Fratura Nos Metatarsos - Caso Clínico
Fratura Nos Metatarsos - Caso Clínico
Fratura Nos Metatarsos - Caso Clínico
PERÍODO: SÉTIMO
DISCIPLINA: ESTÁGIO SUPERVISIONADO I
PROFESSORA ORIENTADOR (A): BRENDA SAMPAIO
Teresina/ PI
2022
ANA PAULA FERNANDES DOS SANTOS
Teresina/ PI
2022
Educar é viajar no mundo do outro, sem nunca penetrar
Augusto Cury
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO. ................................................................................................................ 5
2 OBJETIVOS .................................................................................................................... 6
2.1 OBJETIVO GERAL ..................................................................................................... 6
2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO ............................................................................................ 6
3 REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................................... 7
3.1 ANATOMIA DO PÉ .................................................................................................... 7
3.2 PRINCIPAIS FRATURAS DO PÉ ............................................................................... 8
3.3 TRATAMENTO E SUA IMPORTÂNCIA ........................................................................ 9
4 METODOLOGIA ................................................................................................................... 10
4.1 TIPO DE PESQUISA ......................................................................................................... 10
4.2 CARACTERÍSTICA DO LOCAL DA PESQUISA .................................................... 10
4.3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS ............................................................. 11
4.3.1 FICHAS DE ATENDIMENTO........................................................................ 11
4.3.2 REGISTRO FOTOGRÁFICO ............................................................................. 11
4.4 ANÁLISE E APRESENTAÇÃO DE DADOS ................................................................ 11
4.4.1 RELATO DO CASO .......................................................................................... 12
5 RESULTADO E DISCUSSÃO ....................................................................................... 18
5.1 RESULTADO ............................................................................................................ 18
5.2 DISCUSSÃO.............................................................................................................. 19
6 CONCLUSÃO ................................................................................................................. 21
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 22
5
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
3 REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 ANATOMIA DO PÉ
Anatomicamente o pé está dividido em falanges, metatarso e tarso. O pé possui 14
falanges, divididas em falanges proximais, falanges mediais e falanges distais, e do primeiro ao
quinto pododáctilo (dedo), sendo que, no primeiro pododáctilo (dedo), cientificamente
nomeado como hálux, existem apenas duas falanges (proximal e distal), e do segundo ao quinto
pododáctilo (dedo), existem três falanges (proximal, medial e distal). O pé possui cinco
metatarso, sendo que, cada metatarso que forma a região plantar do pé, e cada metatarso
correspondem ao pododáctilo que estão se articulando, como por exemplo o primeiro metatarso
se articula com o primeiro pododáctilo, ou seja, com a falange proximal, formando a articulação
metatarsofalangeana do primeiro dedo do pé, e assim sucessivamente. Os metatarsos também
se articulam com os tarsos, formando a articulação tarsometatarsiana.
Conforme NOBESCHI (2010) os ossos do tarso são sete em cada pé divididos em: tálus,
calcâneo, cuboide e os 3 cuneiformes, que o tálus se articula proximalmente com a face inferior da tíbia
e, as porções articulares dos maléolos, constituindo a articulação talocrural (tornozelo), o calcâneo se
articula com os ossos: tálus, navicular e cubóide, o cubóide se articula com o calcâneo, navicular e a
base do IVº e Vº metatarsais, o navicular se articula com a cabeça do tálus, cubóide e os três cuneiformes.
O pé tem como função suporta a carga do corpo e aumentar sua ação motora.
Figura 1: Anatomia do Pé
O tipo mais comum de lesão é uma fratura, que se caracteriza por uma ruptura ou quebra do
osso. Os principais exames que permite um diagnóstico melhor, uma localização precisão e a
profundidade da fratura são as radiografias. As fraturas ainda podem ser classificadas de dois
tipos, patológicas (os seres humanos já nascem com aquela deficiência) e traumáticas ( são as
causadas por fraturas ou lesão).
GRAAF (p. 189, 2006), classificou as fraturas, da seguinte forma abaixo:
I) Simples ou fechada: os ossos fraturados não rompem a pele;
II) Composta ou aberta: os ossos fraturados estão expostos e rompem a pele;
III) Parcial (fissurada): O osso está incompletamente quebrado;
IV) Completa: a fratura divide o osso em dois pedaços;
V) Cominutiva: o osso quebrado em vários fragmentos;
VI) Espiral: a linha de fratura é torcida quando o osso quebra;
VII) Galho verde: uma fratura incompleta , na qual um lado do osso está quebrado, e o
outro lado encurvado;
VIII) Impactada: A extremidade de um osso quebrado projeta-se no interior de outra parte.
IX) Transversal: A fratura ocorre ao longo do osso perpendicularmente ao seu maior
eixo;
X) Oblíqua: A fratura ocorre ao longo do osso em ângulo oblíquo com o maior eixo.
XI) Deslocada: Uma fratura na qual os fragmentos ósseos não estão em alinhamento
anatômico;
XII) Não-descolada: Uma fratura na qual os fragmentos ósseos permanecem em
alinhamento anatômico.
Figura 2: Tipos de fraturas
4 METODOLOGIA
Nesta seção será explicitado os caminhos metodológicos do estudo de caso, como tipo de
pesquisa, a caracterização do local de pesquisa, os instrumentos para coletas de dados, análise
e apresentação dos resultados.
Esse estudo de caso se caracteriza como uma pesquisa qualitativa. Essa opção foi devida
se coletarem dados a partir de eventos reais, no intuito de explicar, explorar ou descrever casos
reais inseridos dentro do seu próprio contexto.
Pode-se dizer que a pesquisa, se classifica, quanto ao objetivo, em três categorias
básicas: exploratória, explicativa e descritiva. Pesquisas exploratórias visam compreender um
fenômeno ainda pouco estudado ou aspectos específicos de uma teoria ampla. Pesquisas
explicativas, identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos
fenômenos, explicando suas causas. E, finalmente, a descritiva, descrever determinada
população ou fenômeno. (GIL, 1994). No que tange ao objetivo, essa pesquisa se enquadra
como explicativa, por se tratar de um estudo de caso.
No que se refere a categoria da pesquisa aos procedimentos práticos, foi realizada uma
pesquisa de campo. Logo a seguir, tem a caracterização do campo de pesquisa e sujeito da
pesquisa.
4.2 CARACTERÍSTICA DO LOCAL DA PESQUISA
Foi utilizado uma ficha de atendimento para avaliação em Traumato Reumato, no qual,
o estudante realiza uma avaliação inicial, Identificação, Dados Clínicos (como anamnese
inicial, doenças preexistentes, histórico familiar, histórico cirúrgico...), logo após, foi realizado
um exame físico e alguns testes específicos e ficha de evolução.
Nesta etapa, também foi aplicado um Termo de Consentimento, no qual, o sujeito
autoriza a publicação por escrito dos seus dados e evolução durante o tratamento, assim como,
tem conhecimento da sua participação voluntária, no referido caso de estudo, podendo se
recusar ou desistir de participar dessa pesquisa de campo e retirar seu consentimento.
IV) Paciente sentada realizou flexão plantar com carga de 2kg, fez 4 séries
de 10 repetições;
V) Treino de marcha em escada e rampa com carga de 2kg em MIE,
realizou subida e descida, 8 voltas;
VI) Flexão plantar na escada, realizou 4 séries de 10 repetições, paciente
relatou dor;
VII) Descarga de peso no Jump, realizou 3 séries de 10 repetições;
VIII) TENS na região do antepé “E” durante 13 minutos;
IX) Finalizamos com ultrassom terapêutico na região do antepé “E” por 6
minutos.
26/05 ➢ Paciente chegou ao atendimento sem queixas dolorosas;
➢ Condutas Fisioterapeutas realizadas:
I) Iniciamos com liberação miofascial e mobilização articular em
tornozelo esquerdo;
II) Exercícios ativo assistido:
II.I) Dorsiflexão e flexão plantar com faixa elástica. (paciente sentada realizou
4 séries de 10 repetições);
II.II) Isometria com bola suíça, realizou 4 séries de 10 repetições;
II.III) Flexão plantar na escada, realizou 4 séries de 10 repetições;
II.IV) Treino de marcha em escada e rampa ( realizou 10 voltas);
II.V) Descarga de peso em rampa sem transferência;
II.VI) Agachamento com bola suíça (cinza), realizou 3 séries de10 repetições;
II.V) Bicicleta (durante 5 minutos);
II.VI) Finalizado com treino de marcha no colchonete com caneleira de 2kg.
➢ Paciente sentada realizou flexão plantar com carga de 2kg, fez 4 séries de
10 repetições;
➢ Treino de marcha em escada e rampa com carga de 2kg em MIE, realizou
subida e descida, 10 voltas;
➢ Descarga de peso em rampa;
➢ Agachamento com bola suíça (laranja) 3 séries de 10 repetições;
➢ Finalizamos com ultrassom terapêutico na região do antepé “E” por 6
minutos.
09/06 ➢ Paciente chegou ao atendimento com poucas queixas de dor;
➢ Condutas Fisioterapêuticas:
I) Flexão/ extensão suíça com bola suíça vermelha, realizou 4 séries
de 10 repetições;
II) Exercício de ponte 10 repetições;
III) Isometria com bola de feijão verde nos joelhos, paciente deitado
realizou 3 séries de 10 repetições;
IV) Flexão plantar com faixa elástica, realizou 4 séries de 10 repetições;
V) Liberação miofascial em pé esquerdo;
VI) Treino de marcha em escada e rampa, com carga de 2kg em MIE;
VII) Isometria com bola suíça vermelha no pé esquerdo, realizou 3 séries
de 15 repetições;
VIII) Ultrassom terapêutico contínuo, durante 6 minutos em pé “E”;
IX) Agachamento com bola suíça vermelha, realizou 4 séries de 10
repetições.
11/06 ➢ Paciente chegou sem queixas de dores;
➢ Condutas Fisioterapêuticas:
I) Iniciamos com mobilização e tração do tornozelo por 5 minutos.
II) Realizados exercícios de ponte resistido 4 vezes;
III) Paciente em pé fez exercícios resistidos tríceps sural, início de
marcha isometria, trabalhando equilíbrio e instabilidade por 10
segundos;
IV) Flexão plantar com tornozeleira 2kg, 3 séries de 10 repetições;
V) Treino de marcha lateral com obstáculo usando caneleira 2kg, 4
série ida e volta;
18
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1 RESULTADOS
A intervenção fisioterapêutica teve início dia 23/05 e término dia 11/06, com o protocolo
de tratamento da paciente/ cliente/ usuário, iniciando com a anamnese, que é histórico do
paciente em relação a patologia adquirida, no qual, o paciente relata como um evento ocorreu,
o relato em alguns casos pode ser colhido por um acompanhante ou responsável. A anamnese
tem por objetivo colher dados relevantes para o tratamento da paciente/ cliente/ usuário.
5.2 DISCUSSÃO
As técnicas utilizadas baseadas em evidências é um método indispensável para os
fisioterapeutas.
No decorrer do tratamento da paciente/ cliente/ usuária foram colocadas em práticas
várias condutas fisioterapêuticas. Durante a intervenção foram considerados alguns níveis de
dificuldades, devido a exigência da prática regular de exercícios para um resultado mais
satisfatório, evitando dores, e no intuito de uma melhor estimulação proprioceptiva. Pode-se
afirmar que existe uma associação do comprimento neural e vascular nos membros inferiores
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(MII), os pés são susceptíveis à descarga de pressão anormal, a alterações do trofismo muscular
e déficits no sistema de controle motor, estas alterações podem gerar oscilações do centro de
pressão (COP), que está relacionado ao surgimento de instabilidade na deambulação, gerando
desequilíbrio na postura e na marcha (SILVA, et. Al., 2014)
As intervenções eram realizadas duas vezes na semana, com grupos de estagiários
diferentes, porém, foram utilizados os mesmos protocolos e técnicas, com o tempo de sessão
delimitado também, para ambos os grupos, sob a orientação da preceptora de estágio.
As principais abordagens fisioterapêuticas foram: Mobilização articular; Liberação
miofascial; Isometria com bola laranja; Exercício resistido com tríceps sural; Treino de marcha;
Flexão plantar; Ultrassom terapêutico; Agachamento com bola suíça; Descarga de peso em
rampa e Bicicleta.
No transcorrer das intervenções, foram realizados alguns exercícios ativo-assistidos,
como Isometria com bola suíça (laranja) em tornozelo “E”, realizou y séries com 10 repetições;
Alongamento faixa elástica, realizou 4 séries com 10 repetições; Descarga de peso em rampa e
no espelho sem transferência, realizou 3 séries e 10 repetições e Treino de marcha em rampa,
subida e descida (realizou 5 voltas). Perry, Mcllroy & Maki (2000), ressaltaram que o estímulo
sensorial cutâneo plantar têm importante papel na regulação da marcha e controle postural,
interferências de superfícies menos sensíveis podem alterar a informação plantar e prejudicar o
controle postural.
Durante a intervenção fisioterapêutica foi utilizado também o ultrassom terapêutico
(UST) um recurso bastante utilizado nas condutas, principalmente no que tange a reabilitação
como alguns processos crônicos considerados agudos. No campo fisioterapia, denomina-se
ultrassom as oscilações cinéticas ou mecânicas produzidas por um transdutor vibratório, que se
aplica sobre a pele com fins terapêuticos, penetrando e atravessando o organismo (AGNES,
2009).
Portanto, a prática dos exercícios regulares com as técnicas e protocolo adequados
promoveu uma melhora significativa no membro inferior esquerdo “pé” da paciente/ cliente/
usuário, no qual, a referida no início da intervenção relata dores e limitações, assim como,
incomodo persistente no membro inferior esquerdo “pé”.
21
6 CONCLUSÃO
Considerando-se que o caso clínico a paciente tinha histórico cirúrgico, dores persistentes,
pode-se dizer que o tratamento proposto foi eficaz, melhorando significativamente o bem-estar
da paciente/ cliente/ usuário, assim como, os efeitos deletérios e funcionais.
Observou-se também que os procedimentos cirúrgicos, associados ao tratamento
fisioterapêutico, não melhora somente a estética, como a diminuição significativa da
sintomatologia e a sua recuperação, promovendo uma melhor qualidade de vida a paciente/
cliente/ usuário.
Ressaltando a importância das intervenções e condutas fisioterapêuticas realizado por um
profissional habilitado e capacitado para exercer tais funções.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AGNE, J. E. Ultrassom. in: ______. Eu sei eletroterapia. Santa Maria: Pallotti, cap 35, p.
302-330 . 2009.
Gil, A. C. (1994) Como elaborar projetos de pesquisas. São Paulo: Editora Atlas.