O Efeito Da Bandagem Elastica Na Dor Lombar em Gestante
O Efeito Da Bandagem Elastica Na Dor Lombar em Gestante
O Efeito Da Bandagem Elastica Na Dor Lombar em Gestante
CURSO DE FISIOTERAPIA
TOLEDO – PR
2022
i
ADRIANA REWAIDE BRATZ FRANA
EDILENA OTÁVIO SILVA GELLER
TOLEDO – PR
2022
ii
O EFEITO DA BANDAGEM ELÁSTICA NA DOR LOMBAR EM
GESTANTE: REVISÃO DE LITERATURA
iii
ADRIANA REWAIDE BRATZ FRANA
EDILENA OTÁVIO SILVA GELLER
___________________________________________________
Profº. Bruno Meira Pereira. Esp.
Orientador
___________________________________________________
Profa. Jessica Fernanda Lagni. Esp.
___________________________________________________
Profº. Edimar Dal Ponte. Ms.
iv
AGRADECIMENTOS
v
EPÍGRAFE
(WINSTON CHURCHILL)
vi
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 1
2. DESENVOLVIMENTO ......................................................................................... 1
3. CONCLUSÃO.......................................................................................................... 6
REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 6
ANEXOS
vii
RESUMO
A gestação é um período muito desejado e sonhado pela mulher, sendo considerado um momento que
traz muitas transformações em seu corpo. Adaptações físicas são necessárias no corpo da gestante
para que se possa ter um perfeito crescimento e desenvolvimento fetal, sendo necessário que o corpo
passe por ajustes anatômicos e fisiológicos, que irão desorganizar temporariamente o sistema
musculoesquelético da mulher. Entre as principais modificações que o corpo da mulher sofre
podemos citar o aumento do peso do útero e das mamas que, associados à frouxidão ligamentar,
favorecem o desajuste no sistema articular e muscular e o edema gestacional podendo causar
compressão de nervos e ligamentos. Tais modificações são responsáveis, em algumas mulheres, por
apresentarem consequências que podem resultar em dores e limitações em suas atividades. As
alterações musculoesqueléticas e fisiológicas vem acompanhadas de dores, principalmente na região
lombar e ocorrem nos músculos abdominais, que são distendidos no final da gestação, e diminui a
capacidade de gerar forte contração reduzindo sua eficiência. Diante de tantas técnicas disponíveis
no âmbito fisioterapêutico com resultados significativos, podemos afirmar a grande importância da
Fisioterapia na vida de milhões de pessoas. O método Kinesio Taping (KT) ou bandagem elástica
vem sendo muito eficaz na diminuição da dor lombar durante a gravidez pelo seu efeito de supressão
neurológica. O objetivo desse artigo foi descrever e avaliar através de uma revisão de literatura a
utilização e importância da bandagem elástica em pacientes gestantes que apresentam dor lombar,
além de verificar a eficácia da técnica em gestantes.
PALAVRAS-CHAVE: Dor lombar. Gravidez. Kinesio Taping. Bandagem Elástica.
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ABSTRACT
Pregnancy is a much desired and dreamed period for women, being considered a moment that brings
many changes in your body. Physical adaptations are necessary in the pregnant woman's body so that
it can have a perfect fetal growth and development, being necessary that the body goes through
anatomical and physiological adjustments, which will temporarily disorganize the woman's
musculoskeletal system. Among the main changes that a woman's body undergoes, we can mention
the increase in the weight of the uterus and breasts, which, associated with ligament laxity, favor the
maladjustment in the articular and muscular system and gestational edema, which can cause
compression of nerves and ligaments. Such changes are responsible, in some women, for having
consequences that can result in pain and limitations in their activities. Musculoskeletal and
physiological changes are accompanied by pain, especially in the lumbar region and occur in the
abdominal muscles, which are distended at the end of pregnancy, and reduce the ability to generate
strong contraction, reducing its efficiency. Faced with so many techniques available in the
physiotherapeutic field with significant results, we can affirm the great importance of Physiotherapy
in the lives of millions of people. The Kinesio Taping (KT) method or elastic bandage has been very
effective in reducing low back pain during pregnancy due to its neurological suppression effect. The
objective of this article is to describe and evaluate through a literature review on the use and
importance of elastic bandage in pregnant patients with low back pain, in addition to verifying the
effectiveness of the technique in pregnant women.
KEY WORDS: Low Back Pain. Pregnancy. Kinesio Taping. Elastic Bandage.
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1. INTRODUÇÃO
Umas das fases mais importantes da vida de uma mulher é a gestação, pois para muitas é a
maior realização de sua vida. No entanto esta fase nem sempre é tranquila e sem intercorrências
(CARNEIRO; OLIVEIRA, 2015).
Desde a fertilização até o nascimento do bebê, a gestante passa por mudanças em seu corpo,
tendo que se adaptar as diversas transformações e adaptações fisiológicas. Com essas modificações
durante a gestação é frequente o aparecimento de desconfortos, dores e alterações no sistema
musculoesquelético. No primeiro trimestre da gestação, as articulações e os ligamentos tornam-se
frouxos e instáveis, gerando uma postura inadequada na gestante. Já no segundo trimestre, o feto
precisa de mais espaço para se desenvolver e acomodar-se, o músculo reto abdominal e os ligamentos
afastam-se aumentando ainda mais a instabilidade. O terceiro trimestre é marcado pelas alterações na
postura e na forma de caminhar, gerando mais desconforto e dores na região lombar e é nessa fase
que algumas mulheres limitam-se a execução de suas atividades diárias, devido ao peso da mama ou
barriga, extensão das articulações e força muscular (CARVALHO, 2017).
Desta forma alterações musculoesqueléticas ocorrem nos músculos abdominais das gestantes,
que são distendidos no final da gestação, e diminui a capacidade de gerar forte contração reduzindo
sua eficiência. Um dos problemas mais frequentes durante este período é a dor lombar. Tratamentos
fisioterapêuticos são muito utilizados nesses casos e dentre eles podemos citar: terapia aquática,
reeducação postural global, Pilates, alongamentos, cinesioterapia e agora temos a bandagem elástica
ou também chamada de Kinesio Tape (ALVES, 2012).
De acordo com Kase (1973), a técnica japonesa Kinesio Taping (KT), também chamada de
bandagem elástica, é um método que se usa uma fita livre de látex, com capacidade adesiva e ativada
pelo calor do corpo, feita de fio elástico de polímero envolto por fibras de algodão (100%). Embora
a literatura seja escassa, o KT vem sendo muito utilizado para reduzir a dor lombar em grávidas.
Assim mediante ao exposto, este artigo teve como objetivo realizar uma revisão de literatura
para avaliar e descrever sobre a utilização e importância da bandagem elástica em pacientes gestantes
com dor lombar.
2. DESENVOLVIMENTO
A dor lombar é um fator que cresce cada dia mais nas gestantes, o que pode causar sérias
consequências na vida das mesmas, sendo necessário identificar o motivo desta dor para que se possa
intervir o quanto antes. Madeira (2014) afirma que a dor lombar pode estar relacionada às várias
modificações que a gestante sofre na coluna vertebral com o passar dos meses e com a evolução da
gestação, principalmente na região lombosacral. Além disso, o peso e a ação de hormônios, aumento
1
da hiperlordose lombar, o desvio do centro de gravidade aumenta a sobrecarga das estruturas da
coluna lombar gerando dor.
Sabino e Grauner (2008) afirmam que a lombalgia gestacional não apresenta uma etiologia
definida, sendo considerada multifatorial que incide na região lombar, podendo ser irradiada para os
membros inferiores. Apesar de etiologia multifatorial as principais causas são: aumento do peso do
útero, aumento da lordose, alteração do centro de gravidade, frouxidão da musculatura e mudanças
hormonais, mecânicas e vasculares, modificações posturais, insuficiência pélvica, pressão direta do
feto e útero gravídico sobre as raízes nervosas da coluna lombar.
Para Carvalho (2017), 50% das gestantes apresentam dor lombar em algum momento da
gestação, sendo a sua etiologia não definida, podendo estar associada a diversos fatores, mais presente
no segundo trimestre da gestação, sendo alertada para que busquem tratamentos para que possam ter
uma boa qualidade de vida nesse período.
Um estudo realizado por Gomes (2013), buscou determinar a prevalência dos tipos de
lombalgia e suas características em gestantes. A pesquisa contou com 21 gestantes que estavam
realizando consultas pré-natal. Inicialmente foi realizado um exame físico composto por testes
específicos para que fosse possível estabelecer uma classificação da lombalgia, e logo depois foi
aplicado um questionário que abordava informações sociodemográficas e obstétricas. Das gestantes
avaliadas 95,23% relataram apresentar dor lombar durante a gestação, sendo que 71,43% já
apresentavam previamente à gestação. A maioria das gestantes, 57,14% relataram sentir dor com
duração superior a 60 minutos. A combinação de dor lombar com a dor pélvica posterior foi verificada
em 66,65% das gestantes, e 28,58% apresentaram somente a dor lombar. Os autores concluíram que
medidas educativas, preventivas e reabilitadoras são necessárias para proporcionar as gestantes uma
boa qualidade de vida nesse período e a inclusão da fisioterapia tem grande importância para alívio
das dores da gestantes, proporcionando uma gravidez mais tranquila.
A técnica de bandagem elástica funcional foi criada pelo quiroprata Dr. Kenzo Kase, no Japão,
sendo a sua teoria embasada que ao se aderir algum tipo de material, como uma fita, seria possível
trazer algum tipo de benefício aos vários tecidos como músculos, fáscias, tendões e ligamentos, para
a recuperação destes e melhora de sua função (KASE, 2003).
Para Gosling (2013), a importância da utilização da fisioterapia em diversas áreas
principalmente no alívio da dor, na promoção de saúde, trazendo diversos benefícios e melhorando a
qualidade de vida, além de proporcionar um aumento da circulação sanguínea e linfática e,
principalmente, em nível muscular, proporcionando fortalecimento dos músculos, estabilidade
ligamentar e articular. A bandagem elástica é aplicada sobre a musculatura tendo como objetivo ativar
ou diminuir sua ação, proporcionando um aumento na estabilidade da articulação e fazendo com que
ocorra uma melhora na direção do movimento, incluindo a melhora do equilíbrio e aliviando dores,
2
através de estímulos sensitivos e mecânicos, atingindo os receptores nociceptivos e sensoriais. Por
consequência, a analgesia se dá através da teoria das comportas.
De acordo com Kase (2013), a técnica da bandagem elástica funcional desencadeia efeitos
sobre a musculatura, estimulando e ativando o músculo durante o movimento, onde será possível
melhorar a contração de um músculo enfraquecido e desequilibrado, diminuindo episódios de fadiga,
contraturas, espasmos e lesões musculares. Também podem ser observados condições em que os
músculos se encontram hiperativos, a bandagem ajuda de forma inibitória, diminuindo as atividades
musculares que estão em excesso promovendo relaxamento.
Como afirmam Zavarize e Martinelli (2014), o mecanismo neurofisiológico, quando aplicam
a técnica da bandagem elástica funcional ocorre a estimulação dos somatorreceptores que estimulam
o sistema nervoso central, provocando um recrutamento de neurônios motores que iram estabilizar as
articulações e alongamentos musculares excessivos. Esse procedimento ocorre através das
informações sensoriais e da atividade muscular. O estímulo mecânico constante e duradouro na pele,
contribui para a percepção da posição corporal, correções dos desvios articulares e auxilia na
contração muscular.
Na concepção de Artioli e Betoline (2014), a bandagem elástica permite as gestantes poderem
desenvolver e exercer suas funções básicas, já que proporcionam a elas que mantenham ou recuperem
a amplitude da dor lombar, além de promover o alívio da dor, devido aos efeitos produzidos pelos
mecanismos biomecânicos e neurofisiológicos. Concluem que o método possibilita fortalecimento
muscular, estimulação cutânea e auxilia o sistema linfático.
A técnica da bandagem elástica na região lombar pode ser utilizada de duas maneiras
diferentes, sendo a técnica de facilitação e a técnica de inibição. A primeira dá apoio para possibilitar
o movimento normal, e a segunda possui a capacidade de se utilizar de estímulos sensoriais para
reduzir e diminui a inflamação (YANEK, 2012).
As bandagens elásticas podem ser aplicadas em forma de X, Y, I, teia de aranha ou espacial,
corte em garfo ou rabo, o que vai depender da função que se pretende utilizá-la, sendo que, nas
ancoragens proximal e distal deve ser aplicada a 0% de tensão, estando entre elas o ponto de tensão,
que podem ser aplicadas com diferentes tensões, desde 0% (normotensa) a 100% (tensão máxima),
ressaltando que, quanto maior a tensão, mais significativos o efeitos mecânicos e quanto menor a
tensão, mais efeitos sensitivos são desencadeados, levando sempre em consideração os cuidados com
a condição dérmica da paciente e a higiene cutânea (LEMOS; DIAS, 2013).
Nesse contexto, a dor lombar é um fator importante na gestação principalmente no último
trimestre, podendo comprometer a qualidade de vida das mesmas. Desta forma, os autores realizaram
um estudo com o objetivo de verificar a eficácia da aplicação de KT e do método Stretching Global
Ativo (SGA) no tratamento da dor lombar nas gestantes. Para o estudo foram selecionados 30
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pacientes gestantes que apresentavam dor lombar e foram divididas em inicialmente em dois grupos:
10 gestantes estavam no Grupo Controle (GC) e 20 no Grupo Experimental (GE), que foi subdividido
na aplicação de KT e na realização de exercícios pelo método de SGA (GEs). Para avaliação da dor
e das limitações funcionais foi utilizado a Escala Visual Numérica e o Questionário Roland Morris.
Esse estudo durou quatro semanas e depois de duas semanas após a sua finalização todas as pacientes
foram reavaliadas, e os autores tiveram resultados significativos nas gestantes na primeira aplicação
e na última. Neste estudo os autores puderam avaliar que no período que antecede a gestação as
gestantes apresentavam seu peso normal, e quando chegavam entre a 16ª e 36ª semana já se
encontravam com sobrepeso. Quanto as intervenções realizadas nesse estudo, tanto a GC e GE foram
eficazes no tratamento da dor lombar durante a gravidez, gerando uma melhor qualidade de vida para
as gestantes. Isso pode ser facialmente percebido quando comparado ao grupo controle que era apenas
acompanhado durante o período no pré-natal (PARREIRA; AMARAL, 2013).
Por um ensaio clínico randomizado cego, verificou-se a eficácia da técnica de bandagem
elástica funcional em gestantes com queixa de dor lombar no último trimestre de gestação, no período
pré-natal regular. O estudo foi realizado nos ambulatórios de obstetrícia do Hospital Universitário
São Francisco em Bragança Paulista-SP e Pronto Atendimento da cidade de Extrema-MG, no período
de agosto de 2014 a janeiro de 2015. Com um número amostral de 22 gestantes entrevistadas, 11
eram do grupo controle e as outras 11 do grupo intervenção com a bandagem elástica pelos
fisioterapeutas. Assim, os autores concluíram que a bandagem elástica funcional foi eficiente no
tratamento de dor lombar em gestantes no último trimestre da gestação. Além disso as orientações de
postura e os exercícios para relaxamento também contribuiu muito para a melhora da dor, mas é
preciso mais estudos na área com um acompanhamento a longo prazo (CARNEIRO; OLIVEIRA,
2015).
Em busca de características relacionadas com a coluna lombar e o período gestacional,
objetivam através de um relato de caso, verificar o efeito da aplicação do KT para tratamento da
lombalgia em gestantes. O estudo contou com 2 gestantes que estavam entre 26 e 32 semanas de
gestação. As gestantes responderam um Questionário de Incapacidade de Rolland Morris para avaliar
a funcionalidade pela lombalgia, Diário da Dor e Escala de Satisfação com o tratamento, além de
serem submetidas a uma avaliação inicial e outra 5 semanas após a aplicação do KT que correspondia
a sessão final do tratamento. O tratamento com o KT iniciou-se com a sua inserção no sentido
horizontal sobre a lombar baixa, seguindo os padrões da técnica de analgesia, não importando seu
ponto de origem e inserção e sem tensão sobre a fita, onde eram orientadas a permanecer 3 dias com
a bandagem. Após o tratamento com a bandagem elástica houve uma diminuição no score do
questionário (inicial 33 e final 14), assim como na dor, onde a satisfação foi de 7,5 e 8,5. Assim, os
autores concluíram que houve uma redução no grau de incapacidade funcional da coluna lombar após
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o tratamento com a bandagem elástica, o que foi considerado uma técnica que traz muitos benefícios
para as gestantes. Entretanto afirmam ser necessários mais estudos com um maior número de
pacientes e com um tempo maior de acompanhamento (SILVA; MIRANDA, 2017).
Com um estudo realizado na maternidade em Curitiba, avaliaram os efeitos das bandagens
elásticas na dor lombar e no suporte pélvico de gestantes. O estudo foi do tipo transversal longitudinal
que contou com a participação de 8 gestantes que relatavam dor lombosacral. A intensidade da dor
foi avaliada através da Escala Visual Analógica da Dor e depois foi aplicado o Questionário de Dor
Pélvica Gestacional, de forma individual. As bandagens elásticas foram aplicadas na região lombar
ou pélvica conforme a dor relata pelas gestantes e após 3 dias de uso das bandagens foram realizadas
as reavaliações por meio de ligação telefônica. Os autores concluíram que devido ao pequeno número
amostral e a idade gestacional, a aplicação de bandagens elásticas se mostrou pouco eficaz no alívio
da dor lombosacral. Entretanto foi considerado um resultado muito individual e mesmo assim, deve
ser mais contemplada, visto que é um recurso não-farmacológico que apresenta benefícios (TASSA,
2018).
No entanto Rodrigues (2019), buscou analisar através de um estudo descritivo o equilíbrio das
gestantes em diferentes trimestre gestacionais, a partir Sensory Organization Test (SOT) através da
Posturografia Computadorizada, avaliar a dor lombar com o questionário McGill e avaliação da
capacidade funcional com o questionário Roland-Morris antes e após uma única sessão da aplicação
da bandagem elástica neuromuscular na região da coluna lombar. O estudo contou com a participação
de 6 gestantes que incialmente responderam sobre seus dados pessoais e depois foram aplicados o
McGill que consiste em um instrumento utilizado para analisar a dor e sua intensidade, avaliando
qualidades sensoriais, afetivas e temporais da dor e o Roland-Morris que foi utilizado para avaliar a
incapacidade que a dor lombar ocasiona. Posteriormente foram submetidas a avaliação do equilíbrio,
utilizando o SOT, avaliado a partir do equipamento Balance Manager, da NeuroCom® International.
Após todo esse processo, os autores concluíram que a bandagem elástica apresenta resultados
significativos, voltado ao efeito agudo, em relação ao equilíbrio postural das gestantes. No entanto
não apresentou resultados imediatos em relação à dor, e consequentemente não interferiu na
capacidade funcional das mesmas.
Como considerado por Cipriano e Oliveira (2017), através de um estudo experimental,
controlado e prospectivo objetivaram avaliar a eficiência da bandagem elástica e da hidroterapia na
dor pélvica posterior e na funcionalidade das atividades diárias em gestantes. O estudo contou com
um total de 20 gestantes divididas em dois grupos, as que fizeram o uso da bandagem elástica (n=10)
e as que utilizaram a hidroterapia (n=10) como forma de tratamento para a dor lombar das gestantes.
Essas gestantes deveriam obedecer a algumas características para o estudo: estar com três ou mais
meses de gestação, multíparas, primíparas, com idade entre 18 e 39 anos, apresentando dor pélvica
5
posterior. A dor foi avaliada através da Escala Visual Numérica e a funcionalidade por meio de um
questionário de incapacidade funcional. Como resultado os autores afirmam que os dois tratamentos
foram eficazes na melhora da dor e a funcionalidade da rotina das gestantes.
A bandagem elástica em gestantes trouxe melhoras na sua qualidade de vida em relação ao
quadro álgio da dor lombar, devido a ação de estimular os receptores sensoriais e nociceptivos através
do bloqueio da transmissão da dor. Evidenciam ainda a importância da fisioterapia para a qualidade
de vida das gestantes (DAMASSENA; ESTRELA; PLAZZI, 2021).
3. CONCLUSÃO
Assim, conseguimos observar que a bandagem elástica no tratamento da dor lombar em
gestantes é eficiente. Além das orientações sobre postura, exercícios de relaxamento, respirações e
automassagem, também contribuem para melhora da dor, principalmente quando conciliados a
técnica do método Kinesio taping. Entretanto é importante ressaltar que mais estudos são importantes
para que se possa discutir com mais clareza sobre o tema proposto.
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YANEK, D. Bandagem Funcional na redução do foco da dor. American Physical Therapy
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7
ANEXOS
ANEXO I
DECLARAÇÃO DE AUTORIA
Declaro para os devidos fins que eu, Adriana Rewaide Bratz Frana, RG: 7.596873-6 – SESP-
PR, aluna do Curso de Fisioterapia da Unipar campus Toledo – PR sou autora do trabalho intitulado:
efeitos da bandagem elástica na dor lombar em gestante: revisão de literatura, que agora submeto à
banca examinadora do Trabalho de Conclusão de Curso – Fisioterapia. Também declaro que é um
trabalho inédito, nunca submetido à publicação anteriormente em qualquer meio de difusão científica.
________________________________________
Adriana Rewaide Bratz Frana
Assinatura digital
DECLARAÇÃO DE AUTORIA
Declaro para os devidos fins que eu, Edilena Otavio Da Silva Geller, RG: 5811641-6 – SESP-
PR, aluna do Curso de Fisioterapia da Unipar campus Toledo – PR sou autora do trabalho intitulado:
efeitos da bandagem elástica na dor lombar em gestante: revisão de literatura, que agora submeto à
banca examinadora do Trabalho de Conclusão de Curso – Fisioterapia. Também declaro que é um
trabalho inédito, nunca submetido à publicação anteriormente em qualquer meio de difusão científica.
________________________________________
Edilena Otavio Da Silva Geller
Assinatura digital