Técnicas de Interpretaçãoe Análise Textual

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TÉCNICAS PARA INTERPRETAÇÃO E ANÁLISE TEXTUAL

TERESINA 2015
PREFÁCIL

1
2
SUMÁRIO

Introdução........................................................................................................05

Técnicas de estudo de textos........................................................................07

1-Dinâmica de integração e confraternização......................................... .....08

1.1 O elogio sincero ...............................................................................08

1.2 A Carta secreta.................................................................................10

1.3 Carta secreta.....................................................................................11

2. Dinâmicas de interpretação de textos

2.1 Dando continuidade ao texto............................................................12

2.2 Sobre o que estou falando?..............................................................11

2.3 Completar o texto com as palavras indicadas...................................14

2.4 Dando títulos aos capítulos do texto.................................................16

2.5 Perguntas e respostas......................................................................18


2.6 Continuando o texto do outro............................................................19

2.7 O que foi modificado (7 erros)...........................................................19

2.8 Quebra cabeça.................................................................................20

2.9 Não repita a informação....................................................................21

2.10 Qual é a palavra..............................................................................23

2.11 Síntese da síntese...........................................................................24

2.12 Virando a casaca.............................................................................25

2.13 Incorporando o memorial................................................................25

2.14 Entrevista surpresa.........................................................................25

2.15 Escolhendo as palavras-chave.......................................................26

2.16 Dois textos em um...........................................................................27

3
2.17 Da prosa ao verso............................................28

Apresentar um texto sobre um determinado assunto e pedir que os

participantes transformem em um poema.

3. Otexto............................................................................................................28

Tipos textuais....................................................................................................28

Gêneros textuais...............................................................................................28

Coesão e coerência..........................................................................................30

Conotação e denotação....................................................................................30

Redação............................................................................................................32

Descrição..........................................................................................................32

Narração...........................................................................................................33

Dissertação......................................................................................................33

Resenha...........................................................................................................36

Resumo............................................................................................................39

O memorial......................................................................................................40

Ensaio...............................................................................................................42

Relatório...........................................................................................................43

Artigo..................................................................................................................44

Bibliografia.........................................................................................................50

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INTRODUÇÃO

Nem sempre interpretar o que um determinado autor quis dizer com seu
texto é fácil, porém difícil mesmo é tentar fazer com que outras pessoas (na
maioria das vezes não muito interessadas) compreendam um texto que você
está apresentando seja esses textos seu ou não.
O desejo de estudar e aprofundar-se em técnicas de ensino e dinâmicas
de grupos tem sido alvo de muitos professores ou orientadores de grupos de
estudos. Infelizmente muitos destes profissionais não buscam alternativas para
dinamizar seus estudos, ou por falta de vontade ou por desconhecer a literatura
nessa área.
Quando cursávamos o curso de letras, uma professora chamada
Ismênia questionou a turma o porque de notas tão baixas em sua disciplina. Os
alunos elogiaram a sua capacidade e competência, que os textos
apresentados por ela eram muito interessantes, mas comentaram que as aulas
eram muito monótonas, repetitivas e até certo ponto estressantes. Uma
semana depois, para surpresa de todos, a professora apresentou um texto e
propôs uma dinâmica muito interessante - que aliás, apresento nesse livro –
fazendo com que a aula fosse realmente produtiva, e em cada aula ela passou
a utilizar dinâmicas diferentes e também mudou a forma de abordar
determinados assuntos, propiciando uma participação maior por parte dos
alunos. Anos se passaram e podemos dizer, que trazemos na memória as
aulas e conteúdos dessa professora.
Todas as técnicas e dinâmicas apresentadas nesse livro foram
vivenciadas por mim, tanto como participante em cursos, encontros
educacionais, etc. E como ministrante de encontros, cursos e aulas. Algumas
foram aprimoradas durante o tempo e outras eu criei.
Selecionei, porém, somente àquelas que no meu caso tiveram bons
resultados. Acredito, contudo, que todas ainda possam ser melhoradas ou
adaptadas às necessidades e objetivos de cada educador.
Procuramos abordar no livro técnicas de ensino com alguns aspectos de
dinâmicas de grupo, pois enquanto na dinâmica de grupo as tarefas podem ser
mais simples e os objetivos são mais gerais, e estão relacionadas a forma

5
como os membros de um determinado grupo se comportam em relação aos
outros. A técnica de ensino procura avaliar competências específicas através
de atividades mais estruturadas, focadas e de maior complexidade.
No último capítulo procuramos apresentar de forma sucinta, os tipos
textuais, como forma de relembrar alguma características destes tipos e no
segundo capítulo estão as técnicas e exemplos.
Como objetivo geral acreditamos que este livro possa servir para
dinamizar os estudos evitando a monotonia causada pela forma rotineira com
que são realizados.
Como objetivos específicos, indicamos este livro para estimular o
interesse pela leitura nos estudos, desenvolver a atenção e percepção dos
participantes, estimular a participação e a livre expressão e posicionamento
crítico dos participantes, aprimorar a criatividade, proporcionar maior integração
entre o orientador e os participantes do estudo, aprimorar a organização das
ideias e formar futuros orientadores.
Por fim, temos certeza que a proposta desse livro será de grande
utilidade tanto em estudos universitários, mas também em encontros
educativos, religiosos, capacitações, entre outros

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DINÂMICAS E TÉCNICAS

Apresentaremos neste capítulo as melhores dinâmicas e técnicas de


estudo de textos utilizadas por mim com alunos na Universidade, faculdades,
cursos de formação, e encontros religiosos.
Algumas técnicas aqui apresentadas surgiram a partir de outras, e
algumas foram criadas por nós, como no caso a primeira dinâmica que
apresento neste capítulo.
São técnicas e dinâmicas simples e que dispensam o uso de outros
materiais a não ser os próprio texto. Pois procurei apresentar dinâmicas que
não precisassem de um aparato eletrônico para a sua realização como.
Assim como nós procuramos dar uma roupagem nova para algumas
dinâmicas já conhecidas esperamos que o leitor possa fazer o mesmo e criar
outras formas e utilidades para essas aqui apresentadas.

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1 - DINÂMICAS DE ENTROSAMENTO OU CONFRATERNIZAÇÃO

1.1 O elogio sincero

Esta é uma ótima dinâmica quando se trata de aproximar os


membros de um grupo de estudo que ainda não se conhece ou de
confraternização ao final de um ciclo de estudos.
1. O orientador deve elaborar oito (ou dez) frases de elogios e oito (ou dez)
possíveis respostas. Apresento abaixo algumas sugestões de frases de
elogios e as possíveis respostas que forma feitas de forma que
independente do elogio sempre dá certo.
2. O orientador coloca em uma caixa os elogios e em outra caixa as
possíveis respostas ( e importante diferenciar aas caixas para saber na
qual está os elogios e em qual está as respostas).
3. Ao som de uma música,(um pequeno aparelho de som ou violão) os
participantes de vem fazer circular as caixas pela sala (é importante
colocar os participantes sentados em forma circular).
4. Quando o orientador parar a música que está sendo executada, os
participantes que estiverem com as caixas devem parar também.
5. O participante que esta com a caixa com de elogios deve tirar um dos
papéis, procurar saber quem ficou com a outra caixa, dizer o nome
dessa pessoa e ler o elogio.(cuidado para o participante não por de volta
o papel na caixa).
6. Após receber o elogio o participante retira um dos papéis da caixa diz o
nome do colega e lê a frase.
7. A atividade acaba quando todos os papéis acabarem.

Sugestões de frases

1. Fulano(a)... você é a pessoa que mais admiro neste estudo.


2. Fulano(a)....gostaria de ser como você inteligente e humilde.
3. Fulano(a)...sua simplicidade e paciência me fez ser seu fã.
4. Fulano(a)...sua amizade foi a melhor coisa desse estudo.

8
5. Fulano(a) ... nunca imaginei que existiria alguém tão legal como você.
6. Fulano(a) ...sua alegria e sinceridade contagia a todos aqui.
7. Fulano(a) ...conhecer você me fez ser uma pessoa melhor.
8. Fulano(a) ...você me parece ser uma pessoa honesta e generosa.

Sugestões de respostas

1. Fulano(a) ... todos me dizem a mesma coisa.


2. Fulano(a) ... eu já sabia disso.
3. Fulano(a) ...Infelizmente eu não posso dizer o mesmo de você.
4. Fulano(a) ... eu já esperava isso de você.
5. Fulano(a) ...eu também penso a mesma coisa sobre você.
6. Fulano(a) ...você é muito caridosa, pois ninguém nunca me disse isso.
7. Fulano(a) ... se você me conhecesse melhor não diria isso.
8. Fulano(a) ...as aparências enganam, eu não sou nada disso.

Observação

O orientador pode dividir o gripo em duas partes e pedir que uma delas
faça frases de elogios e a outra faça frases de agradecimento. Em seguida
realiza mesmo processo anterior da dinâmica.

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1.2 Carta secreta

1. O orientador diz ter recebido uma carta anônima em que exalta as


qualidades de determinadas pessoas, porém tal carta está incompleta, pois, os
nomes das pessoas só podem ser conhecidos no momento da leitura. Relata
ainda para os participantes que a carta tem um poder premonitório e que nunca
erra seu comentário.

2. O orientador pede que cada um dos participantes ponha seu nome em


um papel. Após todos colocarem ele os coloca dentro de um recipiente e os
mistura bem.

3. O orientador inicia a leitura da carta e, à medida que for aparecendo


um espaço para citar o nome de uma pessoa ele vai sorteando um nome.

4. Nem sempre todos serão sorteados, mas o orientador pode terminar


dizendo que aqueles que não forma sorteados são os que apresentam todas as
qualidades apresentadas na carta.

A carta

Queridos amigos deste(a) (encontro, empresa, curso, etc.), sabemos


que o que torna um grupo fortalecido não é a estrutura material, como vigas,
colunas e fundações do local onde eles se reúnem, mas sim os laços
humanos que o compõe. Desta forma é sempre bom podermos contar neste
local com a paciência e tranquilidade de(o).....................que sempre acalma
os ânimos dos mais exaltados. A honestidade sempre presente em nosso
querido (a)........................... que nos faz ver o que é certo e errado em nossas
decisões. Na bondade de nosso(a) inseparável........................sempre disposto
a fazer o bem ao próximo. Na sinceridade das opiniões, de nosso
companheiro(a)...................... que sempre busca conciliar as ideias de todos.
Na forma carinhosa como todos são tratados pelo(a)........................ Com a
determinação e coragem de(a) ..........................que não deixa a dúvida e o
medo se apoderar de ninguém. Pela disposição paro o trabalho
de(a)............................., pois quando há trabalho a ser feito é o primeiro a se
manifestar. Na simplicidade e humildade de(a).............................. que
contagia a todos. Na inteligência e sabedoria de(a) ...............................cujas
suas observações e ponderações sempre sábias. Pelo otimismo contagiante
de(a) ............................acreditando sempre que tudo vai dar certo. No senso
de humor de(a)..........................que não deixa a tristeza e a mágoa tomar
conta dos colegas. Na responsabilidade e competência
de(a)........................que busca sempre incentivar o grupo a realizar atividades

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com seriedade e qualidade. Na energia positiva contagiante
do(a)......................... que nos enche de boas vibrações. E por fim,
destacaremos todos os que não foram mencionados acima, pois têm, não
apenas uma das qualidades apresentadas, mas todas elas. São eles(as)...........

1.3 Qualidades da amizade

1. Pedir aos participantes que citem algumas qualidades fundamentais que


deve ter um amigo verdadeiro. (o orientador pode escrever no quadro ou
apenas memorizar.)

2.Você cantarolá em tom ritmado um refrão batendo três palmas entre algumas
frases. Quando você mencionar uma característica boa (sinceridade,
tranquilidade, afetividade, entre outros,) as pessoas devem continuar a bater
três palmas para cada qualidade. Porém, se o orientador disser alguma
característica ruim (falsidade, arrogância, inveja, entre outras), os participantes
não deverão bater palmas.

“Chegou a hora (três palmas)


De conhecermos (três palmas)
As qualidades (três palmas)
De um amigo (três palmas)
Sinceridade (três palmas)
Humildade (três palmas)
Arrogância (...não bater palmas)
Honestidade (três palmas)....

3.Se alguém bater palmas três vezes para uma característica ruim deverá
pagar uma prenda.

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II – TRABALHANDO COM TEXTOS

Dando continuidade ao texto

1. Após a leitura do texto abaixo o participante deverá dar continuidade ao


pensamento da autora com outras sem fugir da ideia principal.

A GENTE SE ACOSTUMA, MAS NÃO DEVERIA ...


Marina Colasanti

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não deveria ...


A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e não ter outra vista que
não as janelas ao redor. E porque não ter outra vista, logo se acostuma a não olhar
para fora. E porque não olha pra fora, logo se acostuma a não abrir de todo as
cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E
à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma...
A acordar de manhã, sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo
porque está atrasado. A ler o Jornal no ônibus porque não pode perder o tempo de
viagem. A comer sanduíches porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já
é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem
ter vivido o dia.

A gente se acostuma...
A abrir o jornal e a ler sobre a guerra urbana. E aceitando a violência, aceita os mortos.
E aceitando os mortos, aceita não acreditar em paz. Não acreditando em paz a gente
se acostuma a ser assaltado.

A gente se acostuma...
A esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir.
A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta.
A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma...
A andar na rua e ver cartazes de coisas que a gente nunca vai comprar.
A abrir as revistas e ler sobre a vida de pessoas por pura curiosidade.

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A ligar a televisão e ficar mudando os canais só por mudar.

A gente se acostuma a ...

SOBRE O QUE ESTOU FALANDO?

1. Os participantes deverão ler o texto abaixo e tentar identificar o tema do


mesmo a partir das dicas apresentadas.
2. O monitor poderá adaptar o texto ao tema que esteja trabalhando,
literatura, história, esporte, arte, etc. O texto pode conter referência a
outras pessoas ou obras.

EITA VONTADE QUE NÃO PASSA!


Adaptação do texto de Fabiano Cambota (líder e vocalista da Banda Pedra
Letícia).

Velho tema de sempre. Paulinho, 15 anos, filho único de classe


média baixa. No meio da noite, observa se os pais estão dormindo vai até um
móvel onde costuma guardar o que mais tem ocupado seus dias. E escondido
sob uma janela iluminada pela lua, começa a saciar seu vício. Após alguns
minutos já estava com sua mente Ubaldiando.
Seu dia era assim, as escondidas, a toda hora, em qualquer situação.
Ele acha que não fazia mal um Parnasianinho antes das refeições, Sua mãe
já desconfiada de suas escapadas simbolistas, leva-o ao médico, que lhe
passa uma dieta a base de jogos na internet e passeios no shopping. Nada
muito pesado.
Um dia, depois das 20 horas, cai em tentação e é flagrado por seu pai
com o “Crime e Castigo” nas mãos. A família se preocupa. Só o L.A. poderá
salvá-lo.
Nas reuniões com o grupo de viciados, a maior parte adulto, ele conta
sua saga: “Bem, comecei aos 10 anos. Como todo mundo. Alguém chegou me
ofereceu. No início parecia um conto de Fadas, depois comecei a ver narizes
que cresciam, seres voando... era coisa pouca. Depois eu parti para coisas
maiores. Mas quando você menos espera, já está devorando um Amado numa
sentada só”. Um “ooh” ecoa na sala. Senhoras comentam entre si. “Tão
novinho e tão viciado né!” Um silêncio ensurdecedor.
Ele retorna para casa sem esperança de cura no tratamento. No
caminho a abstinência se torna insuportável ele vai ao mesmo lugar de

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sempre, o ambiente está vazio. Ele então sussurra para uma pessoa do lugar:

- Por favor, me vê duas Cecílias. Se não tiver um Sabino serve...


- Está em falta
- O quê? E o que você sugere?
- Tem um Eça, é de primeira ou se preferir um Kant.
- É que os importados são caros né!
- Vai um Aranha?
- Não sei. Não sei. To indeciso ainda.
-Um Suassuna?!
-Hum...
Depois de alguns minutos pensando e testando a paciência do rapaz que lhe
servia...
- Ah! Cara vou lhe indicar um baratinho, num é mesmo só pra passar a
vontade?! Mas eu vou te avisando o efeito devastador!
- Não importa! manda!
- Toma aí um Coelho!

DESCUBRA MEU TEMA

1. O orientador distribui entre os participantes pequenos trechos de


textos falando sobre os mais variados temas (aborto, internet,
drogas, eutanásia, ética, educação, etc.)
2. .Após a leitura cada participante deverá comentar com a turma o seu
tema sem dizê-lo. (evitar ser muito direto)
3. Os outros participantes apenas ouvirão e devem escrever um
papelote o tema que ele acredita ser.
4. Ao final cada participante revelará o seu tema.
5. É considerado vencedor quem acertar mais temas.

Opção 2

1. A medida que os participante forem falando sobre o seu tema os


outros podem fazer um questionamento ou dizer logo o tema que
está sendo falado.
2. Neste caso o orientador deverá anotar os acertos para definir quem
no final acertou mais.

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Obs.: Abaixo estão alguns exemplos de temas a serem apresentados aos
alunos: Ecologia, sustentabilidade, ética, inflação, desemprego, aborto,
desarmamento, preconceito, fé, etc.

COMPLETANDO O TEXTO COM AS PALAVRAS INDICADAS


1. O professor entrega um texto completo para os alunos que devem ler
atentamente.
2. Em seguida o orientador recolhe os textos dos participantes e entrega
outra folha com o mesmo texto, só que faltando os conteúdos de alguns
parágrafos.
3. Cada aluno deverá completar o parágrafo com o que lembrar do texto
original. Não precisa ser com as mesmas palavras.

ARTESANATO E DESIGN (Gilberto Paim)

Design e artesanato parecem pertencer a mundos distintos, tão radical é a percepção


de suas diferenças. O design é conceitual, generalista, voltado para a inovação e a produção
seriada e uniforme. O artesanato é manual, especializado, sobrevivente de outros tempos,
voltado para a produção em pequena escala com suas variações e irregularidades. No entanto,
embora os produtos industriais sejam dominantes, os objetos artesanais continuam minoritária,
porém persistentemente presentes. E não se trata apenas de reminiscências tradicionais, mas
de objetos artesanais novos e únicos, feitos em suas oficinas por artesãos contemporâneos,
com formação universitária, eventualmente em design.
Ao reaproximar criação e realização, cujo elo foi rompido pela indústria, os artesãos
contemporâneos propõem uma abordagem diferente das relações entre artesanato e design.
Suas novas realizações evidenciam a criatividade inerente aos ofícios artesanais direcionada à
produção variada e em pequena escala; e (re) afirmam a importância, frequentemente
esquecida, na elaboração do design, da familiaridade com os materiais e os métodos
produtivos.
Design e identidade cultural no artesanato
O design não é, nem pode ser privilégio exclusivo dos designers, como não é a medicina
exclusiva dos médicos. O design deve ser entendido como uma forma holística de solução de
problemas tendo como objetivo principal de sua intervenção compatibilizar os interesses e
necessidades daqueles que produzem com aqueles que consomem. .
Interdesign
O Interdesign é um tipo de oficina de criatividade desenvolvida pelo ICSID (Conselho
Internacional das Sociedades de Design Industrial) programado para durar duas semanas. O
objetivo de um Interdesign é buscar respostas criativas e eficazes para problemas de uma

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determinada região, contexto ou tema de importância social e cultural. Um Interdesign jamais
deverá ser visto como um fim em si mesmo. Trata-se de uma atividade meio, cujo objetivo é o
de iniciar uma intervenção responsável e com visão de longo prazo.
ARTESANATO E DESIGN (Gilberto Paim)

Design e artesanato parecem pertencer a mundos distintos, tão radical é a percepção


de suas diferenças. O design é conceitual, generalista, voltado para a inovação e a produção
seriada e uniforme. O artesanato é manual, especializado, sobrevivente de outros tempos,
voltado para a produção em pequena escala com suas variações e irregularidades. No entanto,
embora os produtos industriais sejam dominantes, os objetos artesanais continuam minoritária,
porém persistentemente presentes. E não se trata apenas de reminiscências tradicionais, mas
de objetos artesanais novos e únicos, feitos em suas oficinas por artesãos contemporâneos,
com formação universitária, eventualmente em design.

Design e identidade cultural no artesanato


____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
__________________________________________________________________
...
O Interdesign
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
__________________________________________________________________...

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DANDO TÍTULOS AOS CAPÍTULOS DO TEXTO

1. O monitor apresenta um texto para os participantes sem o título e os


subtítulos.
2. Cada participante deve ler o texto e tentar encontrar o melhor título
ou subtítulo para os parágrafos.
3. Ao final cada participante diz o título que colocou e a turma escolhe
os que mais se adéqua a cada parágrafo.

(Título) ____________________________________________

Popularmente há uma tendência em se julgar a sanidade da pessoa, de


acordo com seu comportamento, de acordo com sua adequação às
conveniências socioculturais como, por exemplo, a obediência aos familiares, o
sucesso no sistema de produção, a postura sexual, etc.

Medicamente, entretanto, Doença Mental pode ser entendida como uma


variação mórbida do normal, variação esta capaz de produzir prejuízo na
performance global da pessoa (social, ocupacional, familiar e pessoal) e/ou das
pessoas com quem convive.Organização Mundial de Saúde diz que o estado
de completo bem estar físico, mental e social define o que é saúde, portanto,
tal conceito implica num critério de valores (valorativo), já que, lida com a ideia
de bem-estar e mal-estar.

_____________________________________

Quem é louco ou quem é normal é um assunto que tem estimulado


discussões infindáveis. Muitas vezes as pessoas afirmam, num desabafo e por
razões pejorativas, que “fulano é louco”. Fazem isso não com intenção de
atribuir um diagnóstico, como fariam com outra doença, como por exemplo
“fulano é diabético”, mas com intenções francamente ofensivas.vezes, de
acordo com certas conveniências, as pessoas lançam mão da retórica
cansativa sobre a impossibilidade de rotular-se alguém de louco, uma vez que
a definição do normal é imprecisa.

17
_______________________________________

As Doenças Mentais têm cura tanto quanto as doenças da cardiologia,


da endocrinologia, da reumatologia, da neurologia e assim por diante. A
medicina tem como primeira obrigação definir se a pessoa que a procura É
ou ESTÁ doente. Se estiver doente, a possibilidade de cura definitiva é
enormemente maior do que nos casos da pessoa ser doente.
Doenças Mentais mais atreladas à maneira da pessoa ser, mais
inerentes à sua personalidade, podem ser muito bem controladas pela
psiquiatria, enquanto as situações reativas, onde a pessoa apresenta uma
alteração repentina em seu psiquismo, podemos falar mais facilmente em
cura definitiva.
_____________________________

Atualmente o Homossexualismo é considerado uma "alteração" da


orientação sexual. Primeiramente, "alteração" não pode ser considerado
doença, como se faz, por exemplo com gravidez de gêmeos (alteração do
número de fetos sem ser doença). Em segundo, "da orientação" significa se
a pessoa está com sua sexualidade orientada para o sexo oposto ou para o
mesmo sexo.
Entretanto, o CID.10 (classificação internacional de doenças)
recomenda que se considere o homossexualismo como fator agravante de
outras alterações emocionais caso seja considerado Homossexualismo
Ego Distônico, ou seja, em distonia com o ego da pessoa, produzindo
conflitos pessoais.
Caso seja considerado Homossexualismo Ego Sincrônico, ou seja,
em concordância com o ego da pessoa, tratar-se-á apenas de uma opção
comportamental.

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PERGUNTAS E RESPOSTAS

Opção 1

1. O monitor apresenta um texto para leitura e pede aos alunos que


elabore uma pergunta em um papel e a resposta em outro.
2. O professor recolhe as papel com as respostas e as colocas dentro de
uma caixa.
3. Em seguida o professor distribui para todos da sala os papéis com as
respostas.
4. Cada aluno deve, então, criar uma pergunta para as respostas.
5. O Elaborador da pergunta e da resposta deverá dizer se a pergunta do
colega para a resposta está coerente ou não.

Opção 2

1. O monitor coloca as perguntas em uma caixa e as respostas em outra.


2. Cada participante retira uma resposta e uma pergunta aleatoriamente.
3. Cada participante lê sua resposta e o participante que achar que tem a
pergunta original da resposta deve se manifestar.

Exemplos:

1. ________________________________________________________?

R. As cores são sensações produzidas nas células nervosas do olho sob a ação da luz

2. _______________________________________________________?

R. Técnica usada na China há milhares de anos para promover equilíbrio interior e circulação
de bons fluidos nos ambientes. A ideia é expandir as energias positivas dentro da edificação
permitindo que o ambiente possa receber as melhores vibrações da natureza.

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CONTINUANDO O TEXTO DO OUTRO

1. O professor lança um questionamento na sala, ou um problema a ser


solucionado, como por exemplo. Você foi convidado a fazer uma
palestra em uma determinada cidade sobre a importância de preservar
nossa maior fonte de vida que é a água, só que ao chegar na cidade
descobre que a mesma não chove a dez meses.
2. Cada participante começa seu discurso. Porém quando orientador der
um sinal todos devem trocar de texto.
3. O orientador deve propor no máximo cinco trocas e no mínimo três.
4. Orientador pede aos participantes que recolham seus textos originais e
analisem a continuidade dada pelos colegas.
5. Ao final o orientador pede que alguns participantes leiam seus textos
que foram comentados.

ex.: Água nossa de cada dia

O problema de falta de água nas cidades não está relacionado só


a questões ambientais, ,mas a vontade política, o nosso subsolo guarda
uma quantidade muito grande de água... (passa esse trecho à frente).

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O QUE FOI MODIFICADO (7 ERROS)

1. O monitor a apresenta um texto para cada um dos participantes e pede


que leiam atentamente.
2. Em seguida o monitor recolhe o texto e apresenta o mesmo texto, só
que com sete modificações nas ideias de alguma frases.
3. O monitor determina um tempo para que cada pessoa encontre os
erros.

CRIATIVIDADE HOJE

A criatividade, ao contrário do que se costumava acreditar, não é exclusividade


de algumas pessoas superdotadas no campo das artes, das ciências e de outras
profissões ditas “criativas”. Diversas experiências realizadas já há algum tempo,
mostraram que a capacidade criativa é praticamente universal, é uma característica
inerente à espécie humana como um todo.
A ideia de que a escola pode criar alunos criativos é algo aceito como
verdadeiro, ainda que o aumento da criatividade pessoal não implique na “fabricação
de gênios”. Em verdade, quando o professor se interessa, o aluno tende a desenvolver
sua criatividade. Todos por certo evoluirão. Alguns chegarão, talvez, à genialidade. A
proposta não deveria ser fazer o aluno um gênio, mas sim favorecer a criatividade
latente em cada um como um instrumento para a vida melhor. Felizmente, vai longe o
tempo em que se acreditava que a criatividade nas pessoas ou estava previamente
programada em seus genes

CRIATIVIDADE HOJE (com os erros)

A criatividade, como a maioria acredita, é exclusividade de algumas pessoas


superdotadas no campo das artes, das ciências e de outras profissões ditas “criativas”.
Diversas experiências realizadas já há algum tempo, mostraram que a capacidade
criativa é privilégio de alguns povos ou pessoas, é uma característica inerente a
alguns humanos.
. A ideia de que a escola pode criar alunos criativos é algo muito debatido e
sem confirmação, ainda que o aumento da criatividade pessoal não implique na
“fabricação de gênios”. Em verdade, quando o professor se interessa, o aluno tende a
travar sua criatividade. Todos por certo evoluirão. Alguns chegarão, talvez, à
genialidade. A proposta não deveria ser fazer o aluno um gênio, mas sim favorecer a
aprendizagem em cada um como um instrumento para a vida melhor. Felizmente,
acredita-se hoje que a criatividade nas pessoas está previamente programada em
seus genes e não é algo dado.por Deus.

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QUEBRA CABEÇA TEXTUAL

Parte 1

1. O orientador apresenta um texto com parágrafos desconexos aos


participantes .
2. Os participantes deverão ler o texto, recortar e remontar o texto de forma
coerente.
3. Após montados inicia-se a leitura e comentário do conteúdo.

Parte 2

1. O orientador entrega uma folha contendo dois textos diferentes com


parágrafos misturados. ( é importante que sejam autores diferentes
para um mesmo assunto ou ainda totalmente antagônicos)
2. Após ler os textos os participantes devem recortá-los e remontar
cada texto separadamente.
3. Após montados inicia-se a leitura e comentário dos conteúdos.

Parte 3

1. O orientador entrega uma folha contendo um texto sobre um


determinado tema, porém contendo partes(capítulos) de outros textos
com temas diferentes.
2. Após ler o texto, as participantes devem recortar o texto, retirar as
partes que não fazem parte e remontar o texto original.
3. Após montados inicia-se a leitura e comentário do conteúdo.

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AVALANCHE DE INFORMAÇÕES

1. O monitor divide a turma em grupos e dá a cada grupo textos para


leitura.
2. Após a leitura de um texto apresentado pelo monitor, o professor solicita
a cada participante (ou grupo) que fale uma informação do texto.
3. O professor esclarece que as informações não poderão se repetir. Ou
seja, a cada rodada cada participante deverá dar uma nova informação
sobre o texto.
4. Perde a equipe que repetir a informação já dada ou não conseguir
passar uma nova informação.

INFORMAÇÕES FALSAS

1. O orientador divide os participantes em grupos (quatro) e repassa um


texto para que eles leiam e após a leitura distorçam algumas
informações.
2. O monitor prepara uma folha para avaliar cada grupo da seguinte
forma: Cada grupo escolhe um representante (ou o próprio orientador
escolhe) que deverá confirma se as informações que serão dadas
pelos grupos. (informações distorcidas ou reais).
3. A medida que o representante acertar se uma informação dada é
verdadeira ou falsa o grupo marca pontos.
4. É importante que o representante diga por que a informação é falsa e
por que ela é verdadeira.

23
QUAL É A PALAVRA

1. O orientador apresenta um texto para os participantes, só que, faltando


palavras que completam o pensamento do autor.
2. Cada participante deve ler o texto e tentar adivinhar a palavra que falta.
3. Para ficar mais emocionante o monitor estipula um prêmio para quem
acertar a maior quantidade de palavras.
4. È importante lembrar aos participantes que não vale sinônimos e sim a
palavra original.
5. O texto abaixo apresenta em negrito as palavras que poderiam ser
omitidas.

CORRER RISCOS

Rir é correr risco de parecer .............(TOLO.)


Chorar é correr o risco de parecer.....................( SENTIMENTAL).
Estender a mão é correr o risco de se....................( ENVOLVER.)
Expor seus sentimentos é correr o risco de mostrar seu verdadeiro eu.
Defender seus sonhos e ideias diante da multidão é correr o risco de perder
as pessoas.
Amar é correr o risco de não ser.......................( CORRESPONDIDO.)
Viver é correr o risco de.......................( MORRER.)
Confiar é correr o risco de se....................( DECEPCIONAR.)
Tentar é correr o risco de........................( FRACASSAR.)
Mas os riscos devem ser corridos, porque o maior perigo é não arriscar
nada.
Há pessoas que não correm nenhum risco, não fazem nada, não têm nada e
não são nada.
Elas podem até evitar sofrimentos e desilusões, mas elas não conseguem
nada, não sentem nada, não mudam, não crescem, não amam, não vivem.
Acorrentadas por suas atitudes, elas viram escravas, privam-se de sua
liberdade.

Somente a pessoa que corre riscos é...........( LIVRE!)

Sêneca (orador romano)

24
SÍNTESE DA SÍNTESE

1. O orientador apresenta um pequeno texto de dez linhas para que os


participantes leiam.
2. Em seguida o orientador pede que cada participante resumam o texto
em dez linhas sem perder o conteúdo.
3. Novamente o orientador pede aos participantes que resumam o resumo
em duas linhas.
4. Por fim ele desafia a turma a resumir o texto em uma linha.(ou ainda em
uma palavra)
5. É sempre bom lembrar aos participantes que o resumo a ser feito não
pode ser um simples apagar de linhas.

SÍNTESE COM IMAGENS

Antes desta atividade é importante que o orientador solicite previamente


aos participantes os seguintes materiais: revistas, papel sulfite, cola e tesoura.

1. O orientador divide o grupo em duplas e distribui para cada uma um


pequeno texto (pode ser um pensamento, conto, definição,
ensinamento, etc.).
2. Em seguida o orientador pede que cada participante que recorte uma
(ou mais) imagem que mais se aproxima do texto lido.
3. Após esta etapa, cada subgrupo deve mostrar sua imagem para os
outros grupos e estes tentarão identificar qual o tema provável do
texto do referido grupo.
4. Cada grupo por sua vez deverá justificar o porque da escolha da(s)
imagem (s).
5. Para ficar mais emocionante é interessante criar uma disputa para
ver qual grupo acertou mais na identificação dos temas a partir das
imagens.

25
VIRANDO A CASACA

1. O orientador divide a turma em dois grupos e apresenta dois textos com


posicionamentos diferentes sobre um mesmo tema.
2. No sorteio o monitor define qual o tema que cada grupo defenderá e dá
um tempo para cada grupo preparar suas argumentações.
3. Após o término do tempo o orientador solicita um representante de cada
grupo para ir à frente da turma.
4. Quando os participantes estiverem prontos para defender suas ideias o
monitor define que cada um deverá defender não sua ideia mas a do
outro.

QUESTIONÁRIO DO JOGO DA VELHA

1. O orientador divide o grupo em duas partes e pede que cada grupo


elabore nove perguntas sobre um determinado texto (colocar os
números)..
2. O professor desenha o jogo no quadro e enumera cada quadro de
um a nove.
3. Cada grupo deverá eleger um representante para disputa a seguir.
4. Como no jogo da velha vence quem conseguir primeiro uma
sequência de três símbolos. O detalhe é que; para colocar o símbolo
o representante de cada grupo deverá acertar a resposta que o grupo
oponente elaborou referente ao número do quadro do jogo da velha.
Ou seja, se o representante escolher o quadro cinco, ele deverá
responder a questão cinco que o grupo oponente elaborou.
5. Como cada grupo elaborou nove questões pode-se fazer duas
partidas e uma terceira para desempate.
6. Uma alternativa interessante é pedir que cada grupo escolha o
representante do outro grupo como forma de dificultar o acerto das
respostas.
7. É importante estabelecer regras para o jogo como: os componentes
do grupo não podem “soprar”, “dar pitaco”, etc. Após escolher um
quadro não pode voltar a escolha e deve-se cronometrar o tempo.

26
INCORPORANDO O MEMORIAL

1. O monitor solicita a cada participante que faça um memorial entre 15 e


20 linhas.
2. Em seguida pede que os participantes entreguem o memorial.
3. O monitor mistura os memoriais e redistribui entre os participantes. (é
importante que ninguém pegue o seu memorial)
4. O monitor solicita que cada pessoa leia o memorial do colega com
sendo ele.
5. Caso um dos participantes for do sexo masculino e pegue um memorial
do sexo feminino, deve manter as falas no mesmo gênero.

ENCAIXANDO AS PALAVRAS CHAVES

1. O monitor distribui um texto referente ao tema que deseja explorar, só


que o texto falta algumas palavras chaves.
2. As palavras que devem ser encaixadas no texto devem ser
disponibilizadas no final do texto
3. Não pode restar nenhuma palavra, ou seja, todas devem ser
aproveitadas.
4. Para agilizar a dinâmica pode-se premiar aquele que concluir o texto
primeiro contanto que esteja correto.

27
ENTREVISTA SURPRESA

1. O orientador apresenta um texto sobre um determinado tema para os


participantes lerem.
2. Após a leitura do texto o orientador escolherá um dos participantes para
entrevistar, como se esse fosse o autor do texto.
3. Cada participante que não conseguir responder às questões ou fugir as
ideias do texto deverá dar lugar a outro, e assim sucessivamente.

Exemplo:

UMA IMPORTANTE DESIGNER FALA SOBRE A IMPORTÂNCIA DO


DESIGN DE INTERIORES NO CONTEXTO ATUAL

.
Entrevistador: Quais os benefícios de se investir em um projeto com um
profissional de design de interiores?

Entrevistado:...............................................................................................

Entrevistador: O investimento é muito alto?


Entrevistado:.....................................................................

Entrevistador: Então o design de interiores está ao alcance de qualquer


pessoa?
Entrevistado:...............................................................................................

Entrevistador: Como o designer de interiores pode auxiliar em obras e


reformas?

28
Entrevistado:...............................................................................................

Entrevistador: Ao contrário do passado, em que decoração era considerado um


investimento alto, hoje em dia fala-se em “economia através da
decoração”. Isso realmente é possível?
Entrevistado:...............................................................................................

Entrevistador: O que os clientes mais buscam quando procuram um design de


interiores?
Entrevistado:...............................................................................................

ESCOLHENDO AS PALVRAS-CHAVE

1. A partir de um texto apresentado pelo orientador, os participantes


deverão escolher as sete palavras mais importantes do texto e anotá-
las.
2. O orientador recolhe os textos e pede que os participantes troquem as
sete palavras entre si.
3. O orientador pede então que os participantes crie um texto sobre o
assunto lido, mas que contenha as sete palavras recebidas do outro
participante.

Opção 2

1. O orientador apenas pede para que os participantes leiam o texto e só


depois entrega as sete palavras que ele achar mais importantes.

Opção 3

1. Os participantes escolhem suas sete palavras e após serem recolhidos


os textos, ele elabora outro com as palavras por ele mesmo escolhidas.

Opção 4

29
1. O monitor pede aos participantes que reescrevam o texto sem usar
as sete palavras retiradas.
OPÇÃO 5
1. Ao invés de um texto um participante faz uma exposição oral de
improviso tendo que usar as palavras selecionadas pelo outro
grupo.

DOIS TEXTOS EM UM

1. O orientador apresenta aos participantes um texto sobre determinado


tema contendo frases que não fazem sentido com a proposta temática
do texto.
2. Os participantes deverão circular as frases que eles acharem não fazer
parte do texto e montar outro texto.

Exemplo: Segue abaixo um exemplo de texto com outro inserido em negrito


(aqui só para identificação do orientador).

Há evidências de que a música é conhecida e praticada desde a pré-história os


gregos gostavam muito de dançar provavelmente a observação dos sons da
natureza tenha despertado no homem, através do sentido auditivo, a
necessidade ou vontade de uma actividade que se baseasse na organização
de sons eles acreditavam que ao dançar melhoravam sua condição física e
emocional embora nenhum critério científico permita estabelecer seu
desenvolvimento de forma precisa as danças raramente reuniam pessoas de
sexos diferentes, restringiam-se a encontros de homens ou de mulheres a
história da música confunde-se, com a própria história do desenvolvimento da
inteligência e da cultura humanas existem registros de aproximadamente
200 tipos diferentes de danças gregas tradicionais do período antigo,
definir a música não é tarefa fácil porque apesar de ser intuitivamente
conhecida por qualquer pessoa, é difícil encontrar um conceito que abarque
todos os significados dessa prática variando das danças cômicas as danças
de guerra, atléticas ou religiosas e ainda aquelas relacionadas a
casamentos um dos poucos consensos é que ela consiste em uma
combinação de sons e de silêncios, numa sequência funerais ou demais

30
celebrações simultânea ou em sequências sucessivas e simultâneas que se
desenvolvem ao longo do tempo essas danças eram acompanhadas por
músicas provenientes de instrumentos a música eleva os sentimentos mais
profundos do ser humano como liras, flautas, tamborins, tambores e
castanholas não é necessário gostarmos de todos os estilos, porém conhecê-
los.

III - O TEXTO

O texto é uma ocorrência linguística, que tem um sentido completo,


dotada de certas formalidades. Ou seja, texto é uma sequencia verbal
(palavras), oral ou escrita, que forma um todo que tem sentido para um
determinado grupo de pessoas em uma determinada situação. A sua função, é
pois, estabelecer uma comunicação entre um emissor e um destinatário.
O texto pode ter uma extensão variável: uma palavra, uma frase ou um
conjunto maior de enunciados, mas ele obrigatoriamente necessita de um
contexto significativo para existir. Seu nível de linguagem pode ser formal,
coloquial, informal, técnico. O texto também pode ter várias dimensões, como o
texto cinematográfico, o teatral, o coreográfico (dança e música), o pictórico
(pintura), etc.

Tipos textuais

Referem-se à estrutura composicional do texto. Hoje, admite-se cinco


tipos textuais: descrição, narração, dissertação, exposição e injunção ( indicam
procedimentos as receitas e os manuais de instrução).

Gêneros textuais

Como foi mencionado anteriormente, os tipos textuais limitam-se a cinco,


já os gêneros textuais são praticamente infinitos, visto que são textos orais e
escritos produzidos por falantes de uma língua em um determinado momento
histórico.

31
O gêneros textuais, portanto, são diretamente ligados às práticas
sociais. Alguns exemplos de gêneros textuais são carta, bilhete, aula,
conferência, e-mail, artigos, entrevistas, discurso etc. Assim, um tipo textual
pode aparecer em qualquer gênero textual, da mesma forma que um único
gênero pode conter mais de um tipo textual. Uma carta, por exemplo, pode ter
passagens narrativas, descritivas, injuntivas e assim por diante.

Outras definições de texto:

CAMARGO e BELLOTTO: “Conjunto de palavras e frases articuladas, escritas


sobre qualquer suporte”.

COSTA: "Um texto é uma ocorrência linguística, escrita ou falada de qualquer


extensão, dotada de unidade sociocomunicativa, semântica e formal. É uma
unidade de linguagem em uso."

Todo texto tem que ter alguns aspectos formais, ou seja, tem que ter
estrutura, elementos que estabelecem relação entre si. Dentro dos aspectos
formais apresentarei alguns elementos, que são importantes para dar sentido
e forma ao texto.

32
Coesão e Coerência

A coesão trata basicamente das articulações gramaticais existentes


entre as palavras, expressões, orações ou frases do texto. Ou seja, é a
conexão, ligação, harmonia entre os elementos de um texto. Percebemos tal
definição quando lemos um texto e verificamos que as palavras, as frases e os
parágrafos estão entrelaçados, um dando continuidade ao outro.

Coerência

A coerência, por sua vez, aborda a relação lógica entre ideias,


situações ou acontecimentos, apoiando-se, por vezes, em mecanismos
formais, de natureza gramatical ou lexical, e no conhecimento compartilhado
entre os usuários da língua. Ou seja, A coerência está relacionada com a
compreensão, a interpretação do que se diz ou escreve. Um texto precisa ter
sentido, isto é, precisa ter coerência.
Desta forma, pode-se dizer que o conceito de coerência está ligado ao
conteúdo, ou seja, está no sentido constituído pelo leitor.

Conotação e denotação

Nomeamos de denotação a utilização de uma palavra no seu sentido


original, real. Costuma-se dizer que o sentido denotativo é o mesmo do
dicionário.
Desta forma, pode-se dizer que a linguagem denotativa é basicamente
informativa, ou seja, não produz emoção ao leitor. É informação bruta com o

33
único objetivo de informar. É encontrada em textos não literários que
pretendem informar o leitor de forma direta e objetiva.
Exemplos de textos não literários: notícias e reportagens jornalísticas,
textos de livros didáticos, textos científicos em geral, receitas culinárias, bulas
de remédio, manual de instruções, etc.

A conotação ocorre quando a palavra é utilizada em sentido alterado,


ou seja, com outro significado, que associa-se ao subjetivo, cultural e/ou
emocional, indo além do significado estrito ou literal de uma palavra, frase ou
conceito. Ou seja, a palavra toma um sentido figurado, circunstancial, que
depende sempre do contexto. Muitas vezes é um sentido poético, fazendo
comparações.
O sentido conotativo está nos textos que, em geral, têm o objetivo de
emocionar o leitor e no qual há o predomínio da função emotiva e poética l,ou
seja, os textos literários: poemas, romances literários, contos, telenovelas.

Exemplo: Seus olhos são espelhos de minha alma.

34
REDAÇÃO

No currículo escolar, existem três modos básicos de redação: descrever,


narrar, dissertar.

DESCRIÇÃO

Descrever é caracterizar alguém, alguma coisa ou algum lugar através


de características que particularizem o caracterizado em relação aos outros
seres da sua espécie. descrever, portanto, é também particularizar um ser. é
"fotografar" com palavras.
Num texto descritivo podem ocorrer tanto caracterizações objetivas
(físicas, concretas), quanto subjetivas (aquelas que dependem do ponto de
vista de quem descreve e que se referem às características não físicas do
caracterizado). Ex.: Paulo está pálido (caracterização objetiva), mas lindo!
(caracterização subjetiva).
Mesmo que, salvo a técnica ou científica, toda descrição revela, em
maior ou menor grau, a impressão do autor sobre aquilo que descreve.
Tradicionalmente, as descrições são classificadas pelo assunto que abordam.
Nessa classificação, dois tipos se destacam:
Descrição objetiva: quando o objeto, o ser, a cena, a passagem são
apresentadas como realmente são, concretamente.
Descrição subjetiva: quando há maior participação da emoção, ou seja,
quando o objeto, o ser, a cena, a paisagem são transfigurados pela emoção de
quem escreve.
Enquanto na descrição predominam os substantivos e adjetivos, a
narração enfatiza o verbo, pois sua função é contar, relatar um fato ocorrido,
presente ou por acontecer.

35
NARRAÇÃO

Narrar é contar um fato, um episódio; todo discurso em que algo é


CONTADO possui os seguintes elementos, que fatalmente surgem conforme
um fato vai sendo narrado:

onde ?

quando? --- FATO --- com quem?

como?

A representação acima quer dizer que, todas as vezes que uma história
é contada (é narrada), o narrador acaba sempre contando onde, quando, como
e com quem ocorreu o episódio.
É por isso que numa narração predomina a ação: o texto narrativo é um
conjunto de ações; assim sendo, maioria dos verbos que compõem esse tipo
de texto são os verbos de ação. o conjunto de ações que compõem o texto
narrativo, ou seja, a história que é contada nesse tipo de texto, recebe o nome
de enredo.
É o tempo que ordena as ações no texto narrativo: é ele que indica ao
leitor "como" o fato narrado aconteceu. a história contada, por isso, passa por
uma introdução (parte inicial da história, também chamada de prólogo), pelo
desenvolvimento do enredo (é a história propriamente dita, o meio, o "miolo" da
narrativa, também chamada de trama) e termina com a conclusão da história (é
o final ou epílogo). aquele que conta a história é o narrador, que pode ser
pessoal ( em 1a pessoa : EU.) ou IMPESSOAL ( em 3a. pessoa: ELE.).

36
DISSERTAÇÃO

Dissertar é refletir, debater, discutir, questionar a respeito de um


determinado tema, expressando o ponto de vista de quem escreve em relação
a esse tema. Dissertar, assim, é emitir opiniões de maneira convincente, ou
seja, de maneira que elas sejam compreendidas e aceitas pelo leitor ; e isso só
acontece quando tais opiniões estão bem fundamentadas, comprovadas,
explicadas, exemplificadas, em suma: bem argumentadas (argumentar=
convencer, influenciar, persuadir). A argumentação é o elemento mais
importante de uma dissertação.
embora dissertar seja emitir opiniões, o ideal é que o seu autor coloque
no texto seus pontos de vista como se não fossem dele e sim, de outra pessoa
( de prestígio, famosa, especialista no assunto, alguém...), ou seja, de maneira
impessoal, objetiva e sem prolixidade ("encher linguiça"): que a dissertação
seja elaborada com verbos e pronomes em terceira pessoa. o texto impessoal
soa como verdade e, como já citado, fazer crer é um dos objetivos de quem
disserta.

Partes do texto dissertativo

Introdução: é a parte em que se dá a apresentação do tema, através de um


conceito ( e conceituar é generalizar, ou seja, é dizer o que um referente tem
em comum em relação aos outros seres da sua espécie) ou através de
questionamento(s) que ele sugere, que deve ser seguido de um ponto de vista
e de seu argumento principal. para que a introdução fique perfeita, é
interessante seguir esses passos:

1. Transforme o tema numa pergunta;


2. Responda a pergunta ( e obtém-se o ponto de vista);
3. Coloque o porquê da resposta ( e obtém-se o argumento).

Desenvolvimento: contém as ideias que reforçam o argumento principal, ou


seja, os argumentos auxiliares e os fatos-exemplos ( verdadeiros, reconhecidos
publicamente).

37
Conclusão: é a parte final da redação dissertativa, onde o seu autor deve
"amarrar" resumidamente ( se possível, numa frase) todas as ideias do texto
para que o ponto de vista inicial se mostre irrefutável, ou seja, seja imposto e
aceito como verdadeiro.

Antes de iniciar a dissertação, no entanto, é preciso que seu autor: 1.


Entenda bem o tema; 2. Reflita a respeito dele;3. Passe para o papel as ideias
que o tema lhe sugere; 4. Faça a organização textual ( o "esqueleto do texto"),
pois a quantidade de ideias sugeridas pelo tema é igual a quantidade de
parágrafos que a dissertação terá no desenvolvimento do texto.

Deve-se evitar utilize em uma dissertação:gírias, provérbios populares,


exemplos particulares, alguma forma de preconceito e apelos emocionais.

38
RESENHA

Resenha, ou recensão, é, segundo o dicionário, uma "apreciação breve


de um livro ou de um escrito". A definição do dicionário pode ser dividida em
três partes, que devem servir de orientação para que possamos entender o que
é uma resenha. A primeira parte está representada pela palavra "apreciação"; a
segunda parte é a que concerne ao adjetivo "breve"; e a terceira e última parte
diz respeito ao sintagma "de um livro ou de um escrito".
O primeiro elemento a ser destacado nas resenhas é o fato de que
tratam, todas elas, de uma apreciação. Ou seja, a resenha tem por finalidade:
(1) fazer uma análise, um exame; e (2) emitir um julgamento, uma opinião. O
objetivo da resenha é, pois, duplo. A resenha pretende decompor o objeto
resenhado em suas unidades constituintes, proceder a um exame
pormenorizado, investigá-lo a fundo; e, a partir dessa análise, a resenha deve
se posicionar em relação ao objeto resenhado, deve julgá-lo, avaliá-lo. Na
resenha, esses dois objetivos são solidários: um não existe sem o outro.
O segundo elemento presente na definição é o adjetivo "breve". A
resenha é um texto rápido, pequeno. Devemos fazer a análise e emitir o
julgamento em um tempo consideravelmente restrito (geralmente em torno de
duas a três laudas em espaço duplo). Isso não significa que nossa análise deva
ser rasa, superficial, ou que o seu julgamento possa ser precipitado. Não é
isso. Porém devemos ser seletivo e eleger um ou outro aspecto mais relevante
do texto para análise.
O terceiro elemento, a expressão "de um livro ou de um escrito". Este
é um ponto controverso, porque o uso normal das resenhas ultrapassa muito o
texto escrito. É extremamente comum encontrarmos hoje nos jornais resenhas
de discos e filmes. O objeto da resenha não é, portanto, apenas um texto
escrito. Em princípio, qualquer objeto é passível de uma apreciação nos

39
moldes de uma resenha. O que é importante perceber aqui é que todas as
resenhas têm um ponto de partida bastante definido. Trata-se de um outro
texto, ou de uma obra qualquer. Fazem-se resenhas de textos e obras, e não
de temas. Nas resenhas há mesmo um resumo do texto, em que você recupera
as ideias centrais do autor. Mas não confunda: resenha não é resumo; o
resumo é apenas uma parte da resenha, que tem pelo menos duas outras
partes: a parte da análise do texto e a parte do julgamento do texto.
Por tudo o que foi dito, podemos dizer que resenha é um tipo de texto
em que há, concomitantemente, exigências de forma e de conteúdo:

O conteúdo da resenha

a) Toda resenha deve conter uma síntese, um resumo do texto


resenhado, com a apresentação das principais ideias do autor;
b) Toda resenha deve conter uma análise aprofundada de pelo menos
um ponto relevante do texto, escolhido pelo resenhista;
c) Toda resenha deve conter um julgamento do texto, feito a partir da
análise empreendida no item b).

Formato da resenha

d) A resenha deve ser pequena, ocupando geralmente até três laudas


de papel A4 com espaçamento duplo;
e) A resenha é um texto corrido, isto é, não devem ser feitas
separações físicas entre as partes da resenha (com a subdivisão do texto em
resumo, análise e julgamento, por exemplo);
f) A resenha deve sempre indicar a obra que está sendo resenhada.

Tipos de resenha

Há pelo menos dois tipos de resenha, que apesar de apresentarem as


mesmas exigências quanto à forma e quanto ao conteúdo, se diferenciam pela
natureza do julgamento proferido acerca do texto.

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Resenha descritiva, científica, técnica, é aquela cujo objetivo é julgar
a verdade das proposições (ideias) do autor, investigar a consistência de seus
argumentos e a pertinência de suas conclusões. Responde basicamente à
pergunta: O que o autor diz faz sentido?
Resenha crítica, opinativa, é aquela cujo objetivo é julgar o valor do
texto, a sua beleza, a sua relevância. Responde basicamente à pergunta: O
texto é bom?
Em ambos os casos, é importante salientar que esses julgamentos (de
valor ou de verdade) devem ser sustentados por elementos retirados do texto
através de sua análise. É importante ter o cuidado de não restringir a resenha
ao julgamento. O julgamento do texto é apenas uma das partes.

Algumas dicas para uma resenha descritiva:

1) Leia o texto que serve de ponto de partida para a resenha. Se


necessário, leia mais de uma vez.
2) Faça um resumo do texto. Selecione as ideias principais do autor do
texto e monte um outro texto, seu.
3) Eleja uma entre as principais ideias do texto. Todo texto contém
várias ideias, que estão postas em uma hierarquia. Há ideias principais e há
ideias secundárias, periféricas. Eleja uma ideia principal.
4) Analise a ideia escolhida. Procure traçar quais são os seus
pressupostos, o que o autor pressupõe para formular essa ideia.
5) Emita um julgamento de verdade a respeito dessa ideia. Ela é
verdadeira ou não? Se é verdadeira, por quê? Se é falsa, por quê? Procure
responder a essas perguntas com outros argumentos que não os usados pelo
autor do texto.
6) Faça tudo isso antes de começar a redigir o texto para que seu texto
tenha organização, e unidade. Enfim, que não seja apenas um amontoado de
parágrafos sobre o texto que está sendo resenhado.

41
RESUMO

O resumo não é cópia de alguns trechos do texto, com as palavras do


autor. É um texto seu, em que você diz quais são as ideias principais do autor,
mantendo a fidelidade ao texto original. Ou seja, resumo não deve seus conter
comentários ou avaliações. Noutras palavras, o resumo é uma redução das
ideias contidas num texto,

Dicas para facilitar a produção de um resumo:

a. Leia atentamente o texto a ser resumido, certifique-se de tê-lo entendido;


b. Utilize a inserção de citações. (Segundo o autor… / Fulano de tal
considera… / De acordo
com que afirma…) ;
c. Redija-o em linguagem objetiva, clara e concisa;
d. Escreva-o com suas palavras, evitando copiar as frases e expressões
contidas no texto original;
e. Ignore expressões explicativas; (“Discutiremos a construção de textos
argumentativos, isto é aqueles nos quais…”)
f. Não use expressões que exemplifiquem; (As pessoas deveriam ler, também
outros autores. Por exemplo…
g. Reduza o texto a uma fração do texto original, respeitando a ordem em que
as ideias ou fatos são apresentados;

42
O MEMORIAL

O Memorial se constitui em um exercício de interrogação de nossas


experiências passadas para fazer aflorar não só recordações/lembranças, mas
também informações que confiram novos sentidos ao nosso presente.
O Memorial é o resultado de uma narrativa da própria experiência
retomada a partir dos fatos significativos que nos vêm à lembrança. Fazer um
Memorial consiste, então, em um exercício sistemático de escrever a própria
história, rever a própria trajetória de vida e aprofundar a reflexão sobre ela.
Esse é um exercício de autoconhecimento.
O Memorial está intimamente relacionada a um exercício de
reminiscência, isto é, de “puxar pela memória”. Como a memória é seletiva,
filtrada pelo que sentimos e acreditamos, queremos que, no momento de
elaboração do Memorial do nosso curso, esta seleção torne-se reflexiva. Ou
seja, submetida a um exercício que tem como objetivo trabalhar as
experiências que a pessoa considera de maior relevância na sua trajetória,
relatando-a de modo reflexivo.
Desse modo, uma primeira observação importante a ser feita refere-
se à relevância de se estabelecer a diferença entre a técnica de escrita de um
Memorial e uma narrativa histórica.
Uma narrativa histórica tem a preocupação em refazer (contar, narrar)
a trajetória de uma pessoa, em um determinado tempo, dos fatos relevantes
que vêm à memória do autor. Esta narrativa pode conter diversas passagens
da sua trajetória individual no tempo: nascimento, vivência familiar, escola,
outros eventos e acontecimentos da vida pessoal mesclados com as
dimensões coletivas do bairro, da cidade, do país ou do mundo enfim, de todos
os acontecimentos que ocorrem à sua volta. Ou seja, a pessoa descreve esses
acontecimentos da forma como eles ocorreram ou como ela os percebeu. Já o

43
Memorial é um relato que reconstrói a trajetória pessoal, mas que tem uma
dimensão reflexiva, pois implica que quem relata se coloca como sujeito que se
auto-interroga e deseja compreender-se como o sujeito de sua própria história.
Assim, é um esforço de organização e análise do que vivemos. Esta diferença
entre vivência e experiência é importante.
A experiência, ao contrário da vivência, é refletida, pensada, e pode-se
tornar algo consciente que construirá uma nova identidade, ou seja, um outro
jeito de olharmos e pensarmos o mundo. Para ilustrar, seria possível dizer que
é como olhar a vida através de um “retrovisor”, dando a chance de enxergar
determinadas dimensões de nossa vida e refletir criticamente sobre o
significado delas em nossa trajetória, tendo como vantagem o distanciamento
temporal.

44
O ENSAIO

Ensaio é um texto literário breve, situado entre o poético e o didático,


expondo ideias, críticas e reflexões éticas e filosóficas a respeito de certo tema.
É menos formal e mais flexível que o tratado.
Assim, pode-se falar sobre questões da esfera humana, da filosofia, da
política, do âmbito social, cultural, moral, entre outros temas, sem a
necessidade de se recorrer a provas concretas ou a deduções científicas.
Como não há limites precisos entre o ensaio e outros gêneros, as mais
diferentes obras são assim rotuladas, e ao mesmo tempo vários escritores
incluem esta expressão ao intitularem suas produções. Poe assumir uma
forma livre e assistemática sem um estilo definido, o filósofo espanhol José
Ortega y Gasset o definiu como "a ciência sem prova explícita".
O objetivo do ensaio é fazer algo comum, de fácil leitura, em que se
possa fazer rápido, sem compromisso em dizer a verdade ou provar tal coisa,
algo que possa ser discutido em casas de cafés, de intelectuais a cidadãos
comuns. É por isso que o ensaio se tornou um gênero literário tão popular.
No ensaio as pessoas estão livres para discutir qualquer assunto do seu
próprio ponto de vista, seu autor não se vê constrangido a compactuar com as
opiniões alheias sobre o que ele escreveu. Seu trabalho merece a
consideração de todos, por mais excêntrico que seja, se for lucidamente
estruturado e logicamente defendido, com a necessária persuasão. O contrário
ocorrerá com uma suposição bem padronizada e convencional, mas
fracamente construída e argumentada.
O ensaio pode ser dividido em dois modelos diferentes. O ensaio familiar
ou informal revela um julgamento subjetivo e muito pessoal do real, sem um
arcabouço definido ou previamente estabelecido. Nele o autor usa uma
tonalidade sutil, de caráter impressionista. O discursivo ou formal refere-se ao
texto extenso, conclusivo, elaborado em um discurso sério, no qual os textos
são objetivos, metódicos e estruturados, dirigidos mais a assuntos didáticos,

45
críticas oficiais, etc. Seu objetivo é alcançar uma linha lógico-discursiva, de teor
puramente intelectual.

RELATÓRIO

Características de um relatório

. Todo relatório tem que ser claro, conciso e exato.

Tipos de relatórios:

 Crítico_ descreve e opina sobre a maneira como uma atividade foi


desenvolvida, a fim de dar a conhecer.
 Síntese_ menos elaborado, referente a relatórios anteriores.
 Formação_ mais ou menos pormenorizado, apresentando atividades
desenvolvidas durante um curso e/ou estágio.
 Executivo - Este tipo de relatório é empregado em empresas quando
prestamos conta de nossas atividades ou apresentamos soluções a um
superior.

PARTES DE UM RELATÓRIO

Apresentação

Título, nome do autor, a data e o local de realização.

Desenvolvimento

Sumário, onde se esclarecem e identificam as várias subdivisões e paginação


do relatório em questão. Seguidamente, deve apresentar-se a introdução, onde
se identifica o objeto do relatório (assunto a tratar) e as circunstâncias da sua
realização. A seguir deve estar presente a parte central, onde se descreve a
situação (objeto do relatório), se critica, opina sobre este. Por último, deve
colocar-se a conclusão, onde está presente o balanço de toda a situação
referente ao objeto.

46
ARTIGO

Conceituação e características

O artigo é a apresentação sintética, em forma de relatório escrito, dos


resultados de investigações ou estudos realizados a respeito de uma questão.
O objetivo fundamental de um artigo é ser um meio rápido e sucinto de divulgar
pesquisas através de periódicos especializados.

Artigo científico pode ser:

a) Original ou divulgação: apresenta temas ou abordagens originais e podem


ser: relatos de casos, experiências, pesquisas, etc.
b) Revisão: analisa e discute trabalhos já publicados (reportagens,
monografias, teses,dissertações ou outros artigos)

Estrutura do artigo

1. Título;
2. Autor(es);
3. Resumo e Abstract;
4. Palavras‐chave;
5. Conteúdo (Introdução, desenvolvimento textual e conclusão);
6. Referências.

Definir o objetivo

Todo artigo científico deverá ter um objetivo bem definido e


preferencialmente, o objetivo deve ser exposto como uma pergunta a que se

47
pode responder “sim” ou “não” ou uma afirmativa que vai ser comprovada ou
negada. Esta afirmativa é chamada “hipótese inicial”.

Alguns exemplos:
Determinar se existe correlação entre a incidência de acidente X não é
consequência do tipo de transporte.

Título e subtítulo

São portas de entrada do artigo científico; é por onde a leitura começa,


assim
como o interesse pelo texto.
O título do artigo científico deve ser redigido com exatidão, revelando
objetivamente o que o restante do texto está trazendo. Apesar da
especificidade que deve ter, não deve ser longo a ponto de tornar‐se confuso,
utilizando‐se tanto quanto possível de termos simples, numa ordem em que a
abordagem temática principal seja facilmente captada. O subtítulo é opcional e
deve complementar o título com informações relevantes, necessárias, somente
quando for para melhorar a compreensão do tema. Na composição do título
deve‐se evitar ponto, vírgula, ponto de exclamação e aspas ou qualquer outro
elemento que interfira no seu significado, exceto o ponto de interrogação.
Após, o nome(s) do(s) autor(s), quando é mais de um autor,
normalmente o primeiro nome é o autor principal, ou 1° autor, sendo sempre
citado ou referenciado a frente dos demais.

Resumo e abstract

Indica brevemente os principais assuntos abordados no artigo científico,


constituído de frases concisas e objetivas, deve apresentar a natureza do
problema estudado, os objetivos pretendidos, metodologia utilizada, resultados
alcançados e conclusões da pesquisa ou estudo realizado, contendo entre 100

48
e 250 palavras, descritas em parágrafo único, sem a enumeração de tópicos.
Deve‐se evitar qualquer tipo de citação bibliográfica.
OBS: Quando o artigo científico é publicado, em revistas ou periódicos
especializados de grande penetração nos centros científicos, inclui‐se na parte
preliminar o abstract e key‐words, que são o resumo e as palavras‐chave
traduzida para o idioma inglês.

Palavras‐chave

São relacionadas de 3 a 6 palavras‐chave que expressem as ideias


centrais do texto, podendo ser termos simples e compostos, ou expressões
características. A preocupação do autor na escolha dos termos mais
apropriados, deve‐se ao fato dos leitores identificarem prontamente o tema
principal do artigo lendo o resumo e palavras‐chave.

Introdução

A introdução deve criar uma expectativa positiva e o interesse do leitor,


para isso ele deve demonstrar a relevância do tema, constar os objetivos da
pesquisa, o problema e as hipóteses de trabalho ou as questões norteadoras
(quando for o caso), justificar sua escolha e a metodologia utilizada, com base
no referencial teórico pesquisado. Apresentar ao leitor as Informações obtidas
e seus “Resultados”.

Desenvolvimento

O elemento textual chamado desenvolvimento é a parte principal do


artigo científico, caracterizado pelo aprofundamento e análise pormenorizada
dos aspectos conceituais mais importantes do assunto. É onde são
amplamente debatidas as ideias e teorias que sustentam o tema
(fundamentação teórica), apresentados os procedimentos metodológicos e
análise dos resultados em pesquisas de campo, relatos de casos, dentre

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outros. Quanto mais conhecimento a respeito, tanto mais estruturado e
completo será o texto.
A organização do conteúdo deve possuir uma ordem sequencial
progressiva, em função da lógica inerente a qualquer assunto, que uma vez
detectada, determina a ordem a ser adotada. Muitas vezes pode ser utilizada a
subdivisão do tema em seções e subseções.
No desenvolvimento, a análise dos resultados, entre outros, podem ser
enriquecidos com gráficos, tabelas e figuras. O título dessa seção, quando for
utilizado, não deve estampar a palavra “desenvolvimento”, sendo escolhido um
título geral que englobe todo o tema abordado na seção, e subdividido
conforme a necessidade.

Conclusão

Muitos bons artigos trazem a conclusão embutida na discussão, sem


uma sessão separada. A conclusão deve ser sucinta e não deve trazer
nenhuma informação ou comentário novo, que não tenha sido exposto nas
sessões “Resultado” ou “Discussão”. Em poucas frases, a conclusão retoma o
objetivo do artigo e informa o que foi alcançado no estudo, faz considerações
decorrentes da análise dos resultados obtidos, e termina sugerindo caminhos
por onde a investigação pode ser continuada.

Dicas importantes

O segredo de um bom artigo não é talento, mas dedicação, persistência e


manter-se ligado a algumas regras simples.

 Deixar o seu leitor, no final da leitura, tão informado quanto você;


 Reescreva o artigo, mude uma ou outra palavra, troque a ordem de um
parágrafo ou elimine uma frase quando necessário;
 Cada ideia tem de ser repetida duas ou mais vezes. Na primeira vez
você explica de um jeito, na segunda você explica de outro. Nem todo
mundo entende na primeira investida, a maioria fica confusa;

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 Devem ser evitados objetivos muito amplos;
 Antes de escrever um artigo, é necessário conhecer o que já foi
publicado sobre o tema. Isto ajuda a evitar acusações de plágio, já que
o autor irá deixar de candidatar à publicação um artigo muito
semelhante a outro já publicado. Além disto, menção à literatura
anterior irá enriquecer o texto e situar o leitor sobre a conjuntura atual
da pesquisa sobre o tema;
 Não apelar pela generalizações (ex.: sabe‐se, grande parte, sempre,
nunca);
 Não repetir palavras, especialmente verbos e substantivos (use
sinônimos);
 Não empregar modismos linguísticos (ex.: em nível de, no contexto, a
ponto
de, grande impacto);
 Não apresentar redundâncias (ex.: as pesquisas são a razão de ser do
pesquisador);
 Não utilizar muitas citações diretas. De preferência às indiretas,
interpretando
as ideias dos autores pesquisados;
 Evitar informalidade, como o uso de gírias ou axiomas populares.

Definição do método

O método deve ser definido de modo a alcançar o objetivo.

Ele deve produzir resultados que, quando analisados de forma objetiva,


irão comprovar ou negar a hipótese, ou irão responder ao objetivo do artigo.
Assim, ao comparar dois procedimentos ou métodos, deve‐se estabelecer
parâmetros objetivos para analisar os resultados de cada um e compará‐los.
Ao verificar se um procedimento é eficaz, deveremos definir o que é eficácia
com critérios mensuráveis.
É muito importante que o método seja descrito de forma extremamente
detalhada, especificando, entre outros:
 critério de seleção da amostra, seguido de justificativa ;

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 tamanho e descrição da amostra obtida;
 períodos e método de observação;
 método de coleta de dados;
 método de análise de dados ou estatísticas;

Análise dos resultados

Os resultados devem ser analisados tendo em vista o objetivo. No


entanto, deve-se evitar “forçar” os dados para obter a conclusão desejada. Se o
método foi definido adequadamente, o estudo terá produzido resultados
objetivos, que, na maioria dos casos, levarão de forma lógica à comprovação
ou negação da hipótese testada.
Em alguns casos, no entanto, os resultados são inconclusivos, ou seja,
não permitem comprovar ou negar a hipótese testada de forma pontual. Nestes
casos, o autor deve buscar verificar se a não conclusão se deve a alguma
deficiência do estudo ou se realmente não é possível alcançar uma. Neste
último caso, o autor pode optar por publicar o estudo de qualquer forma,
podendo inclusive convidar leitores a colaborar com sugestões para o
desenvolvimento do estudo, que possam resultar em conclusão.

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BIBLIOGRAFIA

AZEVEDO, Israel Belo. O prazer da produção científica: descubra como é


fácil e agradável elaborar trabalhos acadêmicos. 10.ed. São Paulo: Hagnos,
2001.
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GRANATIC, Branca. Técnicas básicas de redação. São Paulo: Scipione,
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LAJOLO, M. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática,
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