Técnicas de Interpretaçãoe Análise Textual
Técnicas de Interpretaçãoe Análise Textual
Técnicas de Interpretaçãoe Análise Textual
TERESINA 2015
PREFÁCIL
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SUMÁRIO
Introdução........................................................................................................05
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2.17 Da prosa ao verso............................................28
3. Otexto............................................................................................................28
Tipos textuais....................................................................................................28
Gêneros textuais...............................................................................................28
Coesão e coerência..........................................................................................30
Conotação e denotação....................................................................................30
Redação............................................................................................................32
Descrição..........................................................................................................32
Narração...........................................................................................................33
Dissertação......................................................................................................33
Resenha...........................................................................................................36
Resumo............................................................................................................39
O memorial......................................................................................................40
Ensaio...............................................................................................................42
Relatório...........................................................................................................43
Artigo..................................................................................................................44
Bibliografia.........................................................................................................50
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INTRODUÇÃO
Nem sempre interpretar o que um determinado autor quis dizer com seu
texto é fácil, porém difícil mesmo é tentar fazer com que outras pessoas (na
maioria das vezes não muito interessadas) compreendam um texto que você
está apresentando seja esses textos seu ou não.
O desejo de estudar e aprofundar-se em técnicas de ensino e dinâmicas
de grupos tem sido alvo de muitos professores ou orientadores de grupos de
estudos. Infelizmente muitos destes profissionais não buscam alternativas para
dinamizar seus estudos, ou por falta de vontade ou por desconhecer a literatura
nessa área.
Quando cursávamos o curso de letras, uma professora chamada
Ismênia questionou a turma o porque de notas tão baixas em sua disciplina. Os
alunos elogiaram a sua capacidade e competência, que os textos
apresentados por ela eram muito interessantes, mas comentaram que as aulas
eram muito monótonas, repetitivas e até certo ponto estressantes. Uma
semana depois, para surpresa de todos, a professora apresentou um texto e
propôs uma dinâmica muito interessante - que aliás, apresento nesse livro –
fazendo com que a aula fosse realmente produtiva, e em cada aula ela passou
a utilizar dinâmicas diferentes e também mudou a forma de abordar
determinados assuntos, propiciando uma participação maior por parte dos
alunos. Anos se passaram e podemos dizer, que trazemos na memória as
aulas e conteúdos dessa professora.
Todas as técnicas e dinâmicas apresentadas nesse livro foram
vivenciadas por mim, tanto como participante em cursos, encontros
educacionais, etc. E como ministrante de encontros, cursos e aulas. Algumas
foram aprimoradas durante o tempo e outras eu criei.
Selecionei, porém, somente àquelas que no meu caso tiveram bons
resultados. Acredito, contudo, que todas ainda possam ser melhoradas ou
adaptadas às necessidades e objetivos de cada educador.
Procuramos abordar no livro técnicas de ensino com alguns aspectos de
dinâmicas de grupo, pois enquanto na dinâmica de grupo as tarefas podem ser
mais simples e os objetivos são mais gerais, e estão relacionadas a forma
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como os membros de um determinado grupo se comportam em relação aos
outros. A técnica de ensino procura avaliar competências específicas através
de atividades mais estruturadas, focadas e de maior complexidade.
No último capítulo procuramos apresentar de forma sucinta, os tipos
textuais, como forma de relembrar alguma características destes tipos e no
segundo capítulo estão as técnicas e exemplos.
Como objetivo geral acreditamos que este livro possa servir para
dinamizar os estudos evitando a monotonia causada pela forma rotineira com
que são realizados.
Como objetivos específicos, indicamos este livro para estimular o
interesse pela leitura nos estudos, desenvolver a atenção e percepção dos
participantes, estimular a participação e a livre expressão e posicionamento
crítico dos participantes, aprimorar a criatividade, proporcionar maior integração
entre o orientador e os participantes do estudo, aprimorar a organização das
ideias e formar futuros orientadores.
Por fim, temos certeza que a proposta desse livro será de grande
utilidade tanto em estudos universitários, mas também em encontros
educativos, religiosos, capacitações, entre outros
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DINÂMICAS E TÉCNICAS
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1 - DINÂMICAS DE ENTROSAMENTO OU CONFRATERNIZAÇÃO
Sugestões de frases
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5. Fulano(a) ... nunca imaginei que existiria alguém tão legal como você.
6. Fulano(a) ...sua alegria e sinceridade contagia a todos aqui.
7. Fulano(a) ...conhecer você me fez ser uma pessoa melhor.
8. Fulano(a) ...você me parece ser uma pessoa honesta e generosa.
Sugestões de respostas
Observação
O orientador pode dividir o gripo em duas partes e pedir que uma delas
faça frases de elogios e a outra faça frases de agradecimento. Em seguida
realiza mesmo processo anterior da dinâmica.
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1.2 Carta secreta
A carta
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com seriedade e qualidade. Na energia positiva contagiante
do(a)......................... que nos enche de boas vibrações. E por fim,
destacaremos todos os que não foram mencionados acima, pois têm, não
apenas uma das qualidades apresentadas, mas todas elas. São eles(as)...........
2.Você cantarolá em tom ritmado um refrão batendo três palmas entre algumas
frases. Quando você mencionar uma característica boa (sinceridade,
tranquilidade, afetividade, entre outros,) as pessoas devem continuar a bater
três palmas para cada qualidade. Porém, se o orientador disser alguma
característica ruim (falsidade, arrogância, inveja, entre outras), os participantes
não deverão bater palmas.
3.Se alguém bater palmas três vezes para uma característica ruim deverá
pagar uma prenda.
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II – TRABALHANDO COM TEXTOS
A gente se acostuma...
A acordar de manhã, sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo
porque está atrasado. A ler o Jornal no ônibus porque não pode perder o tempo de
viagem. A comer sanduíches porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já
é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem
ter vivido o dia.
A gente se acostuma...
A abrir o jornal e a ler sobre a guerra urbana. E aceitando a violência, aceita os mortos.
E aceitando os mortos, aceita não acreditar em paz. Não acreditando em paz a gente
se acostuma a ser assaltado.
A gente se acostuma...
A esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir.
A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta.
A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma...
A andar na rua e ver cartazes de coisas que a gente nunca vai comprar.
A abrir as revistas e ler sobre a vida de pessoas por pura curiosidade.
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A ligar a televisão e ficar mudando os canais só por mudar.
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sempre, o ambiente está vazio. Ele então sussurra para uma pessoa do lugar:
Opção 2
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Obs.: Abaixo estão alguns exemplos de temas a serem apresentados aos
alunos: Ecologia, sustentabilidade, ética, inflação, desemprego, aborto,
desarmamento, preconceito, fé, etc.
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determinada região, contexto ou tema de importância social e cultural. Um Interdesign jamais
deverá ser visto como um fim em si mesmo. Trata-se de uma atividade meio, cujo objetivo é o
de iniciar uma intervenção responsável e com visão de longo prazo.
ARTESANATO E DESIGN (Gilberto Paim)
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DANDO TÍTULOS AOS CAPÍTULOS DO TEXTO
(Título) ____________________________________________
_____________________________________
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_______________________________________
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PERGUNTAS E RESPOSTAS
Opção 1
Opção 2
Exemplos:
1. ________________________________________________________?
R. As cores são sensações produzidas nas células nervosas do olho sob a ação da luz
2. _______________________________________________________?
R. Técnica usada na China há milhares de anos para promover equilíbrio interior e circulação
de bons fluidos nos ambientes. A ideia é expandir as energias positivas dentro da edificação
permitindo que o ambiente possa receber as melhores vibrações da natureza.
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CONTINUANDO O TEXTO DO OUTRO
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O QUE FOI MODIFICADO (7 ERROS)
CRIATIVIDADE HOJE
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QUEBRA CABEÇA TEXTUAL
Parte 1
Parte 2
Parte 3
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AVALANCHE DE INFORMAÇÕES
INFORMAÇÕES FALSAS
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QUAL É A PALAVRA
CORRER RISCOS
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SÍNTESE DA SÍNTESE
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VIRANDO A CASACA
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INCORPORANDO O MEMORIAL
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ENTREVISTA SURPRESA
Exemplo:
.
Entrevistador: Quais os benefícios de se investir em um projeto com um
profissional de design de interiores?
Entrevistado:...............................................................................................
28
Entrevistado:...............................................................................................
ESCOLHENDO AS PALVRAS-CHAVE
Opção 2
Opção 3
Opção 4
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1. O monitor pede aos participantes que reescrevam o texto sem usar
as sete palavras retiradas.
OPÇÃO 5
1. Ao invés de um texto um participante faz uma exposição oral de
improviso tendo que usar as palavras selecionadas pelo outro
grupo.
DOIS TEXTOS EM UM
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celebrações simultânea ou em sequências sucessivas e simultâneas que se
desenvolvem ao longo do tempo essas danças eram acompanhadas por
músicas provenientes de instrumentos a música eleva os sentimentos mais
profundos do ser humano como liras, flautas, tamborins, tambores e
castanholas não é necessário gostarmos de todos os estilos, porém conhecê-
los.
III - O TEXTO
Tipos textuais
Gêneros textuais
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O gêneros textuais, portanto, são diretamente ligados às práticas
sociais. Alguns exemplos de gêneros textuais são carta, bilhete, aula,
conferência, e-mail, artigos, entrevistas, discurso etc. Assim, um tipo textual
pode aparecer em qualquer gênero textual, da mesma forma que um único
gênero pode conter mais de um tipo textual. Uma carta, por exemplo, pode ter
passagens narrativas, descritivas, injuntivas e assim por diante.
Todo texto tem que ter alguns aspectos formais, ou seja, tem que ter
estrutura, elementos que estabelecem relação entre si. Dentro dos aspectos
formais apresentarei alguns elementos, que são importantes para dar sentido
e forma ao texto.
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Coesão e Coerência
Coerência
Conotação e denotação
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único objetivo de informar. É encontrada em textos não literários que
pretendem informar o leitor de forma direta e objetiva.
Exemplos de textos não literários: notícias e reportagens jornalísticas,
textos de livros didáticos, textos científicos em geral, receitas culinárias, bulas
de remédio, manual de instruções, etc.
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REDAÇÃO
DESCRIÇÃO
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NARRAÇÃO
onde ?
como?
A representação acima quer dizer que, todas as vezes que uma história
é contada (é narrada), o narrador acaba sempre contando onde, quando, como
e com quem ocorreu o episódio.
É por isso que numa narração predomina a ação: o texto narrativo é um
conjunto de ações; assim sendo, maioria dos verbos que compõem esse tipo
de texto são os verbos de ação. o conjunto de ações que compõem o texto
narrativo, ou seja, a história que é contada nesse tipo de texto, recebe o nome
de enredo.
É o tempo que ordena as ações no texto narrativo: é ele que indica ao
leitor "como" o fato narrado aconteceu. a história contada, por isso, passa por
uma introdução (parte inicial da história, também chamada de prólogo), pelo
desenvolvimento do enredo (é a história propriamente dita, o meio, o "miolo" da
narrativa, também chamada de trama) e termina com a conclusão da história (é
o final ou epílogo). aquele que conta a história é o narrador, que pode ser
pessoal ( em 1a pessoa : EU.) ou IMPESSOAL ( em 3a. pessoa: ELE.).
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DISSERTAÇÃO
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Conclusão: é a parte final da redação dissertativa, onde o seu autor deve
"amarrar" resumidamente ( se possível, numa frase) todas as ideias do texto
para que o ponto de vista inicial se mostre irrefutável, ou seja, seja imposto e
aceito como verdadeiro.
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RESENHA
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moldes de uma resenha. O que é importante perceber aqui é que todas as
resenhas têm um ponto de partida bastante definido. Trata-se de um outro
texto, ou de uma obra qualquer. Fazem-se resenhas de textos e obras, e não
de temas. Nas resenhas há mesmo um resumo do texto, em que você recupera
as ideias centrais do autor. Mas não confunda: resenha não é resumo; o
resumo é apenas uma parte da resenha, que tem pelo menos duas outras
partes: a parte da análise do texto e a parte do julgamento do texto.
Por tudo o que foi dito, podemos dizer que resenha é um tipo de texto
em que há, concomitantemente, exigências de forma e de conteúdo:
O conteúdo da resenha
Formato da resenha
Tipos de resenha
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Resenha descritiva, científica, técnica, é aquela cujo objetivo é julgar
a verdade das proposições (ideias) do autor, investigar a consistência de seus
argumentos e a pertinência de suas conclusões. Responde basicamente à
pergunta: O que o autor diz faz sentido?
Resenha crítica, opinativa, é aquela cujo objetivo é julgar o valor do
texto, a sua beleza, a sua relevância. Responde basicamente à pergunta: O
texto é bom?
Em ambos os casos, é importante salientar que esses julgamentos (de
valor ou de verdade) devem ser sustentados por elementos retirados do texto
através de sua análise. É importante ter o cuidado de não restringir a resenha
ao julgamento. O julgamento do texto é apenas uma das partes.
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RESUMO
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O MEMORIAL
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Memorial é um relato que reconstrói a trajetória pessoal, mas que tem uma
dimensão reflexiva, pois implica que quem relata se coloca como sujeito que se
auto-interroga e deseja compreender-se como o sujeito de sua própria história.
Assim, é um esforço de organização e análise do que vivemos. Esta diferença
entre vivência e experiência é importante.
A experiência, ao contrário da vivência, é refletida, pensada, e pode-se
tornar algo consciente que construirá uma nova identidade, ou seja, um outro
jeito de olharmos e pensarmos o mundo. Para ilustrar, seria possível dizer que
é como olhar a vida através de um “retrovisor”, dando a chance de enxergar
determinadas dimensões de nossa vida e refletir criticamente sobre o
significado delas em nossa trajetória, tendo como vantagem o distanciamento
temporal.
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O ENSAIO
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críticas oficiais, etc. Seu objetivo é alcançar uma linha lógico-discursiva, de teor
puramente intelectual.
RELATÓRIO
Características de um relatório
Tipos de relatórios:
PARTES DE UM RELATÓRIO
Apresentação
Desenvolvimento
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ARTIGO
Conceituação e características
Estrutura do artigo
1. Título;
2. Autor(es);
3. Resumo e Abstract;
4. Palavras‐chave;
5. Conteúdo (Introdução, desenvolvimento textual e conclusão);
6. Referências.
Definir o objetivo
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pode responder “sim” ou “não” ou uma afirmativa que vai ser comprovada ou
negada. Esta afirmativa é chamada “hipótese inicial”.
Alguns exemplos:
Determinar se existe correlação entre a incidência de acidente X não é
consequência do tipo de transporte.
Título e subtítulo
Resumo e abstract
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e 250 palavras, descritas em parágrafo único, sem a enumeração de tópicos.
Deve‐se evitar qualquer tipo de citação bibliográfica.
OBS: Quando o artigo científico é publicado, em revistas ou periódicos
especializados de grande penetração nos centros científicos, inclui‐se na parte
preliminar o abstract e key‐words, que são o resumo e as palavras‐chave
traduzida para o idioma inglês.
Palavras‐chave
Introdução
Desenvolvimento
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outros. Quanto mais conhecimento a respeito, tanto mais estruturado e
completo será o texto.
A organização do conteúdo deve possuir uma ordem sequencial
progressiva, em função da lógica inerente a qualquer assunto, que uma vez
detectada, determina a ordem a ser adotada. Muitas vezes pode ser utilizada a
subdivisão do tema em seções e subseções.
No desenvolvimento, a análise dos resultados, entre outros, podem ser
enriquecidos com gráficos, tabelas e figuras. O título dessa seção, quando for
utilizado, não deve estampar a palavra “desenvolvimento”, sendo escolhido um
título geral que englobe todo o tema abordado na seção, e subdividido
conforme a necessidade.
Conclusão
Dicas importantes
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Devem ser evitados objetivos muito amplos;
Antes de escrever um artigo, é necessário conhecer o que já foi
publicado sobre o tema. Isto ajuda a evitar acusações de plágio, já que
o autor irá deixar de candidatar à publicação um artigo muito
semelhante a outro já publicado. Além disto, menção à literatura
anterior irá enriquecer o texto e situar o leitor sobre a conjuntura atual
da pesquisa sobre o tema;
Não apelar pela generalizações (ex.: sabe‐se, grande parte, sempre,
nunca);
Não repetir palavras, especialmente verbos e substantivos (use
sinônimos);
Não empregar modismos linguísticos (ex.: em nível de, no contexto, a
ponto
de, grande impacto);
Não apresentar redundâncias (ex.: as pesquisas são a razão de ser do
pesquisador);
Não utilizar muitas citações diretas. De preferência às indiretas,
interpretando
as ideias dos autores pesquisados;
Evitar informalidade, como o uso de gírias ou axiomas populares.
Definição do método
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tamanho e descrição da amostra obtida;
períodos e método de observação;
método de coleta de dados;
método de análise de dados ou estatísticas;
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BIBLIOGRAFIA
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