Taping Pos Parto
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Curso de Fisioterapia
Bragança Paulista
2017
MARILIA BARBOSA PINTO RA: 001201202131
MAYRA BARBOSA PINTO RA: 001201202122
Bragança Paulista
2017
MARILIA BARBOSA PINTO
MAYRA BARBOSA PINTO
Agradecemos primeiramente a Deus, por estar sempre ao nosso lado, nos dando força
para enfrentar todos os obstáculos.
Aos nossos pais José Luiz e Marilena que sempre estiveram presente,nos dando
incentivos para não desanimarmos,agradecemos imensamente a vocêsaospais
maravilhosos que sempre foram e serão.
Aos nossos amigos (as) por todos os momentos que passamos durante esse tempo
juntosque jamais serão esquecidos.
A todos os professores do curso, os conhecimentos que transmitiram,em especial a
profªGraziele Aurelina Fraga de Sousa e profªNathália Andreatti Aiello pela dedicação
para realizarmos nosso trabalho de conclusão de curso.
“Acredite na forca dos seus sonhos,Deus e justo e
não colocaria em seu coração um desejo
impossível de ser realizado”
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO....................................................................................................8
2.OBJETIVOS.........................................................................................................12
4. ARTIGO CIÉNTIFICO.....................................................................................15
5. ANEXOS............................................................................................................25
1. INTRODUÇÃO
SegundoFerreira,Frederice e Silva(2011), durante o período gestacional, os
músculos abdominais sendo eles reto abdominal, transverso do abdômen, oblíquo interno
e oblíquo externo, sofrem distensão decorrente do crescimento uterino.O músculo reto
abdominal em especial, sofre uma distensão e afastamento entre seus dois feixes
musculares, situação denominada diástase do músculo reto abdominal.
Os músculos aponeuróticos da parede abdominal formam uma cinta restritiva, que
mantêm os órgãos intra-abdominais em seu lugar e tem como função auxiliar nos
movimentos do troncoe nos processos fisiológicos do organismo. Em situações de tensão
tecidual,como ocorre na gravidez, os músculos da parede abdominal podem ser afetados
casionando diástase do músculo reto abdominal(JAIMOVICH,1999).
Durante a gestação amusculatura abdominal mostra-se flácida e apresenta
afastamento dos feixes do musculo reto abdominal, situação nomeada diástase do
musculo reto abdominal, sendo mais acentuada em multíparas.O retorno da musculatura
a posição pré gravídica leva cerca de 6 semanas,podendo ocorrer uma diástase não
fisiológica quando o afastamento excede 3 centímetros (BEITUNE, 2011).
Esta condição e percebida normalmente no terceiro trimestre de gestação ou no
puerpério imediato.O puerpério imediato inicia após ao nascimento, prolongando se de 6
à 8 semanas e termina como os órgãos voltando ao estado não gravídico. O puerpério
dividi se: puerpério imediato (1°até 10° dia),puerpério tardio (entre 11° á 15° dia), e
puerpério remoto(além 45 dia) (BORGES;VALENTIN, 2002).
As alterações hormonais com crescimento uterino levam ao estiramento dos
músculos abdominais e anteroversão pélvica seguida de uma hiperlordose lombar. As
alterações adquiridas levam a diminuição da tensão muscular e afastando as bordas
medias destes músculos e desenvolvendo a diástase dos músculos retos abdominais. Os
casos de maior gravidade sofrem progressões de hérnias viscerais abdominais,
diminuição do suporte abdominal, alterações posturais e dificuldades respiratórias
(RETT,2009).
Segundo Bim (2002) a diástase abdominal e uma das patologias induzidas pela
gestação,que ocorre do resultado alterações do sistema músculo esqueléticos e
biomecânicas na gravidez, Bim ressalta a importância da atuação da fisioterapia para
aumentar a percepção e o controle da musculatura abdominal e corrigir a patologia da
diástase do retos.
8
O diagnóstico da diástase da musculatura abdominal (DMRA) é feito por meio do
exame físico onde a puérpera é posicionada em decúbito dorsal, com o quadril e joelhos
fletidos e com os pés apoiados no leito e membros superiores estendidos paralelos ao
corpo. Nesta posição solicita-se a puérpera a realização de uma flexão anterior de tronco
até que as bordas inferiores das escápulas saiam do leito. O avaliador demarca dois pontos
para serem usados como referência: 4,5 cm acima e 4,5 cm abaixo da cicatriz umbilical.
O avaliador deve colocar os dedos de uma mão horizontalmente através da linha média
do abdômen, se houver separação, os dedos afundarão dentro da fenda (FERREIRA;
FREDERICE; SILVA, 2011).
A diástase é medida pelo número de dedos que podem ser colocados entre os
ventres musculares do reto abdominal ou medidor preciso de diâmetro e espessura,
denominado paquímetro, que obedece ao padrão internacional de medidas, que oferece
suas variáveis em milímetros ou polegadas (FERREIRA, 2011; RETT, 2009).
A diástase considerada fisiológica deve apresentar afastamento inferior a dois ou
três dedos (aproximadamente 3 cm) nas regiões supra e infra umbilicais, esta distensão
costuma retornar ao estado pré-gravídico no puerpério tardio, podendo se prolongar até
um ano. Valores acima disso, são considerados anormais, pois além do prejuízo estético
predispõe estas mulheres a futuros problemas na sustentação da parede abdominal,
acarretando herniações dos órgãos abdominais(FERREIRA; FREDERICE; SILVA,
2011).
Segundo Luna et al.(2012), a diástase do musculo reto abdominal é bastante
frequente na gravidez, ocorrendo em cerca de 66% das mulheres durante o terceiro
trimestre de gestação, podendo esta ser uma situação transitória ou que permanecerá ao
longo da vida da mulher. Conforme Leite eAraújo(2012),em estudo realizado na
maternidade pública de João Pessoa entre puérperas que apresentaram diástase do
musculo reto abdominal, das 100 mulheres avaliadas, 5,3% apresentaram somente
diástase supraumbilical, 12,5% apresentaram diástase umbilical, 59% apresentaram
diástase supraumbilical associada à separação umbilical,23% apresentaram a diástase
tanto supraumbilical, quanto umbilical e infraumbilical e as demais não apresentaram. Ao
avaliar a presença de diástase do musculo reto abdominal associando com o tipo de parto,
verificou-se uma maior chance de uma mulher submetida ao parto normal apresentar
diástase quando comparado às mulheres submetidas aoparto cesárea.
Os tratamentos fisioterapêuticos para a diástase abdominal no puerpério consistem em
cinesioterapia, hidroginástica, recursos de eletroestimulação, exercícios físicos as
9
condutas auxiliam na qualidade da ativação do tecido muscular e na recuperação da
sensação de tensão muscular (BORGES, 2002; KISNER, 2009; MICHELOWSKI, 2014;
SANTOS,2002).
A técnica de Bandagem Elástica Funcional, também chamada de Kinesiotaping,
foi criada a mais ou menos 40 anos pelo quiroprata Dr. Kenzo Kase, no Japão. Sua teoria
foi embasada em que ao se aderir algum tipo de material, como uma fita, seria possível
trazer algum tipo de benefício aos vários tecidos como músculos, fáscias, tendões e
ligamentos, para a recuperação destes e melhora de sua função (KASE K, KASE T;
WALIIS, 2003).
O mecanismo neurofisiológico da aplicação da técnica de bandagem elástica
funcional se da pela estimulação dos somatorreceptores que estimulam o SNC, ocorrendo
um recrutamento de neurônios motores que por sua vez estabilizam as articulações e
alongamentos musculares excessivos, isso ocorre através do relacionamento entre
informação sensorial e atividade muscular. O estimulo mecânico constante e duradouro
na pele, contribui para a percepção da posição corporal , correções dos desvios articulares
e auxilia na contração muscular (MARTELLI;ZAVARIZE ,2014).
Segundo Dias, Kase e Lemos(2013), a bandagem elástica funcional desencadeia
efeitos sobre a musculatura, estimulando e ativando o músculo durante o movimento,
onde será possível melhorar a contração de um músculo enfraquecido e desequilibrado,
diminuindo episódios de fadiga, contraturas, espasmos e lesões musculares.Também
podem ser observados condições em que os músculos se encontram hiperativos, a
bandagem ajuda de forma inibitória, diminuindo as atividades musculares que estão em
excesso promovendo relaxamento.
Parmentier (2010), realizou um estudo de três casos com aplicação de kinesiotape.
Realizou-se a aplicação com fitas de 2 centímetros de largura, tiras dispostas começando
logo abaixo do peito e se estendendo para a região superior do púbis. A primeira
voluntária, apresentava diástase de 4 dedos no 5° mês de gestação e com a aplicação da
fita relatou maior capacidade para respirar e realizar o exercícios de fortalecimento
abdominal, também houve diminuição de suas queixas de dor lombar. A segunda
voluntária apresentava diástase desde a sua 2ª gestação e se estendeu até a 4ª
gestação,recebeu a aplicação, porém teve dificuldade de permanecer com as
fitasrelatando “sensação de restrição”. A terceira voluntária foi submetida à aplicação
após o parto para auxilio no fortalecimento e retorno das atividades pré-gravidica,
permaneceu aproximadamente quatro semanas com as fitas, realizando também um
10
programa de exercícios para diástase. O autor acredita que uso de kinesiotape em
gestantes e puérperas com diástase é uma nova técnica que mostrou benefícios na
respiração, no auxilio de exercícios, atividades de vida diária e estabilização da diástase,
evitando qualquer separação adicional enquanto possibilita o reforçoda musculatura
abdominal.
Considerando a aplicação do recurso, surge a necessidade de realizar um estudo
que venha testar e possivelmente comprovar a efeito da bandagem elástica funcional no
tratamento da diástase abdominal no puerpério imediato. Tendo em vista a contribuição
de gerar conhecimentos de tratamento para a fisioterapia na saúde da mulher.
11
2. OBJETIVOS
12
3.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
KASE, K.; KASE, T.; WALIIS, J.Clinical Therapeutic Applications Of The Kinesio
Taping Method. 2ª Edition, 2003.
LEITE, Ana Cristina Nobrega Marinho Torres; ARAÚJO Kathlyn Kamoly Barbosa
Cavalcanti.Diástase dos retos abdominais em puérperas e sua relação com variáveis
obstétricas. Fisioter Mov 2012;389-397p.
13
RETT, M. T. et al.Prevalência de diástase dos músculos retoabdominais no puerpério
imediato:comparação entre as primíparas e multíparas. Rev. bras. fisioter. vol.13
no.4 São Carlos July/Aug. 2009 EpubAug 21, 2009. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
35552009000400002&lng=pt&nrm=iso&tlng=en>. Acesso em: 1 mar. 2016.
14
4.ARTIGO CIENTÍFICO
RESUMO:
Introdução: Durante o período gestacional o estiramento da musculatura abdominal pode
causar uma separação dos feixes do músculo reto abdominal causando a formação da
diástase do músculo retoabdominal(DMRA).A DMRA identificada no exame físico com
valor superior à três centímetros em região supra e/ou infra umbilical e considerada
anormal.A bandagem elástica funcional é um recurso que auxilia na ativação muscular
por estímulo sensorial. Objetivo:Verificar o efeito da técnica de bandagem elástica
funcional no puerpério imediato para a redução da DMRA.Método:Foi realizado um
estudo de caso com uma voluntária de 32 anos, no 1º dia de pós-parto vaginal, sendo esta
submetida à avaliação da medida da DMRA e intervenção com a bandagem elástica
funcional . Após cinco dias a voluntária retornou à Clínica de Fisioterapia,realizou-se
nova medida da DMRA e entrevista qualitativa acerca da satisfação frente à técnica.
Resultado:Constatou-se a presença de DMRA no 1º dia de pós-parto sendo aferido
DMRA infra umbilical 5,4cm DMRA supra umbilical 6,00cm.Após intervenção obteve-
se uma redução de 3,8cm na DMRA infra umbilical e 3,6cm para DMRA supra
umbilical.Conclusão:A bandagem elástica funcional se mostrou eficiente na involução
da DMRA no puerpério imediato.Este estudo possibilita a ampliação de conhecimento e
embasamento para o uso da técnica ao incluir uma nova proposta no tratamento de DMRA
após o parto.
15
SUMMARY:
Introduction: During the gestational period stretching of the abdominal muscles may
cause a separation of the bundles of the rectus abdominis causing the formation of
abdominal diastasis (ARMD). The ARMD identified in the physical examination with a
value greater than 3 centimeters above and below The functional elastic bandage is a
resource that helps muscle activation through sensory stimulation. Objective: To verify
the effect of functional elastic bandage technique in the immediate puerperium for the
reduction of ARMD. Method: A case study was carried out with a volunteer of 32 years,
on the 1st day after vaginal delivery, who was submitted to the measurement of DMRA,
and intervention with functional elastic bandage. After five days the volunteer returned
to the Physiotherapy Clinic, a new DMRA measurement and a qualitative interview about
satisfaction with the technique were performed. Results: The presence of DMRA was
found on the 1st postpartum day, and DMRA infra umbilical DMRA was measured 5.4
cm DMRA supra umbilical 6,00cm. After the intervention, a reduction of 3.8cm was
achieved in the DMRA infra umbilical and 3,60cm for supra umbilical DMRA.
CONCLUSION: Functional elastic bandage proved to be efficient in the involution of
DMRA in the immediate puerperium. This study allows the expansion of knowledge and
basis for the use of the technique when including a new proposal in the treatment of
DMRA after childbirth.
16
INTRODUÇÃO
17
um recrutamento de neurônios motores, que por sua vez estabilizam as articulações e
alongamentos musculares excessivos, isso ocorre através do relacionamento entre
informação sensorial e atividade muscular. O estimulo mecânico constante e duradouro
na pele, contribui para a percepção da posição corporal, correções dos desvios articulares
e auxilia na contração muscular3.
Segundo Kase Lemos4, a bandagem elástica funcional desencadeia efeitos sobre
a musculatura, estimulando e ativando o músculo durante o movimento, onde será
possível melhorar a contração de um músculo enfraquecido e desequilibrado, diminuindo
episódios de fadiga, contraturas, espasmos e lesões musculares. Também podem ser
observadas condições em que os músculos se encontram hiperativos, a bandagem ajuda
de forma inibitória, diminuindo as atividades musculares que estão em excesso,
promovendo relaxamento.
Considerando a aplicação do recurso, surge a necessidade de realizar um estudo
que venha testar e possivelmente comprovar o efeito da bandagem elástica funcional no
tratamento da diástase abdominal no puerpério imediato. Tendo em vista a contribuição
de gerar novos conhecimentos e um método de tratamento para a fisioterapia na saúde da
mulher.
18
pontos para serem usados como referência: 4,5 cm acima da cicatriz umbilical
(supraumbilical) e 4,5 abaixo da cicatriz umbilical (infraumbilical). A diástase foi
mensurada com o medidor preciso de diâmetro e espessura, denominado paquímetro1.
Após exame físico, foi realizada a intervenção com a técnica de bandagem
elástica funcional. Para a aplicação a voluntária foi posicionada em decúbito dorsal, e os
membros superiores paralelos ao corpo.Com base nas técnicas citadas Artioli6, e nas
técnicas descritas por Kenzo4,a aplicação consistiu na técnica em I, duas faixas aplicadas
na direção da origem a inserção do reto abdominal em cada hemicorpo e duas faixas
horizontais na região infraumbilical do abdômen com técnica de compressão e tensão 30
%6 (Figura 1).
19
Tabela 1. Valores de medida da DMRA avaliado por paquímetros simples antes e após
intervenção.
DISCUSSÃO
A DMRA é definida como afastamento dos dois feixes musculares do reto
abdominal,condição que pode ser observada inicialmente no segundo trimestre de
gestação, tendo uma incidência maior nos três últimos meses. A DMRA é considerada
fisiológica quando se apresenta menor de trêscentímetros e anormal quando maior de três
centímetros, podendo ser uma situação transitória ou permanecer ao longo da vida da
mulher.A DMRA apresenta como fatores predisponentes a obesidade, multiparidade,
flacidez de musculatura abdominal e gestações múltiplas2;1.
Mesquita e Machado7 realizaram um estudo longitudinal e aleatóriocom um grupo
controle que foi submetido à avaliação e mensuração da diástase (6 horas e 18 horas após
o parto) e um grupo de tratamento em que foi realizada a mesma avaliação e mensuração,
seguida de um protocolo de atendimento fisioterapêutico, 6 e 18 horas após o parto a
fimde minimizar e diminuir a DMRA. Foi realizada estimulação
proprioceptiva,exercícios isométricos e isotônicos dos músculos abdominais (oblíquos,
retos e transversos) e do assoalho pélvico.No período de 18 horas pós-parto, o grupo
controle apresentou uma redução da diástase de 5,4% e o grupo de tratamento de 12,5%,
em relação à primeira medida(6horas após o parto).Estes resultados demonstram que o
atendimento fisioterapêutico no puerpério imediato determina redução significativa na
DMRA.
20
Valentin e Borges8 estudaram três mulheresque se encontravam no puerpério de
parto normal, no Hospital Universitário São José-UNIG, Mesquita-RJ. As
pacientes,apresentaram-se com o abdômen protuso e aumento da diástase abdominal.
Foram submetidas a uma avaliação constituída de perimetria abdominal, aferição com
uso do paquímetro e aplicação da eletroestimulação neuromuscular com corrente de
média frequência.Os relatos dos casos mostraram resultados favoráveis que justificam o
uso da eletroestimulação neuromuscular na terapêutica puerperal, pois houve redução da
diastase abdominal em um tempo menor que o fisiológico, segundo os autores.
Os recursosfisioterapêutico disponíveis e já estudadosno tratamento da diástase
abdominal no puerpério consistem em cinesioterapia, hidroginástica, recursos de
eletroestimulação e exercícios físicos, as condutas auxiliam na qualidade da ativação do
tecido muscular e na recuperação da sensação de tensão muscular 8; 9;10.
A bandagem elástica funcional apresenta-se como um novo recurso nos
tratamentos fisioterapeuticos, porém ainda não estudado na condição da diástase
abdominal. Devido a isto este presente estudo buscou verificar o efeito da bandagem
elastica funcional na redução da diástase abdominal no puerpério imediato, obtendo como
resultado um efeito considerável na involução da diastáse abdominal, observada por
paquímetro simples, após cinco dias da intervenção.
O mecanismo neurofisiológico da aplicação da técnica de BEFocorre pela
estimulação dos somatorreceptores que estimulam o SNC, ocorrendo um recrutamento de
neurônios motores que por sua vez estabilizam as articulações e alongamentos musculares
excessivos, isso ocorre através do relacionamento entre informação sensorial e atividade
muscular. O estimulo mecânico constante e duradouro na pele contribui para a percepção
da posição corporal, correções dos desvios articulares e facilitação da contração
muscular3.
Prianti1 e Prianti211, realizaram um estudo transversal do tipo experimental
randomizado e controlado. Participaram do estudo dois grupos, sendo grupo 1 controle e
grupo 2 intervenção da bandagem elástica funcional, ambos executando a tarefa do chute,
em uma plataforma de força. Foi mensurada a oscilação postural, a atividade mioelétrica
do fibular longo e glúteo médio, além do número de acertos dos chutes. Foi observado
que o grupo 2 apresentou resultados positivos tanto na resposta elétrica muscular quanto
na oscilação postural. Conclui-se que a bandagem funcional elástica de tornozelo pode
ser considerada uma intervenção eficaz para o membro inferior de apoio no momento em
21
que se realiza o chute futebolístico, a fim de promover melhora da ativação muscular e
da oscilação postural das atletas, beneficiando assim a execução desse gesto esportivo.
Lenzi12,realizou um ensaio clínico randomizado com 20 homens que apresentaram
inclinação posterior da pelve (IPP). Os indivíduos foram divididos em dois grupos de
forma aleatória,no grupo bandagem (GB), a bandagem foi aplicada com tensionamento
no músculo tensor da fáscia lata e do trato iliotibial, e no grupo placebo (GP) foi aplicado
o mesmo material, porém sem tensionamento, por um período de 72 horas. Os grupos
foram reavaliados 30 minutos e 72 horas após a intervenção.Conclui-se que houve
diminuição significativa da inclinação posterior de pelve no GB quando comparado com
o GP. Os achados deste estudo demonstram que a técnica da bandagem elástica pode
auxiliar na diminuição da IPP, porém são necessários mais estudos que avaliem a ativação
muscular e a repercussão do uso da bandagem.
Parmentier (2010), realizou um estudo de três casos com aplicação de kinesiotape.
Realizou-se a aplicação com fitas de 2 centímetros de largura, tiras dispostas começando
logo abaixo do peito e se estendendo para a região superior do púbis. A primeira
voluntária, apresentava diástase de 4 dedos no 5° mês de gestação e com a aplicação da
fita relatou maior capacidade para respirar e realizar o exercícios de fortalecimento
abdominal, também houve diminuição de suas queixas de dor lombar. A segunda
voluntária apresentava diástase desde a sua 2ª gestação e se estendeu até a 4ª gestação,
recebeu a aplicação, porém teve dificuldade de permanecer com as fitasrelatando
“sensação de restrição”. A terceira voluntária foi submetida à aplicação após o parto para
auxilio no fortalecimento e retorno das atividades pré-gravidica, permaneceu
aproximadamente quatro semanas com as fitas, realizando também um programa de
exercícios para diástase. O autor acredita que uso de kinesiotape em gestantes e puérperas
com diástase é uma nova técnica que mostrou benefícios na respiração, no auxilio de
exercícios, atividades de vida diária e estabilização da diástase, evitando qualquer
separação adicional enquanto possibilita o reforço da musculatura abdominal.
No presente estudo de caso a técnica de bandagem elástica funcional se mostrou
eficiente na ativação muscular, levando à involução considerável da DMRA no puerpério
imediato. Além disso, trata-se de uma técnica não invasiva, de fácil e rápida aplicação e
de custo acessível em relação aos outros tratamentos. No entanto são necessários mais
estudos com amostras ampliadas e com grupos comparativos para comprovação de seu
efeito. Desta forma, este estudo possibilita a ampliação de conhecimento e embasamento
para o uso da técnica no tratamento de diástase do músculo reto abdominal após o parto.
22
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
23
12. Lenzi GF,Jacoby T,Portella G, Silva F. Efeito da bandagem elástica no
posicionamento da pelve com inclinação posterior. RevBrasMed Esporte – Vol.
23; No 1 – Jan/Fev, 2017.
13. Parmentier, M; P T; C K T P; Diastasis Recti: A Solution. KTUS- DoCol- 4 – 08-
Sep – 2010.
5. ANEXO
I. A contribuição deve ser original e inédita, e não está sendo avaliada para publicação
por outra revista.
II. O trabalho deve representar contribuição científica para a área de Fisioterapia e/ou
24
Saúde Funcional.
III. É obrigatório para submissão o preenchimento completo dos metadados. Incluindo a
titulação de cada autor e co-autor.
IV. O espaço de publicação consistirá em editorial, artigos originais, artigos de revisão,
relatos de casos, notas (carta ao editor, resenhas, expertises de convidados, ações de
extensão) produzidos por autores internos e externos à Universidade Federal do Ceará.
V. O idioma da revista é o português, podendo ser aceitos trabalhos em inglês quando
acompanhados de declaração de um tradutor juramentado.
25
Referências: Devem estar de acordo com as regras de Vancouver, apresentando entre
20 e 30 referências sendo 60% destas publicadas com menos de 10 anos em periódicos
indexados. Todas as referências devem estar citadas ao longo do texto. Link para
referências nas regras
Vancouver: (http://www.fiocruz.br/bibsp/media/normas_bibensp.pdf)
I. Título
a. Título Completo - Deve ser informativo, pertinente, conciso e atrativo, de forma a
descrever o conteúdo do artigo com no máximo 15 palavras.
b. "Short title" - Deve ser relacionado ao título completo, mas contendo até quarenta
caracteres (incluindo espaços).
II. Resumo/Abstract
O Resumo e o Abstract devem identificar as seções principais do artigo: Introdução
(Introduction), Metodologia (Methodology), Resultados (Results) e Considerações
Finais (ConcludingRemarks). Parágrafo único que não deve exceder 250 palavras. Não
deve conter abreviaturas sem definição, exceto as conhecidas internacionalmente.
III. Descritores
De acordo com o conteúdo do trabalho. Em número de 3 a 5. Estão de acordo com o
Decs ou Mesh.
IV. Corpo do texto: Introdução, Metodologia, Resultados, Discussão e Resultados e
Considerações Finais. O texto deve ser formatado de acordo com as seguintes regras:
15.000 a 20.000 caracteres, com espaço; Formato Word for Windows; Fonte: Times
New Roman, tamanho 12, espaço simples; Margem esquerda, direita, superior e
inferior: 2,5.
Introdução: Deverá definir contextualizar o tema e problematizá-lo. As abreviaturas e
termos novos ou pouco conhecidos devem ser definidos.
Metodologia: Descrever com pormenores o processo de busca dos estudos originais, os
critérios utilizados para seleção daqueles que foram incluídos na revisão e os
procedimentos empregados na síntese dos resultados obtidos pelos estudos revisados
(que poderão ou não ser procedimentos de metanálises).
Discussão e Resultados: Análise crítica da literatura. Deve ser estruturada com
subtítulos que seguem uma ordem coerente. Análise metodológica dos artigos
revisados. Conclusões válidas baseadas nos trabalhos revisados.
Referências
Devem estar de acordo com as regras de Vancouver, apresentando entre 20 e 30
referências sendo 60% destas publicadas com menos de 10 anos em periódicos
indexados. Todas as referências devem estar citadas ao longo do texto. Link para
referências nas regras
Vancouver: (http://www.fiocruz.br/bibsp/media/normas_bibensp.pdf)
I. Título
a. Título Completo - Deve ser informativo, pertinente, conciso e atrativo, de forma a
26
descrever o conteúdo do artigo com no máximo 15 palavras.
b. "Short title" - Deve ser relacionado ao título completo, mas contendo até quarenta
caracteres (incluindo espaços).
II. Resumo/Abstract
O Resumo e o Abstract devem identificar as seções principais do relato de caso. Deve
apresentar Introdução, Descrição do Relato de Caso e Discussão. Parágrafo único que
não deve exceder 250 palavras. Não deve conter abreviaturas sem definição, exceto as
conhecidas internacionalmente.
III. Descritores
De acordo com o conteúdo do trabalho. Em número de 3 a 5. Estão de acordo com o
Decs ou Mesh
IV. Corpo do texto: Introdução, Descrição do Relato de Caso e Discussão. O texto deve
ser formatado de acordo com as seguintes regras: 15.000 a 20.000 caracteres, com
espaço; Formato Word for Windows; Fonte: Times New Roman, tamanho 12, espaço
simples; Margem esquerda, direita, superior e inferior: 2,5.
Introdução: Deverá apresentar o problema em questão com uma breve revisão da
literatura sob os aspectos clínicos e terapêuticos ou diagnostico diferencial em relação o
caso apresentado.
Descrição do Relato de Caso: Estruturada em tópicos. Deve identificar os sujeitos da
pesquisa, omitindo o nome. Apresentar antecedentes pessoais e familiares. Descreve
todas as etapas de acompanhamento do caso (ex: início, a evolução e o estado atual do
caso). Discussão do diagnóstico, bem como possíveis diagnósticos. Descreve a
terapêutica empregada.
Discussão: Deverá contrapor dados do caso apresentado “semelhanças e diferenças”
com um caso da literatura e demonstrar a contribuição trazida com a apresentação do
caso.
Referências
Devem estar de acordo com as regras de Vancouver, apresentando entre 15 e 20
referências sendo 60% destas publicadas com menos de 10 anos em periódicos
indexados. Todas as referências devem estar citadas ao longo do texto.Link para
referências nas regras
Vancouver: (http://www.fiocruz.br/bibsp/media/normas_bibensp.pdf)
O texto deve ser estrurado em parágrafo único formatado de acordo com as seguintes
regras: 10.000 a 15.000 caracteres, com espaço; Formato Word for Windows; Fonte:
Times New Roman, tamanho 12, espaço simples; Margem esquerda, direita, superior e
inferior: 2,5. A carta ao editor é utilizada para que os leitores da revista possam externar
suas opiniões sobre os temas e artigos nela publicados.
27
1. A contribuição é original e inédita, e não está sendo avaliada para publicação por
outra revista.
2. Os arquivos para submissão estão em formato Microsoft Word (desde que não
ultrapasse os 2MB).
3. Os metadados foram preenchidos completamente (Nome completo, instituição,
país, e-mail e declaração de conflito de interesse de todos os autores)
4. O trabalho consiste em editorial, artigos originais, artigos de revisão, relatos de
casos ou notas (carta ao editor, resenhas, expertises de convidados, ações de
extensão).
5. Todos os endereços de páginas na Internet (URLs), incluídas no texto
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6. O texto segue os padrões de estilo e requisitos bibliográficos descritos em
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Declaro(amos) também que, com exceção das citações diretas e indiretas claramente
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28
plágio. Eu(nós) estou(amos) consciente(s) que a utilização de material de terceiros
incluindo uso de paráfrase sem a devida indicação das fontes será considerado plágio, e
estará sujeito à processo administrativos e sanções legais.
Declaramos que, em caso de aceitação do artigo pela Revista Fisioterapia & Saúde
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Assinatura:______________________________________________________
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POLÍTICA DE PRIVACIDADE
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ANEXO III
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ANEXO 3-Questionário de avaliação da satisfação da técnica
Nome: ______________________________________________
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