BOOK Curso1 Amamenta Revisao Final 2.3
BOOK Curso1 Amamenta Revisao Final 2.3
BOOK Curso1 Amamenta Revisao Final 2.3
8 CRIANÇAS DE 6 A 24 MESES 59
8.1 Introdução da unidade 59
8.2 Práticas saudáveis de alimentação para
a criança de 6 meses a 2 anos 59
8.3 Da escolha dos alimentos ao preparo
das refeições 63
8.4 Encerramento da unidade 66
Olá!
Desejamos boas-vindas ao Curso “Promoção do aleita-
mento materno e da alimentação complementar saudável na
Atenção Primária à Saúde (APS): recomendações baseadas no
Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos”.
Este curso foi elaborado especialmente para você, profis-
sional da saúde, pensando nas dificuldades encontradas no
seu cotidiano de trabalho na APS no que diz respeito ao alei-
tamento materno e às recomendações sobre a introdução
da alimentação complementar.
Você aprenderá sobre a promoção do aleitamento
materno e da alimentação complementar saudável
para crianças menores de 2 anos no âmbito da atenção
primária do Sistema Único de Saúde (SUS), considerando
a perspectiva da educação permanente em saúde, com
base nos princípios da educação crítico-reflexiva. Este é
um conteúdo que certamente trará reflexões sobre como
realizar a transformação das ações no atendimento a
crianças e famílias de crianças pequenas.
Esperamos que você tenha um bom estudo!
A coordenação
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM DO CURSO
Unidade 1
Reconhecer a alimentação como um direito fundamental
e sua importância nos dois primeiros anos de vida para a
saúde e o desenvolvimento infantil.
Unidade 2
Refletir sobre a situação alimentar de crianças menores
de 2 anos no Brasil a partir de indicadores obtidos pelas Alimentação Saudável do Guia Alimentar para Crianças
pesquisas nacionais e pelo Sistema de Vigilância Alimentar Brasileiras Menores de 2 Anos.
e Nutricional (SISVAN), reconhecendo sua importância para
o trabalho de promoção do aleitamento materno e da Unidade 7
alimentação complementar na Atenção Primária. Conhecer as recomendações para alimentação de bebês
menores de 6 meses e maneiras efetivas para apoiar a
Unidade 3 mulher que amamenta.
Compreender a importância de um olhar ampliado para
identificar fatores que podem influenciar o aleitamento Unidade 8
materno e a alimentação complementar adequada e Conhecer recomendações de alimentação complementar
saudável reconhecendo os problemas mais frequentes. para crianças maiores de 6 meses até os 2 anos de idade.
Unidade 4 Unidade 9
Conhecer referências legais para proteger bebês e Compreender a importância do planejamento de ações
crianças pequenas no seu direito à alimentação. de promoção do aleitamento materno e da alimentação
complementar saudável na Atenção Primária e a Estratégia
Unidade 5 Amamenta e Alimenta Brasil como uma ferramenta
Conhecer técnicas de aconselhamento que podem ser transformadora da realidade local.
utilizadas pelos profissionais de saúde da Atenção Primária
para analisar a causa de qualquer adversidade que as CARGA HORÁRIA DE ESTUDO RECOMENDADA
pessoas apresentem e propor sugestões para resolver as
dificuldades na alimentação das crianças. Para estudar e apreender todas as informações e os
conceitos abordados, bem como trilhar todo o processo
Unidade 6 ativo de aprendizagem, estabelecemos uma carga horária
Conhecer os princípios e os 12 Passos para uma de 30 horas para este curso.
ALIMENTAÇÃO, SAÚDE E
DESENVOLVIMENTO INFANTIL UN1
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ALIMENTAÇÃO, SAÚDE E
DESENVOLVIMENTO INFANTIL UN1
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ALIMENTAÇÃO, SAÚDE E
DESENVOLVIMENTO INFANTIL UN1
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o O acompanhamento do crescimento e desenvolvimento
Banco Mundial e a Organização Mundial de Saúde (OMS) infantil, realizado por profissionais da saúde, é um direito
priorizaram o desenvolvimento da criança na primeira de todas as crianças brasileiras presente no ECA. Envolve
infância nos seus programas de trabalho visando atingir múltiplos aspectos: além da avaliação do estado nutricional,
os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Um deve-se observar os marcos do desenvolvimento infantil
Modelo de Cuidados Integrais, tradução livre do termo relacionados às habilidades de cada criança e suas interações
Nurturing Care Framework, elaborado por essas instituições, com pessoas e objetos, que indicam muito sobre seu processo
visa orientar governos e a comunidade global sobre as ações de aprendizagem, desenvolvimento cognitivo e emocional.
necessárias para assegurar que cada criança desenvolva Profissionais da saúde, pais, cuidadores, professores e
todo o seu potencial (WHO, 2018). A nutrição infantil destaca- outros devem estar envolvidos nesse acompanhamento, isto
se como um dos domínios fundamentais para assegurar o porque é nesta etapa da vida que ocorrem a formação e o
pleno desenvolvimento das crianças. amadurecimento de muitas funções corporais importantes,
sendo também neste período que são mais efetivas as
intervenções em saúde.
Modelo de cuidados Saúde Por isso, o profissional da saúde precisa estar atento
integrais para o a possíveis sinais de atraso no desenvolvimento (como
desenvolvimento na Nutrição sustentar a cabeça, engatinhar, andar, dificuldades na
primeira infância da
OMS e Unicef linguagem e na aprendizagem). Nos casos em que a criança
Cuidado responsivo
apresenta alguma dificuldade para realizar alguma atividade,
é comum que isso gere dúvidas na família. Quanto mais
Domínios da Segurança e proteção
cedo o atraso no desenvolvimento for identificado (pela
Atenção Integral
Oportunidades família ou por profissionais da saúde) e tratado com atenção
de aprendizagem e estímulos adequados, melhor será o resultado.
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ALIMENTAÇÃO, SAÚDE E
DESENVOLVIMENTO INFANTIL UN1
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ALIMENTAÇÃO, SAÚDE E
DESENVOLVIMENTO INFANTIL UN1
adulta. Portanto, a amamentação das filhas de mães privadas de liberdade. crescimento e desenvolvimento infan-
crianças, nos primeiros anos, tem im- Mulheres e suas famílias devem rece- til, tanto do ponto de vista nutricional
pacto não somente na nutrição e saú- ber a informação e o apoio necessários como do ponto de vista afetivo e cogni-
de, mas também influencia fortemente para que a amamentação aconteça de tivo. A alimentação e nutrição adequa-
o desenvolvimento humano. forma agradável e prazerosa, além de das são essenciais para o crescimento e
Por fim, amamentar faz bem a toda orientação sobre o manejo adequado desenvolvimento das crianças. A partir
sociedade e à natureza porque crianças de problemas, caso surjam. de seis meses, além do leite materno,
amamentadas são mais saudáveis novos alimentos saudáveis devem ser
– a amamentação não impacta nos 1.2.2 A importância da alimentação oferecidos às crianças e terão papel
recursos naturais, dispensa a produção complementar saudável importante na formação dos hábitos
de plásticos e demais resíduos sólidos. Entende-se por alimentação comple- alimentares para toda a vida, e, além
Por todos esses benefícios citados, mentar quaisquer alimentos nutritivos disso, esses alimentos irão fornecer nu-
amamentar não deve ser considerado sólidos ou líquidos oferecidos à criança trientes que desempenham um papel
um ato solitário, mas sim um bem so- em adição ao leite materno, devendo importante na formação dos tecidos e
cial que deve ser apoiado e estimulado ser iniciada aos seis meses de vida. A sistemas corporais.
por todos da família e da comunidade alimentação saudável nesse período O Direito Humano à Alimentação
(empregadores, estabelecimentos e apresenta profunda relação com o Adequada (DHAA) é um direito
profissionais de ensino e saúde, meios
de transporte público, espaços pú-
blicos, entre outros). O ECA garante a
proteção à amamentação, determinan-
do que o poder público, as instituições
e os empregadores devem propiciar
condições adequadas ao aleitamento
materno, inclusive para as crianças
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ALIMENTAÇÃO, SAÚDE E
DESENVOLVIMENTO INFANTIL UN1
SAIBA +
Para saber mais sobre o conceito do DHAA,
recomendamos que assista a esse vídeo, uma
parceria entre a Ação Brasileira pela Nutrição e
Direitos Humanos (ABRANDH) e a Coordenação Geral
de Alimentação e Nutrição (CGAN) com apoio da
Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), que tem
o objetivo de motivar a discussão sobre a agenda de
nutrição no SUS e o papel das ações de nutrição na APS.
Acesse no link: <http://vimeo.com/32862441>. variedade, quantidade e qualidade necessárias). Em outros
Além disso, um estudo avaliou práticas alimentares de
crianças brasileiras e os fatores associados à qualidade casos, a influência de campanhas publicitárias para compra
e à diversidade da dieta e identificou que iniquidades de alimentos não saudáveis também interfere na qualidade
sociais e situações de vulnerabilidade social estão
relacionados a menores chances de uma alimentação da alimentação dos indivíduos.
diversificada. Acesse e confira no link: <https://doi. A introdução de alimentos seguros do ponto de vista
org/10.1590/0102-311X00153414>.
nutricional e sanitário, em época oportuna e de forma
adequada, previne carências nutricionais e tem grande
Contudo, no Brasil e no mundo, muitos são os fatores que impacto na morbimortalidade infantil. Em condições de
levam uma expressiva parcela da população a não ter uma baixo acesso a alimentos saudáveis, ocorrem diferentes
alimentação saudável. A desigualdade social é sem dúvida formas de deficiências nutricionais: desnutrição, excesso de
um fator decisivo para que muitas famílias não consigam peso e carências específicas de micronutrientes como ferro,
ter alimentos suficientes para suas necessidades básicas (na zinco e vitamina A, que podem impactar de maneira negativa
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ALIMENTAÇÃO, SAÚDE E
DESENVOLVIMENTO INFANTIL UN1
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ALIMENTAÇÃO, SAÚDE E
DESENVOLVIMENTO INFANTIL UN1
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UM PANORAMA SOBRE A SITUAÇÃO DO
ALEITAMENTO MATERNO E DA ALIMENTAÇÃO
COMPLEMENTAR NO BRASIL UN2
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UM PANORAMA SOBRE A SITUAÇÃO DO
ALEITAMENTO MATERNO E DA ALIMENTAÇÃO
COMPLEMENTAR NO BRASIL UN2
2.2 Indicadores de aleitamento giões Sudeste e Sul, que apresentaram Os resultados preliminares do
materno e alimentação maiores taxas de interrupção precoce Estudo Nacional de Alimentação e
complementar no Brasil do aleitamento materno. Quanto ao Nutrição Infantil (UFRJ, 2020) indicam
As pesquisas de abrangência uso de mamadeira, os resultados da que a prevalência do aleitamento
nacional realizadas no Brasil desde a pesquisa mostraram que das crianças materno exclusivo entre as crianças
década de 1970 têm mostrado grandes menores de 12 meses analisadas com menos de 6 meses de idade foi
avanços na prática da amamentação. 58,4% faziam uso de mamadeira e de 45,7%, sendo que na região Norte a
Passamos de uma duração mediana da 42,6% de chupeta. A região Sudeste foi prevalência foi de 40,7%, no Nordeste
amamentação de 2,5 meses (idade em a que apresentou maior frequência de de 38,0%, no Sudeste de 50%, no Sul
que metade das crianças estava sendo uso de mamadeira (63,8%) e a menos de 53,1% e no Centro-Oeste de 44,1%.
amamentada) em 1975 para 11 meses frequente foi a região Norte (50,0%). Em crianças com menos de 4 meses, a
em 2008. A amamentação exclusiva de Os dados populacionais obtidos a prevalência do aleitamento materno
0 a 6 meses, que praticamente inexistia partir da Pesquisa Nacional de Saúde exclusivo aumentou de 4,7% em 2006
na década de 1980 (era apenas 3%), (PNS), realizada em 2013, evidenciaram para 60,0% em 2020, um aumento
teve um aumento expressivo, passando os dados apresentados a seguir. de 12,8 vezes. A prevalência de
a 41% em 2008.
Os dados de 2008, resultados da II Crianças com idade entre 9 e 12 meses Crianças menores de 2 anos
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UM PANORAMA SOBRE A SITUAÇÃO DO
ALEITAMENTO MATERNO E DA ALIMENTAÇÃO
COMPLEMENTAR NO BRASIL UN2
aleitamento materno continuado aos 12 meses (crianças de de alta relevância na população brasileira (VIEIRA, 2010)
12 a 15 meses) foi de 53,1% no Brasil, sendo essa prática mais
frequente na região Nordeste (61,1%) e menos na região Sul
SAIBA +
(35%). A prevalência de aleitamento materno em menores
Os dados do Estudo Nacional de Alimentação
de 2 anos de vida, aumentou 23,5 pontos percentuais no e Nutrição Infantil (ENANI) mostram que houve
melhora nos indicadores de aleitamento materno
mesmo período, alcançando prevalência de 60,9%.
no Brasil no período de 1986 a 2019. Para saber mais
Os dados apresentados, de pesquisas e inquéritos sobre a situação atual e a tendência dos indicadores
de aleitamento materno no Brasil acesse o relatório
nacionais, mostram que ainda precisamos avançar nas taxas
do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil
de aleitamento materno e que o consumo de alimentos não (ENANI). Acesse o link para saber mais: <https://enani.
nutricao.ufrj.br/index.php/relatorios/>.
recomendados acontece cada vez mais precocemente. Esse
padrão de consumo alimentar está associado à formação
de hábitos alimentares inadequados que, por sua vez, O SISVAN mostra dados sobre a situação alimentar e
relacionam-se ao desenvolvimento de diferentes formas de nutricional de indivíduos acompanhados na APS. Confira, a
má nutrição, incluindo a desnutrição, o excesso de peso e as seguir, alguns resultados obtidos.
carências nutricionais. No ano de 2018, foram registrados no SISVAN dados de
As causas do excesso de peso (que abrange o sobrepeso consumo alimentar de 4,81% da população de 0 a 5 anos, e
e a obesidade) na infância estão relacionadas ao conjunto evidenciaram que apenas 54,4% das crianças menores de 6
de fatores caracterizado por um consumo excessivo de meses são amamentadas exclusivamente.
alimentos com altos teores de açúcar, gordura e sódio, e Os dados do SISVAN de 2018 indicam também que
pelo sedentarismo, influenciados pelo ambiente, pela mídia a diversidade alimentar mínima para crianças menores
e publicidade de alimentos não saudáveis. de 2 anos foi de 72,3%. A diversidade alimentar mínima é
Em relação às carências de micronutrientes, destaca-se um indicador que apresenta a proporção de crianças que
a deficiência de ferro. Uma revisão sistemática identificou receberam seis grupos alimentares. São eles: leite materno
que há uma alta prevalência (maior que 40%) de anemia em ou outro leite que não do peito, mingau com leite ou
estudos de base populacional, indicando que é um problema iogurte; frutas, legumes e verduras; vegetais ou frutas de
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UM PANORAMA SOBRE A SITUAÇÃO DO
ALEITAMENTO MATERNO E DA ALIMENTAÇÃO
COMPLEMENTAR NO BRASIL UN2
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UM PANORAMA SOBRE A SITUAÇÃO DO
ALEITAMENTO MATERNO E DA ALIMENTAÇÃO
COMPLEMENTAR NO BRASIL UN2
SAIBA +
SAIBA + Para mais informações sobre o registro de dados
O SISVAN reúne informações sobre o registro antropométricos e de marcadores de consumo
de dados antropométricos e de marcadores de alimentar, bem como sobre a integração entre
consumo alimentar de diferentes sistemas de os sistemas de informação da APS acerca do estado
informação, dentre os quais o registro realizado pelo nutricional e consumo alimentar da população,
próprio SISVAN, pelo Sistema de Informação em Saúde acesse o “Manual operacional para uso do Sistema de
para a Atenção Básica (SISAB) e Sistema do Programa Vigilância Alimentar e Nutricional - SISVAN VERSÃO 3.0”.
Bolsa Família (PBF) na Saúde. Acesse: <http://sisaps.saude.gov.br/sisvan/public/file/
ManualDoSisvan.pdf>.
O e-SUS Atenção Primária (e-SUS APS) é uma estratégia No SISVAN, é possível obter dois tipos de relatórios
do Departamento de Saúde da Família para reestruturar as públicos:
informações da APS em nível nacional e se constitui no Sis-
tema de Informação da Atenção Primária vigente. Esta ação
Relatório de Produção Relatórios Consolidados
está alinhada com a proposta mais geral de reestruturação
dos Sistemas de Informação em Saúde do Ministério da Oferece informação sobre a Informa o estado nutricio-
cobertura de acompanha- nal e indicadores de
Saúde. No e-SUS APS é possível registrar os dados antropo-
mento dos marcadores de consumo alimentar para
métricos e de marcadores de consumo alimentar, porém consumo alimentar por todas as fases do curso
não é possível a geração de relatórios, apenas disponíveis fase da vida para todos da vida e estratifica-
os municípios brasi- do para os municí-
no site do SISVAN.
leiros. pios do país.
O registro de dados antropométricos também pode
ser realizado pelo Sistema do PBF na Saúde a partir do
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UM PANORAMA SOBRE A SITUAÇÃO DO
ALEITAMENTO MATERNO E DA ALIMENTAÇÃO
COMPLEMENTAR NO BRASIL UN2
É importante salientar que é a partir da coleta e do registro alimentar de crianças menores de 2 anos. Esses relatórios
dos marcadores de consumo alimentar que os profissionais podem ser gerados com abrangência nacional, regional,
da atenção primária poderão obter informações sobre estadual, municipal e por estabelecimento de saúde.
as práticas de aleitamento materno e de alimentação
complementar das crianças do seu território, permitindo
Cobertura de acompanhamento de marcadores de
o monitoramento desses indicadores, contribuindo para consumo alimentar para crianças menores de 2
o planejamento de ações e a organização dos cuidados anos de idade na APS
adequados à realidade local.
5
4,81
Número de crianças
4,72
SAIBA + acompanhadas:
Para saber mais sobre os indicadores de consumo 4 3,81
2015 75.431
alimentar avaliados, acesse o documento “Marco 3,24
2016 184.290
de referência da vigilância alimentar e nutricional na
atenção básica”, disponível em: <http://bvsms.saude. 2 2017 216.579
gov.br/bvs/publicacoes/marco_referencia_vigilancia_ 2018 273.319
alimentar.pdf>. 1,33
2019 268.203
0
2015 2016 2017 2018 2019
Após a implementação da integração entre o SISAB e o
Fonte: Brasil (2020).
SISVAN observou-se um aumento progressivo na cobertura
de acompanhamento dos dados de VAN. Contudo, esse
registro do acompanhamento está ainda muito aquém do SAIBA +
esperado e pode ser melhorado de modo a subsidiar as É possível acessar relatórios públicos do SISVAN
no seguinte endereço: <http://sisaps.saude.gov.br/
ações voltadas para alimentação e nutrição na APS.
sisvan/relatoriopublico/index>.
A seguir você pode conhecer alguns dos indicadores
gerados a partir dos relatórios consolidados do SISVAN,
obtidos a partir do registro dos marcadores de consumo
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UM PANORAMA SOBRE A SITUAÇÃO DO
ALEITAMENTO MATERNO E DA ALIMENTAÇÃO
COMPLEMENTAR NO BRASIL UN2
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UM PANORAMA SOBRE A SITUAÇÃO DO
ALEITAMENTO MATERNO E DA ALIMENTAÇÃO
COMPLEMENTAR NO BRASIL UN2
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UM PANORAMA SOBRE A SITUAÇÃO DO
ALEITAMENTO MATERNO E DA ALIMENTAÇÃO
COMPLEMENTAR NO BRASIL UN2
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O QUE INFLUENCIA AS PRÁTICAS
DE ALEITAMENTO MATERNO E
ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR UN3
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O QUE INFLUENCIA AS PRÁTICAS
DE ALEITAMENTO MATERNO E
ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR UN3
Identificar quais são os fatores que é possível fornecer apoio mais efetivo
SAIBA +
influenciam as práticas de amamenta- às mulheres e famílias com bebês na
Para conhecer mais
sobre cuidados e práticas ção e de alimentação complementar primeira infância.
alimentares da criança, saudável é importante para que você, Para que possamos demonstrar
recomendamos a leitura desse
artigo, que analisou o significado profissional da saúde, em trabalho estes fatores, vamos classificá-los em
das práticas alimentares e valores integrado com equipe multidisciplinar/ cinco dimensões: biológico/psicológico,
sobre a alimentação para mães
de criança sob risco nutricional, interdisciplinar, possa considerá-los, cultural, social, processo de trabalho e
disponível em: <https://www. ampliando assim sua visão sobre o abordagem. Essa classificação tem a
scielo.br/pdf/rbsmi/v4n1/19984.
pdf>. processo do aleitamento materno finalidade de colaborar no raciocínio da
e da alimentação complementar e influência de cada dimensão, embora
compreender que esse é um processo essas dimensões estejam interligadas
complexo e multideterminado. Assim, e exerçam influências entre si.
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O QUE INFLUENCIA AS PRÁTICAS
DE ALEITAMENTO MATERNO E
ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR UN3
PROCESSO DE TRABALHO
seu papel, como profissional da saúde,
na influência de práticas promotoras
Se refere ao modo de estruturação e execução da rotina de trabalho de saúde na primeira infância.
como a organização da agenda e gestão dos serviços.
ABORDAGEM
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A PROTEÇÃO LEGAL DA AMAMENTAÇÃO
E DA ALIMENTAÇÃO INFANTIL UN4
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A PROTEÇÃO LEGAL DA AMAMENTAÇÃO
E DA ALIMENTAÇÃO INFANTIL UN4
com desconto de preço, distribuição de Para coibir práticas publicitárias 4.3 Leis que protegem a
amostras grátis de produtos, exposição abusivas, o Código de Defesa do Con- amamentação e a alimentação
diferenciada de produtos nos locais de sumidor (CDC) considera ilegal qual- No Brasil, existe um escopo de
venda, embalagens atraentes. quer tipo de publicidade de produto leis, normativas e políticas públicas
ou serviço voltada ao público infantil, que garantem condições para a
em qualquer meio de comunicação amamentação e para a alimentação da
DESTAQUE
ou espaço de convivência da criança. criança. Confira!
É importante lembrar que
os profissionais da saúde Neste sentido, as leis n° 8.985, de 2012,
também são alvo dessas
e nº 12.529, de 2011, tornam proibida
estratégias das indústrias de
Política Nacional de
alimentos com patrocínio de a comercialização de alimentos que
eventos, doação de brindes, Alimentação e Nutrição
acompanhem brinde ou brinquedo, Destinada a melhorar as
visitas de representantes e
distribuição de material técnico por entenderem que é uma estratégia condições de alimentação e
científico. nutrição e saúde da população
de marketing voltada ao público infan-
brasileira.
til, bem como a venda casada.
A questão é que essa publicidade in- Alinhando ao Código de Defesa do
fluencia no desmame precoce e no con- Consumidor, a Resolução nº 163, de Política Nacional de Atenção
Integral à Saúde da Criança
sumo de alimentos prejudiciais à saúde 2014, do Conselho Nacional dos Direitos
Essa política amplia o olhar sobre
das crianças. Essa influência ocorre da Criança e do Adolescente (Conanda) a saúde da criança, uma vez que
tanto com foco nas mães e famílias acrescenta o conceito de abusividade trata dos cuidados desde a
desde a gestação até o pós-parto, com como toda forma de publicidade gestação até os 9 anos de idade.
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A PROTEÇÃO LEGAL DA AMAMENTAÇÃO
E DA ALIMENTAÇÃO INFANTIL UN4
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A PROTEÇÃO LEGAL DA AMAMENTAÇÃO
E DA ALIMENTAÇÃO INFANTIL UN4
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A PROTEÇÃO LEGAL DA AMAMENTAÇÃO
E DA ALIMENTAÇÃO INFANTIL UN4
SAIBA +
Você pode conhecer mais sobre o papel da IBFAN
e de outras organizações na defesa da amamenta-
ção no Brasil no vídeo “Um olhar sobre a História da
Amamentação”, disponível em: <https://www.youtube.
com/watch?v=QnEGVK6KBgI>.
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TÉCNICAS DE ACONSELHAMENTO UN5
5 TÉCNICAS DE ACONSELHAMENTO
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TÉCNICAS DE ACONSELHAMENTO UN5
36
TÉCNICAS DE ACONSELHAMENTO UN5
Devolver com Mulher: “Eu acho que não tenho leite suficiente.”
Se você repetir ou ecoar o que ela está dizendo,
suas palavras o
mostra que está ouvindo e a estimula a falar mais. Profissional: “Você acha que tem pouco leite?”
que a mulher diz
Evitar palavras Exemplos: “certo”, “errado”, “bem”, “mal”, “bom”, Profissional: “O cocô dele está normal?”
que soam como “suficiente”, “adequadamente”, “apropriadamente”,
julgamento “problema”. Profissional: “Ele está mamando bem?”
37
TÉCNICAS DE ACONSELHAMENTO UN5
É fundamental que o profissional se 5.3 Habilidades para aumentar em si mesmas. As pressões familiares e
interesse pelo bem-estar, porque assim a confiança da mulher sociais podem levá-la a achar que não
faz com que as mulheres, as famílias e/ e oferecer apoio tem sido boa o suficiente.
ou os cuidadores se sintam apoiados Nos atendimentos de mulheres com Como profissional da saúde, é
e acolhidos. As habilidades de escutar bebês na primeira infância, você pode importante reconhecer esses aspectos
e compreender se ampliam por meio perceber que muitas delas podem se e usar as habilidades para aumentar a
do diálogo e ajudam na tomada de sentir culpadas em relação a algumas autoconfiança da mulher e dar apoio
decisões. situações com seus filhos pequenos, para ajudá-la a se sentir bem consigo
ou apresentarem falta de confiança mesma.
SAIBA +
A utilização do aconselha- Habilidade Explicação Exemplos de diálogo
mento na rotina de trabalho
da Estratégia Saúde da Família Podemos aceitar as ideias
(ESF), como na visita domiciliar e sentimentos das pessoas
puerperal, por exemplo, é um sem discordar delas ou dizer
que não há nada para se Mulher: “Meu leite é ralo
importante mecanismo para de- e fraco, por isso tenho
tecção precoce de dificuldades preocupar. Aceitar o que
ela diz não é o mesmo que que dar mamadeira.”
iniciais na amamentação e forta- Aceitar o que a pessoa
concordar. Você pode aceitar Profissional: “Eu
lecimento do aleitamento mater- pensa ou sente
o que ela diz, por exemplo, entendo. Vejo que está
no. Este estudo mostrou que a
devolvendo com as mesmas preocupada com o seu
abordagem do aconselhamento
palavras, e posteriormente leite.”
foi aceita pelos enfermeiros da fornecer a informação correta.
ESF de Taubaté, e parcialmente Aceitar o que uma pessoa diz
introduzida durante as visitas do- aumenta a autoconfiança dela.
miciliares. Confira:
<http://docs.bvsalud.org/
biblioref/2019/09/1007788/
pamela_dissertacao.pdf>.
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TÉCNICAS DE ACONSELHAMENTO UN5
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TÉCNICAS DE ACONSELHAMENTO UN5
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estou com muita dificuldade para fazer ela mamar, e
meus peitos estão doendo.
Profissional: Eu já ia cancelar a sua consulta, você
chegou atrasada!
Profissional: Eu já ia cancelar a sua consulta, você
chegou atrasada!
Maria: Desculpe, mas é que o Júnior anda devagar e TÉCNICAS DE ACONSELHAMENTO UN5
eu não tinha com quem deixá-lo.
Maria: Desculpe, mas é que o Júnior anda devagar e
eu não tinha com quem deixá-lo.
Profissional: O jeito é sair de casa mais cedo, se
atrasar de novo eu não vou poder lhe atender, tem Situação 2
Profissional:
Maria deixaO ajeito é sair
bolsa de casa
no chão maisacedo,
e abre blusa.se
outras pessoas esperando pela consulta. O bebêJanice
atrasar de novo eu não vou poder lhe atender, tem
está mamando
chora. A mamabem? está com fissura. Ao colocar Janice Maria está sentada com os filhos, aguardando ser
outras pessoas esperando pela consulta. O bebê
paramamando
está mamar, Mariabem?a segura com apenas um braço, chamada. A profissional está na sala de atendimento.
Maria: É ela, o nome dela é Janice. Ela mama toda Vai até a porta e chama por Janice. Ao perceber
a bebê fica com a barriga virada para cima; pela dor,
hora e eu tenho dor sempre que ela pega o peito! Maria com a bolsa e as duas crianças, vai até Maria e
Maria: É ela,
Maria não o nome aproximar
consegue dela é Janice. Ela mama
muito toda do
mais Janice se oferece para segurar a bolsa enquanto a conduz
hora e eu tenho dor sempre que ela pega o peito! até a sala. A profissional coloca a bolsa em uma
peito. Maria tenta
Profissional: Não éfazê-la
normalmamar ao mesmo
sentir dor, provavel-tempo
mente cadeira e convida Maria e o filho Júnior a sentarem. A
em queo sebebê
Profissional:
não estáque
preocupa pegando
Não é normal Júnior direito
sentirnão
o peito.
dor,mexa em nada
provavel- profissional entrega uma folha de papel e um lápis
mente o bebê não
do consultório. A está pegandopercebe
profissional direito o que
peito.
a bebê para Junior e pergunta se ele gosta de desenhar.
Maria: Eu sinto dor, tô com o peito todo machucado.
está longe da mama, então se levanta e vai até Maria,
Maria: Eu sinto dor, tô com o peito todo machucado.
Profissional
segura a mama (olhando o relógio):
e empurra Deixa
a cabeça eu ver,contra
da Janice mas o
Profissional: Como estão você e a bebê? Vi na
não posso demorar muito mais no seu atendimento.
Profissional
peito, e também(olhando o relógio):
vira mais o corpoDeixa
delaeuemver, mas à
direção Caderneta da Criança que ela está ganhando peso!
não posso demorar muito mais no seu atendimento.
mãe. Maria sente ainda mais dor.
Maria: Ela tá ganhando peso bem? Porque eu ando
tão cansada e dói tanto amamentar, que eu fico com
Profissional: Pronto! Agora está melhor! É assim medo de não ser bom pra ela...
que ele precisa ficar para mamar direito.
Profissional: Pronto! Agora está melhor! É assim
que ele precisa ficar para mamar direito. Profissional (olhando para Maria): Que bom que veio
Profissional volta a sentar na sua cadeira, escreve à consulta hoje! Assim podemos conversar e talvez eu
uma receita de pomada e entrega para Maria. possa lhe ajudar. O que tem te deixado tão cansada?
Profissional: Passe a pomada três vezes por dia e
não se esquece de limpar o peito antes. Maria: À noite ela acorda umas três vezes para
Profissional: Passe a pomada três vezes por dia e mamar e eu não estou conseguindo dormir direito.
não se esquece de limpar o peito antes. E de dia, eu sinto sono, mas tenho que cuidar da
casa e do Júnior.
Maria quis dizer que a bebê se chamava Janice,
mas desiste. Janice continua chorando. Maria fecha a Profissional: Entendo como você se sente...Que tal
descansar um pouco durante o dia? Será que alguém
blusa, pega sua bolsa e a receita e sai do consultório
poderia te ajudar com as tarefas da casa e com o
com os filhos. Júnior?
41
costuma dormir bastante de dia.
casa e do Júnior. Profissional: Ótima ideia! Agora me conte um pouco
Maria: Dói quando ela pega o peito, porque está bem
sobre a dor ao amamentar.
Profissional:
machucado. Ótima ideia! Agora me conte um pouco
Profissional: Entendo como você se sente...Que tal sobre
descansar um pouco durante o dia? Será que alguém Maria:aDói
dorquando
ao amamentar.
ela pega o peito, porque está bem
Profissional: É bem difícil de amamentar sentindo
poderia te ajudar com as tarefas da casa e com o machucado.
Júnior?
Maria:
TÉCNICAS Dói sabe
dor. Quem
DE
machucado.
eu
quando ela pega
se você o peito, porque
me mostrar
ACONSELHAMENTO estáfaz,
como você bem UN5
Profissional: É bem difícil de amamentar sentindoeu
posso ver como te ajudar. O que você acha de
segurar a Janice
dor. Quem sabe enquanto
se você mevocê se ajeita?
mostrar como você faz,
Profissional: É bem difícil de amamentar sentindo
eu posso ver como te ajudar. O que você acha de eu
dor. Quem sabe se você me mostrar como você faz,
segurar a Janice enquanto você se ajeita?
eu posso ver como te ajudar. O que você acha de eu
Maria: Pois é, acho que vou pedir para minha mãe segurar a Janice
Maria: Viu, enquanto
Doutora? você
Ela não se ajeita?
mama, acho que não
olhar o Júnior durante o dia, assim eu poderia tentar gosta do meu peito...
descansar um pouco enquanto a Janice dorme. Ela Maria: Viu, Doutora? Ela não mama, acho que não
costuma dormir bastante de dia. Profissional:
gosta do meu Maria,
peito...existe uma forma que
Maria: Viu, Doutora?
pode ajudar. O que vocêEla não
achamama, acho que não
de tentarmos?
Profissional: Ótima ideia! Agora me conte um pouco gosta do meu peito...
Profissional: Maria, existe uma forma que
sobre a dor ao amamentar. Maria (chorando): Sim, podemos tentar… Eu quero
pode ajudar. O que você acha de tentarmos?
Profissional:
muito amamentar!
Maria, existe uma forma que
Maria: Dói quando ela pega o peito, porque está bem pode ajudar. O queSim,
vocêpodemos
acha de tentarmos?
Maria (chorando): tentar… Eu quero
machucado.
muito amamentar!
Profissional se levanta da cadeira e se dirige à Maria
Maria (chorando): Sim, podemos tentar… Eu quero
Profissional: É bem difícil de amamentar sentindo muito
e amamentar!
Janice:
Profissional: Com licença, eu vou ajeitar um pouco a
dor. Quem sabe se você me mostrar como você faz, Janice. Das próximas vezes você pode tentar colocá-
eu posso ver como te ajudar. O que você acha de eu -la segurando Comcom licença,
o corpo eumais
segurar a Janice enquanto você se ajeita? Profissional: vouvirado
ajeitarpara
um você,
pouco a
assim ela consegue pegar seu peito.
Janice. Das próximas vezes você pode tentar colocá-
Profissional: Com licença, eu vou ajeitar um pouco a
-la segurando com o corpo mais virado para você,
Janice. Das próximas vezes você pode tentar colocá-
Maria entrega o bebê para a profissional, senta e se assim ela consegue pegar seu peito.
-la segurando com o corpo mais virado para você,
Maria: Viu,
prepara paraDoutora?
amamentar.Ela não mama, está
O mamilo achocom
que fissura.
não Maria:ela
assim consegue
Olha! pegar
Ela pegou, euseu peito.
sinto ela mamando e não
gosta
Ao do meu
colocar peito...
a bebê para mamar, Maria segura Janice está doendo como antes!
Janice abocanha o peito e começa a sugar.
com um braço só. Janice Maria: Olha! Ela pegou, eu sinto ela mamando e não
Profissional: Maria, existe fica
umadistante do corpo da
forma que Profissional: Que bom, Maria! Dá pra ver que você
está doendo como antes!
pode mas
mãe, ajudar. O que
Maria nãovocê acha de
consegue tentarmos?
aproximar porque dói Maria:
está maisOlha! Ela pegou,
tranquila. eu sintoa ela
Colocando mamando
Janice e não
assim como
está
fizemosdoendo
vai como
diminuir antes!
o machucado. E se
Profissional: Que bom, Maria! Dá pra ver que vocêcontinuar
mais ainda. Janice fica com o pescoço torto tentando
Maria (chorando): Sim, podemos tentar… Eu quero precisando de ajudaColocando
com a amamentação, alguém
está mais tranquila. a Janice assim como
abocanhar o peito, sem conseguir e chora. Quando
muito amamentar! Profissional:
daqui da UBS Que
pode bom,
ir atéMaria!
sua Dá pra
casa ou ver que
você podevocê
vir
fizemos vai diminuir o machucado. E se continuar
Janice finalmente consegue abocanhar, Maria morde está
até maistambém.
aqui tranquila. Colocando a Janice assim como
precisando de ajuda com a amamentação, alguém
fizemos vai diminuir o machucado. E se continuar
os lábios de dor e chora. Janice solta o peito e também daqui da UBS pode ir até sua casa ou você pode vir
precisando de ajuda com a amamentação, alguém
até aqui também.
chora.
Profissional: Com licença, eu vou ajeitar um pouco a daqui da UBS pode ir até sua casa ou você pode vir
Janice. Das próximas vezes você pode tentar colocá- até aquiAh,
Maria: também.
pode deixar! Que eu venho sim!
-la segurando com o corpo mais virado para você,
assim ela consegue pegar seu peito. Profissional: Maria, tem mais alguma coisa que você
Maria: Ah, pode deixar! Que eu venho sim!
42 gostaria de me contar? Ficou com alguma dúvida?
Maria: Ah, pode deixar! Que eu venho sim!
está doendo como antes!
Profissional: Que bom, Maria! Dá pra ver que você
Profissional: Que bom,
está mais tranquila. Maria! Dá
Colocando pra ver
a Janice quecomo
assim você
está mais tranquila. Colocando a Janice assim
fizemos vai diminuir o machucado. E se continuar como
fizemos vai de
diminuir
ajuda o machucado. E se continuar
precisando
precisando de ajuda
com
com
a amamentação,
a amamentação,
daqui da UBS pode ir até sua casa ou você pode
alguém
alguémvir
TÉCNICAS DE ACONSELHAMENTO UN5
daqui da UBS pode
até aqui também. ir até sua casa ou você pode vir
até aqui também.
43
GUIA ALIMENTAR PARA CRIANÇAS
BRASILEIRAS MENORES DE 2 ANOS UN6
44
GUIA ALIMENTAR PARA CRIANÇAS
BRASILEIRAS MENORES DE 2 ANOS UN6
SAIBA +
Você pode saber mais sobre o Guia Alimentar para
a População Brasileira acessando a publicação em:
<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_
alimentar_populacao_brasileira_2ed.pdf>.
Para entender melhor os conceitos apresentados no
Guia Alimentar da População Brasileira, recomendamos
também que assista aos vídeos publicados em: <https://
aps.saude.gov.br/biblioteca/visualizar/MTQ0Ng==>.
45
GUIA ALIMENTAR PARA CRIANÇAS
BRASILEIRAS MENORES DE 2 ANOS UN6
primeiros anos de vida de uma criança, ligadas ao seu repertório sociocultural 7. O estímulo à autonomia da criança
desde a gestação até os 2 anos de idade, e, assim, proporcionar o fortalecimento contribui para o desenvolvimento
são fundamentais para formação da de sistemas alimentares sustentáveis. de uma relação saudável com a
base de uma boa saúde para toda Abaixo estão os princípios do alimentação.
a vida. Assim, famílias, sociedades e novo Guia Alimentar para Crianças
Estado devem estar comprometidos Brasileiras Menores de 2 Anos:
com o compartilhamento dessa 1. A saúde da criança é prioridade
responsabilidade. absoluta e responsabilidade de
O ambiente familiar é o espaço de todos.
construção de hábitos e fortalecimento 2. O ambiente familiar é espaço
de vínculos e os primeiros anos de vida para a promoção da saúde.
são essenciais para a formação dos 3. Os primeiros anos de vida são
hábitos alimentares. É neste espaço importantes para a formação dos
que as interações da criança com as hábitos alimentares. 6.3 Os 12 passos para uma
pessoas da família constroem relações 4. O acesso a alimentos adequados alimentação saudável
de afeto e segurança, tão importantes e saudáveis e à informação de para crianças brasileiras
para o desenvolvimento saudável. qualidade fortalece a autonomia menores de 2 anos
Um aspecto fundamental para a ali- das famílias. Você já pode notar que o Guia
mentação é que indivíduos e famílias 5. A alimentação é uma prática Alimentar para Crianças Brasileiras
disponham de acesso a alimentos social e cultural. Menores de 2 Anos traz novos
adequados e saudáveis e também de 6. Adotar uma alimentação conceitos a serem considerados para
informação de qualidade para as suas adequada e saudável para as recomendações de alimentação
escolhas alimentares, favorecendo a a criança é
uma forma de infantil. O Guia resume as suas
autonomia das famílias para consumir fortalecer sistemas alimentares principais recomendações em 12
alimentos e preparações tradicionais sustentáveis. Passos, descritos a seguir.
46
GUIA ALIMENTAR PARA CRIANÇAS
BRASILEIRAS MENORES DE 2 ANOS UN6
Não oferecer açúcar nem preparações ou produtos que contenham 6.4 Encerramento da unidade
5
açúcar à criança até 2 anos de idade. Nesta unidade, você pôde conhecer
48
O BEBÊ MENOR DE 6 MESES UN7
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O BEBÊ MENOR DE 6 MESES UN7
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O BEBÊ MENOR DE 6 MESES UN7
Pontos chave de um bom posiciona- que a aréola fique livre? retira o leite comprimindo os
mento 5. Pescoço do bebê está levemente seios lactíferos com as gengivas e
estendido? a língua.
1. Corpo do bebê se encontra bem 6. Corpo do bebê está curvado 2. O queixo do bebê toca a mama?
próximo do da mãe, todo voltado sobre a mãe, com as nádegas 3. As narinas do bebê estão livres?
para ela, barriga com barriga? firmemente apoiadas? 4. O bebê mantém a boca bem
2. Corpo e a cabeça do bebê estão 7. Os dedos da mãe estão posicio- aberta colada na mama, sem
alinhados (pescoço não torcido)? nados de forma a facilitar a pega? apertar os lábios?
3. Braço inferior do bebê está (Não se recomenda que os dedos 5. Os lábios do bebê estão curvados
posicionado de maneira que não da mãe sejam colocados em para fora, formando um lacre?
fique entre o corpo do bebê e o forma de tesoura, pois dessa ma- Para visualizar o lábio inferior do
corpo da mãe? neira podem servir de obstáculo bebê muitas vezes é necessário
4. A mãe segura a mama de maneira entre a boca do bebê e a aréola). pressionar a mama com as mãos.
(BRASIL, 2019a) 6. A língua do bebê encontra-se
sobre a gengiva inferior? Algumas
A pega do bebê é fator decisivo para vezes a língua é visível; no entan-
evitar as principais dificuldades na to, na maioria das vezes, é neces-
amamentação. sário abaixar suavemente o lábio
inferior para visualizar a língua.
Pontos chave de uma boa pega 7. A língua do bebê está curvada
1. O bebê abocanha, além do ma- para cima nas bordas laterais?
milo, parte da aréola (aproxima- 8. O bebê mantém-se fixado à
damente 2cm além do mamilo)? mama, sem escorregar ou largar
Fonte: Brasil, 2019a. É importante lembrar que o bebê o mamilo? (BRASIL, 2019a).
51
O BEBÊ MENOR DE 6 MESES UN7
7.2.1 Dificuldades que podem hormonais estão frequentemente des comuns do aleitamento materno.
ocorrer durante o período relacionados a esta dificuldade. É re- No pré-natal, não é recomendado fazer
de amamentação comendado que o bebê seja colocado exercícios para os mamilos nem utilizar
Cada gestação é única, assim como frequentemente na mama para que seringas para esticá-los, pois essas
cada bebê também é dotado de suas estimule a produção de leite por meio manobras não são efetivas e podem
singularidades, o que faz com que da sucção. machucá-los. Após o nascimento, é
amamentar seja um processo ímpar recomendado encontrar posições que
de aprendizagem para a mãe e para o Criança com dificuldade facilitem a pega e sejam confortáveis
bebê, mesmo para aquelas mulheres inicial para sugar para mãe e bebê.
que já vivenciaram o processo de Esse problema pode acontecer pelo
amamentar outras vezes. uso de mamadeiras, bicos de silicone Mamilos doloridos e/ou machucados
Para além de identificar aspectos e chupetas, mau posicionamento ou A mulher pode sentir os mamilos
sociais, biológicos e culturais que en- ainda pode ser anquiloglossia (língua- sensíveis nos dias após o parto, o que
volvem a amamentação e o puerpério, -presa). É recomendado suspender pode ser considerado normal devido ao
é fundamental que o profissional da todo e qualquer bico ou mamadeira, aumento das mamas. Porém, se a dor
saúde também conheça técnicas para ajustar a posição e pega, e se ainda as- persistir, pode estar associada a vários
alívio dos desconfortos causados por sim os problemas persistirem realizar a fatores. Com frequência, a dor pode
dificuldades comuns do aleitamento retirada do leite materno e ofertar em estar associada a fissuras/rachaduras
materno. copo/colher. nos mamilos, causadas por um mau
Listamos a seguir algumas dificul- posicionamento/pega, disfunções
dades mais recorrentes e a forma de Mamilo plano ou invertido orais (mais comuns em prematuros),
manejar adequadamente, acompanhe. Esses tipos de mamilo não impos- anquiloglossia e traumatismos devido
sibilitam a amamentação, mas podem ao uso de bombas tira-leite.
Problemas na descida do leite exigir uma maior atenção dos profissio-
As cirurgias cesarianas e fatores nais de saúde para manejar dificulda-
52
O BEBÊ MENOR DE 6 MESES UN7
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CRIANÇAS DE 6 A 24 MESES UN8
8 CRIANÇAS DE 6 A 24 MESES
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CRIANÇAS DE 6 A 24 MESES UN8
somando o total da refeição no Lanche da Fruta e leite Fruta e leite Fruta e leite Fruta e leite
manhã materno materno materno materno
prato. Essa quantidade é apenas uma
É recomendado que É recomendado que É recomendado que É recomendado que
referência e não deve ser encarada o prato da criança o prato da criança o prato da criança o prato da criança
tenha: tenha: tenha: tenha:
como uma prescrição rígida. Outro • 1 alimento do • 1 alimento do • 1 alimento do • 1 alimento do
ponto importante a ser considerado grupo dos cereais e grupo dos cereais e grupo dos cereais e grupo dos cereais e
tubérculos, tubérculos, tubérculos, tubérculos,
são os sinais de fome mais comuns Almoço • 1 alimento do grupo • 1 alimento do grupo • 1 alimento do grupo • 1 alimento do grupo
como pegar ou apontar para a comida. dos feijões, dos feijões, dos feijões, dos feijões,
• 1 ou mais alimentos • 1 ou mais alimentos • 1 ou mais alimentos • 1 ou mais alimentos
Assim como os sinais de saciedade da do grupo de verduras do grupo de verduras do grupo de verduras do grupo de verduras
e legumes, e legumes, e legumes, e legumes,
criança, que são comer mais devagar,
• 1 alimento do grupo • 1 alimento do grupo • 1 alimento do grupo • 1 alimento do grupo
ficar com a comida parada na boca das carnes e ovos das carnes e ovos das carnes e ovos das carnes e ovos
sem engolir, empurrar o alimento. Lanche da Fruta e leite Fruta e leite Fruta e leite Leite materno e
tarde materno materno materno fruta ou pães/raízes
Veja a seguir a recomendação para a
Jantar Leite materno Igual ao almoço Igual ao almoço Igual ao almoço
alimentação complementar da criança
Antes de
amamentada e não amamentada Leite materno Leite materno Leite materno Leite materno
dormir
também. 2 a 3 colheres de 3 a 4 colheres de 4 a 5 colheres de
Quantidade 5 a 6 colheres de sopa
sopa sopa sopa
Alimentos bem Alimentos bem Alimentos bem Alimentos bem
Textura amassados com o amassados com o amassados com o cortados ou pouco
garfo garfo garfo amassados
Água Nos intervalos Nos intervalos Nos intervalos Nos intervalos
61
CRIANÇAS DE 6 A 24 MESES UN8
Alimentação da criança não amamentada, que recebeu fórmula infantil nos primeiros 6 meses, por faixa etária
É recomendado que o prato É recomendado que o prato É recomendado que o prato É recomendado que o prato da
da criança tenha: da criança tenha: da criança tenha: criança tenha:
• 1 alimento do grupo dos • 1 alimento do grupo dos • 1 alimento do grupo dos • 1 alimento do grupo dos
cereais e tubérculos, cereais e tubérculos, cereais e tubérculos, cereais e tubérculos,
• 1 alimento do grupo dos • 1 alimento do grupo dos • 1 alimento do grupo dos • 1 alimento do grupo dos
feijões, feijões, feijões, feijões,
Almoço
• 1 ou mais alimentos do • 1 ou mais alimentos do • 1 ou mais alimentos do • 1 ou mais alimentos do grupo
grupo de verduras e legumes, grupo de verduras e legumes, grupo de verduras e legumes, de verduras e legumes,
• 1 alimento do grupo das • 1 alimento do grupo das • 1 alimento do grupo das • 1 alimento do grupo das
carnes e ovos carnes e ovos carnes e ovos carnes e ovos
Junto à refeição pode ser dado Junto à refeição pode ser Junto à refeição pode ser Junto à refeição pode ser dado
um pedaço de fruta dado um pedaço de fruta dado um pedaço de fruta um pedaço de fruta
Antes de dormir Fórmula infantil Fórmula infantil Leite de vaca integral Leite de vaca integral
62
CRIANÇAS DE 6 A 24 MESES UN8
Leite de vaca integral e fruta ou nicas desde a infância até a vida adulta.
leite de vaca integral e cereal O cuidado com a saúde dos bebês deve
Lanche da (pães caseiros, pães processados,
Leite integral e fruta ser uma tarefa de toda a família e de
tarde aveia, cuscuz de milho) ou raízes e
tubérculos (aipim/macaxeira, batata todos que convivem com o bebê.
doce, inhame)
63
CRIANÇAS DE 6 A 24 MESES UN8
Brasileira foi publicado em 2014 e traz categorias de alimentos, de acordo com o Guia Alimentar da População Brasileira.
uma série de novos conceitos sobre Veja um exemplo de grau de processamento de alimentos:
alimentação adequada e saudável para
a população brasileira. O primeiro con- Alimentos in natura Alimentos
ceito apresentado é que a alimentação ou minimamente processados
é mais que a ingestão de nutrientes. processados
São produtos fabricados
Estes compõem os alimentos, porém, Obtidos diretamente de plantas essencialmente com a adição de sal ou
basear uma dieta apenas nos nutrien- ou de animais. Exemplos: legumes, verdu- açúcar (ou outra substância de uso
ras, frutas, raízes e tubérculos, arroz culinário como óleo ou vinagre) a um
tes é deixar de considerar os demais
branco, integral ou parboilizado, feijões de alimento in natura ou minimamente
aspectos dos hábitos alimentares tais todas as variedades, lentilhas, grão de bico, processado. Exemplos: carnes salgadas,
como as formas de preparo, o modo de frutas secas, castanhas, nozes, amendoim peixe conservado em óleo ou água e sal,
sem sal ou açúcar. frutas em calda, queijos e pães.
comer e as dimensões sociais, culturais
Alimentos ultraprocessados
e econômicas das práticas alimentares.
De acordo com o Guia, existem qua- Produtos feitos por indústrias de grande porte, que envolvem
diversas etapas e técnicas de processamento e muitos ingredien-
tro categorias de alimentos, segundo
tes, incluindo sal, açúcar, óleos e gorduras e substâncias de uso exclusivamente indus-
o tipo de processamento empregado trial. Exemplos: refrigerantes e pós para refrescos, “salgadinhos de pacote”, sorvetes,
na sua produção. Para compor a ali- chocolates, balas e guloseimas em geral, pães de forma, de hot dog ou de hambúrguer;
mentação infantil, as famílias devem pães doces, biscoitos, bolos e misturas para bolo; “cereais matinais” e “barras de cereal”;
bebidas “energéticas”, achocolatados e bebidas com sabor de frutas; caldos liofilizados
estar atentas à recomendação do Guia
com sabor de carne, de frango ou de legumes; maioneses e outros molhos prontos.
alimentar, no qual alimentos in natura
e minimamente processados devem ser Ingredientes culinários
a base das refeições. A escolha dos ali- Produtos utilizados nas cozinhas para temperar e cozinhar alimentos in
mentos é uma etapa muito importante natura ou minimamente processados. Exemplos: sal de cozinha extraí-
do de minas ou da água do mar; açúcar, melado e rapadura extraídos da cana de açúcar
para uma alimentação saudável.
ou da beterraba; mel extraído de favos de colmeias; óleos e gorduras extraídos de
Veja no quadro ao lado as quatro alimentos de origem vegetal ou animal.
64
CRIANÇAS DE 6 A 24 MESES UN8
SAIBA +
Você gostaria de conhecer mais sobre os alimentos
da sua região? Confira então essa publicação do
Ministério da Saúde que apresenta a biodiversidade
alimentar dos diferentes ecossistemas que compõem o
Brasil: “Alimentos regionais brasileiros”, disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/alimentos_
regionais_brasileiros_2ed.pdf>
66
PROMOVENDO O ALEITAMENTO MATERNO E
ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR SAUDÁVEL NA
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE UN9
67
PROMOVENDO O ALEITAMENTO MATERNO E
ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR SAUDÁVEL NA
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE UN9
adequada e saudável, das quais podemos citar a revisão ambientes promotores de alimentação adequada e saudável,
da Política Nacional de Alimentação e Nutrição, a Estratégia proporcionando a interação entre saberes alimentares
Amamenta e Alimenta Brasil (EAAB), o Guia Alimentar para tradicionais e a produção de alimentos locais. Assim, você
a População Brasileira, o Guia Alimentar para Crianças e sua equipe, com apoio dos gestores, da comunidade e de
Brasileiras Menores de 2 Anos, entre outras. outros atores sociais podem facilitar a prática do aleitamento
As equipes da APS possuem um papel central neste materno exclusivo por 6 meses e continuado por 2 anos ou
cenário, uma vez que são as responsáveis pelas ações mais com alimentação complementar saudável.
educativas coletivas e pelo aconselhamento nas consultas Os estudos científicos mostram que os sistemas de
individuais. Entretanto, para a efetividade das ações de saúde são fundamentais para garantir ótimas práticas de
promoção da saúde ainda é preciso transpor o obstáculo aleitamento materno e de alimentação complementar.
do reconhecimento das potencialidades existentes nos A Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil (EAAB) surge
territórios para além dos desafios, que são inúmeros. neste contexto. Instituída pela Portaria nº 1.920, de 5 de se-
Os profissionais da saúde podem incentivar e apoiar tembro de 2013, é uma ação conjunta da Coordenação Geral
de Alimentação e Nutrição (CGAN/SAPS) e da Coordenação de
Saúde da Criança e Aleitamento Materno (COCAM/SAPS), do
Ministério da Saúde, em parceria com as secretarias estaduais
e municipais de saúde como resposta aos dados do cenário
epidemiológico brasileiro (apresentados na Unidade 2).
A metodologia crítico-reflexiva é um dos pilares da EAAB.
Trata-se de uma nova concepção educacional, proposta
por Paulo Freire, que incorpora ao modelo educacional
a realidade concreta dos indivíduos como atores sociais
dotados de senso crítico, autonomia e criatividade para
sentir e pensar.
68
PROMOVENDO O ALEITAMENTO MATERNO E
ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR SAUDÁVEL NA
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE UN9
SAIBA + DESTAQUE
Para mais informações sobre a formação A abordagem crítico-reflexiva busca a
profissional em saúde, recomendamos a leitura transformação social por meio da mobilização das
do “Curso de formação de facilitadores de educação pessoas, que por meio de atividades participativas
permanente em saúde: unidade de aprendizagem”, e lúdicas incentiva a troca de experiência, a criatividade
disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/ e a construção da problematização da realidade local.
publicacoes/curso_facilitadores_unidade_trabalho.pdf>. Com isso, pretende-se que o tutor da estratégia utilize o
enfoque problematizador para incorporar os princípios
da aprendizagem significativa.
70
ENCERRAMENTO DO CURSO
71
REFERÊNCIAS
Unidade 1
72
2008, e a Lei nº 12.662, de 5 de junho de 2012. Marco Legal VENANCIO, S. I.; SALDIVA, S. R. D. M.; MONTEIRO, C.
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Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. II
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e grandes regiões. IBGE, Coordenação de Trabalho e
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MINICURRÍCULO
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Daiane Sousa Melo
Nutricionista, Especialista em Atenção Básica e Saúde da
Família, Mestranda em Ciências da Saúde com ênfase
em Nutrição em Saúde Pública (FSP-USP). Assistente de
pesquisa, Instituto de Saúde - SES/SP.
http://lattes.cnpq.br/2263045413943453
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