected]

RESUMO
A banana é uma das frutas mais consumidas no mundo tanto na sua forma in natura quanto
processada, quando ainda verde é fonte de vitaminas do complexo B (B1, B6), além de
apresentar alta quantidade de amido resistente (AR), que comporta-se semelhante às
fibras dietéticas no trato gastrointestinal. O presente estudo teve por objetivo produzir
filmes biodegradáveis – pela técnica de evaporação de solvente “casting”– utilizando a
polpa de biomassa de banana verde nas concentrações de 40% e 30%, acrescidos do
plastificante propilenoglicol nas proporções de 10, 15 e 25% e avaliar suas propriedades.
Os filmes foram avaliados quanto às propriedades macroscópicas, de espessura e taxa de
transmissão de vapor d’água. A matéria-prima e o agente plastificante apresentaram boa
processabilidade e permitiram a produção de filmes pelo processo de “casting” em escala
piloto com características compatíveis aos dos filmes biodegradáveis já conhecidos,
caracterizando a biomassa como um excelente material para a formulação de biofilmes,
por ser de fonte renovável e baixo custo. A adição de propilenoglicol na faixa de 10 a
25% alterou as propriedades dos filmes, aprimorando a flexibilidade e as características
macroscópicas. O maior teor de plastificante e a maior concentração de biomassa
elevaram a transmissão de vapor de água (TVA), devido a maior quantidade de amido
presente nas dispersões. A menor TVA (130,10 g/m2/24h) foi obtida com menor teor de
Biomassa (30%) e 10% de propilenoglicol. Considerando-se os fatores desejáveis: baixa
TVA, resistência mecânica, boa flexibilidade, transparência e menor espessura, os filmes

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na concentração de 30% de biomassa foram os que melhor atenderam a estas


características.

Palavras-chave: Filmes comestíveis, Musa, Plásticos biodegradáveis.

ABSTRACT
The banana is one of the most consumed fruits in the world both in its fresh and processed
form, when still green it is a source of B vitamins (B1, B6), in addition to having a high
amount of resistant starch (AR), which behaves similar to dietary fibers in the
gastrointestinal tract. The present study aimed to produce biodegradable films - by the
technique of solvent evaporation “casting” - using the pulp of green banana biomass in
concentrations of 40% and 30%, plus the plasticizer propylene glycol in the proportions
of 10, 15 and 25% and evaluate their properties. The films were evaluated for
macroscopic properties, thickness and water vapor transmission rate. The raw material
and the plasticizer presented good processability and allowed the production of films by
the process of “casting” on a pilot scale with characteristics compatible with those of the
already known biodegradable films, characterizing biomass as an excellent material for
the formulation of biofilms, for be of renewable source and low cost. The addition of
propylene glycol in the range of 10 to 25% changed the properties of the films, improving
flexibility and macroscopic characteristics. The higher content of plasticizer and the
higher concentration of biomass increased the transmission of water vapor (TVA), due to
the greater amount of starch present in the dispersions. The lowest TVA (130.10 g / m2 /
24h) was obtained with the lowest content of Biomass (30%) and 10% propylene glycol.
Considering the desirable factors: low TVA, mechanical resistance, good flexibility,
transparency and less thickness, films with a concentration of 30% biomass were the ones
that best met these characteristics.

Keywords: Edible films, muse, biodegradable plastics.

1 INTRODUÇÃO
A bananicultura constitui um dos principais agronegócios internacionais, visto
que a banana é a fruta mais consumida no mundo em sua forma fresca, in natura. O Brasil
está na quarta colocação como produtor mundial de banana, produzindo 7,1 milhões de
toneladas, destas praticamente todo seu montante é destinado ao consumo interno, o que
o torna o primeiro consumidor mundial da fruta (EMBRAPA, 2012).
Ainda que o Brasil seja um dos maiores produtores de banana, a sua participação
no mercado internacional é praticamente insignificante, o que ocorre por diversos
motivos, entre eles a baixa qualidade na produção e os danos após a colheita. Essa
situação está relacionada a fatores fisiológicos, físicos e microbiológicos (LOPES, 2018).
As perdas na cadeia produtiva da banana alcançam uma alíquota de até 60%,
devido algumas condições como técnicas inadequadas de colheita, armazenagem dos
frutos, tipo de transporte, falhas na distribuição e dificuldade de inserção no mercado
(EMBRAPA, 2012).

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A boa receptividade da banana é proveniente dos aspectos sensoriais e valor


nutricional, consistindo em fonte energética, devido à presença de carboidratos, minerais
e vitaminas. Quando ainda verde é uma fruta abundante em amido resistente (AR), fração
de amido que não fornece glicose livre para o organismo e resiste à digestão enzimática
no intestino delgado, se assemelhando assim às fibras dietéticas, podendo ser utilizadas
como prebióticos (MATSUURA et al. 2004).
A microbiota do cólon humano é composta por uma grande variedade de
microrganismos, estabelecendo mais de 500 espécies de bactérias, em sua maioria
produtoras de enzimas redutoras e hidrolíticas, o que garante a susceptibilidade para
determinados substratos, inclusive o amido resistente, garantindo assim a degradação
específica do filme, independente das variações de pH que possam existir entre diferentes
indivíduos. (SANTOS, 2010).
O amido é um polímero pH dependente e altamente hidrofílico que possui
propriedades de dissolução em ambiente ligeiramente neutro (pH = 6,8) expresso em
condições de pH fisiológico, encontrados principalmente na porção distal do intestino
delgado e parte proximal do intestino grosso de pessoas saudáveis (BECKERT, 2000).

1.1 BANANA VERDE


A banana (Musa spp) é originária do extremo oriente e pertence à família botânica
Musaceae. A planta é típica de clima tropical e para o seu bom desenvolvimento e
produção é necessário calor constante e precipitações bem distribuídas (ROBINSON;
SAÚCO, 2010). Quando ainda verde é rica em vitaminas do complexo B (B1, B6) e
vitamina C, possui flavonoides e betacarotenos, além de minerais como cálcio, enxofre,
fósforo, potássio e zinco, e alta quantidade de amido resistente (RANIERI; DELANI,
2014).
A polpa da banana verde é destituída de sabor e caracterizada por forte
adstringência, provocada pela grande quantidade de compostos fenólicos solúveis,
principalmente taninos. Ao passo que ocorre o amadurecimento da fruta, esses compostos
passam por uma polimerização, suavizando a adstringência e aumentando sua doçura
(BORGES et al., 2009).
Uma das formas de se utilizar a fruta verde é produzindo uma biomassa através
da cocção das bananas juntamente com as cascas. A polpa da fruta cozida é constituída
por uma pasta que age como excelente espessante e não altera o sabor do alimento, mas

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enriquece-o com minerais, vitaminas e fibras, e, além disso, é fonte de amido resistente
(DE MARIA BORGES et al., 2009).
Ciente do grande desperdício da fruta pós-colheita, uma das formas de minimizar
essas perdas de banana seria consumir o fruto ainda verde, na forma de biomassa ou
farinha. A produção da biomassa da banana verde ou da farinha permite seu emprego em
vários tipos de alimentos como pães, massas, maionese, patês e outros produtos,
melhorando a qualidade nutricional e proporcionando efeitos fisiológicos ao organismo
(DEVITTE; DINON, 2011).
Alguns estudos recentes demonstraram que o fruto da banana verde possui ação
fisiológica, atuando na proteção da mucosa gástrica por possuir grande quantidade de
flavonoides e possuir porção significativa de amido resistente, agindo como fibra
alimentar melhorando o trânsito intestinal e colaborando na formação da microbiota local
(RAMOS et al., 2009).
Como fonte energética encontra-se em quarto lugar, ficando atrás do milho, trigo
e arroz. Isso ocorre em consequência da sua elevada concentração de amido, gerando
interesse na utilização como fonte alimentar, sendo atrativa para maioria das indústrias
(SANTOS et al., 2010).

1.2 AMIDO RESISTENTE


O amido resistente (AR) é um polímero natural proveniente de várias fontes,
incluindo a banana quando ainda verde, podendo ser obtido por um processo de produção
de biomassa. Sua eficácia reside no fato de ser de natureza específica que inibe a ação das
enzimas hidrolíticas gastrintestinais, permitindo-lhe chegar ao intestino, onde são
fermentados pela microbiota intestinal endógena, apresentando-se como um prebiótico
(SOLABIA, 2014).
O AR ao ser fermentado no cólon pela microbiota bacteriana produz
principalmente gás e ácidos graxos de cadeia curta e devido à essa característica, os
efeitos de AR são comparáveis aos de fibra dietética (CHAMP; FAISANT, 1996). O fato
de não ser digerido no processo digestivo proporciona algumas ações benéficas no
organismo, dentre elas: fermentação colônica pelas bifidobactérias, ações sobre a resposta
glicêmica; produção de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC); aumento do bolo fecal; e
prevenção do câncer de cólon intestinal (PEREIRA, 2007).
Esse amido pode ser classificado em quatro tipos: AR1, AR2, AR3 e AR4. O tipo
AR1 é encontrado em grãos e sementes que são pouco trituráveis devido à presença de

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paredes celulares rígidas, e por isso não é acessível fisicamente. O tipo AR2 encontra-se
em batatas cruas e bananas verdes. Já o AR3 aparece como consequência do processo de
retrogradação do amido, comum em alimentos processados, cozidos e resfriados. E o tipo
AR4 constitui-se do amido quimicamente modificado (FONTINHA; CORREIA, 2010;
SALGADO et al., 2005).
O amido resistente é definido fisiologicamente como a soma do amido e o produto
de sua degradação, não sendo digerido no intestino delgado de indivíduos sadios. Deste
modo, essa fração do amido apresenta comportamento semelhante ao da fibra alimentar
(LOBO; SILVA, 2003; RAMOS et al., 2009).
De acordo com MOLAVI e colaboradores (2018), certas modificações químicas
deixam o amido mais resistente à entrada e retenção de água, o que pode provocar
modificações e fazer com que necessite uma maior energia para que ocorra a formação
da pasta utilizada na produção de biofilmes.

1.3 AMIDO RESISTENTE COMO PREBIÓTICO


Os prebióticos são substâncias não digeríveis que servem de alimento para as
bactérias que povoam o intestino (probióticos), favorecendo o desenvolvimento e a
multiplicação desses microorganismos benéficos. Esse aumento das colônias gera efeitos
positivos para a saúde, pois ampliam a produção de compostos que inibem
microrganismos patogênicos (OZOGUL; HAMED, 2016).
Os prebióticos são utilizados como substrato da microbiota intestinal e atuam no
crescimento, estímulo e aumento da atividade metabólica da mesma, assim como na
manutenção e equilíbrio do biossistema intestinal. Também contribuem para aumentar o
aproveitamento da dieta e auxiliam na redução da excreção de nitrogênio ao ambiente
(RODRIGUES et al., 2013; SAAD, 2006).
O Amido Resistente é um dos principais componentes da banana verde e possui
características semelhantes às fibras insolúveis (prebióticos), como a capacidade de
aumentar o bolo fecal, estimulando o melhor funcionamento do intestino, além de atuar
na prevenção da constipação intestinal (NAVARRO et al., 2018).
Devido à grande quantidade de amido resistente presente na biomassa de banana
verde, o seu uso no desenvolvimento de novos produtos apresenta-se como um fator
positivo e de interesse na prevenção de doenças intestinais, pois o mesmo pode ser
fermentado pelas bactérias intestinais, que secretam ácidos graxos de cadeia curta e
vitaminas essenciais para o estimulo de seu desenvolvimento. (PEREIRA, 2007).

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Além disso, servem de substrato para as bactérias probióticas, que possibilitam o


aumento da colonização da microbiota intestinal, e por inibirem os microrganismos
patogênicos conferem imunidade ao intestino, auxiliando na prevenção de infecções
intestinais e inflamatórias como a diverticulite e até mesmo o câncer intestinal
(RANIERI; DELANI, 2014).

1.4 FILMES BIODEGRADÁVEIS


Os polímeros sintéticos foram propostos inicialmente devido à durabilidade e
resistência à biodegradação. No entanto, o impacto ambiental provocado pelo uso de
materiais sintéticos na forma de plásticos vem estimulando o desenvolvimento de
embalagens biodegradáveis à base de fontes naturais renováveis. Dessa forma, o uso de
polímeros biodegradáveis e biomateriais mostra-se como possível solução para as
consequências ambientais causadas pelo descarte inadequado dos polímeros e plásticos
convencionais (ENRÍQUEZ et al., 2012; ROCHA et al., 2014).
Filmes elaborados por polímeros de fonte vegetal, especialmente de amido, são
quebradiços e pouco flexíveis, tornando necessária a adição de plastificante na matriz
polimérica com o intuito de melhorar suas características, pois os plastificantes reduzem
as interações entre as moléculas adjuntas, aumentando assim a flexibilidade do filme
(COUPLAND et al., 2000).
Para a aplicação de um plastificante é de extrema importância que haja
compatibilidade adequada com o polímero utilizado e, ainda, uma definição da
proporcionalidade entre os componentes, a fim de adequar a composição final à aplicação
desejada (MADALENO et al., 2009).
O uso de plastificantes permite uma melhor coalescência, característica que é
atribuída à capacidade dos plastificantes em reduzir a temperatura de transição vítrea (Tg)
(temperatura abaixo da qual um polímero amorfo se torna duro e frágil e acima da qual o
mesmo polímero é macio), dos polímeros a eles associados, o que aumenta a mobilidade
das cadeias poliméricas, melhorando a propriedade mecânica dos filmes (ROCHA et al.,
2014).
A utilização de polissacarídeos como o amido no revestimento de produtos
farmacêuticos constitui uma estratégia interessante para liberação específica de fármacos
no cólon, com base nas mudanças de pH ao longo do trato gastrointestinal (BECKERT,
2000; GUPTA et al., 2001).

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A associação com polímeros sintéticos pode ser uma alternativa para possíveis
limitações na aplicação, a fim de manter as propriedades filmogênicas garantindo a
integridade da película, assim como propor um sistema de liberação específico eficaz.
(GUPTA et al., 2001). Dessa forma, o objetivo desse estudo é apresentar um método para
elaboração de biofilmes preparados a partir da mistura de amido resistente de banana
verde com um agente plastificante.

2 METODOLOGIA
2.1 ESCOLHA DO SUBGRUPO DE FRUTOS DO GÊNERO MUSA SP.
Os cachos de bananas verde foram doados conforme produção local de uma
propriedade rural com prática de agricultura familiar orgânica denominada Sítio São
Sebastião, no município de Boa Vista da Aparecida, Paraná, Brasil, o que permitiu a
coleta de duas variedades no período, banana prata e banana maçã.
Algumas adequações foram necessárias devido à condição climática do período
de realização da pesquisa, que resultou em danos causados às plantações, provocados por
uma geada que acometeu a região de cultivo. Assim sendo, para dar continuidade à
pesquisa foi necessária a realização de compras de bananas não classificadas em
comércios de produtores rurais da cidade de Cascavel, enquanto a propriedade
fornecedora recuperava sua plantação.

2.1.1 Seleção dos frutos e determinação do grau de maturação


O grau de maturação da banana foi avaliado conforme proposto na escala de
maturação de Von Loesecke (Figura 1), no qual foi possível determinar e escolher o grau
totalmente verde, comparando a coloração do fruto com a escala por semelhança.

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Figura 1: Escala de Maturação de Von Loesecke (1950)

Fonte: CEAGESP, 2006

2.2 PREPARO DAS BIOMASSAS


As bananas foram limpas com água corrente, detergente neutro, esponja e
deixadas em hipoclorito de sódio 10% por dez minutos. Logo em seguida foram cozidas
por 10 minutos com água destilada em panela de pressão doméstica.
Após o cozimento as cascas foram retiradas e a polpa processada ainda quente em
liquidificador caseiro, formando uma pasta homogênea. Essa pasta foi diluída, formando
soluções-mãe em diferentes concentrações (40 e 30% m/v).

2.3 ENSAIOS PRELIMINARES


A partir da obtenção das biomassas, foram realizados ensaios preliminares pelo
método de tentativa e erro, para elaboração de filmes com qualidades mecânicas e
sensoriais adequadas conforme RIGO (2006), sendo elas: continuidade - filme sem
rupturas após secagem; homogeneidade - filme sem a presença de partículas insolúveis
ou bolhas visíveis à olho nu; e maneabilidade - manuseio do filme sem riscos de ruptura.

2.4 PREPARO DOS BIOFILMES


Os biofilmes foram preparados a partir das concentrações de 40 e 30% (m/v) da
Solução-Mãe (SM) de Biomassa (BM) de banana verde contendo amido resistente,
utilizando Propilenoglicol (PG) como plastificante no volume de 10, 15 e 25%, formando
uma dispersão com concentração final de 100% (v/v), sendo usadas diferentes proporções

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de biomassa/plastificante, constituindo os quatro tratamentos avaliados conforme Tabela


1.

Tabela 1: Proporção da composição dos biofilmes de biomassa de banana verde adicionados de


propilenoglicol

Os filmes poliméricos foram preparados a partir de dispersões aquosas pelo


método de casting, onde as dispersões de biomassa passaram por agitação magnética com
aquecimento a 90ºC durante 10 minutos em agitador magnético (Fisatom 752A),
acrescentando o propilenoglicol lentamente. As soluções foram em seguida espalhadas
sobre as placas de Teflon® com 10cm de diâmetro e levadas à estufa de secagem e
esterilização (Orion-520) a 50ºC para a evaporação do solvente por 12-24h, resultando na
formação do filme desejado (CAVALCANTI et al., 2002; SANTOS, 2010; PELISSARI
et al., 2012).

2.5 AVALIAÇÃO MACROSCÓPICA DOS FILMES OBTIDOS


Os filmes obtidos foram inspecionados visualmente para avaliação das
características macroscópicas como presença de bolhas de ar e rachaduras, além da
análise de flexibilidade, homogeneidade e transparência, classificando-os
qualitativamente (em cruzes), segundo os parâmetros observados. As películas
selecionadas foram armazenadas em dessecadores contendo sílica-gel até o momento de
utilização.

2.6 DETERMINAÇÃO DA ESPESSURA DOS FILMES


A espessura pode influenciar as propriedades dos filmes, como a capacidade de
barreira a gases e umidade e a resistência mecânica do material (HENRIQUE; CEREDA;
SARMENTO, 2008). A espessura dos filmes foi determinada utilizando-se um
micrômetro digital (King Tools), com escala de 0-150mm e precisão de 0,001mm, em 5
pontos diferentes e equidistantes, em duplicata, considerando-se a espessura como a
média entre as 5 leituras, seguindo a ASTM F2251 – 13 (ASTM, 2018).

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2.7 AVALIAÇÃO DA TRANSMISSÃO DE VAPOR D’ÁGUA (TVA)


As avaliações da TVA foram realizadas em duplicata, adicionando no interior de
cada cúpula de permeabilidade (Figura 2) 10mL de água destilada e em cada uma de suas
aberturas foi fixado um filme contendo área de 10 cm².
O conjunto (cúpula + água destilada + filme) foram pesados no tempo zero, em
balança analítica (Bioprecisa FA-2104N) e armazenados à temperatura ambiente em
dessecador contendo sílica gel. Após os intervalos de tempo de 24, 48 e 72 horas as
cúpulas foram novamente pesadas. Os resultados registrados foram utilizados para
calcular a taxa de TVA dos filmes, conforme equação abaixo (OLIVEIRA et al., 2011;
SANTOS et al., 2013).

Equação 1: Cálculo da transmissão de vapor d’água.


𝑔 24
𝐓𝐕𝐀 =
𝑡𝑎

Onde g é a perda de peso (gramas), t é tempo (horas) durante o qual o peso foi
perdido e a representa a área do filme (m²).

Figura 2: Cúpulas de permeabilidade utilizadas no estudo

Fonte: ZANIN, et al., 2016.

2.8 ANÁLISE ESTATÍSTICA


Para verificar a melhor interação entre a biomassa e o plastificante foram
realizados ensaios somente com a banana da variedade Prata, utilizando 2 réplicas para
cada teste. Foi aplicado o teste ANOVA fator único, seguido do teste Newman-Keuls em
caso de significância estatística (p<0,05), para avaliar o melhor filme formado, a partir de

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diferentes concentrações. Todas as análises foram realizadas no programa estatístico


Statistics® versão 7, assumindo um nível de significância de 5%.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
3.1 AVALIAÇÃO MACROSCÓPICA DOS FILMES OBTIDOS
Com o auxílio de uma lupa foi possível categorizar visualmente o melhor filme,
sem presença de bolhas e/ou rachaduras, transparente, homogêneo e com uma boa
flexibilidade, como demonstrado na Tabela 2.
Os filmes na proporção 100:00 de Biomassa:Propilenoglicol, em ambas as
concentrações de soluções-mãe (30 e 40%), foram excluídos dos testes a partir desta
análise, pois apresentaram-se muito quebradiços e inflexíveis, impossibilitando sua
remoção da placa de teflon®.
Diante disso optou-se pela utilização dos filmes obtidos a partir das formulações
com adição do agente plastificante (propilenoglicol) nas análises subsequentes,
totalizando 6 tratamentos (Figura 3).

Tabela 2: Resultado da avaliação macroscópica dos Biofilmes obtidos

*Flex = flexibilidade; Homog = homogeneidade; Rachad = rachaduras; Transp = transparência; Trat =


tratamento
**0, sem mudanças observadas; +, baixa presença; ++, presença moderada; +++, presença alta.
%SM – % de Solução-Mãe; BM:PG – Biomassa:Propilenoglicol.

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Figura 3: Filmes produzidos com diferentes proporções de Biomassa/Plastificante

Fonte: Luana Volkmann Siqueira

Os resultados evidenciados acima permitiram classificar o Tratamento 2 (30% SM


– 85:15 BM:PG) como sendo a melhor formulação, o qual apresentou a melhor
combinação entre os aspectos analisados: grande transparência, homogeneidade, ausência
de bolhas e rachaduras e boa flexibilidade.
Em estudo com filmes à base de ácido hialurônico para aplicação como
revestimento de comprimidos (ZANIN et al. 2017), os resultados obtidos para proporções
90:10 e 85:15 de (Poli vinil acetato, ácido hialurônico:propilenoglicol) foram
equivalentes a todos os filmes do presente estudo, em relação aos aspectos flexibilidade
e homogeneidade. Mas quando comparado com os filmes na concentração 30% (SM),
demonstrou menor transparência, indicando que a formulação com biomassa de banana
verde é de interesse para o desenvolvimento de películas que necessitam maior
transparência.

3.2 DETERMINAÇÃO DA ESPESSURA DOS FILMES


Após a medida de cinco pontos dos filmes em duplicata foi possível observar que
o filme na concentração 30% SM e na proporção 75:25 (AR:PG) demonstrou a menor
espessura, sendo considerado o melhor filme para este teste. Enquanto o filme na
concentração 30% SM e proporção 90:10 (AR:PG) apresentou a maior espessura entre os
filmes analisados como apresentado na Tabela 3.

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Tabela 3: Médias das espessuras dos filmes para cada tratamento avaliado

Esse teste demonstrou que mesmo com o aumento na concentração de amido


presente na biomassa de banana verde, não houve aumento significativo na espessura dos
filmes.
A avaliação estatística dos resultados da determinação das espessuras indicou que
somente o Tratamento 1 foi estatisticamente diferente dos demais (p ≤ 0,05), confirmado
pelo teste de post-hoc de Newman-Keuls. Os Tratamentos 2, 4 e 5 não apresentaram
diferença significativa e os testes 3 e 6 são iguais estatisticamente. De acordo com os
resultados obtidos é possível observar que a técnica de “casting” permitiu um bom
controle da espessura, indicando que as diferenças foram observadas apenas pela
composição dos filmes.
As medidas apresentadas demonstram que a concentração de biomassa e a
proporção com o agente plastificante nas formulações utilizadas não são as únicas
variáveis determinantes em relação ao parâmetro espessura. O amido pode sofrer
modificações ao longo do amadurecimento da fruta, além de poder sofrer retrogradação,
que ocorre após resfriamento e provoca reaproximação das moléculas; o que pode
dificultar a interação entre os componentes, causando assim uma heterogeneidade na
formação do filme, modificando a espessura.
Em estudo precedente com biofilmes obtidos a partir de amido de ervilha (Pisum
sativum) associado à goma xantana e glicerol (MATTA JUNIOR, 2009), os resultados
das espessuras dos filmes variaram de 0,055mm até 0,098mm, sendo que a menor
espessura foi da formulação com menor quantidade de amido (3%), enquanto o
tratamento com 5% de amido demonstrou a maior. Esses resultados diferem dos obtidos
no presente estudo, indicando que o tratamento 1 (3% de amido, sem glicerol) apresenta
melhor de espessura para o desenvolvimento de biofilmes.
Paulino (2016) realizou um estudo sobre a caracterização de filmes de amido de
pinhão e observou que o filme com maior espessura apresentou valores 0,11mm, com
maior teor de amido; e a menor espessura encontrada foi 0,07mm, observada no

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tratamento com maior quantidade de glicerol. Os resultados obtidos indicam que os


valores de espessura podem estar diretamente relacionados com a quantidade de amido
presente na formulação.
Ao avaliar filmes biodegradáveis utilizando amido de caroço de abacate (persea
americana mill) e bagaço de mandioca (manihot esculenta crantz), Brito (2019) notou
que a resistência dos filmes demonstrou ser diretamente proporcional às suas espessuras,
onde o filme com espessura de 0,64mm apresentou maior resistência à tração. Observou
também que os filmes mais resistentes mecanicamente foram aqueles obtidos a partir do
amido como única fonte termoplástica do material, e dentre eles a amostra feita a partir
de amido de caroço de abacate por extração ácida foi a que apresentou maior valor de
resistência.

3.3 AVALIAÇÃO DA TRANSMISSÃO DE VAPOR D’ÁGUA (TVA)


Após o período de 72 horas os filmes começaram a apresentar sinais de
deterioração e decomposição, a coloração amarelada se modificou para verde, com o
aparecimento de focos de fungos, indicando uma possível relação da glicose presente na
biomassa, bem como a quantidade de amido. Por esse motivo o teste foi interrompido em
um tempo menor que o predeterminado (120h).
Os resultados obtidos foram calculados por meio da equação 1 e suas médias
tabeladas, assim como a média da perda de massa (Tabela 4).

Tabela 4: Valores de TVA das amostras de filmes isolados contendo AR e perda de massa após 72h

A avaliação estatística indicou que há diferença significativa (p<0,05) para as


análises de TVA e massa perdida, comparando 40 e 30% e ainda nas diferentes
proporções de BM:PG, no qual o teste de post-hoc mostrou que o tratamento 4 e 3 diferem

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de todos os outros. Já os tratamentos 1 e 2 são iguais estatisticamente e o tratamento 5 é


igual ao 6 e diferente dos demais.
Matta Junior (2009), ao avaliar biofilmes de amido de ervilha (Pisum sativum),
afirma que a taxa de permeabilidade foi influenciada pela concentração de amido na
solução filmogênica, onde as menores concentrações de amido como (3%) geraram filmes
com maior taxa de permeabilidade e os filmes com maior concentração de amido (5%)
apresentaram os menores valores.
Os resultados encontrados diferem dos encontrados por Zanin e colaboradores
(2017), em estudo com filmes à base de ácido hialurônico, com teste de transmissão de
vapor d’água em 120 horas. Nesse estudo a maior TVA obtida foi de 176,45 g/m2/24h e
a maior quantidade de perda de massa foi de 8,8227g/120h. Tal divergência pode ocorrer
devido à alta higroscopicidade do amido e à presença de um polímero sintético (poli vinil
acetato) nos filmes à base de ácido hialurônico.

4 CONCLUSÃO
Os filmes apresentaram aspecto visual homogêneo, espessura uniforme e boa
flexibilidade. O filme de interesse, considerando as características supracitadas, foi o do
tratamento 2, constituído de uma dispersão na concentração de 30% de Solução-Mãe e
proporção de 85:15 de Biomassa:Propilenoglicol.
A biomassa de banana verde apresentou-se como um bom material para a
produção de novos produtos. Entretanto, são necessários estudos mais aprofundados
sobre a composição da biomassa, assim como avaliações específicas sobre o amido
resistente, para então desenvolver um produto ideal e com características aperfeiçoadas.

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