Historia Da Sociedade

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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

A Organização Social das Comunidades de Caçadores e Recolectores

Eugenia Gloriano Agostinho e 708220072

Curso: Administração Pública


Disciplina: História da Sociedade I
Ano de Frequência: 1º ano

Pemba, Agosto 2022


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gerais
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Referências
6ª edição em das 4.0
Bibliográficas
citações e citações/referências

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bibliografia bibliográficas
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Índice
Introdução........................................................................................................................................5

Objectivos........................................................................................................................................5

Objectivos Geral..............................................................................................................................5

Objectivos Específicos.....................................................................................................................5

Metodologia.....................................................................................................................................5

2.Comunidades de caçadores e recolectores....................................................................................6

2.2.Características das Comunidades de caçadores e recolectores..................................................6

2.2.1.Economia................................................................................................................................6

2.2.2.Nomadismo.............................................................................................................................7

2.2.3. Uso de instrumento de trabalho – a pedra.............................................................................7

2.2.4. Arte........................................................................................................................................7

3.Organização social das comunidades de caçadores e recolectores...............................................8

Conclusão........................................................................................................................................9

Referencia Bibliográfica................................................................................................................10

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Introdução

O presente trabalho tem como o tema A Organização Social das Comunidades de Caçadores e
Recolectores pretende se com esse trabalho conhecer e caracterizar melhor as comunidades
caçadoras e recolectores a sua vida social. É de salientar que o território que é hoje Moçambique
foi inicialmente habitado por comunidades pertencentes a dois grupos – os khoi- khoi e os San,
conjuntamente designados Khoisan. Em virtude de terem na caça e na recolecção as suas
actividades económicas principais são também conhecidos como comunidades de Caçadores e
Recolectores. Trata-se de comunidades com formas de vida económica, política e sócio-cultural
bastantes simples.

Objectivos

Objectivos Geral
 Conhecer a organização Social das Comunidades de Caçadores e Recolectores

Objectivos Específicos

 Analisar a vida dos caçadores e recolectores;


 Caracterizar a vida das comunidades de caçadores e recolectores;
 Explicar a organização Social das Comunidades de Caçadores e Recolectores;

Metodologia
O presente trabalho obedece a seguinte estrutura: introdução, desenvolvimento, conclusão e
bibliografia, sendo o método bibliográfico aplicado na elaboração deste trabalho, parte da
pesquisa exploratória, que consistiu no levantamento conceitual de material referente ao tema.
Os autores das obras consultadas estão devidamente citados dentro do trabalho e na bibliografia
final.

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2.Comunidades de caçadores e recolectores

As Comunidades de Caçadores-Recolectores foram as primeiras a aprender a viver com a


natureza: entenderam os seus ciclos, do que devia ter medo e como poderia resolver os seus
problemas, viviam em pequenos grupos de 20 a 30 pessoas em cavernas ou outros abrigos
naturais ou em cabanas construídas com materiais que não resistiram ao tempo (Cunha 2010).

LEE e DEVORE, (1968), refere que, os caçadores-recolectores vivem em bandos, ou seja,


pequenos grupos com cerca de 25 a 50 pessoas. O seu modo de subsistência baseia-se na caça e
na recolecção de produtos selvagens, sendo esta última actividade mais importante do que a
primeira.

2.2.Características das Comunidades de caçadores e recolectores

2.2.1.Economia

A base da economia das comunidades Khoisan era a caça e recolecção. Portanto os Khoisan
limitavam-se a caçar ou recolher frutos, mel, ovos, folhas e outros produtos disponíveis no meio
em que viviam. Significa isto que estas comunidades não desenvolviam qualquer actividade
produtiva (MINEDH s/d).

A caça, a recolha de vegetais (frutos, raízes, folhas e sementes) e a pesca constituíram,


sem dúvida, os recursos alimentares dos homens do paleolítico. Neste sentido, eles
praticavam uma economia recolectora. De facto, o homem ainda não produzia os
alimentos de que necessitava. Limitava-se a apanhar (ou colher) os que a natureza lhe
oferecia; deslocando-se para seguir a caça através de áreas mais ou menos extensas, eles
iam apanhando de acordo com as estações do ano os frutos, as raízes, os rebentos, o mel e
os ovos de algumas aves. Quando os locais o permitiam, dedicavam-se também a pesca e
a apanha de mariscos (Musica s/d).

Tanto a caça como a recolecção são actividades cujo produto serve para o consumo imediato, por
isso a economia destas primeiras comunidades caracterizou por aquilo a que se chama
Imediatismo de produção/consumo. Não havia qualquer acumulação de excedente (MINEDH
s/d).

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2.2.2.Nomadismo

Musica (s/d), sugere que, este género de vida exigia um apurado conhecimento da evolução das
plantas e do comportamento dos animais, dos pontos de água que frequentavam, dos caminhos
que a eles conduziam. Assim, devido a prática de uma economia recolectora e ainda as condições
de modificações de clima o homem do paleolítico era obrigado a deslocar-se de região para
região a procura de alimentos: por isso se diz que era nómada.

Sérgio (s/d), no entanto, essas deslocações faziam-se dentro de uma determinada área
territorial e não eram tão frequentes como se possa pensar. Essas deslocações frequentes
determinavam também que os grupos não se fizessem acompanhar por muitos objectos.
Para sobreviver em condições tão adversas, a espécie humana teve que fazer um
maravilhoso esforço de adaptação. Sobreviver significava (alimentar-se, proteger-se do
frio e defender-se dos animais).

2.2.3. Uso de instrumento de trabalho – a pedra.

Para a realização das suas actividades eram usados instrumentos pouco aperfeiçoados geralmente
feitos de pedra, madeira, ossos, chifres. Uma vez que a pedra constituía o principal material para
o fabrico de instrumentos de trabalho considera-se que uma das características destas
comunidades é o uso da técnica líctica, ou seja, da técnica da pedra (MINEDH s/d).

2.2.4. Arte

Os caçadores recolectores eram também artistas: fazia gravuras e pinturas de animais ou de cenas
de caça nas paredes das grutas ou em rochas ao ar livre. A esta arte, que era também uma forma
de comunicação, chamamos arte rupestre, (Cunha 2010).

Fig. Fotografia e desenho de gravuras na Gruta do Escoural - Montemor-o-Novo

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Fonte cunha 2010.

3.Organização social das comunidades de caçadores e recolectores

Do ponto de vista social, os caçadores e recolectores correspondem a sociedades acéfalas e


igualitárias. Este igualitarismo é consequência de vários factores subjacentes ao seu estilo de
vida. Por um lado, o nomadismo é incompatível com a posse de propriedade, quer móvel - pelas
dificuldades que esta coloca às deslocações -, quer imóvel - dado que o constante movimento
impede a criação de laços com estruturas habitacionais e com a terra (Ki-Zerbo 1980).

Nos períodos mais quentes, o homem vivia no ar livre em cabanas feitas com ramos
entrançados. Nas épocas mais frias disputava com as feras nas grutas ou nas cavernas e
cobria-se com as peles dos animais que caçava. A utilização do fogo provocou alterações
físicas, demográficas e sociais na vida das primeiras comunidades. O convívio à volta da
fogueira terá proporcionado um forte sentimento de união entre os elementos do grupo,
contribuindo para a organização social e para o desenvolvimento da própria linguagem.
As tarefas eram partilhadas, cada grupo constituía um clã, ou seja, um agregado social,
ligado por laços de parentesco (Musica s/d).

O homem recolector–caçador vivia em bandos, em actividades de sobrevivência bem distintas


das nossas. Embora com características de organização idênticas, o povo primitivo também tinha
características próprias: O tamanho dos bandos, as relações entre si, a solidariedade entre os seus
membros; as guerras e as rivalidades entre os bandos devido as terras ricas. Estas comunidades
ditas rudimentares ou primitivas, o trabalho era colectivo, dividido em sexo e idade, e o produto
era partilhado por igual. O que identifica de facto, estas comunidades é a sua economia
recolectora, nomadismo e uso de instrumento de trabalho – a pedra (Musica s/d).

Música (s/d) refere que, na fase primitiva não houve escravatura, mas não por as relações
entre os homens primitivos terem sido exemplares, de perfeita comunhão ou harmónicas,
como defende a corrente marxista. A guerra entre os bandos era vulgar, como indicam as
pinturas rupestres e a pesquisa etnográfica sobre os primitivos actuais.

E, se nos primitivos não houve escravatura, como sublinha Eduardo J. Costa Reizinho, tal se
deve às condições concretas em que viviam os homens de então, como por exemplo, o
nomadismo, a instabilidade do quotidiano, a extrema penúria, impediam-no. Dentro do grupo,
ninguém tinha meios materiais para escravizar os outros membros. As autoridades tinham um
poder delegado pelo grupo. Os chefes eram um fruto da necessidade de o grupo ter um centro

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regulador e coordenador da sua vida colectiva. Estas as razões objectivas da não existência de
exploração social (Musica s/d).

Conclusão

Conclui se que, as comunidades mais antigas conhecidas em Moçambique são de caçadores e


recolectores ou, simplesmente os Khoisan. O que caracterizava este grupo era a divisão natural
do trabalho, o nomadismo e ausência de uma organização Social estável. Na comunidade, todos
os membros envolviam-se na vida económica e social, mas cada um ocupava-se de tarefas que
estivessem de acordo com a sua capacidade física. Assim as mulheres, os velhos e as crianças
realizavam tarefas relativamente menos pesadas e menos perigosas como a recolecção, a limpeza
dos acampamentos, e outras enquanto aos homens cabiam as tarefas mais pesadas e perigosas em
especial a caça.

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Referencia Bibliográfica

Cunha Rivara de Arraiolos (2010), as comunidades de caçadores-recolectores, história e


geografia de portugal

KI-ZERBO, J.(1980) – História Geral da África, Ática/UNESCO, 1980

Lee, r.; devore, I. (1968)- "Problems in the Study of Hunters and Gatherers", R. Lee
and !.Devore (Ed.), Man The Hunther, NY, Aldine

MINEDH.  Módulo 5 de História: Moçambique – Das Comunidades de Caçadores e


Recolectores às Sociedades de Exploração. Instituto De Educação Aberta e à Distância
(IEDA), Moçambique, s/d

Música Jacinto (s/d), História das Sociedades I Centro de Ensino à Distância (CED) da
Universidade Católica de Moçambique – UCM.

Sérgio E. Monteiro-Rodrigues (S/d), Novas perspectivas sobre sociedades de caçadores-


recolectores. Revisão crítica de "man the hunter"

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